RESUMO:
Nas últimas décadas, o termo autorregulação tem sido mencionado em pesquisas de diferentes áreas, entre elas a Educação. Devido a essa crescente utilização, questiona-se: quais são os elementos comuns no conceito de aprendizagem autorregulada apresentados em pesquisas internacionais? Neste estudo foram associados os métodos de revisão integrativa e de análise de conceitos. Na primeira etapa da análise de conceitos foi realizado um levantamento de artigos revisados por pares no Portal de Periódicos da CAPES, resultando em 372 trabalhos que permitiram indicar as áreas de utilização do termo. Na segunda etapa, aplicando os critérios de revisão integrativa, foram selecionados 67 trabalhos na base de periódicos ERIC. Entre os fatores comuns foi possível identificar que o processo de aprendizagem autorregulada inclui planejamento, autonomia, implementação de objetivos, metas e estratégias, controle de emoções, gerenciamento do tempo, valorização do conhecimento e execução de tarefas com êxito.
Palavras-chave: aprendizagem autorregulada; aprendizagem; método de análise de conceitos
RESUMEN:
En las últimas décadas, el término autorregulación ha sido mencionado en investigaciones de distintas áreas, entre ellas la Educación. Debido a esa creciente utilización, se cuestiona: ¿cuáles son los elementos comunes en el concepto aprendizaje autorregulado presentados en investigaciones internacionales? En este estudio se asociaron los métodos de revisión integrativa y de análisis de conceptos. En la primera etapa del análisis de conceptos se realizó una recopilación de artículos revisados por pares en el Portal de Periódicos de la CAPES, resultando en 372 estudios que permitieron indicar las áreas de utilización del término. En la segunda etapa, aplicando los criterios de revisión integrativa, se seleccionados 67 estudios en la base de periódicos ERIC. Entre los factores comunes se identificó que el proceso aprendizaje autorregulado incluye planeamiento, autonomía, implementación de objetivos, metas y estrategias, control de emociones, gerenciamiento del tiempo, valoración del conocimiento y ejecución de tareas con éxito.
Palabras clave: aprendizaje autorregulado; aprendizaje; método de análisis de conceptos
ABSTRACT
In recent decades, the term self-regulation has been mentioned in research in different areas, including Education. Due to this growing use, the question is: what are the common elements in the concept of self-regulation learning presented in international research? In this study, integrative review and concept analysis methods were associated. In the first stage of the concept analysis, a survey of peer-reviewed articles was carried out on the CAPES Periodicals Portal, resulting in 372 articles that allowed indicating the areas of use of the term. In the second stage, applying the integrative review criteria, 67 articles were selected from the ERIC journals. Among the common factors, it was possible to identify that the self-regulation learning process includes planning, autonomy, implementation of objectives, goals and strategies, control of emotions, time management, appreciation of knowledge and successful execution of tasks.
Keywords: self-regulation learning; learning; concept analysis method
INTRODUÇÃO
Sabe-se que o baixo rendimento escolar tem diversas origens. Contudo, o processo de mediação do professor e a adequação dos métodos de ensino, de aprendizagem e de avaliação destacam-se entre os aspectos de maior importância para melhorar a aprendizagem e reverter essa questão (Pozzobon, Mahendra, & Marin, 2017).
A autorregulação é uma das alternativas que perpassa todos os aspectos mencionados e seu constructo tem sido estudado, nos últimos anos, por pesquisadores da psicologia educacional (Boruchovitch, 2014; Ganda & Boruchovitch, 2018) como meio para combater o baixo rendimento escolar em todos os níveis de ensino (Menescal, 2018; Tanikawa & Boruchovitch, 2016). De forma ampla, a autorregulação pode ser definida como um processo de autorreflexão e de tomada de decisão, nas quais o estudante se organiza, monitora e avalia sua aprendizagem (Ganda & Boruchovitch, 2018).
A inclusão desse constructo nas pesquisas brasileiras ainda é recente, mas já denota algum crescimento (Gráfico 1)1, especialmente nos últimos anos, desde a primeira publicação em 2001 (Paula, 2001).
Teses e Dissertações Publicadas no BDTD - aprendizagem autorregulada em Todos os Contextos Educacionais.
Ao analisar a primeira dissertação publicada (Paula, 2001), é possível observar que as referências que compõem seu referencial teórico, a respeito da discussão do constructo “autorregulação”, são internacionais. Essa base teórica permanece ainda em pesquisas recentes (Galvão, 2019 ; Maciel, 2020; Menescal, 2018), no entanto, despontam as pesquisas de Boruchovitch (Boruchovitch, 2014; Ganda & Boruchovitch, 2018; Machado & Boruchovitch, 2015; entre outras), apesar da forte presença de aporte teórico internacional.
Na discussão apresentada por Ganda e Boruchovitch (2018) sobre conceitos e modelos de autorregulação, as autoras dão pistas fundamentais sobre os modelos e as concepções apresentados por pesquisadores da psicologia cognitiva. Por outro lado, considerando que um conceito é uma concepção mental construída com base em um determinado fenômeno (Fernandes, Nóbrega, Garcia, & Macêdo-Costa, 2011; Sousa et al., 2018) ― a representação de uma ideia ou de um pensamento abstrato que pode esclarecer a concepção de determinado objeto ― torna-se de fundamental relevância o conhecimento estrutural dos elementos presentes nos conceitos de autorregulação que têm sido adotados pelas pesquisas das últimas décadas, visto que esse conhecimento pode direcionar o trabalho desenvolvido por docentes, visando a promoção da Aprendizagem autorregulada para os estudantes nos diferentes níveis de ensino. E ainda, podem direcionar pesquisas para o aprofundamento e a divulgação do tema tanto no contexto da psicologia quanto no contexto da educação.
Diante disso, foi levantada a seguinte questão norteadora para esta pesquisa: quais são os elementos comuns presentes no conceito de autorregulação para aprendizagem elencados em pesquisas internacionais? Para responder a essa pergunta foi realizado um trabalho de revisão integrativa associada ao método de análise de conceitos de Walker e Avant (2011).
Vale salientar que não foi possível identificar na literatura trabalhos que investiguem, a partir de um método, o conceito de aprendizagem autorregulada para a aprendizagem. Dessa forma, trata-se de um trabalho inovador e relevante, tanto pelas questões metodológicas que nele são contempladas como em relação à compreensão do conceito ora investigado.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A partir do questionamento sobre quais seriam os elementos comuns no conceito de aprendizagem autorregulada para a aprendizagem apresentados em pesquisas internacionais, percebeu-se que o método de análise de conceitos proposto por Walker e Avant (2011) possibilita auxiliar na composição do conceito de autorregulação. Esse método permite identificar o que antecede ao conceito (Antecedentes), o que está presente no conceito (Categorias) e as consequências relativas ao conceito (Consequências), conforme demonstrado tanto em pesquisas da área da Saúde (Mangueira & Lopes, 2014) quanto da Educação (Mirhosseini, Mehrdad, Bigdeli, Peyrovi, & Khoddam, 2018).
A análise do conceito, a partir de um método, permite decompor sua estrutura, função e elementos bases (Mirhosseini et al., 2018). Com isso, é possível fomentar a validação do modelo, bem como desenvolver e avaliar ferramentas, visando a padronização da linguagem (Mangueira & Lopes, 2014).
Walker e Avant (2011) propõem um método de análise de conceitos composto de 8 etapas: (1) seleção do conceito; (2) elaboração do(s) objetivo(s) da análise que será realizada; (3) identificação dos usos do conceito em diferentes áreas; (4) determinação dos atributos de definição; (5) elaboração de um caso modelo; (6) construção de casos limites, relacionados, contrários, inventados e não legítimos; (7) constatação de antecedentes e consequências relacionadas ao conceito; (8) escolha de referências empíricas para o conceito.
Nesta pesquisa a recolha dos documentos para a etapa (3) ocorreu por meio de um levantamento bibliográfico no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 2 (CAPES). Vale salientar que, em sua proposta, os autores não definem critérios específicos para a análise das publicações a partir da etapa (4). Dessa forma, para as etapas subsequentes - (4); (5); (6); (7); e (8) - optou-se por associar ao método de Análise de Conceitos os procedimentos de uma revisão integrativa (Vosgerau & Romanowski, 2014), procedimento este já realizado em outras aplicações do método de Análise de Conceitos (Mangueira & Lopes, 2014).
Para apresentar os procedimentos em cada uma dessas etapas, segue-se a sequência determinada Walker e Avant (2011).
Etapa (1) - Seleção do conceito: conforme explicitado na introdução, diversos pesquisadores têm apontado a autorregulação como uma alternativa para combater o baixo rendimento escolar vivenciado por estudantes dos diferentes níveis de ensino (Menescal, 2018; Tanikawa & Boruchovitch, 2016). Contudo, o levantamento de apenas 51 documentos na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), nos últimos 20 anos, indica que ainda se trata de um conceito novo, tendo a produção de pesquisas sido intensificada nos últimos 5 anos. Isso impacta na utilização do constructo, nas pesquisas realizadas no contexto brasileiro, fazendo com que os pesquisadores recorram, muitas vezes, apenas à literatura internacional, realizando traduções e apropriações diversificadas dos elementos que integram o conceito de autorregulação. Esse fato torna relevante a busca de categorias comuns nas quais se apoiam as pesquisas atuais e que poderão sustentar estudos e aplicações futuras.
Etapa (2) - Elaboração do(s) objetivo(s) da análise que será realizada: O foco principal desta pesquisa é identificar, em pesquisas publicadas internacionalmente, os elementos comuns presentes nos conceitos de aprendizagem autorregulada utilizados nos artigos.
Etapa (3) - Identificação dos usos do conceito em diferentes áreas: O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma biblioteca que contempla diferentes áreas para tratar dos mais diversos assuntos, foi realizada nela um levantamento bibliográfico, utilizando o descritor ‘autorregulação’, abarcando apenas os trabalhos revisados por pares, o que resultou em 372 trabalhos. Após a leitura dos resumos, foi possível identificar sete áreas nas quais o tema autorregulação é discutido (Gráfico 2).
As áreas que possuem maior concentração de trabalhos são: Educação3 (75 trabalhos); Saúde (63 documentos); Administração/Indústrias/Empresas/Gestão (47 documentos); Psicologia/Psicanálise (33 documentos). Nas demais áreas, mesmo que em menor proporção, observa-se a existência da apropriação do termo: Área Jurídica (17 documentos); Contabilidade/Economia (16 documentos); Meio Ambiente (15 documentos); e outras áreas (12 documentos).
A ‘autorregulação’ na área da Saúde Física se relaciona a mecanismos de controle dos órgãos do corpo humano que auxiliam o indivíduo a manter-se ativo e fazem com que as funções do organismo funcionem de maneira previsível. Na Saúde Pública, por sua vez, o conceito define a capacidade que um indivíduo tem de controlar suas emoções, assim como seu comportamento, de maneira efetiva, para ser protagonista no percurso de sua vida e para realizar escolhas saudáveis nas atividades que desenvolve.
Já na preparação e no planejamento de atletas/esportistas, desenvolver suas atividades, melhorando o seu desempenho, é considerada uma prática da autorregulação. Desse modo, o indivíduo que atua em atividades esportivas é autorregulado quando foca nos treinos e no seu preparo para realizar as atividades com as quais está envolvido.
Para a área que engloba a Administração, as Indústrias e Empresas, bem como a Gestão, o termo ‘autorregulação’ define empresas/indústrias privadas que regulam a si próprias, criando seus próprios mecanismos de produção, sem interferências de terceiros nas tomadas de decisões. Também se relaciona ao desempenho profissional, ao monitoramento dele, ao feedback empresarial e ao cumprimento de metas do colaborador, dentro de seu ambiente de trabalho.
Quando relacionado ao controle emocional que os indivíduos têm de si próprios nas tomadas de decisões em atividades diárias, as quais podem influenciar em seus temperamentos, bem como em suas reatividades, o conceito de ‘autorregulação’ se associa à área da Psicologia/Psicanálise. Para essa área, a autorregulação refere-se à capacidade de controlar as emoções e o comportamento do sujeito pelo sujeito, a fim de se adaptar ao contexto social. No entanto, em estudos da Psicologia da Aprendizagem, o termo ‘autorregulação’ se vincula a processos de aprendizagem e foram categorizados de modo similar à área da Educação, portanto, serão tratados na sequência deste texto.
Em relação ao Meio Ambiente, o conceito de ‘autorregulação’ é citado vinculando-o a atitudes de pessoas responsáveis por indústrias/empresas. As empresas preocupadas com questões de sustentabilidade criam mecanismos para se autorregular e modificar as maneiras de produção com o objetivo de não danificar o meio ambiente.
Na área Jurídica, o termo ‘autorregulação’ está ligado à autonomia para tomada de decisões. É pontuado por alguns autores que o Direito aparenta ser aquele que regula os demais campos e não é regulado.
Quando citada em questões de Economia/Contabilidade, a autorregulação se refere aos códigos de conduta e de ética, os quais contribuem para uma boa prática dos indivíduos envolvidos nessas áreas.
Como o foco desta pesquisa é investigar a utilização do termo ‘aprendizagem autorregulada, a área da Educação apresentada no gráfico não será abordada neste momento, pois ela foi contemplada de forma singular na sequência do texto.
Com base no levantamento do conceito nas diferentes áreas, é possível concluir que existem elementos que distinguem a aplicação do conceito em diferentes setores. Isso confirma a relevância de identificar se dentro de uma mesma área, o termo autorregulação possui elementos comuns que necessitam ser considerados antes de sua aplicação.
Para o levantamento dos artigos que compõem a análise do conceito ‘autorregulação’ em Educação, foi utilizado o banco de dados ERIC (em inglês, Education Resources Information Center)4, sendo a busca realizada a partir dos termos Self-regulation AND Education, permitindo a localização de 1.946 artigos.
Com o intuito de identificar as atribuições contemporâneas dadas ao termo ‘autorregulação’, foi realizado um refinamento dos trabalhos; logo, foram selecionados aqueles publicados após o ano de 2015. Nesse refinamento, 704 títulos foram apresentados. Visando compreender o conceito utilizado para o termo ‘autorregulação’, quando ele está vinculado diretamente a estratégias de aprendizagem, um novo refinamento foi realizado a partir do descritor indicado na própria base ERIC: learning strategies, resultando em 185 trabalhos.
Após a leitura dos títulos foram excluídos 59 artigos que não discutiam especificamente o processo de desenvolvimento de aprendizagem autorregulada.
Na sequência verificou-se que dentre os 126 títulos selecionados, 23 deles não dispunham do documento completo na base de dados ERIC, portanto foram excluídos, restando 103 trabalhos. Após a leitura dos 103 resumos, observou-se que em 36 trabalhos o processo de autorregulação tangenciava o objeto de estudo definido neste estudo e, portanto, foram excluídos, restando 67 trabalhos. Esses 67 incluídos foram lidos integralmente e a partir dessa leitura notou-se a necessidade de realizar um novo processo de exclusão: 1 (um) trabalho foi excluído, pois tratava de regulação para a aprendizagem e não de aprendizagem autorregulada, conforme o objetivo desta pesquisa; 25 outros trabalhos apresentavam o termo self-regulation, mas não definiam o conceito utilizado e, por esse motivo, também foram excluídos. Restaram, por fim, 41 trabalhos para compor o corpus da análise aqui realizada, que estão listados em anexo a este documento.
RESULTADOS
Os resultados são apresentados dando continuidade a sequência de passos definidos dentro da proposta de Análise de Conceitos.
Etapa (4) - Determinação dos atributos de definição: Os 41 trabalhos incluídos foram importados para o software de análise de dados qualitativos ATLAS.ti. No software, foi criado um único código: self-regulation visando extrair os conceitos presentes no texto a fim de identificar os atributos relacionados a esse código e que foram contemplados ao longo dos trabalhos analisados (Quadro 1).
A análise dos conceitos elencados nos artigos permitiu a identificação de 16 atributos (demonstrados no Quadro 2): (a) leva o estudante a avaliar seu processo de aprendizado (15 artigos); (b) permite a um indivíduo identificar as próprias deficiências de aprendizagem (2 artigos); (c) possibilita o desenvolvimento de habilidades para a construção de novos conhecimentos (6 artigos); (d) indica a utilização da metacognição em momentos de estudos e de construção do próprio saber (4 artigos); (e) aponta para um estudante motivado (9 artigos); (f) determina uma postura proativa do sujeito diante da possibilidade de aquisição de novos conhecimentos (6 artigos); (g) promove situações de autocorreção (1 artigo); (h) envolve escolhas de estratégias para melhor aproveitamento de momentos de estudo (15 artigos); (i) se relaciona à capacidade de regular emoções e comportamentos cognitivos (8 artigos); (j) proporciona momentos de reflexão ao estudante (5 artigos); (k) indica situações nas quais o indivíduo percebe a necessidade de buscar auxílio para o desenvolvimento integral de determinada habilidade ou conhecimento (1 artigo); (l) está relacionada a uma proposta de ensino e aprendizagem na perspectiva construtivista (1 artigo); (m) aponta para um sujeito que consegue sistematizar seu processo de aprendizado a partir de atividades de gerenciamento (6 artigos); (n) permite que o aluno desenvolva um aprendizado de maneira independente (1 artigo); (o) leva o estudante a transferir a aprendizagem desenvolvida em um determinado contexto para outro que indique a necessidade dela (1 artigo); (p) inclui interação com colegas e professores (1 artigo).
Etapa (5) - Elaboração de um caso modelo: Conforme a proposta do método de Análise de Conceitos, o caso modelo é elaborado pelos pesquisadores a partir dos atributos identificados nas citações selecionadas, assim:
Um estudante de graduação em Ciências Biológicas iniciou a disciplina de Metodologia de Pesquisa para a construção de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Logo nos primeiros dias, ele passou a investigar temas relevantes que, a partir de sua pesquisa, pudessem contribuir de forma efetiva para o meio ambiente: selecionou diferentes revistas e sites que abordavam o tema e começou a escrever um texto, imaginando que uma boa redação sobre a temática poderia ser o seu TCC. Assim que terminou o texto, entregou-o ao orientador e agendou um encontro para discutir sobre a temática escolhida e sobre o texto que havia escrito. No encontro, seu orientador comentou que uma pesquisa deveria ser feita de modo sistemático e organizado e não com leituras aleatórias, indicando algumas leituras sobre o que é pesquisa. Também indicou ao estudante alguns erros de ortografia, gramática e de construção de texto, apresentando a ele um guia de autocorreção textual. Durante a conversa, o estudante, muito atento, observava que os comentários do professor eram sobre o texto produzido por ele, que precisava ser melhorado, mas não sobre ele (i). Após esta conversa, o estudante, por conta própria, decidiu verificar se aquelas dificuldades pontuadas pelo professor de fato existiam em outros textos que havia produzido durante seu curso de Graduação (a). Releu os textos, aplicando a guia de revisão oferecida pelo orientador e anotando os principais erros cometidos para, posteriormente, elencar materiais que pudessem ajudá-lo a aprender melhor com o próprio erro (d). Nesse momento, o estudante percebeu que precisa complementar sua aprendizagem sobre Língua Portuguesa e que talvez essa fosse uma lacuna trazida desde a Educação Básica e que precisa ser sanada se quiser não apenas produzir um bom TCC, mas ser um profissional diferenciado (b). O estudante pesquisou na Internet vídeos gratuitos sobre escrita, começou a consultar sites de dicas gramaticais e de elaboração de texto (n) e se interessou em descobrir quais eram os erros de escrita mais comuns (f). Após essa conversa, o aluno avaliou suas possibilidades (j), elaborou hipóteses de trabalho, definiu o percurso que iria percorrer e organizou uma agenda de estudos. Ele estabeleceu os objetivos da pesquisa e buscou investigar na literatura disponível o tema escolhido (m). Depois disso, realizou uma pesquisa empírica e escreveu seu trabalho com excelência, tendo êxito no desenvolvimento de sua pesquisa e aprovação do colegiado. Após a aprovação, o estudante ainda utilizou os conhecimentos adquiridos para promover eventos de conscientização sobre cuidados com o Meio Ambiente para população do bairro assim como para outros cidadãos da cidade na qual ele morava.
Etapa (6) - Construção de casos limites, relacionados, contrários, inventados e não legítimos: O caso limite, conforme o próprio método proposto por Walker e Avant (2011) aponta, pode ser um caso idealizado para que o leitor possa chegar a uma compreensão daquilo que não tem relação com os atributos identificados. Destarte, as autoras deste trabalho apontam para o seguinte caso hipotético, o qual pode ser considerado como um caso limite: um estudante da terceira série do Ensino Médio pretendia, ao final do ano letivo, prestar concurso para acessar um curso de Graduação em uma Instituição de Ensino Superior (IES). Ele se inscreveu em um cursinho preparatório no período do contraturno escolar, no entanto, faltou a um grande percentual das aulas do cursinho, não estabeleceu uma rotina de estudos, priorizando outras atividades como ir a festas com seus colegas. Ao final do ano letivo, no dia da prova do concurso para o acesso ao curso de graduação escolhido, chegou atrasado e esqueceu de levar o material necessário para a realização da avaliação. Logo, não obteve êxito.
Etapa (7) - Constatação de antecedentes e consequências relacionadas ao conceito: Os antecedentes são os eventos que precisam acontecer antes da formulação do conceito e as consequências são os resultados diante da presença do conceito (Mirhosseini et al., 2018). No entanto, em relação ao conceito de autorregulação da aprendizagem, é possível verificar que antecedentes e consequências fazem parte de um contínuo, pois, conforme os atributos já pontuados anteriormente, o estudante: avalia seu próprio processo de aprendizagem e identifica as próprias deficiências durante esse processo (a; b); possui metacognição e é motivado (d; e); busca adquirir novos conhecimentos e passar por um processo de autocorreção (f; g); traça objetivos claros (h; m) que podem acontecer antes, durante ou após o processo de aprendizagem de diferentes conhecimentos, pois, ele é um sujeito que busca refletir frente às atividades (f; i; j; k). Além disso, “a autorregulação cognitiva inclui estratégias de aprendizado cognitivo, como planejamento, monitoramento, regulação e avaliação antes, durante e após o desempenho” (Zimmerman, 2011 conforme citado por Muenks, Wigfield, Yang, & O'Neal, 2017, p. 602, tradução nossa). Esse contínuo pode ser apresentado a partir de um processo cíclico, conforme a Figura 1.
Na Figura 1, os atributos da autorregulação para a aprendizagem se relacionam sem uma hierarquia, os antecedentes e as consequências se associam de tal maneira que acontecem paralela e simultaneamente. Apenas o atributo de ‘execução das atividades com êxito’ pode ser separado como uma consequência.
Etapa (8) - Escolha de referências empíricas para o conceito: As referências empíricas para os atributos essenciais de um conceito podem ser denominadas ‘categorias’ ou ‘classes de fenômenos observáveis’ e, em diversas situações, são idênticas aos atributos (Fernandes et al., 2011). Com isso, observa-se que os atributos de uma aprendizagem autorregulada estão entrelaçados, como em uma teia ou rede, cujos fios dependem um do outro para que o produto e/ou resultado se torne de qualidade, ou seja, para que a aprendizagem aconteça de forma efetiva e significativa. Com isso, os atributos podem ser identificados a partir das atitudes do estudante, se ele: apresenta disposição e autonomia para aprender (e; f; n); estabelece metas e estratégias para o desenvolvimento de atividades (f; m); gerencia o tempo, avaliando suas atitudes e comportamentos durante todo o processo de construção do conhecimento (a; i; j; m); busca aumentar sua capacidade para a aprendizagem e se busca realizar as atividades com êxito (a; d; e; f; g; h; j; k; m; n).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A autorregulação está relacionada a questões de planejamento, tomadas de decisão e investimentos em diferentes áreas para o alcance de um objetivo que, no geral, é meticulosamente delimitado. Empresas e indústrias buscam e exercem a autorregulação quando regulam a si próprias, sem interferência de agências reguladoras ou outra corporação externa, portanto, quando elas agem responsavelmente, mostram-se autorreguladas em relação ao Meio Ambiente, por exemplo. A questão da ética nas condutas tomadas também é abordada quando a autorregulação faz parte de setores que trabalham diretamente com situações financeiras. O comprometimento de atletas no preparo para a realização de suas atividades físicas faz parte da rotina daqueles que são autorregulados e o controle emocional dos indivíduos é tratado pelas áreas, aqui denominadas, de Psicologia/Psicanálise e Saúde Pública, quando elas abarcam o conceito de autorregulação. Tem-se ainda a questão da autorregulação relacionada à área da Saúde, ao indicar o perfeito funcionamento dos órgãos do corpo humano.
Na área da Educação, ao ser relacionada ao conceito de aprendizagem, são identificados os seguintes atributos para a autorregulação: planejamento do próprio aprendizado, autonomia para a realização de diferentes atividades, implementação de objetivos, desenvolvimento de estratégias, autoavaliação, controle de emoções, busca por caminhos para potencializar a capacidade para o aprendizado e para a execução de tarefas com êxito. O estudante autorregulado compreende e valoriza o ato de aprender e, por esse motivo, gerencia seu tempo, prioriza atividades de aprendizagem e se envolve efetivamente com os processos de construção do seu próprio conhecimento. Esse estudante não depende das atitudes do professor, de seus pais ou de seus colegas para buscar se envolver com as atividades de aprendizagem com as quais se depara. Ele vai além dos momentos de sala de aula e pode ser considerado um investigador frente às possibilidades de ensino que estão à sua disposição. O discente autorregulado está efetivamente comprometido com a educação.
As situações de antecedências e consequências da aprendizagem autorregulada se relacionam e podem ser vistas a partir de um processo não linear. Por exemplo: é antecedente o ato de planejar e gerenciar o tempo para se dedicar aos processos de aprendizagem, assim como também é consequência de atitudes de autorregulação.
Sendo assim, o método de Walker e Avant (2011) foi escolhido para realizar a análise do conceito de autorregulação, tendo como foco principal a aprendizagem, pois, compreender a essência do termo e os elementos que o compõe possibilita aos professores, desde a Educação Básica, propor ações necessárias para auxiliar seus estudantes a se tornarem corresponsáveis pelo seu processo de aprendizagem, o que pode oportunizar ao estudante desenvolver um inventário maior de recursos para obter sucesso em seu percurso acadêmico.
Como limitação deste estudo, apresenta-se o uso de apenas uma base de dados - ERIC, mas, sendo uma base especificamente relacionada à educação, com muitos artigos disponíveis sobre a temática, acredita-se que esta limitação pôde ser superada. No entanto, ressalta-se que, a partir das categorias elencadas, este estudo pode ser ampliado utilizando outras bases.
Com os resultados deste estudo, é possível desenvolver novas pesquisas empíricas que permitam validar e/ou ampliar os resultados encontrados. Entre as possiblidades de estudos, sugere-se a utilização das categorias elencadas na concepção de instrumentos de autoavaliação e formação dos professores, sobre seu processo de autorregulação, especialmente da Educação Básica, pois é nesse nível de ensino que deveria ser desenvolvida a base para um estudante autorregulado. Dessa forma, para poder auxiliar os estudantes a serem autorregulados, é importante que o professor também conheça seu próprio processo de autorregulação.
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1
Levantamento realizado em 08 de maio de 2020 utilizando os termos de busca: "(Resumo Português: aprendizagem AND ("ensino fundamental" OR "ensino primário" OR "ensino médio" OR "educação básica" OR "ensino superior" OR "curso superior" OR "ensino público" OR "ensino privado" OR "ensino particular)".
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2
Disponível em http://www.periodicos.capes.gov.br/. Acesso em 19 out. 2019
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3
O grupo Educação não será abordado neste tópico, pois como se trata da área central da pesquisa, os artigos serão discutidos na revisão integrativa.
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4
Disponível em https://eric.ed.gov/. Acesso em 28 de out. 2019.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
19 Dez 2022 -
Data do Fascículo
2022
Histórico
-
Recebido
15 Jul 2020 -
Aceito
17 Jun 2021