Os transtornos mentais se caracterizam como um grupo de doenças com alto grau de sobrecarga, não só para o indivíduo que sofre, mas também para seus familiares e cuidadores. Entre eles, a depressão é atualmente responsável pela mais alta carga de doença entre todas elas. Sua característica insidiosa vai destruindo as esperanças e o brilho da vida de seus portadores, tendo consequências devastadoras na vida dos que estão ao seu redor. A depressão se caracteriza pela perda de interesse e prazer por tudo, pelo sentimento de tristeza e baixa da autoestima. Os quadros mais graves podem levar ao suicídio. Apesar disso, a doença permanece escondida e não tratada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que hoje, no mundo, 350 milhões de pessoas vivam com depressão. As mulheres são mais afetadas, e 1 a 2 em cada 10 mulheres têm depressão pós-parto1. Através do programa Mental Health Gap Action Programme (mhGAP)2, a OMS e parceiros dão suporte a quem sofre de depressão e estimulam os países a formularem programas para ajudar pessoas com transtornos mentais
A depressão pode ser identificada e tratada na atenção básica, e, para isso, o treinamento e as campanhas de conscientização são fundamentais, e não só dos profissionais, mas também da população geral, incentivando a busca por ajuda. O custo da depressão geralmente é muito alto, e não só em termos de perda monetária; pode custar relacionamentos, empregos, e, não raro, a própria vida. O mais trágico desfecho da depressão é o suicídio. A cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo, e as ações preventivas são urgentes. É importante divulgar algumas iniciativas da OMS para a prevenção do suicídio, como o vídeo I had a black dog: his name was depression3; publicações sobre o uso de pesticidas4 e outras publicações sobre a prevenção do suicídio5.
Vencer o estigma, promover atitudes positivas da comunidade em relação aos portadores de transtornos mentais e estimular a procura pelo tratamento são atitudes e questões urgentes da saúde pública.
REFERÊNCIAS
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1 Marcus M, Yasamy MT, Ommeren M, Chisholm D, Saxena S. WHO Department of Mental Health and Substance Abuse; 2012. [cited 2014 Sept 24]. Available from: http://www.who.int/mental_health/management/depression/who_paper_depression_wfmh_2012.pdf?ua=1
» http://www.who.int/mental_health/management/depression/who_paper_depression_wfmh_2012.pdf?ua=1 -
2 World Health Organization. mhGAP Intervention Guide for mental, neurological and substance use disorders in non-specialized health settings; 2010. [cited 2014 Sept 24]. Available from: http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241548069_eng.pdf
» http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241548069_eng.pdf -
3 World Health Organization. Vídeo "I had a black dog: his name was depression"; 2014. Available from: [Stream video - duration 04:17 mins] http://video.who.int/strea/ming/NMH/MSD/COPR_depression_01OCT2012.wmv
» http://video.who.int/streaming/NMH/MSD/COPR_depression_01OCT2012.wmv -
4 World Health Organization. Clinical management of acute pesticide intoxication: prevention of suicidal behaviours; 2008. [cited 2014 Sept 24]. Available from: http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/pesticides_intoxication.pdf?ua=1
» http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/pesticides_intoxication.pdf?ua=1 -
5 World Health Organization. Preventing suicide, a global imperative; 2014. [cited 2014 Sept 23]. Available from: http://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/exe_summary_english.pdf?ua=1
» http://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/exe_summary_english.pdf?ua=1
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Jul-Sep 2014