RESUMO
O presente estudo se deu com os resultados de pesquisas em desenvolvimento pelo Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos, buscando, dentro da área da Ciência da Informação, o estabelecimento de um campo de estudo interdisciplinar denominado Fotodocumentação, a partir do entendimento da gestão e da pesquisa científica com documentos fotográficos como foco. Nesse viés, tem-se a proposta de um estudo de caso no Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen da Universidade Nacional del Nordeste, que sustenta empiricamente essa nova conceituação. A Fotodocumentação, de viés transversal, se fundamenta no conceito de Ciclo da Informação. Sua consolidação se dá a partir da correspondência de resultados e ações na área, tanto pelas atividades técnicas de gestão documental de acervos fotográficos como pela divulgação em eventos e produção cientifica oriunda da pesquisa com tais materiais. O fundamento teórico do Ciclo da Informação trata da delimitação conceitual do estudo da informação relacionada aos documentos fotográficos, estabelecendo, assim, uma correlação dialógica entre os conceitos e o objeto empírico, em busca de evidências e sob o ponto de vista da Fotodocumentação - área de estudo que ocupa o espaço definido pelos dois extremos do Ciclo da Informação, abrangendo as atividades técnicas e analíticas referentes aos materiais fotográficos.
Palavras-chave: Ciclo da Informação; Fotodocumentação; Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen
ABSTRACT
The present study was carried out with the results of research in development by the Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos, seeking, within the area of Information Science, the establishment of an interdisciplinary field of study called Photodocumentation, based on the understanding of management and scientific research with photographic documents as the focus. In this vein, there is a proposal for a case study at the Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen of the Universidade Nacional del Nordeste, which empirically supports this new conceptualization. Photodocumentation, with a transversal bias, is based on the concept of the Information Cycle. Its consolidation takes place from the correspondence of results and actions in the area, both by the technical activities of document management of photographic collections and by the dissemination in events and scientific production arising from the research with such materials. The theoretical foundation of the Information Cycle deals with the conceptual delimitation of the study of information related to photographic documents, thus establishing a dialogical correlation between the concepts and the empirical object, in search of evidence and from the point of view of Photodocumentation - area of study that occupies the space defined by the two extremes of the Information Cycle, covering technical and analytical activities related to photographic materials.
Keywords: Information Cycle; Photodocumentation; Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen
INTRODUÇÃO
O presente artigo buscou apresentar parte da pesquisa em desenvolvimento pelo Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos (GPAF), sendo inovador na medida em que busca, dentro da área da Ciência da Informação, parte do entendimento da gestão e da pesquisa científica com documentos fotográficos como um campo de estudo interdisciplinar, denominado Fotodocumentação, em lugar de manter tais estudos isolados em suas respectivas disciplinas.
A transversalidade da Fotodocumentação, desde sua base empírica, tem apoio no conceito do Ciclo da Informação, desenvolvido pela Ciência da Informação, sendo imprescindível o trabalho multidisciplinar em redes colaborativas. A sustentação epistemológica de uma concepção arrojada como a Fotodocumentação, por exemplo, requer uma correspondência com casos concretos - o que é dado não apenas pelas atividades técnicas de gestão documental de acervos fotográficos, mas também pela produção científica oriunda da pesquisa com tais materiais. A pesquisa no âmbito da Fotodocumentação permite estabelecer a ponte entre os dois extremos do Ciclo da Informação; ou seja, entre as atividades, por assim dizer, mais técnicas, e aquelas mais analíticas, relativas à interpretação, transformação e análise da sociedade via materiais fotográficos.
Outro potencial de impacto inovador se dá na busca de uma compreensão latino-americana no âmbito das redes de conhecimento do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). Na América Latina, os estudos relacionados à Fotodocumentação apresentam bibliografia especializada escassa, dispersa e pouco difundida. As bases conceituais das questões referentes aos procedimentos técnicos são forjadas fora da região e emanam de pólos acadêmicos que dispõem de recursos avultados e de uma tradição cultural de preservação documental mais sólida, culminando em um aparente abismo nos preceitos aplicados. Nessa toada, parte da produção acadêmica regional permanece concentrada nos próprios locais institucionais, sendo, quantitativamente, pouco expressiva, em comparação com outros temas correlacionados às políticas públicas de gestão de documentos fotográficos e fomento científico. Assim, pólos aglutinadores internacionais acabam por emanar maior protagonismo no que diz respeito à bibliografia sem, no entanto, levar em consideração as especificidades do campo latino-americano e os imaginários nacionais; e, os pesquisadores regionais, para a obtenção de algum nível de reconhecimento entre seus pares locais, são impelidos a se valerem da bibliografia internacional consolidada por aqueles protagonistas sem exponenciar, em esferas mais amplas, os avanços locais, desconhecendo, igualmente, a produção técnica e científica de outros grupos similares, dispersos em outros espaços latino-americanos.
Diante do exposto, tem-se que a produção colaborativa internacional do GPAF incrementa as expectativas de impacto positivo da pesquisa.
A metodologia desenvovida para a compreensão da Fotodocumentação tem inserção e reconhecimento na América Latina como referência em gestão de documentos fotográficos, ao passo que o GPAF, há dez anos, vem sendo protagonista do debate em torno do tema. Nesse ínterim, o norte metodológico do presente estudo teve por base a revisão dos dados coletados no período 2019-2022 sobre o campo da Fotodocumentação no Brasil mediante a atuação do GPAF em eventos1 e publicações2, bem como na Argentina, com ênfase no Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen (NEDIM) do Instituto de Investigaciones Geohistóricas (IIGHI) da Universidad Nacional del Nordeste (UNNE), situada em Chaco, Argentina, com apoio do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET).
Para melhor compreender o âmbito de prospecção da Fotodocumentação, empreendeu-se um levantamento bibliográfico e de instrumentos de pesquisa relacionados às discussões do tratamento informacional nos documentos fotográficos3 - discussão que partiu do uso de documentos fotográficos em pesquisas científicas, indo ao encontro do momento de sua criação/incorporação no acervo em uma perspectiva de engenharia reversa a partir de um estudo de caso.
Em síntese, nas linhas que se seguem tem-se uma breve explanação sobre o estabelecimento instrumental da Fotodocumentação como um campo transversal de conhecimento. A proposta de inovação com impacto potencial na América Latina, situando o espaço da discussão interdisciplinar em Fotodocumentação no âmbito da Ciência da Informação, buscou consolidar tal conceito via aplicação prática do Ciclo da Informação na gestão e no uso científico de acervos fotográficos. O protagonismo e a experiência comprovada dos grupos de pesquisa envolvidos4 - e de seus pesquisadores -, além da inserção já existente na América Latina, bem como a existência de polos, práticas e canais - os grupos e seus respectivos eventos e veículos de comunicação científica - permitiram projetar o sucesso na execução da proposta e o pleno desdobramento de seus impactos futuros.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Do ponto de vista empírico, a discussão sobre a possibilidade do estabelecimento instrumental da Fotodocumentação como um campo transversal de conhecimento esteve ancorada na compreensão do Ciclo da Informação como elemento inicial de análise dos documentos fotográficos, com forte componente de trabalho em redes multidisciplinares5 6. A percepção do fenômeno com base na gestão e no uso de documentos fotográficos incita à compreensão de como diferentes instituições tratam seus acervos nos diversos momentos do Ciclo. No âmbito da organização arquivística é possível perceber como as decisões tomadas no momento de entrada dos documentos (criação/identificação) terão influência direta nas operações subsequentes, impactando fortemente sua utilização.
A proposta atual busca inverter o sentido da análise trabalhando os documentos fotográficos no sentido inverso do Ciclo da Informação, partindo do uso de documentos fotográficos em pesquisas científicas, chegando até o momento de sua criação/incorporação no acervo, em uma perspectiva não apenas retrospectiva, mas também de engenharia reversa, a partir de um estudo de caso. Assim, o resultado da pesquisa que resultou no presente estudo também prevê a contínua formação de novos pesquisadores, que deverão se tornar parte ativa das atividades desenvolvidas na pesquisa denominada Cicloinfoto7, seja pela pesquisa bibliográfica, seja por sua incorporação em novos estudos.
Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória e descritiva, a partir do NEDIM como caso de estudo. Por sua natureza exploratória, a pesquisa se propõe a consultar seletivamente as fontes, partindo de publicações recentes de pesquisadores daquele Núcleo, verificando a metodologia utilizada quanto à utilização de documentos fotográficos, refazendo, de modo inverso, o caminho por eles percorrido, até chegar à criação desses materiais no acervo do NEDIM, seja por produção em pesquisa de campo, seja por aquisição de coleções regionais e locais.
O Núcleo em questão, como caso de estudo, permite interessante análise no que se refere aos procedimentos relacionados às diferentes fases do Ciclo da Informação. Logo, o case terá um elemento de contraponto institucional relacionado à cultura de gestão de acervos fotográficos, já inserida no âmbito macro institucional, pois, de algum modo, estes também são dependentes das políticas do governo argentino.
O acompanhamento sistemático dos Encontros de Arquivos Fotográficos do MERCOSUL aponta o NEDIM como uma instituição singular na medida em que se trata de um importante grupo de pesquisa, com produção cientifica relevante, ancorada por um abrangente acervo fotográfico, cujos procedimentos técnicos próprios estão vinculados. No âmbito latino-americano, essa dupla característica de grupo de pesquisa e gestor de acervo é bastante limitada. O Laboratorio Audiovisual de Investigación Social (LAIS), vinculado ao Instituto Mora, no México, por exemplo, apresenta características semelhantes, sem deter, porém, uma produção científica tão relevante e tão diversificada, do ponto de vista disciplinar. Já o Centro de Fotografía de Montevideo (CdF) está mais concentrado em se configurar como uma espécie de fototeca nacional, apresentando uma produção científica bastante endógena e sem o aval de órgão científico uruguaio. No Brasil, a produção cientifica no âmbito da Fotodocumentação e a gestão de acervo fotográficos se tocam de modo assistemático, sem institucionalidade.
A Fotodocumentação é uma proposta conceitual, pensada como uma área transversal, capaz de interligar os estudos fotográficos pensados a partir de suas informações. Como área de estudo, ela privilegia as questões informacionais em detrimento das técnicas, sendo capaz de reunir profissionais de diferentes áreas de formação em torno da Fotografia, como campo de estudo, sem a ocorrência de “ruído” disciplinar. De fato, não se trata de estudar a fotografia como objeto de outras disciplinas, mas que ela mesma seja a disciplina, construída com a contribuição de profissionais formados em diferentes áreas que, interdisciplinarmente, concorrem para modelá-la. Nesse ínterim, os estudos podem partir de diferentes origens, tais como: Fotojornalismo, Comunicação, História, Direito, Arte, Estética, Antropologia, Estudos Culturais, Política etc. O que se propõe é inverter o foco da relação área-objeto na pesquisa fotográfica.
Tomanik (2004) destaca que antes de iniciar o estudo de qualquer aspecto específico de um fenômeno, é fundamental definir claramente o que é o fenômeno e o que é o aspecto. O investimento proposto pela Fotodocumentação atua justamente nessa área. Aquele autor exemplifica essa relação fenômeno-aspecto com os furacões, cujos aspectos, a princípio, são estudados pela Meteorologia. No entanto, eles também podem ser analisados por muitas outras áreas.
Um mesmo fenômeno pode ser objeto de várias ciências. Um furacão, por exemplo, pode estar presente nos estudos da meteorologia (interessada em determinar sua origem, seu deslocamento e em medir sua intensidade), da economia (preocupada com os prejuízos causados por ele), da engenharia (tentando desenvolver edificações que resistam à sua passagem) e até das ciências sociais como a antropologia, a sociologia ou a psicologia (preocupadas, por exemplo, com as formas que ele assume no imaginário das populações por onde passa ou com o papel que representa na organização dessas populações) (TOMANIK, 2004, p. 17).
Sua abordagem exige que se pense na criação de uma área específica para furacões, onde os outros olhares se tornariam seu objeto; uma área que poderia ser chamada, hipoteticamente, de Furacanologia. No caso concreto dos estudos sobre a Fotografia, não se trata de compreendê-la sob o olhar da História, da Comunicação, da Antropologia etc., mas sim, pensando os tópicos da informação fotográfica como o centro, como o fenômeno, trabalhando, então, com a documentação fotográfica a partir da formação específica, como aspectos, seja em História, Arquivologia, Sociologia, Antropologia, Comunicação etc.
Não se trata de pensar as fotografias como objeto de uma determinada área de estudo. Faz-se importante estudá-las a partir da Fotodocumentação, sob o olhar dessa área. A Fotodocumentação, nesse sentido, altera a relação fenômeno-objeto-teoria nos estudos tradicionais da fotografia. Como campo de estudo, tal conceito se diferencia de “documentação fotográfica” (registro da repetição de eventos com fotos ao longo do tempo) e de “fotografia documental” (narrativa de um evento valendo-se da linguagem fotográfica, com o apoio de alguma informação textual sintética - legendas ou pequenas notas, por exemplo). A “documentação fotográfica” é um termo utilizado, ocasionalmente, nas Ciências da Saúde, Biológicas ou Exatas, para designar o registro fotográfico sistemático de uma situação ou de um processo, a fim de compreender suas modificações ao longo do tempo. Como exemplo de documentação fotográfica, tem-se o estudo sistemático retrospectivo das transformações urbanas, investigadas por arquitetos e urbanistas8, que buscam, em geral, nas grandes cidades, fotos-testemunhos de pontos-chave da cidade, que se repetem, com o mesmo ângulo, ao longo do tempo. Já na “fotografia documental”, a Fotodocumentação se refere aos ensaios visuais que buscam estabelecer uma narrativa, ou seja, fazer uso de uma linguagem fotográfica para contar uma história, com a contribuição, justa e necessária, de algumas palavras, como uma nota de rodapé, um pequeno texto explicativo ou algo similar9. A Fotodocumentação, por sua vez, busca pensar a fotografia como fenômeno, estudando as características documentais dos registros fotográficos.
A Fotodocumentação abrange a fotografia em suas diferentes modalidades (ocorrências estéticas em geral, filmes, audiovisuais e outras combinações). Apesar de relacionadas, as pesquisas sobre a preservação, o uso social, a análise de conteúdo e a representação histórica da imagem, entre outras ações, não fazem parte do foco prioritário da área. Seus estudos se dedicam às questões relacionadas com a organização técnica da informação - documental e contextual - do registo fotográfico com vista à sua gestão e utilização10.
O trabalho em Fotodocumentação reúne grande diversidade de profissionais, muitas vezes, formados em História, Artes, Antropologia, Jornalismo, Direito, Comunicação etc. Nos espaços científicos e de trabalho dessa comunidade não existem problemas de comunicação no que tange ao vocabulário ou aos conceitos, sendo todos especialistas em Fotodocumentação, que partilham a mesma língua, embora não se reconheçam na área. Nesse viés, a Fotodocumentação pode ser pensada como uma pesquisa em Fotografia a partir de uma perspectiva de documentação, que não deve ser entendida como um conjunto de documentos, mas sim, como o estudo da informação, no sentido espanhol das Ciências da Documentação como uma área transversal e interdisciplinar.
Há tempos, muitos estudos têm apontado para dois aspectos relacionados aos documentos fotográficos de arquivo, quais sejam: 1) O descompasso entre o uso social e administrativo de recursos fotográficos; e, 2) A gestão administrativa (LACERDA, 2012; LOPEZ, 2009; ANCONA LOPEZ, 2008). A bibliografia especializada em tratamento de documentos fotográficos volta-se, em grande parte, às políticas de conservação e preservação de acervos11, e outra parcela significativa dedica-se ao tratamento de coleções de caráter não-orgânico.
O Quadro 1, a seguir, esquematiza os tipos de problemas mais comuns encontrados no campo do patrimônio fotográfico. Em relação ao tratamento físico, têm-se as questões bastante técnicas que, em geral, são objetos de conservadores, mas não representam problemas científicos para a Fotodocumentação, embora a preservação seja um ponto vital. O fato de um documento fotográfico ter que ser visível, bem preservado e estabilizado não costuma ser um problema de pesquisa; é um problema técnico, embora a conservação seja responsável pelas condições sine qua non para que o tratamento informacional seja feito. Já no tangente ao tratamento informacional, têm-se os problemas que podem ser desenvolvidos pela Fotodocumentação.
Diante do exposto, a prevalência de estudos técnicos pode, infelizmente, resultar não apenas em um entendimento restrito do documento fotográfico, bem como construir significados errôneos, do ponto de vista da gênese do documento (LOPEZ, 2009). Tem-se, assim, alguma carência de estudos voltados, especificamente, à área da Arquivologia - e da Ciência da Informação, por extensão - que tragam o aprofundamento de questões teóricas e os respectivos desdobramentos práticos. Tem-se ainda vasta produção científica relacionada aos aspectos comuns existentes entre os documentos fotográficos de arquivo e os demais conjuntos fotográficos em geral (aspectos sociais, comunicacionais, estéticos, históricos, técnicos e físicos), em detrimento de estudos mais relacionados àquilo que é exclusivo dos documentos de arquivo (organicidade, vinculada à preservação de registros como prova das atividades do titular do acervo, por exemplo). Outro aspecto de atenção é a pequena proporção, em termos quantitativos, de estudos sobre Fotodocumentação, que poderia ampliar a discussão para além dos arquivos, incorporando o debate oriundo de áreas correlatas (Antropologia, Artes, Comunicação, Ciências Políticas, Direito, História, Sociologia, entre outras).
Na Fotodocumentação faz-se necessário compreender que a fotografia, em um primeiro momento, é capaz de ser apenas um recurso - talvez, o melhor dos recursos para determinado objetivo de linguagem -, que “[...] equivaleria a um estilo ou a uma determinada intenção- não uma intenção artística, mas uma intenção administrativa, o que a coloca entre uma função estética e uma função de representação/comunicação” (LOPEZ, 1999, p. 54). Assim, o meio de percepção e interpretação das imagens é difuso, ao passo que os limites são tênues e diferem dependendo do contexto histórico-social e da experimentação cultural, pois, toda forma de se comunicar depende das concessões ao conhecimento pré-existente - ditado “[...] pelo contexto e pela consistência das possíveis interpretações alternativas que têm de ser posta de lado” (GOMBRICH, 1995, p. 7). De fato, a natureza que fala à câmera não é a mesma que fala ao olhar; é outra, pois substitui um espaço trabalhado conscientemente pelo homem por um espaço que ele percorre inconscientemente (BENJAMIN, 2012). Ou seja, a fotografia aqui trabalhada está na função de representação/comunicação de um conceito específico do Ciclo da Informação. E a representação da informação desde a perspectiva dos documentos fotográficos, que possui características que devem ser analisadas, uma vez que o documento fotográfico:
[…] como registro visible de referencias pasadas, puede ser considerado un artefacto producido en un determinado momento histórico. Su análisis, tanto a nivel teórico como práctico, presupone una discusión de los aspectos de la producción, teniéndose encuentra sus utilizadores y las funciones para las cuales fueron creados. El archivamiento de documentos fotográficos para investigación requiere no solamente de buenos procedimientos de preservación y conservación, sino también una clasificación (con su respectivo sistema de búsqueda) capaz de permitir que se hagan conocidas las informaciones contextuales) (ANCONA LOPEZ; CARVALHO MADIO, 2014, p. 40).
O contexto onde o documento fotográfico se insere é a base para a compreensão da imagem e, por isso, conforme Pereira (2016, p. 30), “[...] a natureza atribuída advém das razões que justificam a produção das informações orgânicas, ou seja, os elementos do contexto que, em geral, não se encontram nos documentos, mas em seus vínculos e articulações não explícitas”. Assim, os documentos fotográficos estão sempre inter-relacionados com o tempo, o espaço, o fotógrafo (ou produtor) e o receptor da imagem. Tais fases - criação, gestão, recuperação, comunicação e uso - correspondem às linhas gerais do Ciclo da Informação - conceito basilar da Ciência da Informação.
A definição de Ciência da Informação adotada por Borko (1968) aponta para o Ciclo da Informação ao indicar que seus objetos estão nos processos relacionados aos aspectos de produção, organização, transmissão e uso da informação. Esta última oferta à Ciência em comento uma dimensão interdisciplinar, fortemente vinculada aos processos sociais. A informação, como objeto da Ciência da Informação, é utilizada por Tarapanoff (2006, p. 21) “[...] no sentido de conhecimento comunicado, [...] inclui conceitos de novidade e relevância e refere-se ao processo de transformação do conhecimento e, particularmente, à sua seleção e interpretação em um contexto específico”. No âmbito das Ciências Sociais, a Ciência da Informação se preocupa em estabelecer as vinculações entre o homem e a sociedade via informação, uma vez que caracteriza seu escopo como o “[...] estudo das propriedades gerais da informação (natureza, gênese, efeitos) e a análise de seus processos de construção, comunicação e uso” (LE COADIC, 2004, p. 25). Fazendo uso da tecnologia, tem-se a geração de produtos, sistemas e serviços que permitem a construção, a comunicação, o armazenamento e o uso da informação (LE COADIC, 2004).
Para Capurro e Hjorland (2007), a preocupação está em estabelecer um corpus científico capaz de permitir a geração, a coleta, a organização, a interpretação, o armazenamento, a recuperação, a disseminação, a transformação, o uso e a transferência da informação, fazendo uso de ferramentas tecnológicas, quando possível. Para ser uma ciência, o objeto de estudo - no caso, a informação - necessita ser passível de ser identificado. No âmbito da Fotodocumentação, a necessidade do estabelecimento de um corpus científico é ainda mais importante, dado o caráter de inovação imbuído no termo. A informação, como objeto de estudo da Ciência da Informação, precisa ser definida e estabelecida como um domínio, uma informação registrada que, posteriormente, possa ser selecionada para o acesso (BATES, 1999). A perspectiva de informação registrada dá tangibilidade à informação fotográfica, que passa a estar vinculada, necessariamente, a seu caráter documental (BATES, 1999). Assim, no âmbito da Fotodocumentação, faz-se importante entender a informação fotográfica em seu ciclo informacional, sendo mister percebê-la, inicialmente, como técnica de registro; ou seja: antes da informação como objeto, é fundamental compreender a fotografia como documento, em sua gênese, ou a “informação como coisa” (BUCKLAND, 1991)12.
A compreensão da informação como coisa, a ser apropriada pela Fotodocumentação, perpassa as diferentes fases do Ciclo da Informação, que é objeto de estudo de muitos cientistas da informação. Sobre a questão, Borko (1968, p. 3) aponta as etapas do fluxo informacional ao afirmar que a Ciência da Informação:
[...] preocupa-se com os conhecimentos relacionados com a produção, coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão, transformação e uso de informação. Inclui a investigação da representação de informação nos sistemas naturais e artificiais, o uso de códigos para a transmissão da mensagem eficientes, bem como o estudo dos dispositivos e técnicas que processam as informações, tais como os computadores e os sistemas de programação.
Dodebei (2002, p. 23) destaca a dimensão cíclica e disponibiliza um modelo de caráter sistêmico: o Ciclo da Informação, que se compõe de etapas que buscam compreender “[...] os processos criados pela produção, acumulação e uso de conhecimentos e os produtos gerados em suas várias formas representacionais”. Tal Ciclo também pode ser denominado processo de “[...] transferência da informação [...]”, que “[...] reduz a realidade da representação do conhecimento a seis etapas: produção, registro, aquisição, organização, disseminação e assimilação” (DODEBEI, 2002, p. 24).
A vertente da Documentação (no sentido espanhol) permite que a diversidade de perspectivas de estudo seja pensada a partir do paradigma do Ciclo da Informação. Ao modelo delineado por Floridi (2002), em quatro grandes fases (gênese/identificação, organização, recuperação e comunicação da informação), acrescenta-se o reaproveitamento da informação como uma quinta fase, responsável por reiniciar todo o ciclo, conforme evidenciado na Figura 1, a seguir.
Na Figura 1 vale observar as interconexões dos círculos, que indicam que as fases se sobrepõem em algum ponto, exceto no uso, quando se tem apenas um contato entre a comunicação e a nova gênese. Para o esquema, o ciclo tem início com a geração e correspondente identificação da informação, para depois passar para a organização e, depois, para a recuperação, com vista à sua divulgação e posterior utilização, podendo gerar um novo documento ao reiniciar o ciclo, como uma espiral.
As quatro etapas básicas consideradas para o ciclo correspondem, esquematicamente, em termos de Fotodocumentação, a aportes de distintas disciplinas vinculadas à Ciência da Informação, ao passo que a quinta fase se relaciona com a diversidade de disciplinas envolvidas na utilização dos documentos de arquivo, assim apreciadas:
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A identificação, momento 1 (m1), considera, em termos de geração/criação, o que é o documento, quem produziu sua informação e para que fins. A compreensão do momento de geração tem por base conceitual a gênese documental e o respeito pela proveniência, cujo fundamento está na Arquivologia, sem descartar elementos da Biblioteconomia e Museologia, quando a aquisição de documentos fotográficos não é administrativa.
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A Organização, momento 2 (m2), significa entender como alguém converteu uma informação fotográfica em um documento, para que fins e como essa informação se reflete no sistema organizativo. Suas atividades correspondem às práticas de gestão documental, arquivamento, armazenamento e guarda de documentos. O protagonismo está na Arquivologia - quando a prioridade e/ou o uso administrativo dos documentos é a prova - e nas demais áreas - quando a organização se volta para o uso comunicacional - a informação -, com importante influência da Biblioteconomia, por exemplo.
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A recuperação, momento 3 (m3), deve conter os dados de arquivamento e conteúdo visual corretos, permitindo, assim, o acesso ao documento. As diferentes ferramentas desenvolvidas em diferentes disciplinas competem para colaborar13. Também convergem práticas curatoriais - e/ou conceitos -, intrinsicamente ligados à Museologia que, de algum modo, orienta e seleciona o que será prioritariamente recuperável, mas também com fortes raízes no momento anterior. A colaboração de ambos os sistemas de informação, principalmente eletrônicos, é essencial, possibilitando ótimas condições de acesso, comunicação e uso.
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A divulgação, ou comunicação, momento 4 (m4), implica dar acesso à recuperação e dar a conhecer ao público a existência de documentos contextualizados - fruto do trabalho em (m1) e (m2). As disciplinas com base na disseminação de informação via conteúdos são mais significativas. No entanto, é preciso observar que quanto maior for o vínculo com as informações relacionadas à identificação da geração (m1) e sua correspondente organização (m2), mais precisas serão as informações divulgadas. As disciplinas relacionadas à Biblioteconomia e à recuperação de dados aqui exercem algum protagonismo.
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No último momento, utilização, momento 5 (m5), tem-se a consulta, a reprodução e/ou a reciclagem do documento (ou de suas informações) pelo usuário de acordo com seus interesses. Aqui, é possível notar a influência das demais áreas interligadas interdisciplinarmente à Fotodocumentação (Antropologia, Artes, Comunicação, Ciência Política, Direito, História, Sociologia, entre outras). Mas, aí podem concorrer uma infinidade de áreas, relacionadas ao uso dado pelo consulente e criador de uma nova informação.
De fato, a ausência de uma identificação consubstanciada no objeto fotográfico e na sua finalidade para o titular gera questionamentos sob o ponto de vista arquivístico. A falta de identificação correta da gênese pelo princípio da Arquivologia (princípio da proveniência14) acarreta uma segunda falha na organização (m2). Já no quarto momento (m4), a divulgação, tudo o que foi supostamente identificado no momento da gênese (m1), organizado (m2) e descrito para recuperação (m3), será difundido. As ferramentas de disseminação de per si não são equivalentes ao acesso. Tem-se uma operação que transforma as informações da recuperação (m3) em algo passível de ser consultado pelo público. Quando se trata de fotografia, o conteúdo visual é muito importante para a divulgação, porém, quanto mais vinculado ele estiver às fases anteriores do ciclo, mais precisas serão as informações disponibilizadas aos consulentes. Vale destacar que as falhas nos momentos (m1), (m2) e (m3) comprometem absolutamente a difusão (m4).
Ao iniciar uma nova volta no ciclo temos a produção de um novo documento fotográfico, mesmo sendo esse com as mesmas características visuais, ao se iniciar pela gênese da informação teremos um outro contexto, uma retroalimentação do ciclo com diferente função. Sendo assim, no desenho fica perceptível que a etapa do uso da informação não possui intersecção com a identificação, mas detém a ligação de continuidade.
O NÚCLEO DE ESTUDIOS Y DOCUMENTACIÓN DE LA IMAGEN E O CICLO DA INFORMAÇÃO
Em 2003, dentro do IIGHI-UNNE, com apoio do CONICET, é criado o NEDIM, como um desdobramento institucional das atividades ali realizadas por professores, pesquisadores, alunos, bolsistas e estagiários. Tal Núcleo aglutinou diferentes estudos regionais, relacionados à imagem, sobre diversos objetos, em uma perspectiva interdisciplinar, pautada nas linhas de investigação vigentes, que refletiam a pluralidade formativa de seus integrantes: História, Letras, Sociologia, Arquitetura, Comunicação Social, Artes, Filosofia e Direito.
Desde a origem, o NEDIM trabalhou na constituição de um acervo fotográfico, aberto à consulta pública, a partir dos materiais reunidos por seus integrantes. Como desdobramento acabou por dedicar-se também à recuperação, à conservação, ao estudo e à difusão de imagens fotográficas do Nordeste argentino e regiões adjacentes. Seu acervo abarca ampla temática regional, distribuída em três corpora principais, ao lado de outros conjuntos, a saber: 1) Fotografias etnográficas - tanto de indígenas como de imigrantes; 2) Vistas urbanas e de arquitetura; e, 3) Fotografia social. Ele ainda desenvolve e promove a conservação preventiva de fotografias históricas, tanto no próprio acervo institucional, como no apoio à preservação patrimonial de coleções fotográficas.
Além da produção científica, seus pesquisadores promovem atividades de inserção social e cultural, como, por exemplo exposições, avaliação e diagnóstico de coleções fotográficas - artísticas e documentais -, serviços de apoio técnico, além de atividades de extensão (conferências, painéis, mesas redondas etc.).
Quanto aos inter-relacionamentos bibliográficos, os pesquisadores do NEDIM, dialogam com uma vasta gama de autores não-argentinos de Fotodocumentação, com destaque15 para: André Bazin, Anna María Guasch, Boris Kossoy, Georges Didi-Huberman, Hans Belting, Jean-Marie Schaeffer, Joan Fontcuberta, John Berger, John Tagg, Marta Penhos, Michel Foucault, Nicholas Mirzoeff, Philippe Dubois, Pierre Bourdieu, Pierre Soulages, Roland Barthes, Rosalind Krauss, Susan Sontag, W. J. T. Mitchell, Walter Benjamin e William Jay.
No âmbito argentino, aquele Núcleo possui atuação colaborativa com diferentes pesquisadores de Fotodocumentação, a saber: Alejandra Cebrelli, Ana Camblong, Andrea Cuarterolo (Sociedad Iberoamericana de Historia de la Fotografía - SIHIF), Anne Gustavsson, Cristina Boixados, Diego Jarak, Julio Vezub, Ludmila da Silva Catela (Grupo de Córdoba), Luis Príamo, Miguel Almirón, Patricia Méndez, Ramón Gutiérrez (Centro de Documentación de Arte y Arquitectura Latinoamericana - CEDODAL) e Verónica Tell (Grupo Área de Estudios sobre Fotografia - ÁF/UBA).
Do ponto de vista institucional, o NEDIM apresentou na Argentina vínculos colaborativos com a Academia Nacional de Bellas Artes, com o Grupo Tarea, no Instituto de Investigaciones sobre el Patrimonio Cultural (IIPC) da Universidad Nacional de San Martín (UNSAM). No exterior se destacaram a Direction de projets audiovisuels et numériques (DPAN) (Faculté des Lettres, Langues, Arts et Sciences Humaines del’Université de la Rochelle) e o Master Arts Numériques et Cultures Visuelles (Université Gustave Eiffel), ambos na França; a Red de Estudios de Memoria, no Chile; e, o próprio GPAF, no Brasil.
A abordagem documental proposta pelo NEDIM, é fundamental para mapear o Ciclo da Informação de materiais fotográficos em acervos documentais. Nesse sentido, as análises sociopolíticas, históricas, estéticas e outras, são pautadas pelas atividades documentais, impondo a compreensão dos motivos que levam à geração dos documentos fotográficos e às ações de gestão para garantir a existência das fontes, dos sistemas de busca e recuperação, e posterior uso investigativo e comunicacional das fotografias. Um olhar de cientista da informação indica que tal fluxo, ali identificado e desenvolvido, corresponde muito claramente ao Ciclo da Informação sintetizado por Floridi (2002), onde as quatro grandes etapas do Ciclo da Informação podem ser assim resumidas: 1) Gênese da informação; 2) Organização da informação; 3) Recuperação da informação; e, 4) Comunicação da informação16.
Do ponto de vista do Ciclo da Informação, o NEDIM, entre os grupos mapeados na pesquisa atual17, é o único que realiza todas as fases do Ciclo e, igualmente importante, de forma pública, transparente e acessível a qualquer interessado. A criação da informação e sua correta identificação estão na recolha e/ou compilação de fotografias privadas e públicas. Vale salientar que o CEDODAL - outro grupo que possui fototeca - não permite compreender como é o processo de aquisição e identificação de seu material. As segunda e terceira fases do Ciclo - organização e recuperação - são levadas a cabo pelo NEDIM em suas atividades de organização de arquivos, diagnóstico patrimonial e conservação de diferentes coleções e gestão da sua fototeca. Já o Grupo de Estudios sobre Fotografía (ÁF/UBA) indica deter em sua equipe especialistas em arquivos, porém, não apresenta um acervo fotográfico institucional a ser organizado ou recuperado. O CEDODAL tampouco dá pistas do modus operandi dessas duas etapas. A quarta fase - divulgação e acesso - está presente tanto no NEDIM como no CEDODAL. A utilização da informação do documento fotográfico, do ponto de vista científico, ocorre em todos os grupos mapeados, sendo que apenas no NEDIM é possível traçar o percurso completo das fases anteriores, ou seja, o Ciclo da Informação por inteiro.
Com vistas para a questão com as lentes da Ciência da Informação, nota-se a importância das atividades documentais para a execução das ações das quatro primeiras etapas do Ciclo da Informação - o que remete a três características básicas da Ciência da Informação elencadas por Saracevic (1996), quais sejam: 1) Interdisciplinaridade18; 2) Pertencer à Sociedade da Informação19; e, 3) Possuir vinculação com a Tecnologia da Informação20. O corolário é a aplicação prática do trabalho em Fotodocumentação, mantendo sempre ativas as conexões sociais e políticas da fotografia21. Tal aplicação sociopolítica corresponde ao verdadeiro fundamento da Ciência da Informação (SARACEVIC, 1996).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo apresentou parte da pesquisa em desenvolvimento pelo GPAF, sendo inovador na medida em que busca denominar a Fotodocumentação como um campo de estudo interdisciplinar dentro da área da Ciência da Informação - campo este que retrata a relação entre a fotografia e a documentação e que permite posicionar o registro fotográfico informacional como um elemento que perpassa todo o Ciclo da Informação (ARAÚJO, 2018). Transversalidade esta com apoio no trabalho multidisciplinar e em redes colaborativas.
A proposta de inovação das linhas que se seguiram buscou consolidar o conceito da Fotodocumentação via aplicação prática do Ciclo da Informação na gestão e no uso científico de acervos fotográficos por meio do estudo do caso do NEDIM, a fim de adquirir o conhecimento do fenômeno.
A análise buscou inverter o sentido trabalhando os documentos fotográficos no sentido inverso do Ciclo da Informação, partindo do uso de documentos fotográficos em pesquisas científicas, chegando até o momento de sua criação/incorporação no acervo. Assim, foi possível perceber que, no âmbito da organização arquivística, as decisões tomadas no momento de entrada dos documentos (criação/identificação) terão influência direta nas operações subsequentes, impactando fortemente sua utilização.
O olhar para a questão com as lentes da Ciência da Informação permitiu, entre outras questões, visualizar a importância das atividades documentais para a execução das ações em Fotodocumentação, além de possibilitar a manutenção do contexto documental, das conexões sociais e políticas da fotografia.
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» https://www.facebook.com/labfotodoc
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1
O evento mais recente da Fotodocumentação foi o Simposio Las Redes de Investigación y la Fotodocumentación - 14º Encontro do GPAF - Encuentro del NEDIM - Apoyo FIC-UdelaR. Cf. 14º Encontro do GPAF (2021).
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2
Além do levantamento do repertório bibliográfico desenvolvido em projeto de pesquisa específico, tem-se ainda a proposta da Revista Photo & Documento, que pretende estimular o pensamento crítico e o debate sobre a produção, a circulação, a distribuição, o acesso, o uso e a preservação de documentos e informações fotográficos na sociedade vigente. Cf. Revista Photo & Documento (2019).
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3
Projeto Bibliofoto que arrola não apenas o material bibliográfico já internacionalmente conhecido, mas também a produção de outros grupos e instituições que se dedicam ao tema do estudo do documento fotográfico, permitindo consolidar as redes de produção de conhecimento colaborativo, multiplicando os atores e seus respectivos estudos, e possibilitando seu reconhecimento por outros pares. Cf. Bibliofoto (2023).
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4
As experiências dos grupos de pesquisa foram analisadas e comprovadas via entrevistas com profissionais de grande prestígio em pesquisas relacionadas à Fotodocumentação. O resultado dessa etapa da pesquisa estará disponível em um artigo a ser publicado. A relação dos grupos analisados está disponível em Rede Foto ARQ (2023).
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5
Como indicações mínimas sobre o trabalho em rede têm-se: Campos (2014); Castells (1999); Castells e Cardoso (2006); Franco (2008); Lopez (2014, 2016); Medeiros (2014); e, Ortega e Cardeñosa (2011).
-
6
Como indicações mínimas sobre os documentos fotográficos nesse âmbito têm-se: Ancona Lopez (2005, 2008, 2011); Boadas, Casellas e Suquet (2001); Camargo (2016); Lacerda (2012, 2013); Lopez (2009); Madio (2012); Parinet (1996); Olivera Zaldua e Salvador Benítez (2014); e, Sánchez Vigil, Marcos-Recio e Olivera-Zaldua (2014).
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7
Projeto iniciado em março de 2022, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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8
Tem-se o importante trabalho com patrimônio fotográfico do Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos, sob a tutela da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2018).
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9
Tem-se o trabalho de Quintero (2013) sobre o templo de Karni Mata, na Índia.
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10
Lacerda (2013) analisa a percepção institucional dos acervos fotográficos dentro das próprias entidades arquivísticas, demonstrando a necessidade de tais estudos em termos práticos.
-
11
A Profa. Dra. Mariana Giordano indicou, como um primeiro exemplo de trabalho na área, um grupo dedicado à preservação. Cabe destacar que seu próprio trabalho em Fotodocumentação culminou na criação do NEDIM. Cf. GPAF - Grupo de Pesquisa Acervos Fotográficos (2021).
-
12
Na proposta de Buckland (1991), muitas definições têm sido propostas para “informação”. Um importante uso da informação é a denotação tanto do conhecimento comunicado como do processo de informação. Outro uso da “informação” é fazer referência às coisas que são informativas.
-
13
Por exemplo, a utilização simultânea dos requisitos de descrição da ISAD (g) - no âmbito arquivístico - e do Dublin Core - na esfera biblioteconômica.
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14
Princípio onde “[...] os arquivos originários de uma instituição ou de uma pessoa devem manter sua individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa” (CAMARGO; BELLOTTO, 1996, p. 61).
-
15
Segundo dados obtidos de entrevistas e questionários aplicados a Mariana Giordano (líder) e a Cleopatra Barrios (pesquisadora) em outubro de 2020.
-
16
Ao modelo esquematizado por Floridi (2002), agregou-se uma quinta etapa: o reuso, responsável por reiniciar todo o ciclo.
-
17
Os dados consolidados ainda estão em fase de edição para divulgação final.
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18
Pode ser plenamente verificada no perfil dos pesquisadores do Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen (NEDIM) e na respectiva produção científica.
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19
As conexões em redes colaborativas do NEDIM, bem como seu acervo, permitem situar esse Núcleo em tal sociedade.
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20
Conforme o uso cada vez mais crescente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) por quaisquer Grupos de Pesquisa, na produção e divulgação científicas e na gestão de todos os produtos derivados de tais atividades.
-
21
As ações externas à academia realizadas pelo NEDIM exemplificam essa inserção social da Ciência da Informação.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
05 Jun 2023 -
Data do Fascículo
2023
Histórico
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Recebido
30 Jul 2022 -
Aceito
27 Mar 2023