Resumo
A avaliação dos interesses profissionais tem lugar de destaque nos processos de Orientação Profissional, embora não haja tantos instrumentos de avaliação no Brasil. Diante dessa realidade, o presente estudo teve como objetivo a busca de evidências de validade para a Escala de Aconselhamento Profissional por meio da comparação com outro instrumento, o Teste de Fotos de Profissões, que avalia inclinações profissionais. Participaram do estudo 196 estudantes do 5º e 7º semestres dos cursos de Pedagogia, Odontologia e Ciência da Computação de uma universidade particular, com idades entre 19 e 49 anos (Média = 24,24; Desvio-Padrão = 4,89), sendo 62,8% do sexo feminino. Os instrumentos foram aplicados coletivamente nas salas de aula da instituição. Os resultados mostraram correlações significativas entre todas as dimensões da Escala de Aconselhamento Profissional e os fatores do Teste de Fotos de Profissões, revelando evidências de validade de construto convergente.
Palavras-chave: Avaliação psicológica; Escolha da profissão; Interesses profissionais; Orientação vocacional
Abstract
The assessment of professional interests plays a prominent role in the process of career counseling. However, there are not many career assessment instruments available in Brazil. Given this reality, this study aimed at searching for validity evidence for the "Escala de Aconselhamento Profissional", a Brazilian scale, by comparing it with another instrument, the "Teste de Fotos de Profissões" (Test of Photos of Professions, a Brazilian version of the Berufsbilder Test), also used to assess professional interest. One hundred ninety-six undergraduate Pedagogy, Dental, and Computer Science students in their 5th and 7th semesters of a private university participated in this study. They were aged between 19 and 49 years (Mean - 24.24, Standard Deviation - 4.89), and 62.8% were females. The instruments were collectively administered in regular classrooms at the university. Results showed significant correlations between all dimensions of the "Escala de Aconselhamento Profissional" and those of the "Teste de Fotos de Profissões" revealing convergent validity evidence.
Keywords: Psychological assessment; Career choice; Professional interests; Vocational guidance
A Orientação Profissional (OP) tem, dentre seus objetivos, o auxílio no planejamento de um projeto profissional, visando promover a reflexão sobre possíveis carreiras para um indivíduo com base no levantamento de suas características pessoais e de informações ocupacionais. Adicionalmente, a OP pretende auxiliar no processo de conhecimento acerca do contexto social, econômico e cultural no qual o sujeito se encontra inserido (Andrade, Meira, & Vasconcelos, 2002; Mansão, 2005; Primi, Moggi, & Casellato, 2004).
Perspectivas mais atuais em OP evidenciam a necessidade de trabalhar o projeto de vida das pessoas, considerando as características pessoais e o conhecimento da realidade do mercado de trabalho para que esse indivíduo possa pensar e planejar a trajetória sabendo gerenciar mais adequadamente todas as etapas do desenvolvimento profissional. Esses aspectos têm sido considerados como demandas mais atuais quando se fala do desenvolvimento de carreira, os quais exigem uma nova forma de condução dos processos de OP (Duarte et al., 2010; Gamboa, Paixão, & Jesus, 2011; Guichard, 2012; Savickas, 2011).
Nesse sentido, a avaliação profissional busca suscitar reflexões acerca de interesses, necessidades e valores de trabalho, habilidades específicas, personalidade, entre outras características (American Educational Research Association, American Psychological Association, & National Council on Measurement in Education, 1999). A avaliação dos interesses, por sua vez, tem lugar de destaque no que diz respeito ao processo, tendo sido citada desde as primeiras referências sobre OP, fator que teve por consequência a construção de instrumentos de medida para a quantificação do construto (Ambiel & Polli, 2011; Leitão & Miguel, 2004; Mansão & Yoshida, 2008; Noronha & Ambiel, 2006; Ottati, 2009; Sparta, Bardagi, & Teixeira, 2006; Savickas, Taber, & Spokane, 2002).
Os interesses podem ser definidos como escolhas expressas por meio de comportamentos e respostas dos indivíduos, gostos e preferências por objetos, atividades e eventos (Athanasou & Van Esbroeck, 2007). Na definição de Savickas (1999), eles são entendidos como uma tendência para a satisfação de necessidades e valores pessoais, envolvendo a consciência e a prontidão de respostas a estímulos ambientais específicos. Leitão e Miguel (2004) discutem sobre as diversas teorias que tratam dos interesses profissionais, embora ainda não haja consenso sobre a sua definição. Em uma tentativa de entender a diversidade teórica do assunto, Nunes, Okino, Noce e Jardim-Maran (2008) realizaram uma revisão de modelos teóricos sobre o desenvolvimento dos interesses profissionais. Os autores chegaram a três modelos predominantes no Brasil ou no contexto internacional, que são a Teoria Sócio-Cognitiva, o Modelo das Personalidades Vocacionais ou tipologias de Holland e a Perspectiva Psicodinâmica.
Na presente pesquisa, será dado destaque aos dois instrumentos utilizados na investigação e seus respectivos referenciais teóricos, quais sejam a Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) e o Teste de Fotos de Profissões (BBT-Br, Berufsbilder Test - Brasil). A EAP pretende avaliar os interesses profissionais em diferentes situações de trabalho e, de forma mais ampla, descrever as atividades e ambientes profissionais sem restringi-los a uma profissão ou área de atuação, resultando em informações a respeito das preferências de cada indivíduo independentemente da profissão escolhida (Noronha, Sisto, & Santos, 2007). A EAP foi construída empiricamente, ou seja, não há embasamento de uma teoria específica, mas destaca-se que a concepção de Savickas (1999) foi norteadora do seu desenvolvimento. Dessa forma, a EAP conceitua o interesse profissional como a preferência por algumas atividades laborais. Os resultados oriundos da aplicação da EAP permitem identificar perfis de carreiras, entendendo que uma pessoa pode apresentar preferências por atividades relacionadas não apenas a uma carreira específica, mas por outras também.
É importante ressaltar que a escala foi construída tendo como amostra de normatização e padronização 762 estudantes universitários dos cursos de Administração, Direito, Educação Artística, Educação Física, Engenharias, Fisioterapia, Jornalismo, Medicina, Pedagogia, Psicologia, Turismo e Medicina Veterinária. As evidências de validade de construto foram estudadas a partir da estrutura interna dos itens por meio da análise fatorial, a qual chegou a uma solução composta pelas sete dimensões avaliadas pela escala. A validade de critério também foi considerada, uma vez que foram comparadas as médias obtidas pelos participantes em cada dimensão com o curso de cada um, o que possibilitou discriminar os interesses de cada carreira em relação às dimensões (Noronha et al., 2007).
O modelo proposto pela EAP é constituído por sete áreas de interesse denominadas dimensões: Ciências Exatas, que caracteriza pessoas as quais gostam de trabalhar com análise e interpretação de dados numéricos, desenvolvimento de programas de computadores, montagem de bancos de dados digitais e sistemas digitais para fábricas; Artes e Comunicação, a qual avalia o interesse em diversas áreas artísticas e culturais, como desenhar, escrever e revisar textos, criação e editoração de vídeos e trilhas sonoras, atividades teatrais e musicais, além do estudo da origem e da evolução do homem e da cultura; Ciências Biológicas e da Saúde, caracteriza pessoas que possuem maior tendência por atividades ligadas a cuidados, como orientação, prevenção e reabilitação, visando a recuperação do ser humano, incluindo também o contato com animais; Ciências Agrárias e Ambientais, que abrange as pessoas com maior interesse em atividades que focam questões do meio ambiente, como preservação e avaliação de riscos químicos e biológicos, prevenção de doenças referentes ao campo e animais, além de promover o ecoturismo; Atividades Burocráticas, revela a preferência por atividades de planejamento de dados e tarefas organizadas, como processos de departamento pessoal, atuação nas relações entre empresas e funcionários e departamento financeiro; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, relaciona-se a atividades ligadas à escrita e ao estudo, direcionadas à história e cultura da sociedade como um todo e, também, à elaboração de programas assistenciais voltados ao desenvolvimento humano nos âmbitos social, educacional e das relações pessoa-empresa; e, por fim, Entretenimento, a qual agrupa pessoas com preferências por atividades que envolvam relações interpessoais, promovendo o bem-estar por meio do lazer e da diversão, como produção de desfiles, editoriais de moda e realização de campanhas publicitárias, além do trabalho na área de hotéis, desde sua instalação e gerenciamento até o atendimento aos hóspedes (Noronha et al., 2007).
O psicólogo e orientador profissional suíço, Martin Achtnich, nos idos de 1970, desenvolveu um modelo sobre inclinações profissionais baseando-se na Teoria Pulsional de Szondi. Sua concepção abordava os componentes da personalidade e suas ligações com os interesses pessoais, que estariam interferindo na vida dos indivíduos, assim como em suas escolhas ocupacionais (Pasian, Okino, & Melo-Silva, 2007). Com base nesses princípios, Achtnich (1991) desenvolveu o Teste de Fotos de Profissões (Berufsbilder Test), conhecido como BBT, cuja concepção teórica se refere a uma percepção psicodinâmica da personalidade, na qual as tendências inconscientes, como necessidades e interesses, compõem o processo de seleção de certas escolhas ocupacionais, as quais poderão facilitar ou comprometer sua efetivação.
O Teste de Fotos de Profissões é tido como uma técnica projetiva que avalia a estrutura de interesses profissionais por meio das escolhas e rejeições de atividades, ambientes e instrumentos de trabalho representados nas fotos apresentadas ao avaliando. Resumidamente, os oito fatores componentes da personalidade e das motivações humanas presentes no BBT são o fator W, que representa a necessidade de tocar, ternura e sensibilidade; o fator K, relacionado à força física, agressividade e obstinação; o fator S, subdividido em Sh, necessidade de ajudar, cuidar, interesse pelo outro, e Se, dinamismo, ousadia, energia psíquica, capacidade para se impor; o fator Z, o qual indica necessidade de mostrar e valorização da estética; o fator V, ligado à razão, ao conhecimento e à objetividade; o fator G, que representa intuição, ideia, imaginação, criatividade; o fator M, o qual indica a necessidade de reter e lidar com fatos passados ou matéria (substâncias, dinheiro, terra) e possessividade (material e afetiva); e, por fim, o fator O, subdividido em Or, necessidade de falar e comunicar, e On, necessidade de nutrir e alimentar (Jacquemin, 2000; Jacquemin, Okino, Noce, Assoni, & Pasian, 2006).
O Teste de Fotos de Profissões possui uma versão masculina e outra feminina, pois as fotos se diferenciam, embora representem os mesmos fatores. O estudo de validade de conteúdo do instrumento indicou a necessidade de reformulação de algumas imagens para as duas versões, assim parte delas se manteve e parte foi construída pelos autores da versão brasileira. Os estudos da versão masculina (Jacquemin, 2000) contaram com amostra total composta por 703 sujeitos, sendo 476 alunos do ensino médio e 227 estudantes universitários do último ano dos cursos de Química, Engenharia Civil, Análise de Sistemas, Medicina, Odontologia, Biologia, Jornalismo, Direito e Administração. Os estudos da forma feminina (Jacquemin et al., 2006) foram realizados com amostra total de 864 mulheres, sendo 512 alunas do Ensino Médio e 352 alunas dos dois últimos anos de cursos de Medicina, Odontologia, Ciências Biológicas, Enfermagem, Administração, Pedagogia, Psicologia, Jornalismo, Análise de sistemas, Ciências Contábeis, Química e Arquitetura.
A elaboração dos parâmetros normativos para análise do desempenho dos participantes realizou-se por meio de análises estatísticas descritivas para a variável produtividade, ou seja, número de escolhas positivas, neutras e negativas no teste. Também foram comparados os índices de frequência média das escolhas das 96 fotos entre os grupos. Essas análises possibilitaram a criação de tabelas normativas para estudantes do ensino médio, distinguindo escola pública e particular, e para os universitários das três áreas (Exatas, Humanas e Biológicas). Apesar do desenvolvimento de vários estudos com o instrumento, Okino e Pasian (2010) ainda destacam a necessidade de investigações para averiguar a validade de construto dos pressupostos interpretativos do BBT-Br.
Os dois instrumentos, BBT-Br e EAP, já foram objetos de estudos os quais revelaram serem ambos boas opções para uso profissional, visto que apresentam parâmetros psicométricos adequados. No entanto, há a necessidade constante de aprimoramento e refinamento das medidas para garantia de bons resultados (Mansão, Noronha, & Ottati, 2011; Martins & Noronha, 2010; Noronha, Martins, Gurgel, & Ambiel, 2009; Nunes & Noronha, 2009; Okino & Pasian, 2010; Sartori, Noronha, & Nunes, 2009; Shimada, 2011; Shimada & Melo-Silva, 2013; Welter, 2007; Welter & Capitão, 2009). Ainda não há, na literatura disponível, investigação que tenha relacionado os dois instrumentos. Há sim relações com outros instrumentos, sendo que algumas dessas pesquisas serão descritas a seguir.
Welter e Capitão (2009) buscaram avaliar a validade do BBT-Br por meio da comparação com o Questionário Fatorial da Personalidade - 16PF. A amostra foi composta por 87 profissionais oriundos de diversas empresas, sendo 35 homens e 52 mulheres, com idade média de 29,4 anos (Desvio-Padrão - DP = 8,2). Ainda que os dois instrumentos partam de pressupostos teóricos distintos, a estrutura fatorial do 16PF se assemelha, em grande parte, aos fatores pulsionais avaliados pelo BBT. Assim, foram encontradas 20 correlações entre ambos os testes, sendo todas de baixa magnitude, o que levou os autores a sugerirem novos estudos comparando esses instrumentos.
Com objetivo de obter indicadores de precisão e validade para o BBT-Br, Okino e Pasian (2010), o relacionaram ao Self-Directed Search Career Explorer (SDS-CE), que avalia interesses profissionais na perspectiva da Teoria Tipológica de Holland. Participaram da pesquisa 497 alunos do terceiro ano do ensino médio de escolas públicas. A idade variou entre 16 e 19 anos e a maioria era do sexo feminino (295 - 59%). O BBT-Br e o SDS-CE foram aplicados de forma coletiva, separando os indivíduos por sexo. A análise das correlações foi feita considerando as escolhas positivas no BBT-Br. Na análise, as autoras consideraram as associações como sendo estatisticamente significativas quando os valores foram iguais ou maiores que 0,30. Foram encontradas correlações moderadas entre quase todos os fatores e tipos, destacando-se as relações entre o fator K (força) e tipo realista, fator Z (evidência) e tipos artístico e social e fator S (ajuda) e tipo social. Para as autoras, esses dados são bastante promissores, visto que colaboram para a confirmação da validade de construto do BBT-Br.
O Self-Directed Search também foi relacionado à EAP no estudo de Noronha e Ambiel (2008). Os participantes foram 122 estudantes universitários dos cursos de Educação Artística (47,5%), Psicologia (34,4%) e Medicina Veterinária (18,0%) de duas instituições particulares, sendo 81,1% do sexo feminino. A idade variou entre 17 e 73 anos (Média - M = 28,62). O objetivo do estudo era explorar as correlações entre os itens da EAP e os da Escala de Atividades do SDS para avaliar a validade de construto da EAP. Embora a relação tenha sido feita entre os itens da EAP e não entre as dimensões, os dados revelaram resultados congruentes entre as atividades profissionais e os itens correspondentes às dimensões, como, por exemplo, itens com atividades voltadas ao cuidado com seres humanos se correlacionaram com o tipo investigativo, já itens de atividades relacionadas à área de saúde, com características rotineiras e pouco criativas, apresentaram correlação negativa com o tipo artístico. Para os autores, os dados encontrados parecem indicar evidências de validade de construto para a EAP, dada a coerência entre os achados, mesmo considerando a diferença teórica que embasa os instrumentos.
Um estudo com objetivo de buscar evidências de validade convergente-discriminante para o teste Avaliação dos Tipos Profissionais de Holland (ATPH) foi realizado por Noronha, Mansão, Silva, Freitas e Pereira (2013). Para isso, foi realizada a correlação com a EAP a partir de sua aplicação em 42 estudantes dos ensinos fundamental e médio. Os achados indicaram correlações significativas entre todas as dimensões da EAP e as tipologias do ATPH, com magnitudes que variavam de baixas a moderadas. A conclusão das autoras é a de que foi evidenciada a validade do ATPH e que, embora o conceito de interesses adotado pelos instrumentos seja distinto, convergem para uma compreensão comum.
Isto posto, o presente estudo busca evidências de validade para a EAP por meio da comparação com outro instrumento, o BBT-Br. Embora tenham distintas bases teóricas (uma medida objetiva e outra projetiva), podem acessar informações em níveis diferentes, ou seja, apreendem aspectos distintos de um mesmo estado motivacional, traço ou necessidade. Sobre as correlações, se forem baixas, não devem ser entendidas como um problema de validade convergente e, em algumas situações, pode servir inclusive para sustentar as evidências de validade de ambos, demonstrando a possibilidade de avaliar sob outra perspectiva a utilidade clínica e empírica de ambos os métodos para o construto em questão (Villemor-Amaral & Pasqualini-Casado, 2006).
Método
Participantes
A amostra foi constituída por 196 alunos de uma universidade particular da região de Campinas. Do total, 70 participantes eram do curso de Odontologia, com idades entre 19 e 40 anos (M = 24,2; DP = 4,8); 65 do curso de Ciência da Computação, com idades entre 19 e 46 anos (M = 23,7; DP = 4,2); e 61 do curso de Pedagogia, na faixa etária dos 19 aos 49 anos (M = 24,8; DP = 5,6). Os estudantes cursavam o 5º e 7º semestres.
A escolha dos cursos é justificada pela ausência da participação de alunos de Odontologia e Ciência da Computação nos estudos psicométricos, de normatização e padronização durante a elaboração da EAP. O curso de Pedagogia fez parte dos estudos, mas com um número baixo de sujeitos.
Instrumentos
A Escala de Aconselhamento Profissional (EAP), desenvolvida por Noronha et al. (2007), é um instrumento de autorrelato e parte do pressuposto de que as profissões são escolhidas em função das preferências que as pessoas têm em relação a algumas características das ocupações e não a outras, de modo que a reunião de várias delas configura um determinado campo de interesse. A escala é composta por 61 itens os quais representam várias possibilidades profissionais. Seu formato é tipo Likert, sendo que as respostas variam de "frequentemente" (5) a "nunca" (1), de acordo com o interesse da pessoa avaliada em desenvolver cada atividade.
Os itens do instrumento estão organizados em sete dimensões, a saber: Ciências Exatas, composta por 14 itens; Artes e Comunicação, também com 14 itens; Ciências Biológicas e da Saúde, contendo 9; Ciências Agrárias e Ambientais, com 13; Atividades Burocráticas, também composta por 13 itens; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, com 10 itens; e Entretenimento, 6 itens.
O Teste de Fotos de Profissões é uma técnica projetiva de avaliação psicológica e busca clarificar a inclinação profissional. O instrumento foi elaborado por Martin Achtnich na década de 1970 na Suíça e é composto por 96 fotografias representando pessoas no exercício de vários tipos de atividades. Ele é constituído de duas versões (feminina e masculina), sendo que o manual com os estudos de padronização brasileira para a forma masculina foi publicado em 2000 (Jacquemin, 2000) e o da feminina em 2006 (Jacquemin et al., 2006).
No que se refere à aplicação do teste, o respondente deve agrupar as fotos em positivas, negativas e neutras. Desse modo, por meio da análise quantitativa do BBT, verifica-se como o avaliando organiza afetivamente suas escolhas e estabelece seu perfil motivacional. Os estudos psicométricos das duas versões foram desenvolvidos com grupos de adolescentes que cursavam o ensino médio, estudantes universitários das áreas de Exatas, Humanas e Biológicas e profissionais das mesmas áreas.
Procedimentos
Depois de submeter o projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa de uma Instituição de Nível Superior (IES) e de receber sua respectiva aprovação (Certificado de Apresentação para Apreciação Ética nº 0232.0.142.000-08), foi realizado o contato com a mesma IES por meio de seus coordenadores de curso, sendo agendadas as datas para coleta. As aplicações ocorreram em sala de aula de forma coletiva; os alunos foram divididos por sexo para atender os requisitos do BBT-Br, cujos estímulos são diferenciados para homens e mulheres. As aplicações ocorreram simultaneamente, porém em salas diferentes, com o auxílio de dois pesquisadores.
Quanto à aplicação do BBT-Br, foi necessária a utilização de computador e projetor multimídia. Aos alunos, foram apresentados os objetivos do estudo, o caráter voluntário da participação e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após a assinatura do mesmo, os colaboradores responderam ao BBT-Br e, em seguida, à EAP, sendo esta a ordem de aplicação em toda a amostra. As aplicações duraram em média 30 minutos.
Resultados e Discussão
No tocante aos resultados, serão apresentadas as estatísticas descritivas dos instrumentos EAP e BBT-Br. Os dados coletados foram analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences. Cada dimensão do EAP possui um número variado de itens, de modo que a análise dos dados foi realizada a partir da média ponderada, o que explica a variação de 1 a 5 pontos. Os dados podem ser visualizados na Tabela 1.
As maiores médias encontradas dizem respeito às dimensões Ciências Agrárias e Ambientais, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências Biológicas e da Saúde. É importante ressaltar que a diferença entre as duas últimas foi pequena e que na dimensão Ciências Biológicas e da Saúde o desvio-padrão foi maior. Os resultados indicam que a amostra possui interesses variados, afinal a escolha pela dimensão Ciências Agrárias e Ambientais destaca a preferência por atividades relacionadas às questões do meio ambiente, ecoturismo e manipulação de produtos industrializados, como medicamentos, cosméticos e alimentos, por exemplo. A escolha de Ciências Humanas e Sociais, por sua vez, adverte o gosto por atividades relacionadas à escrita e ao estudo, assim como programas assistenciais voltados ao desenvolvimento humano nos âmbitos social, educacional e das relações pessoa-empresa (Noronha et al., 2007).
Análise semelhante foi realizada para o BBT-Br. Foram empregados os fatores positivos e negativos, sendo que o valor máximo em cada um deles é oito. Dessa forma, optou-se por não usar os resultados "indiferentes", pois contribuiriam pouco com o objetivo deste estudo. Os dados estão na Tabela 2.
Os resultados apontaram que as maiores médias encontradas foram nos fatores S e W, os quais indicam, respectivamente, o interesse pelo social com disponibilidade para estar junto ao outro, a busca pela mudança, o gosto pelo risco e pelo imprevisto e a necessidade de tocar e servir o outro, tanto na esfera física quanto na psíquica. A menor média foi verificada no fator K, que corresponde à força física, seguida pelo Fator M, matéria, o qual indica a aversão pelo uso da força física, agressividade e trabalhos desgastantes, assim como a recusa por atividades pouco especializadas e mais manuais (Melo-Silva, Noce, & Andrade, 2003; Shimada, 2011).
A oposição a esses fatores também foi observada em outros estudos em populações diferentes, como adolescentes em processos de OP, estudantes universitários e adultos com formação superior em processos de seleção (Achtnich, 1991; Jacquemin, 2000; Jacquemin et al., 2006; Welter, 2007). Esse fato pode estar relacionado às questões cultural e social, já que profissões as quais exigem esforço físico não agradam a maioria das pessoas (Shimada, 2011).
A fim de verificar evidências de validade de construto convergente discriminante para a EAP, foi realizada a análise da correlação parcial de Pearson entre os instrumentos com controle da variável sexo, disposta na Tabela 3. Optou-se pelo controle de sexo em decorrência dos resultados encontrados em outros estudos, nos quais as diferenças entre homens e mulheres foram identificadas (Alves, 2008; Carvalho, 2012; Melo-Silva et al., 2003).
Ao serem correlacionadas as dimensões do EAP e os fatores positivos do BBT-Br, foram encontrados coeficientes significativos, de baixos a moderados, entre todas as dimensões e fatores. Neste estudo, o coeficiente de correlação igual ou superior a 0,30 (Sisto, 2007) será objetivo de análise das associações significativas nos resultados.
A dimensão Ciências Exatas correlacionou-se significativamente com o Fator V - objetividade (r = 0,44), indicando que o gosto por atividades referentes à análise e interpretação de dados numéricos, desenvolvimento de programas de computadores e equipamentos de monitoramento, projetos que envolvam o planejamento e implantação de linhas de produção e estudo das condições ambientais e de propriedades físicas do solo e atmosfera confirmam as características do Fator V. Artes e Comunicação correlacionou-se com todos os fatores, porém as correlações superiores a 0,30 foram em Z (evidência), G (imaginação criativa) e S (social). O Fator Z se caracteriza, basicamente, como a necessidade de se mostrar, de estar em evidência, de ser valorizado e de representar, apreciando tudo que é esteticamente belo e manifestando-se na exibição de si mesmo ou de seu trabalho e de sua produção. O Fator S, por sua vez, além do senso social, tem como características a necessidade de movimento, de relação com o outro e com situações sociais, assim como o gosto pela mudança, pelo risco e por imprevistos. Já o Fator G, descrito anteriormente, é bastante próximo da definição da dimensão Artes e Comunicação, caracterizada por atividades como desenhar, escrever e revisar textos, criação de produtos, manipulação de vídeos, trilhas sonoras, objetos de arte, moda, teatro e dança.
Quanto às Ciências Biológicas e da Saúde, as correlações acima de 0,30 foram encontradas com os Fatores S (social) e G (imaginação criativa), os quais correspondem ao senso social, à necessidade de ajudar o outro, ao trabalho voltado à investigação, elaboração do pensamento, pesquisa, criação e argumentação. No que diz respeito à dimensão Ciências Agrárias e Ambientais, a mesma apresentou correlações significativas com todos os fatores, sendo a maioria superior a 0,30. As mais elevadas, no entanto, foram em S (social) (r = 0,53) e G (imaginação criativa) (r = 0,51), assim como ocorreu com a dimensão Ciências Biológicas e da Saúde. A dimensão Ciências Agrárias e Ambientais se refere a pessoas com interesses em atividades que envolvam o meio ambiente, preservação e avaliação de riscos químicos e biológicos e prevenção de doenças relacionadas ao campo e animais; destaca-se, ainda, a preferência por analisar e controlar produtos industrializados, como medicamentos, cosméticos, insumos ou alimentos.
Em relação à dimensão Atividades Burocráticas, as correlações acima de 0,30 foram com os Fatores V (objetividade) e G (imaginação criativa). A dimensão envolve a preferência por atividades organizadas, processos de departamento pessoal ou financeiro e atividades de planejamento de dados e tarefas, apresentando características também presentes nos Fatores V e G, como a necessidade de objetividade, conhecimento, organização, clareza no pensamento, racionalidade e precisão.
A dimensão Ciências Humanas e Sociais Aplicadas correlacionou-se positivamente com todos os fatores, sendo que as correlações superiores a 0,30 foram em G (imaginação criativa), V (objetividade), Z (evidência), S (social) e M (matéria). Prevalecem, nessa dimensão, os interesses por atividades ligadas à escrita e ao estudo e direcionadas à história e cultura da sociedade como um todo. Destacam-se, também, o contato com livros e textos por meio de leitura, escrita ou revisão e a elaboração de programas assistenciais voltados ao desenvolvimento humano. Desse modo, a correlação com os Fatores G e Z pode ser explicada através da preferência pelo trabalho voltado à investigação, elaboração do pensamento, pesquisa, criação e argumentação, assim como o gosto pelo que é belo e o desejo de ter seu trabalho valorizado, privilegiando, ainda, a objetividade, o conhecimento e a organização, características preconizadas pelo Fator V.
Quanto à dimensão Entretenimento, não foi possível observar índices de correlação maiores que 0,30 com nenhum dos fatores do BBT-Br. Entretanto, com os Fatores Z (evidência) e O (oralidade), os quais dizem respeito à comunicação e contato com o outro e ao gosto por estar em evidência e ter seu trabalho reconhecido, os coeficientes se aproximaram desse valor (r = 0,28). Como principais características dessa dimensão, pode-se citar atividades que envolvam relações interpessoais, promovendo o bem-estar por meio do lazer e da diversão. Sobressaem-se, também, as preferências no âmbito da moda, publicidade e hotelaria.
Tendo em vista a importância da OP para a Psicologia, a qual se confirma na medida em que o mundo do trabalho passa por constantes mudanças e as pessoas procuram por meios que as auxiliem na tomada de decisão quanto ao futuro profissional, observa-se que o surgimento e o desenvolvimento dessa área possibilitaram avanços na ciência e na prática psicológica. Houve um aumento significativo de estudos e publicações no que diz respeito a essa temática, além da preocupação com a formação do orientador. Ainda assim, no que se refere aos instrumentos facilitadores da escolha profissional, a Psicologia brasileira é rudimentar, o que embasa a necessidade de desenvolvimento de outras pesquisas.
Existe, entre os pesquisadores da área de OP, um consenso sobre a necessidade de desenvolver instrumentos válidos, precisos e normatizados para a população brasileira, bem como de tradução, adaptação e normatização daqueles publicados em outros países, visando o aperfeiçoamento da prática dos orientadores profissionais no Brasil. Como há escassez de instrumentos específicos com parâmetros psicométricos comprovados para o uso em OP, estudos visando o aprimoramento teórico, técnico e instrumental são de grande importância.
Nesse sentido, entende-se que o objetivo da presente investigação foi alcançado, pois foi possível verificar correlações significativas entre os dois instrumentos e entre as dimensões e fatores, revelando evidências de validade para a Escala de Aconselhamento Profissional. Estudos anteriores realizados com o objetivo de relacionar medidas de interesses também chegaram a conclusões semelhantes, embora com populações distintas. Considerando o resultado da pesquisa, a qual encontrou evidências de validade de construto para os pressupostos teóricos do BBT-Br, o presente estudo se beneficia do achado, visto que houve comunalidade entre BBT-Br e EAP. Há que se considerar a limitação das interpretações ora apresentadas, pois esse é o primeiro estudo dessa natureza, ou seja, há muitas outras populações e variáveis as quais podem ser avaliadas, aprimorando, assim, as qualidades psicométricas de ambos instrumentos.
Outras limitações a serem consideradas são amostra de conveniência e a participação de alunos de uma única universidade particular. Sendo assim, estudos futuros com amostras maiores e de diferentes regiões poderão contribuir para uma melhor compreensão dos resultados. Salienta-se, também, a carência de pesquisas com a população universitária, principalmente com estudantes de final de curso que, teoricamente, apresentam interesses mais definidos. A título de agenda de pesquisa, seria interessante considerar algumas variáveis não utilizadas na presente investigação, como grupos de alunos trabalhadores e não trabalhadores, turnos distintos e caracterização socioeconômica, por exemplo. Além disso, outros cursos podem vir a ser incluídos, de modo a ampliar a compreensão da natureza das associações entre os instrumentos em questão.
Referências
- Achtnich, M. (1991). O BBT - Teste de Fotos de Profissões: método projetivo para a clarificação da inclinação profissional. São Paulo: Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia.
- Alves, D. P. B. (2008). O BBT-Br e a avaliação da personalidade: um estudo de validação com adolescentes (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
- Ambiel, R. M., & Polli, M. F. (2011). Análise da produção científica brasileira sobre avaliação psicológica em orientação profissional. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 2(1), 103-121.
- American Educational Research Association, American Psychological Association, & National Council on Measurement in Education. (1999). Standards for educational and psychological testing. Washington: American Psychological Association.
- Andrade, J., Meira, G., & Vasconcelos, Z. (2002). O processo de orientação vocacional frente ao século XXI: perspectivas e desafios. Psicologia: Ciência e Profissão, 22(3), 46-53.
- Athanasou, J. A., & Van Esbroeck, R. (2007). Multilateral perspectives on vocational interests. International Journal for Educational and Vocational Guidance, 7(1), 1-3.
- Carvalho, R. G. G. (2012). Pessoas versus coisas: sobre as diferenças de gênero nos interesses profissionais. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 13(2), 173-182.
- Duarte, M. E., Lassance, M. C., Savickas, M. L., Nota, L., Rossier, J., Dauwalder, J., ... Van Vianen, A. E. M. (2010). A construção da vida: um novo paradigma para entender a carreira no século XXI. Interamerican Journal of Psychology, 44(2), 392-406.
- Gamboa, V., Paixão, M. P., & Jesus, S. N. (2011). A eficácia de uma intervenção de carreira para a exploração vocacional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 12(2), 153-164.
- Guichard, J. (2012). Quais os desafios para o aconselhamento em orientação no início do século 21? Revista Brasileira de Orientação Profissional, 13(2), 139-152.
- Jacquemin, A. (2000). O BBT-Br: Teste de Fotos de Profissões: normas, adaptação brasileira, estudos de caso. São Paulo: Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia .
- Jacquemin, A., Okino, E. T. K., Noce, M. A., Assoni, R. F., & Pasian, S. R. (2006). O BBT-Br feminino. Teste de Fotos de Profissões: adaptação brasileira, normas e estudos de caso. São Paulo: Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia .
- Leitão, L. M., & Miguel, J. P. (2004). Avaliação dos interesses. In L. M. Leitão (Org.), Avaliação psicológica em orientação escolar e profissional (pp.179-262). Coimbra: Quarteto.
- Mansão, C. S. M. (2005). Interesses profissionais: validação do Self-Directed Search Career Explorer - SDS (Tese de doutorado não-publicada). Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
- Mansão, C. S. M., & Yoshida, E. P. M. (2008). SDS - Questionário de busca auto-dirigida: precisão e validade. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 7(2), 67-79.
- Mansão, C. S. M., Noronha, A. P. P., & Ottati, F. (2011). Interesses profissionais: análise correlacional entre dois instrumentos de avaliação. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 12(2), 175-184.
- Martins, D. F., & Noronha, A. P. P. (2010). Interesse profissional e características socioeconômicas de estudantes do Ensino Médio. Psico, 41(1), 76-84.
- Melo-Silva, L. L., Noce, M. A., & Andrade, P. P. (2003). Interesses em adolescentes que procuram orientação profissional. Psic, 4(2), 6-17.
- Noronha, A. P. P., & Ambiel, R. A. M. (2006). Orientação profissional e vocacional: análise da produção científica. Psico-USF, 11(1), 75-84.
- Noronha, A. P. P., & Ambiel, R. A. M. (2008). Estudo correlacional entre Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) e Self-Directed Search (SDS). Interação em Psicologia, 12(1), 21-33.
- Noronha, A. P. P., Mansão, C. S. M., Silva, M. A., Freitas, P. C. S., & Pereira, G. O. A. (2013). Evidências de validade convergente-discriminante para a Avaliação dos Tipos Profissionais de Holland (ATPH). Psicologia: Ciência e Profissão, 33(1), 4-15.
- Noronha, A. P. P., Martins, D. F., Gurgel, M. G. A., & Ambiel, R. A. M. (2009). Estudo correlacional entre interesses profissionais e vivências acadêmicas no ensino superior. Psicologia Escolar e Educacional, 13(1), 143-154.
- Noronha, A. P. P., Sisto, F. F., & Santos, A. A. A. (2007). Escala de Aconselhamento Profissional - EAP: manual de aplicação. São Paulo: Vetor.
- Nunes, M. F. O., & Noronha, A. P. P. (2009). Relações entre interesses, personalidade e habilidades cognitivas: um estudo com adolescentes. Psico-USF, 14(2), 131-141.
- Nunes, M. F. O., Okino, E. T. K., Noce, M. A., & Jardim-Maran, M. L. C. (2008). Interesses profissionais: perspectivas teóricas e instrumentos de avaliação. Avaliação Psicológica, 7(3), 403-414.
- Okino, E. T. K., & Pasian, S. R. (2010). Evidências de precisão e validade do Teste de Fotos de Profissões (BBT-Br). Revista Brasileira de Orientação Profissional, 11(1), 23-35.
- Ottati, F. (2009). Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) e BBT-Br: estudo de evidências de validade (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade São Francisco, Itatiba.
- Pasian, S. R., Okino, E. T. K., & Melo-Silva, L. L. (2007). O Teste de Fotos de Profissões (BBT) e Achtnich: histórico e pesquisas desenvolvidas no Brasil. Psico-USF, 12(2), 173-187.
- Primi, R., Moggi, M. A., & Casellato, E. O. (2004). Estudo correlacional do inventário de busca auto-dirigida (Selfdirected search) com o IFP. Psicologia Escolar e Educacional, 8(1), 47-54.
- Sartori, F. A., Noronha, A. P. P., & Nunes, M. F. O. (2009). Comparações entre EAP e SDS: interesses profissionais em alunos do ensino médio. Boletim de Psicologia, 59(130), 17-29.
- Savickas, M. L. (1999). Examining the personal meaning of inventoried interests during career couseling. Journal of Career Assessment, 3(2), 188-201.
- Savickas, M. L. (2011). New questions for vocational psychology: Premises, paradigms, and practices. Journal of Career Assessment, 19(3), 251-258.
- Savickas, M. L., Taber, B. J., & Spokane, A. R. (2002). Convergent and discriminant validity of five interest inventories. Journal of Vocational Behavior, 61(1), 139-184.
- Shimada, M. (2011). O BBt-Br em contexto interventivo: um estudo com adolescentes em processo de orientação vocacional (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade de São Paulo.
- Shimada, M., & Melo-Silva, L. L. (2013). Interesses profissionais e papéis de gênero: escolhas femininas no BBT-Br. Avaliação Psicológica, 12(2), 243-251.
- Sisto, F. F. (2007). Delineamento correlacional. In M. N. Baptista & C. Campos (Orgs.), Metodologias de pesquisa em ciências: análises quantitativa e qualitativa (pp.90-101). Rio de Janeiro: LTC.
- Sparta, M., Bardagi, M. P., & Teixeira, M. A. P. (2006). Modelos e instrumentos de avaliação em orientação profissional: perspectiva histórica e situação no Brasil. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 7(2), 19-32.
- Villemor-Amaral, A. E., & Pasqualini-Casado, L. (2006). A cientificidade das técnicas projetivas em debate. Psico-USF, 11(2), 185-193.
- Welter, G. M. (2007). O BBT - Teste de Fotos de Profissões em adultos e adolescentes. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 8(1), 45-58.
- Welter, G., & Capitão, C. G. (2009). Inclinação profissional e personalidade: estudo de correlação entre medidas desses construtos. Psicologia: Ciência e Profissão, 29(3), 588-601.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
Oct-Dec 2016
Histórico
-
Recebido
20 Maio 2014 -
Revisado
27 Out 2014 -
Aceito
12 Jan 2015