Open-access Protótipo de aplicativo para a educação do paciente antes da revascularização miocárdica

Application prototype for patient education before coronary artery bypass graft surgery

Prototipo de aplicación para la educación de pacientes antes de la revascularización miocárdica

Resumo

Objetivo  Analisar o conteúdo e usabilidade de um protótipo de aplicativo móvel para apoiar a educação do paciente no pré-operatório de revascularização miocárdica.

Métodos  Estudo metodológico, quantitativo, baseado no referencial design instrucional contextualizado. Na etapa de análise realizou-se revisão de escopo e um estudo qualitativo com 13 pacientes com a finalidade de identificar o conteúdo para compor o aplicativo. Na etapa de design e desenvolvimento estruturou-se o conteúdo. Durante a implementação, procedeu-se a configuração dos recursos e, na avaliação, utilizou-se a técnica Delphi, com a avaliação do conteúdo a partir dos critérios de Pasquali e a usabilidade do aplicativo por meio do ERGOLIST por 20 juízes na primeira rodada e 16 na segunda. Usou-se, para análise, o coeficiente de validade de conteúdo, considerado válido acima de 0,8 e o percentual de concordância igual ou superior a 80%. Realizou-se o teste binomial em cada item para determinar o nível de significância (p<0,05).

Resultados  A análise do conteúdo resultou em um coeficiente de validade de conteúdo superior a 0,8 e percentual de concordância superior a 80% em todos os critérios analisados. Já a usabilidade, apresentou percentual superior a 90% em todos os itens. Todos os itens analisados apresentaram significância estatística. O aplicativo OrientaRVM foi composto por 90 telas que formam o menu inicial e nove seções: entenda mais sobre o coração; entenda a sua doença; entenda a cirurgia de ponte de safena ou ponte mamária; cuidados antes da cirurgia; cuidados após a cirurgia; reabilitação e mudanças no estilo de vida; registros do paciente; agenda; quiz.

Conclusão  O OrientaRVM apresenta conteúdo confiável, funcionalidade adequada e foi recomendado para ser utilizado como recurso auxiliar na educação do paciente antes da revascularização miocárdica.

Educação do paciente; Tecnologia educacional; Aplicativos móveis; Revascularização miocárdica; Período pré-operatório

Resumen

Objetivo  Analizar el contenido y la usabilidad de un prototipo de aplicación móvil para apoyar la educación de pacientes en el preoperatorio de revascularización miocárdica.

Métodos  Estudio metodológico, cuantitativo, basado en el marco referencial de diseño instruccional contextualizado. En la etapa de análisis se realizó la revisión de alcance y un estudio cualitativo con 13 pacientes con la finalidad de identificar el contenido para componer la aplicación. En la etapa de diseño y desarrollo se estructuró el contenido. Durante la implementación se realizó la configuración de los recursos y, en la evaluación, se utilizó el método Delphi, con la evaluación del contenido a partir de los criterios de Pasquali y la usabilidad de la aplicación por medio de ERGOLIST por 20 jueces en la primera ronda y 16 en la segunda. Para el análisis se usó el coeficiente de validez de contenido, considerado válido superior a 0,8 y el porcentaje de concordancia igual o superior al 80 %. Se realizó la prueba binominal en cada ítem para determinar el nivel de significación (p<0,05).

Resultados  El análisis del contenido dio como resultado un coeficiente de validez de contenido superior a 0,8 y porcentaje de concordancia superior al 80 % en todos los criterios analizados. Por otro lado, la usabilidad presentó un porcentaje superior al 90 % en todos los ítems. Todos los ítems analizados presentaron significación estadística. La aplicación OrientaRVM estuvo compuesta por 90 pantallas que forman el menú inicial y nueve secciones: entienda más sobre el corazón; entienda su enfermedad; entienda la cirugía de bypass coronario o puente mamario; cuidados antes de la cirugía; cuidados después de la cirugía; rehabilitación y cambios en el estilo de vida; registros del paciente; agenda; quiz.

Conclusión  OrientaRVM presenta contenido confiable, funcionalidad adecuada y fue recomendado para su uso como recurso auxiliar en la educación del paciente antes de la revascularización miocárdica.

Educación del paciente; Tecnología educacional; Aplicaciones móviles; Revascularización miocárdica; Periodo posoperatorio

Abstract

Objective  To analyze the content and usability of a mobile application prototype to support patient education in the preoperative period of myocardial revascularization.

Methods  This is a quantitative methodological study based on the contextualized instructional design framework. In the analysis stage, a scoping review and a qualitative study were carried out with 13 patients to identify the content to compose the application. In the design and development stage, content was structured. In the implementation stage, resources were configured. In the assessment stage, the Delphi technique was used, with content assessment from the Pasquali criteria and application usability through the ERGOLIST by 20 judges in the first round and 16 in the second. For analysis, the Content Validity Coefficient was used, considered valid above 0.8 and the percentage of agreement equal to or greater than 80%. The binomial test was performed on each item to determine the significance level (p<0.05).

Results  Content analysis resulted in a Content Validity Coefficient greater than 0.8 and a percentage of agreement greater than 80% in all analyzed criteria. Usability, on the other hand, presented a percentage greater than 90% in all items. All items analyzed were statistically significant. The OrientaRVM application was composed of 90 screens that form the initial menu and nine sections: understand more about the heart; understand your illness; understand coronary artery bypass graft surgery or breast bypass surgery; care before surgery; care after surgery; rehabilitation and lifestyle changes; patient records; schedule; quiz.

Conclusion  OrientaRVM presents reliable content, adequate functionality and was recommended to be used as an auxiliary resource in patient education before myocardial revascularization.

Patient education; Educational technology; Mobile applications; Myocardial revascularization; Postoperative period

Introdução

As doenças cardiovasculares são consideradas um problema de saúde pública por serem as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Nesse grupo, está incluída a doença arterial coronariana (DAC), ocasionada por uma diminuição do fornecimento de sangue ao músculo cardíaco devido a redução do fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o coração.(1)

O tratamento da DAC inclui medidas não invasivas como terapia medicamentosa e mudanças no estilo de vida, com manutenção ou adoção de hábitos saudáveis e em determinadas situações as intervenções invasivas. Nessas, destaca-se a cirurgia de revascularização miocárdica (RVM) que consiste em uma cirurgia cardíaca complexa e de grande porte, com a finalidade de reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.(2)

Os pacientes submetidos a RVM são passíveis de complicações no pós-operatório, o que pode ocasionar um aumento do tempo de internação hospitalar e demora em sua recuperação.(3) Nesse contexto, é indispensável a implementação de cuidados, com vistas a favorecer um pós-operatório com menor número de complicações e eventos adversos. Para isso, é necessário fornecer informações válidas e confiáveis sobre o processo de tratamento ao paciente para promover a educação em saúde e, assim, proporcionar aprendizagem efetiva no pré-operatório. Isso poderá contribuir para um envolvimento ativo do indivíduo no processo de cuidados.(4)

Desta forma, a educação em saúde deve ser realizada por toda a equipe multiprofissional no período perioperatório. Nessa equipe, destaca-se o enfermeiro, o qual tem papel fundamental em contribuir de forma direta e planejada na rotina pré-operatória, que inclui as intervenções educacionais.(5) Essas intervenções sofreram influências, nas últimas décadas, da evolução tecnológica e passaram a incorporar diversas tecnologias, que podem ser definidas como recursos utilizados para melhorar a eficiência da educação, alcançada a partir da funcionalidade fornecida pelos materiais.(6) Como exemplo dessas tecnologias, citam-se: vídeos, folhetos, manuais de orientações e aplicativos para dispositivos móveis (APP).

Uma revisão sistemática com o objetivo de avaliar o efeito dos aplicativos móveis na melhora da adesão à reabilitação cardíaca verificou diferentes tipos de abordagens com foco na autonomia de pacientes, incluindo monitoramento de parâmetros e atividades diárias, feedback de profissionais, incentivo e fornecimento de informações sobre exercícios, medicamentos e cuidados com a saúde. Esse estudo concluiu que tais aplicativos têm um grande potencial para melhorar a adesão e minimizar os problemas de saúde. Porém, a implementação e avaliação desses recursos ainda são incipientes, sobretudo no período pré-operatório de pacientes com doenças no coração, com a necessidade do desenvolvimento de dispositivos mais inteligentes e pesquisas adicionais para verificar sua eficácia.(7)

E no contexto educacional, cita-se como exemplo o desenvolvimento de um protótipo de app educativo e de acompanhamento de enfermagem para pacientes com diagnóstico de doença arterial periférica, por pesquisadores brasileiros. Esse recurso elencou pontos fundamentais para disponibilizar uma ferramenta de educação em saúde acompanhamento efetivo e seguro para pacientes com essa doença.(8)

Assim, surgiu o seguinte questionamento: o conteúdo e a usabilidade de um protótipo de aplicativo móvel para apoiar a educação do paciente no pré-operatório de RVM são válidos? Neste contexto, objetivou-se analisar o conteúdo e usabilidade de um protótipo de aplicativo móvel para apoiar a educação do paciente no pré-operatório de revascularização miocárdica.

Métodos

Estudo metodológico, de abordagem quantitativa, realizado no período de janeiro a setembro de 2021. Adotou-se o referencial de estruturação de recursos educacionais design instrucional contextualizado (DIC), que propõe as seguintes etapas: análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação.(9)

Na etapa de análise, realizou-se revisão de escopo nas fontes de dados PubMed, CINAHL, Web of Science, Scopus, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), The Cochrane Library, Embase, Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, portal DART-Europe E-Theses, Electronic Theses Online Service, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, National Library of Australia (Trove), National ETD Portal, Education Resources Information Center e Theses Canada.

Usou-se a estratégia de busca “patient” OR “client” AND “patient education” OR “health education” OR “learning needs” OR “learning” OR “active learning” OR “educational needs assessment” AND “preoperative period” OR “perioperative care” AND “myocardial revascularization” OR “internal mammary artery implantation” OR “coronary artery bypass graft surgery” OR “coronary artery surgery” AND “hospital” OR “intensive care unit” OR “coronary care units” OR “inpatients” OR “hospitalization”. O protocolo da revisão foi registrado na plataforma Open Science Framework, Digital Object Identifier System (DOI): 10.17605/OSF.IO/2PBEM.

Ainda na etapa de análise, realizou-se estudo qualitativo com 13 pacientes diagnosticados com DAC e indicação para cirurgia de RVM, internados em um hospital universitário, com a finalidade de identificar o conteúdo para compor o aplicativo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, a partir do questionamento: “um aplicativo móvel com orientações sobre a sua cirurgia deveria apresentar qual conteúdo / tópicos?”. Os dados foram tabulados, inseridos no Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (Iramuteq) e analisados conforme a classificação hierárquica descendente (CHD).

Já na de design e desenvolvimento, adaptadas para esse estudo em etapas simultâneas, estruturou-se o conteúdo em tópicos, textos curtos, imagens, e outros recursos didáticos para formarem a interface (layout). Isso se deu com base nas necessidades de aprendizagem dos pacientes identificadas na scoping review e no estudo qualitativo, que estiveram relacionadas ao conhecimento sobre o coração, os cuidados e as rotinas que envolvem o contexto do paciente no pré-operatório, o procedimento cirúrgico propriamente dito e aspectos importantes relacionados ao período pós-operatório. Ademais, o protótipo foi produzido sem a necessidade de realizar cadastro prévio, permitindo livre navegação pelo usuário.

Houve ainda, a seleção dos recursos que representaram a estrutura de navegação do aplicativo, com o planejamento e a configuração das telas. Contou-se com a ajuda de especialistas da área de educação e tecnologia da informação para o desenvolvimento dos protótipos de baixa e alta fidelidade do software na ferramenta Figma®. As ilustrações e ícones utilizados no aplicativo originaram-se do repositório de imagens vetorizadas Freepik® e foram editadas ou criadas pela equipe de desenvolvimento no software Illustrator®.

Na etapa de implementação procedeu-se a configuração dos recursos educacionais utilizados no protótipo de alta fidelidade na ferramenta Figma®, para posterior desenvolvimento da versão final para download nas lojas de aplicativos. Na avaliação, foram verificados o conteúdo e a usabilidade do aplicativo. Nessa etapa participaram enfermeiros com experiência e/ou especialistas em cardiologia, selecionados por amostragem intencional. Para esse grupo, estimou-se amostra de 20 profissionais, conforme recomendação de outros estudos, que citam uma amostra de seis a 20 participantes como suficiente para a avaliação de conteúdo.(10,11)

Para a seleção desses profissionais, considerou-se no mínimo 4 pontos no modelo de critérios de Fehring(12) adaptados para este estudo: mestre em enfermagem (1); mestrado em enfermagem com dissertação na área de cardiologia (1); pesquisas (2) ou artigos publicadas na área de cardiologia ou elaboração de aplicativos (2); doutorado em enfermagem, com tese na área de cardiologia ou desenvolvimento de aplicativos (2); experiência na assistência de no mínimo um ano em cardiologia (4); e especialização e/ou residência uni ou multiprofissional em cardiologia (3), com pontuação máxima de 15 pontos.

Realizou-se busca na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do preenchimento dos campos: assunto – enfermagem em cardiologia AND revascularização do miocárdio. Mantiveram-se selecionadas as bases de doutores e demais pesquisadores conforme campos específicos do portal. Foram localizados 44 enfermeiros, que foram convidados para participar da etapa de validação, nos meses de julho a setembro de 2021, por e-mail identificado em publicações disponíveis em bases de dados. Foi enviado convite para um número superior ao recomendado devido à possibilidade de recusas à participação na pesquisa. Participaram também enfermeiros do cenário do estudo qualitativo que se enquadraram nos mesmos critérios descritos anteriormente, cujo convite foi realizado diretamente pelos pesquisadores ou por e-mail.

Ainda na etapa de avaliação utilizou-se a técnica Delphi, que consiste em um trabalho realizado em conjunto, porém de forma anônima, por experts em uma determinada área, para obtenção do consenso.(13) Assim, conforme recomendação, o instrumento de coleta de dados foi enviado mais de uma vez para os mesmos especialistas, até a obtenção do consenso na avaliação do conteúdo e na usabilidade, que nesta pesquisa, se deu em duas rodadas de avaliação.

Utilizou-se um instrumento estruturado enviado via Google Forms composto por questões abertas e fechadas para traçar o perfil sociodemográfico, acadêmico e profissional dos juízes e questões referentes ao grau de adequação do conteúdo do app como um todo, compostas por 12 critérios adaptados para a tecnologia desenvolvida, a saber: comportamental, objetividade, simplicidade, clareza, relevância, precisão, variedade, modalidade, tipicidade, credibilidade, amplitude e equilíbrio.(14) As questões apresentavam as seguintes opções de resposta em escala Likert: 1. Inadequado; 2. Parcialmente adequado; 3. Neutro; 4. Adequado; 5. Totalmente adequado e um espaço para comentários e sugestões.

Para a análise da usabilidade, utilizaram-se 18 itens da ERGOLIST. Esses itens foram adaptados por pesquisadora brasileira e ajustados para esta pesquisa.(15) Ademais, cada item apresentou as seguintes opções de resposta por meio de escala Likert: 1. Discordo fortemente; 2. Discordo; 3. Não sei; 4. Concordo; 5. Concordo fortemente.

Nas duas rodadas, enviou-se junto ao instrumento um link para acesso ao protótipo de alta fidelidade na plataforma Figma®, para possibilitar a navegação no mesmo, pelos juízes, bem como as telas de cada seção. Na segunda rodada, disponibilizou-se também um link para acesso a uma pasta no Google Drive com todos os comentários/sugestões efetuados pelos juízes na primeira avaliação.

Tabularam-se os dados provenientes do instrumento no software Microsoft Excel®, e, a seguir, procedeu-se análise descritiva. O conteúdo foi considerado válido quando apresentou coeficiente de validade de conteúdo (CVC) superior a 0,8 e um percentual de concordância (PC) igual ou superior a 80%. O CVC foi identificado por meio da seguinte operação: divisão da média dos valores das respostas dos juízes (∑xj) – variável de 1 a 5, pelo valor máximo da última opção de resposta da escala Likert (Vmax) – 5.(16)

Para o cálculo do PC, adotou-se a divisão do nº de participantes que concordaram (nc) – soma dos participantes que responderam as opções 4 e 5 (adequado e totalmente adequado, respectivamente) pelo nº total de participantes (n), multiplicado por 100.(17)

Quanto à usabilidade, o app foi considerado válido quando houve percentual de concordância igual ou superior a 80% após a aplicação dos 18 itens da ERGOLIST adaptada.(15) Esse cálculo foi obtido por meio da fórmula já descrita anteriormente, na qual dividiu-se o nº de participantes que concordaram (nc) – soma dos participantes que responderam às opções 4 e 5 (concordo e concordo fortemente, respectivamente) pelo nº total de participantes (n), multiplicado por 100.

Adicionalmente, os dados passaram por análise estatística baseada na probabilidade por meio do teste binomial, com cálculo do p-valor (significativo quando p <0,05) no software R-4.2.1. Para esse cálculo, tanto na avaliação do conteúdo, quanto da usabilidade, os itens que receberam respostas 1, 2 e 3 foram considerados inadequados e os itens com resposta 4 ou 5 adequados.

Todas as etapas da pesquisa consideraram os preceitos éticos estabelecidos para pesquisas com seres humanos. A apreciação se deu pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mediante Certificado de Apresentação de Apreciação Ética 39198020.0.0000.5537 e aprovação pelo parecer nº 4.437.457.

Resultados

A partir do conteúdo identificado na scoping review e no estudo qualitativo, estruturaram-se as seções do aplicativo, denominado de OrientaRVM. A tela inicial do protótipo de baixa fidelidade, foi, primariamente, composta por nove seções, denominadas: 1. O coração; 2. Entenda a sua doença; 3. Cirurgia de ponte de safena; 4. Cuidados pré-cirúrgicos; 5. Cuidados na cirurgia; 6. Cuidados pós-cirúrgicos; 7. Reabilitação; 8. Agenda; 9. Quiz; e Créditos. Após o desenvolvimento do protótipo de baixa fidelidade foram feitos ajustes segundo as necessidades identificadas pelos pesquisadores, com a finalidade de aperfeiçoar o conteúdo e a estrutura para a versão de alta fidelidade. Esse processo resultou em algumas modificações nos títulos das seções, a saber: permaneceram inalteradas as seções de 1 a 4 e se unificaram as seções 5 e 6, nomeadas de “cuidados durante e após a cirurgia” (nova seção 5). Além disso, as seções de 6 a 9 passaram a ser, respectivamente: “reabilitação e mudanças no estilo de vida”; “novo registro”; “agenda”; “quiz”. A aba “agenda” possibilita que o usuário registre datas e horários importantes do seu acompanhamento, como cirurgia, exames, consultas e medicamentos. O “quiz” consiste em um teste de conhecimentos, com opções de verdadeiro ou falso, que oferece um feedback das respostas dos usuários. A figura 1 apresenta as telas do menu inicial dos protótipos de baixa e alta fidelidade.

Figura 1
Menu inicial dos protótipos de baixa e alta fidelidade do OrientaRVM

Na avaliação do conteúdo participaram 20 juízes na primeira rodada. Na segunda, quatro profissionais não responderam, o que resultou em 16 participantes. Na primeira, a maioria foi do sexo feminino (15; 75,00%), com média de idades de 37,35 anos (DP±8,54), mestres (9; 45,00%), com vivência na área assistencial (9; 45,00%). Já na segunda rodada, as características dos juízes foram semelhantes a primeira, com predomínio do sexo feminino (11; 68,75%), idade média de 37,81 anos (DP±9,32), mestres (9; 56,25%), com vivência na área assistencial (7; 43,75%). A tabela 1 descreve o CVC, o percentual de concordância e o valor de p (obtido pelo teste binomial) para o menu inicial e as nove seções do protótipo de alta fidelidade. Na rodada 01 da técnica Delphi, o menor valor do CVC foi de 0,81 para a seção 2 – Entenda a sua doença e o menor PC foi de 85% para a seção 1 - O coração. A partir dos comentários e sugestões dos participantes na primeira avaliação, foram realizadas adequações para a submissão à segunda etapa de avaliação. Após isso, observou-se que houve melhora no CVC para todos os itens avaliados. Já para o percentual de concordância, percebeu-se também um aumento, no qual todos os itens obtiveram o resultado de 100% na última avaliação. Todos os itens foram considerados significativos, uma vez que p foi sempre menor que 0,05.

Tabela 1
Valores do CVC, percentual de concordância (%) e valor de p (obtido pelo teste binomial) avaliados pelos juízes nas rodadas Delphi 1 (n=20) e 2 (n=16) para o menu inicial e seções de 1 a 9 do app

A tabela 2 apresenta os resultados da avaliação do aplicativo como um todo, para os 12 critérios.(13) Assim, foi possível identificar que houve melhorias a partir dos comentários e sugestões da primeira etapa de avaliação, uma vez que todos os critérios obtiveram aumento no CVC e alcançaram no final um percentual de 100, com exceção do critério simplicidade, que resultou em 93,75%, porém, superior à análise inicial. Todos os itens também foram considerados significativos, uma vez que p foi menor que 0,05 em todos os critérios.

Tabela 2
Valores do CVC, percentual de concordância (%) total e p-value (obtido pelo teste binomial) do app avaliados pelos juízes nas rodadas Delphi 1 (n=20) e 2 (n=16)

Quanto à usabilidade do OrientaRVM, realizada mediante os 18 itens da ERGOLIST, tem-se a tabela 3.

Tabela 3
Resultados da validação da usabilidade pelos juízes nas rodadas Delphi 1 (n=20) e 2 (n=16), segundo os 18 itens da ERGOLIST

A avaliação da usabilidade, conforme apresentada na tabela 3, foi considerada satisfatória, uma vez que a soma das opções de resposta concordo e concordo fortemente foi igual ou superior a 90% na maioria dos requisitos, com exceção dos itens 6, 10 e 15 na rodada 1. Desses, os dois primeiros estão relacionados a funções de navegação, que só poderão ser analisadas na íntegra após a versão final implementada na loja de aplicativos. Quanto ao item 15, está relacionado ao esquema de cores, o qual não recebeu concordância por três (15%) dos avaliadores. Todos os 18 itens da análise da usabilidade foram considerados significativos, uma vez que p foi menor que 0,05. Ademais, foram realizados também ajustes na usabilidade conforme os comentários dos participantes da pesquisa nos espaços específicos para esta ação no instrumento de coleta de dados, ainda na primeira rodada. Após isso, procedeu-se à segunda rodada de avaliações conforme a técnica Delphi, na qual participaram 16 juízes. Ao finalizar essa avaliação secundária, realizaram-se alguns ajustes no protótipo, conforme comentários/sugestões dos juízes. Com isso, elaborou-se a versão final do protótipo, composta pelo menu inicial e nove seções, formadas por 90 telas: entenda mais sobre o coração (01 tela); entenda a sua doença (5 telas); entenda a cirurgia de ponte de safena ou ponte mamária (21 telas); cuidados antes da cirurgia (10 telas); cuidados após a cirurgia (17 telas); reabilitação e mudanças no estilo de vida (10 telas); registros do paciente (2 telas); agenda (3 telas); quiz (19 telas).

Discussão

Percebe-se, em meio aos avanços tecnológicos adoção crescente de softwares que promovem autocuidado/educação em saúde para smartphones. Dentre esses, destacam-se os aplicativos, que possibilitam a autogestão de várias condições e fornecem informações a qualquer hora e lugar onde o indivíduo esteja de posse do celular, além de contribuir para fortalecer ações de educação do paciente.(18) Pode-se citar como exemplo um aplicativo desenvolvido no Brasil para fornecer suporte à decisão compartilhada na profilaxia tromboembólica em fibrilação atrial que contribuiu para aprimorar o conhecimento dos pacientes sobre a doença e a melhor opção de tratamento.(19)

O OrientaRVM foi desenvolvido a partir de um planejamento sistemático, estruturado e criterioso, que levou em consideração as etapas propostas pelo DIC.(9) Esse método pode ser utilizado para o planejamento e elaboração do conteúdo de aplicativos móveis em saúde, conforme evidenciado em uma revisão de literatura.(20)Em outros estudos com o desenvolvimento de aplicativos similares, o método DIC oportunizou identificar as necessidades dos pacientes na prática clínica e na literatura, além de orientar o desenvolvimento dos softwares a fim de produzir conteúdos e funcionalidades que sejam aplicados ao público-alvo, para posterior implementação e avaliação.(8,21)

Nesse contexto, foi indispensável a construção do conteúdo com base em evidências científicas para o fortalecimento das estratégias educacionais. Conforme ressaltado em outro estudo, é essencial que exista uma comprovação de que a proposta de recurso seja aplicável de acordo com a sua finalidade. Por isso, necessita ser avaliada para assim se tornar uma ferramenta importante para a construção e aplicação do conhecimento e contribuir com a educação do paciente.(22)

No processo de avaliação de tecnologias educacionais, destaca-se a importância da contribuição de juízes com expertise, principalmente os especialistas ou com experiência, o que fortalece a qualidade do elemento desenvolvido.(23) Assim, para que haja coerência nas etapas de verificação, eles devem apresentar grande conhecimento sobre o assunto de interesse.(24)

Nesse sentido, os aspectos descritos anteriormente foram valorizados nessa produção tecnológica, uma vez que todos os participantes na etapa de análise foram enfermeiros com formação e atuantes na área de cardiologia, com destaque para mestres com vivência na assistência direta a pacientes.

A avaliação do conteúdo do OrientaRVM obteve bons resultados nas duas etapas de verificação efetuadas pelos juízes. Apesar disso, realça-se que na segunda rodada de análises houve melhora importante em todos os critérios analisados. Nessa etapa, obteve-se concordância superior a 90, de acordo com o que é recomendado pelo referencial utilizado nesta pesquisa,(14) bem como, com outros estudos de validação que utilizaram a técnica Delphi, os quais obtiveram melhores escores também na segunda rodada.(10,25)

Esse aspecto de melhorias efetuadas a partir dos comentários e sugestões fornecidos por juízes e especialistas da área relacionada demonstra o compromisso dos desenvolvedores e pesquisadores com o aperfeiçoamento e a qualidade da tecnologia desenvolvida. Ademais, destaca-se que a maioria das sugestões dos juízes foram acatas pelos pesquisadores.

A avaliação da usabilidade teve a finalidade de identificar o grau de facilidade de uso e pode representar também a satisfação do usuário com a utilização do recurso.(26) Algumas evidências sugerem que softwares bem projetados e com facilidade no manuseio podem levar ao engajamento mais ativo do usuário e reduzir o risco de falhas, bem como, necessidade de futuras correções.(26,27)

Estudos de elaboração de recursos para promoção da educação, como objetos virtuais de aprendizagem e aplicativos, realizados por enfermeiros, também avaliaram a usabilidade.(28,29) Como exemplo disso, uma investigação realizada nos Estados Unidos da América (EUA) objetivou explorar o uso e aceitação de um aplicativo projetado para fornecer acesso a informações preventivas e para promover a adesão a exames clínicos em mulheres. Como resultado, foi destacado pelas participantes que a tecnologia era útil e de fácil manuseio, e poderia contribuir com o empoderamento, especialmente, das menos favorecidas economicamente.(30)

Com isso, verificou-se a usabilidade do OrientaRVM a partir de critérios selecionados e adaptados da ERGOLIST.(15) Percebeu-se, na primeira rodada de avaliação, que apenas o aspecto relacionado ao indicador de continuação teve valor inferior ao esperado, mas na segunda rodada, ocorreu aumento no percentual de concordância dos itens desse indicador, devido aos ajustes executadas de forma geral, a partir das sugestões feitas pelos juízes. Esse fato demonstra um aperfeiçoamento no recurso tecnológico antes da sua disponibilização final, o que é necessário para garantir melhor navegação por parte dos usuários, isenta de falhas e erros, de modo a se tornar atrativa e agradável.(26,31)

Em relação às cores das telas do app, obteve-se valor superior ao ponto de corte quanto à usabilidade. Nesse aspecto, destaca-se a importância do uso das cores de forma limitada e adequada, para não sobrecarregar o usuário.(32) Entende-se que isso é relevante para a comunicação visual quando se trata de um aplicativo com finalidade educativa.

Constatou-se, portanto, que o OrientaRVM teve a sua usabilidade verificada a partir dos resultados obtidos nas duas rodadas de avaliação pelos juízes, com destaque para a última, na qual 17 dos 18 itens do instrumento obtiveram o valor máximo de avaliação. Isso se assemelha a outros estudos de usabilidade de aplicativos na área da saúde que obtiveram altos escores nas avaliações realizadas pelos participantes.(33,34)

Ressalta-se que muitos aplicativos estão sendo produzidos para atender às necessidades dos pacientes com doenças cardíacas, no âmbito da prevenção, acompanhamento e reabilitação, mas existe uma incipiência de avaliação desses softwares. Além disso, poucos são voltados para o preparo do paciente para grandes cirurgias. Tais recursos, se produzidos e utilizados de forma adequada, podem proporcionar maior autonomia e confiança ao paciente.(35) O OrientaRVM traz uma nova perspectiva de uso de aplicativos na área de cardiologia, por abranger aspectos educacionais no pré-operatório e poder ser utilizado na continuidade do tratamento e reabilitação, a partir da função de agenda e registro de atividades diárias.

Embora a análise do conteúdo e da usabilidade do OrientaRVM demonstre a relevância e a confiabilidade do conteúdo, bem como das funções do recurso para o público-alvo, algumas limitações precisam ser citadas. Dentre elas, a não avaliação da usabilidade por profissionais da área de tecnologia da informação e comunicação, o que poderia ter contribuído para melhor adequabilidade nas funções do app. Além disso, não foi realizada também uma análise de tais aspectos pelo público-alvo, o que poderia indicar também a necessidade de ajustes para melhor compreensão e uso pelos pacientes.

Logo, realça-se que o aplicativo contribui para o avanço do conhecimento na área de enfermagem cardiológica, podendo auxiliar no processo educacional dos pacientes que irão se submeter à cirurgia de RVM. Destaca-se que o aplicativo se encontra em fase de implementação para posterior disponibilização gratuita nas plataformas Android e iOS.

Conclusão

O OrientaRVM é um aplicativo com conteúdo confiável e recomendado para ser utilizado como recurso auxiliar na educação do paciente antes da cirurgia de RVM. Quanto a usabilidade, os valores do IVC e do PC demonstraram que o app apresenta facilidade no manuseio, bem como funcionalidade e recursos adequados à finalidade. Infere-se que tal ferramenta pode proporcionar a aquisição de conhecimentos ao paciente por meio de informações sobre o coração, a doença, a cirurgia, cuidados antes e após a cirurgia e reabilitação e mudanças no estilo de vida. Além disso, permite que o usuário realize registros de informações importantes sobre o seu tratamento, bem como as datas de consultas, exames, dentre outros. Como forma de avaliação do conhecimento, foi disponibilizado um quiz sobre o conteúdo. Portanto, o aplicativo pode ser utilizado por profissionais de saúde, em especial os enfermeiros que atuam nas unidades cuidados pré-operatórios de cirurgia de RVM, bem como, nos cenários de formação de nível técnico e graduação na área da saúde. Como recomendações, sugere-se a avaliação do OrientaRVM e da satisfação com o uso do recurso pelo público-alvo.

Agradecimentos

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela concessão de bolsa de Iniciação Científica para o projeto de pesquisa “Desenvolvimento e validação de aplicativo móvel para educação do paciente no pré-operatório de revascularização do miocárdio”, vinculado ao edital nº 01/2021.

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Editado por

  • Editor Associado (Avaliação pelos pares): Camila Takao Lopes (https://orcid.org/0000-0002-6243-6497) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Maio 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    07 Jun 2022
  • Aceito
    19 Dez 2022
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