Resumos
OBJETIVO: Estabelecer o perfil clínico e demográfico bem como identificar os fatores de risco entre os pacientes com câncer de cabeça e pescoço e relacioná-los ao polimorfismo dos genes GSTT1 e GSTM1. MÉTODOS: Foram estudados 100 pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e 100 indivíduos sem história de neoplasia. A análise molecular foi realizada pela técnica de PCR multiplex. Para a análise estatística, os dados foram tabulados e comparados pelo teste exato de Fisher. Foi também utilizado o teste do Qui quadrado e de regressão logística múltipla. RESULTADOS: Há predomínio de indivíduos tabagistas (OR= 5,32; IC95%= 2,04-13,86; p=0,0006), etilistas (OR= 5,04; IC95%= 2,19-11,59; p= 0,0001) em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço. Foi identificado genótipo nulo do gene GSTT1 em 47% dos pacientes e 41% dos controles (OR= 0,67; IC 95%= 0,34-1,35; p= 0,2648). Da mesma forma, identificou-se o genótipo nulo do gene GSTM1 em 66% dos pacientes e 75% dos controles (OR= 2,25; IC95%= 1,05-4,84; p= 0,0368). A análise dos genótipos combinados demonstrou associação entre GSTM1*0/GSTT1 e a ocorrência de carcinoma de cabeça e pescoço (OR= 7,64; IC 95%= 1,72-34,04; p= 0,0076). A análise dos parâmetros clínicos mostrou que é possível identificar associação entre genótipo GSTT1 nulo e neoplasia na laringe, o inverso ocorrendo com este genótipo e a faringe. CONCLUSÃO: Em nosso estudo foi possível estabelecer a associação entre a nulidade do genótipo GSTM1 e dos genótipos combinados GSTT1/GSTM1 *0 ([ ] / [-] a ocorrência de câncer de cabeça e pescoço.
Neoplasias de cabeça e pescoço; Glutationa transferase; Tabaco; Bebidas alcoólicas
OBJECTIVE: To establish the clinical and demographic profile and identify risk factors among patients with head and neck cancer and relate them to the polymorphism of GSTT1 and GSTM1. METHODS: One hundred patients with head and neck cancer and 100 control group individuals without history of neoplasm were analyzed. . The molecular analysis were made by multiplex polymerase chain reaction. For statistical analysis, data were tabulated and compared by the Fisher’s exact test, the Chi-square test and multiple logistic regression were also used. RESULTS: There was prevalence of smokers (OR = 5.32, CI 95% CI = 2.04-13.86 p = 0.0006), alcohol drinkers (OR = 5.04, CI 95% = 2.19-11.59 p = 0.0001) in head and neck cancer patients . The GSTT1 null genotype was found in 47% of the patient and 41% of the control group (OR = 0.67; CI 95%= 0.34-1.35; p = 0.2648). Likewise , the GSTM1 null genotype was found in 66% of the patient and 75% of the control group (OR = 2.25; CI 95%= 1.05 - 4.84; p = 0.0368). The combined GSTT1 and GSTM1 gene null genotype shown association between GSTM1*0/GSTT1 and occurrence of head and neck carcinoma (OR = 7.64; CI 95%= 1.72-34.04; p = 0.0076). Analysis of clinical-pathological features showed association between GSTT1 null genotype and larynx, the inverse relation between this genotype and pharynx. CONCLUSION: In our study it was possible to establish association between GSTM1 null genotypes and head and neck cancer.
Head and neck; Neoplasms; Tobacco; Glutathione transferase; Alcohol consumption
ARTIGO ORIGINAL
Análise dos genes GSTM1 e GSTT1 em pacientes com câncer de cabeça e pescoço
Cássia Veridiana Dourado lemeI; Luis Sérgio RaposoII; Mariangela Torreglosa RuizIII; Joice Matos BiselliIV; Ana Lívia Silva GalbiattiV; José Victor ManigliaVI; Érika Cristina Pavarino-BertelliVII; Eny Maria Goloni-BertolloVIII,*
IGraduanda em Medicina - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
IIMestre em Ciências da Saúde e professor do departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
IIIDoutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
IVMestre e doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
VGraduada em Ciências Biológicas e mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
VIProfessor livre-docente em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
VIIProfessora livre-docente em Genética Humana e médica pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
VIIILivre Docente em Genética Humana e Médica - Professora do Departamento de Biologia Molecular da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
RESUMO
OBJETIVO: Estabelecer o perfil clínico e demográfico bem como identificar os fatores de risco entre os pacientes com câncer de cabeça e pescoço e relacioná-los ao polimorfismo dos genes GSTT1 e GSTM1.
MÉTODOS: Foram estudados 100 pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e 100 indivíduos sem história de neoplasia. A análise molecular foi realizada pela técnica de PCR multiplex. Para a análise estatística, os dados foram tabulados e comparados pelo teste exato de Fisher. Foi também utilizado o teste do Qui quadrado e de regressão logística múltipla.
RESULTADOS: Há predomínio de indivíduos tabagistas (OR= 5,32; IC95%= 2,04-13,86; p=0,0006), etilistas (OR= 5,04; IC95%= 2,19-11,59; p= 0,0001) em pacientes com neoplasia de cabeça e pescoço. Foi identificado genótipo nulo do gene GSTT1 em 47% dos pacientes e 41% dos controles (OR= 0,67; IC 95%= 0,34-1,35; p= 0,2648). Da mesma forma, identificou-se o genótipo nulo do gene GSTM1 em 66% dos pacientes e 75% dos controles (OR= 2,25; IC95%= 1,05-4,84; p= 0,0368). A análise dos genótipos combinados demonstrou associação entre GSTM1*0/GSTT1 e a ocorrência de carcinoma de cabeça e pescoço (OR= 7,64; IC 95%= 1,72-34,04; p= 0,0076). A análise dos parâmetros clínicos mostrou que é possível identificar associação entre genótipo GSTT1 nulo e neoplasia na laringe, o inverso ocorrendo com este genótipo e a faringe.
CONCLUSÃO: Em nosso estudo foi possível estabelecer a associação entre a nulidade do genótipo GSTM1 e dos genótipos combinados GSTT1/GSTM1 *0 ([ ] / [-] a ocorrência de câncer de cabeça e pescoço.
Unitermos: Neoplasias de cabeça e pescoço. Glutationa transferase. Tabaco. Bebidas alcoólicas.
Introdução
Câncer de cabeça e pescoço (CCP) é um termo que designa neoplasias malignas que ocorrem no trato aerodigestivo superior, ou seja, que derivam do epitélio da cavidade oral, faringe, laringe, cuja incidência de ocorrência, correspondem, respectivamente, a 40%, 15% e 25%1-3 . O tipo histológico mais comum é o carcinoma de células escamosas ou carcinoma espinocelular que ocorre em 90% dos pacientes3,4. Este tipo de câncer é o quinto tipo mais comum no mundo e está associado a baixas taxas de sobrevida e altas taxas de morbidade quando diagnosticados em estágios avançados 3.
No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para câncer de cavidade oral para o ano de 2010 é de 13.250 novos casos para o sexo masculino e 4.880 em mulheres, totalizando 18.130 novos casos 5.
Diversos fatores estão relacionados com o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço, porém são considerados fatores de risco independentes tabagismo e etilismo2,3,6,7 . Quando associados, desempenham um efeito sinergístico, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer nessa região anatômica em até 15 vezes3,8,9. Há maior incidência entre os indivíduos do sexo masculino, porém tem-se evidenciado aumento de sua ocorrência entre mulheres devido ao aumento de consumo de álcool e tabaco3.
O cigarro é constituído por agentes carcinogênicos, como N-nitrosaminas e aminas aromáticas, que interagindo com o material genético podem resultar na formação de adutos de DNA, os quais favorecem mutações celulares e hiperplasia reativa na mucosa do trato aerodigestivo superior. O álcool não é genotóxico, mas pode atuar em sinergia com o cigarro, suprimindo a remoção das nitrosaminas ao inibir as várias isoformas da superfamília do citocromo P450 (CYPs), enzimas envolvidas no processo de detoxificação celular, aumentando a formação dos adutos 9-11 .
Dois grupos de enzimas estão envolvidos no processo de biometabolização dos compostos químicos do cigarro e do álcool: as enzimas do metabolismo oxidativo (Fase I) e as enzimas conjugadoras (Fase II). As enzimas oxidativas da Fase I, principalmente as enzimas da superfamília do citocromo P-450 (CYPs), convertem muitos compostos a metabólitos altamente reativos. Por outro lado, as enzimas da Fase II atuam de modo a inativar os produtos da Fase I, tornando os metabótitos hidrofílicos e passíveis de excreção como resultado da conjugação desses com o substrato endógeno (glutationa, sulfato, glicose, acetato) por meio da ação das glutationa-S-transferases (GSTs), UDP-glucoroniltranferases e N-acetiltransferases (NATs) 12-17.
As glutationas-S-transferases (GSTs) são uma importante família de enzimas envolvidas na biosíntese e metabolismo de muitas substâncias, incluindo a detoxificação de carcinógenos químicos exógenos, tais como hidrocarbonetos policíclios aromáticos, que são encontrados no cigarro. Compreendem quatro classes de genes (α, µ, π, and θ) e cada classe por sua vez, incluem vários genes18. Polimorfismos em genes que codificam as GSTM1 e GSTT1 podem alterar a expressão ou função das mesmas e resultar em ativação ou detoxificação de compostos carcinogênicos12-16.
O gene GSTM1 (cromossomo 1p13. 1), é polimórfico e 20% a 50% dos indivíduos não expressam a enzima devido a uma deleção gênica em homozigose (GSTM1*0) 19; essa frequência é mais alta em caucasoides e asiáticos do que em africanos 20. O gene GSTT1 (cromossomo 22q11.2) é igualmente polimórfico, apresentando Genótipo nulo por deleção (GSTT1*0) e consequente perda completa da atividade enzimática. A frequência de indivíduos que não expressam a enzima é mais alta em asiáticos (60%) e africanos (40%) que em caucasoides (20%)21, 22.
Polimorfismos desses genes GSTM1 e GSTT1 podem resultar em diferenças na atividade enzimática, podendo favorecer mecanismos que aumentam a suscetibilidade ao câncer. Estudos que relacionam estes polimorfismos de deleção com a ocorrência de carcinoma de cabeça e pescoço divergem entre si: alguns demonstram associação dessa neoplasia com o genótipo nulo de GSTM1 7, 21, 23-25, enquanto outros não 26-30. O mesmo ocorre para o genótipo nulo de GSTT1, mostrando associação com a doença 7,23,25 ou não 26,27,30-32. Dessa forma, o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço é resultado da interação entre fatores ambientais e herança genética 24,33.
Assim, os objetivos deste trabalho foram estabelecer o perfil clínico, sociodemográfico e identificar fatores de risco (tabagismo e etilismo) de pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
Métodos
Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética da instituição de ensino SISNEP - 0976.0.140.000-05. Os participantes foram incluídos após a obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e em seguida submetidos a questionário padronizado e as informações são mantidas em sigilo.
Foram avaliados nesse estudo caso-controle indivíduos que não apresentavam história familiar de câncer e não possuíam antecedente pessoal de câncer. Dessa forma, foram avaliados 100 pacientes em seguimento ambulatorial no serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço de um hospital universitário do Noroeste do Estado de São Paulo, que receberam o diagnóstico histopatológico de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, independente do estadiamento clínico. Todas as amostras de sangue periférico foram coletadas antes do início do tratamento. O grupo controle incluiu 100 indivíduos procedentes de outros serviços oferecidos pelo mesmo hospital universitário.
As variáveis analisadas foram idade, gênero e exposição a fatores de risco (cigarro e álcool). Foram classificados como fumantes indivíduos que consumiram mais de 100 cigarros (comerciais ou de fumo) por toda a vida e etilistas os pacientes que bebem mais de quatro drinques de bebida alcoólica (destilada ou fermentada) por semana durante seis meses ou mais, de acordo Ahrendt et al., em 2000 34 .
Os dados clínicos referentes ao sítio primário do tumor e estadiamento clínico (TNM) foram classificados de acordo Union Internationale Contrele Cancer (UICC), 2002 e American Joint Commitee for Cancer (AJCC), 1997 35 .
O DNA genômico foi obtido por meio de sangue periférico e realizada a amplificação por PCR de acordo com Miller et al.36 . O produto do PCR foi submetido à eletroforese em gel de agarose 1,5%, corado com brometo de etídeo, no qual GSTT1 é observado como um fragmento de 480 pares de base (pb), GSTM1 com 219 pb e o CYP1A1 com 312 pb. Uma sequência do éxon 7 do gene CYP1A1 foi utilizado como controle interno de amplificação.
Os dados demográficos e de distribuição genotípica dos polimorfismos foram tabulados e comparados pelo teste exato de Fisher e o teste do Qui quadrado. O modelo de regressão logística foi utilizado para determinar o efeito das variáveis dependentes no câncer de cabeça e pescoço e para agrupar as características clínico-patológicas como variáveis dependentes. Os resultados foram apresentados em odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC - 95%). O nível de significância foi estabelecido em 5% (p=0,05).
Resultados
Foram analisados dados do perfil sociodemográfico (gênero e idade) e exposição a fatores de risco (hábitos tabagista e etilista). Neste estudo houve predomínio de indivíduos do sexo masculino (87%) no grupo de pacientes, com média de idade igual a 58,46 anos; o grupo controle é representado por 68% de indivíduos do sexo masculino e média de idade igual a 55,32 anos. A mediana da idade é igual a 56 anos (Tabela 1).
Foram investigados os dois principais hábitos associados com o CCP, tabagismo e etilismo e ambos foram expressivamente mais frequentes no grupo dos indivíduos com neoplasia (Tabela 1). As frequências dos polimorfismos genéticos igualmente estão apresentadas na Tabela 1.
Os dados do modelo de análise multivariada (Tabela 1) mostram que o tabagismo [OR: 5,32; IC 95% (2,04-13,86); p=0,0006], o etilismo [OR: 5,04; IC 95% (2,19-11,59); p=0,0001] e o genótipo GSTM1 nulo [GSTM1*0] [OR: 2,25; IC 95% (1,05-4,84); p=0,0368] são fatores preditores para o câncer de cabeça e pescoço.
A Tabela 2 apresenta os resultados da análise dos genótipos combinados, em que GSTT1/GSTM1*0 ([ ] / [-]) apresenta um aumento para o risco de câncer de cabeça e pescoço [OR= 7,64; IC 95% (1,72-34,04); p= 0,0076].
Quanto à localização da neoplasia, os sítios anatômicos primários ocorreram com a frequência de 35% na cavidade oral, 26% na faringe, 36% localizados na laringe e em 3% não foi possível identificar o sítio primário do tumor.
A análise dos parâmetros clínicos e polimorfismos mostraram associação entre o genótipo GSTT1 nulo com sua ocorrência na laringe [OR= 5,33; IC 95% (1,99-14,36); p=0,0009] e relação inversa na faringe [OR= 0,32; IC 95% (0,12-0,89); p=0,0282]. Para os demais sítios anatômicos estudados, além da extensão tumoral (parâmetro T), comprometimento linfonodal (parâmetro N) e ocorrência de metatástases (parâmetro M), não foi possível identificar associações.
Discussão
Este estudo confirma o fato de o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço estar relacionado com alguns hábitos, como tabagismo e etilismo. Estudos epidemiológicos mostram que a exposição a cigarro e álcool são os fatores de risco mais potentes para câncer de cabeça e pescoço18,37.
Neste estudo evidenciamos uma frequência aumentada do genótipo nulo de GSTM1 em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, quando comparados a um grupo de indivíduos sem história de neoplasia. Resultados de meta-análises demonstram a associação entre o genótipo nulo de GSTM1 e o aumento do risco para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço38-41.
Em análise logística multivariada, evidenciamos que o genótipo combinado GSTT1/GSTM1*0 ([ ]/ [-]) confere maior suscetibilidade para o desenvolvimento do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, resultados semelhantes aos encontrados por outros autores7,23,42,43.
Diversos estudos não puderam correlacionar o genótipo GSTT1 nulo com o câncer de cabeça e pescoço26,27,43, resultado encontrado por nosso estudo. Da mesma forma, não houve associação entre esse tipo de neoplasia e os genótipos nulos combinados GSTT1 nulo e GSTM1 nulo, como o observado por Singh et al.7 Em contrapartida, estudo chinês demonstrou correlação entre o duplo genótipo nulo GSTT1 e GSTM1 com o câncer nasofaríngeo entre homens44.
Quanto à relação entre a deleção dos genes com sítios anatômicos específicos, Duarte et al.25 encontraram associação entre o genótipo nulo de GSTM1 com o aumento do risco no desenvolvimento de leucoplasia na cavidade oral. Em contrapartida, identificamos em nosso estudo relação entre a ocorrência de carcinoma na laringe com o genótipo nulo de GSTT1 e, ao contrário, um efeito protetor deste genótipo na faringe. Esses dados se devem às diferenças embriológicas, histológicas e moleculares entre as regiões anatômicas, decorrendo delas o peculiar comportamento biológico deste tipo de tumor nas diversas localizações anatômicas45,46.
Parâmetros histopatológicos como extensão tumoral, invasão de linfonodos e metástases foram avaliados, porém permanece em controvérsia na literatura, pois há relação em alguns estudos como o de Matthias et al.47 que revelou associação entre o genótipo nulo de GSTT1 com a ocorrência de tumores T3/T4 e a ausência de linfonodos; enquanto Losi-Guembarovski et al.32 não encontraram associação estatisticamene significativa, o mesmo ocorrendo em nosso estudo.
Conclusão
Em nosso estudo pudemos estabelecer, por meio de análise logística multivariada, a associação entre o gênero masculino, idade avançada, hábitos tabagista e etilista com a ocorrência de câncer de cabeça pescoço, bem como a nulidade do genótipo GSTM1; houve maior ocorrência em cavidade oral e associação entre a ocorrência desse tumor na laringe com o genótipo nulo.
Conflito de interesse: não há
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Artigo recebido: 07/07/09
Aceito para publicação: 22/02/10
Suporte Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Trabalho realizado na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto, SP
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
05 Ago 2010 -
Data do Fascículo
2010
Histórico
-
Recebido
07 Jul 2009 -
Aceito
22 Fev 2010