Open-access EFEITO DE ADJUVANTES EM ASSOCIAÇÃO COM THIAMETHOXAM 250 WG E METARHIZIUM ANISOPLIAE (METSCH.) SOROKIN NO CONTROLE DE CIGARRINHA-DA-RAIZ DA CANA-DE-AÇÚCAR MAHANARVA FIMBRIOLATA (STAL, 1854) (HEMIPTERA; CERCOPIDAE)

EFFECT OF ADJUVANTS IN ASSOCIATION WITH THIAMETHOXAM 250 WG AND METARHIZIUM ANISOPLIAE (METSCH.) SOROKIN FOR THE CONTROL OF SUGARCANE ROOT SPITTLEBUG, MAHANARVA FIMBRIOLATA (STAL, 1854) (HEMIPTERA; CERCOPIDAE)

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes classes de adjuvantes em associação com o inseticida thiamethoxam 250 WG ou com o bioinseticida Metarhizium anisopliae, no controle de Mahanarva fimbriolata.O experimento foi conduzido com a variedade de cana-de-açúcar RB 92 8064, no Município de Catanduva, SP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quinze tratamentos e quatro repetições. Cada parcela foi constituída por sete linhas de cana com 12,5 m de comprimento. Os tratamentos foram aplicados com pulverização tratorizada e constituídos de: testemunha; thiamethoxam 250 WG na dose de 0,8 kg/ha; thiamethoxam 250 WG a 0,8 kg/ha na mistura em tanque com Silwet L-77 a 0,05% volume/volume (v/v); thiamethoxam 250 WG a 0,8 kg/ ha + Silwet Plus a 0,05% v/v; M. anisopliae na dose de 2 kg/ha; M. anisopliae a 2 kg/ha + Silwet L-77 a 0,05% v/v; M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v; M. anisopliae 2 kg/ha + AgRho DEP-775 a 0,05% v/v, todos aplicados com volumes de calda de 150 e 300 L/ha. As avaliações foram realizadas aos 0, 15, 30, 60 e 90 dias após a aplicação (DAA), contando-se o número de ninfas em 2 m lineares, em ambos os lados da linha central de cana em cada parcela. Verificou-se que o adjuvante AgRho DEP-775, na dose de 0,05%, pode ser utilizado em associação com o fungo M. anisopliae a 2 kg/ha em aplicação terrestre, com pontas de pulverização do tipo jato plano (TF3) e consumo de 150 L/ha de calda. Os adjuvantes Silwet Plus e Silwet L-77 também podem ser utilizados em associação com o inseticida sistêmico thiamethoxam 250 WG a 0,8 kg/ha, desde que a dose dos adjuvantes seja adequada para a adesão das gotas da calda de pulverização às folhas.

PALAVRAS-CHAVE Controle biológico; cana-de-açúcar; fungo entomopatogênico; adjuvantes

ABSTRACT

The aim of this research was to evaluate the effects of different classes of adjuvants in association with the insecticide thiamethoxam 250 WG and entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae for Mahanarvafimbriolata control. The trial was carried out in a sugarcane field with the variety RB 92 8064 in Catanduva County, state of São Paulo, Brazil. Treatments were arranged in a randomized block design with 15 treatments and 4 replicates. Each experimental plot corresponded to 7 sugarcane rows 12.5 meters in length. The treatments, applied with volumes of 150 and 300 L/ha, using a tractor-mounted boom sprayer, were: control; thiamethoxam 250 WG at 0.8 kg/ha; thiamethoxam 250 WG at 0.8 kg/ha in tank mix with Silwet L-77 at 0.05% v/v; thiamethoxam 250 WG at 0.8 kg/ha added with Silwet Plus at 0.05% v/v; M.anisopliae at 2 kg/ha; M. anisopliae at 2 kg/ha plus Silwet L-77 at 0.05% v/v; M.anisopliae at 2 kg/ha added with Silwet Plus at 0.05% v/v; and M. anisopliaeat 2 kg/ha plus AgRho DEP-775 at 0.05% v/v. The evaluations were at 0, 15, 30, 60 and 90 days after application. It was verified that adjuvant AgRho DEP-775 at 0.05% v/v can be used in association with M. anisopliae2 kg/ha with TF3 nozzles and 150 L/ha. The adjuvants Silwet Plus and Silwet L-77 can be utilized in association with the systemic insecticide thiamethoxam 250 WG at 0.8 kg/ha, since an adequate dose of adjuvants is applied for adhesion to the leaves.

KEY WORDS Biological control; sugarcane; entomopathogenic fungus; adjuvants

INTRODUÇÃO

A cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar, Mahanarva fimbriolata (Stal, 1854) tem se tornado um sério problema em algumas regiões do Estado de São Paulo, onde a cana-de-açúcar já é colhida mecanicamente sem queima da palha. Na ausência da queimada, ocorre um acúmulo da palhada no solo e aumento da umidade que promovem o crescimento e a disseminação da cigarrinha-da-raiz. Considerando-se ainda que na nova legislação ambiental do Estado de São Paulo, a queimada da cana em breve será proibida, espera-se um aumento significativo na população de M.fimbriolata causando sérios prejuízos para as usinas e fornecedores, em função dos danos e um significativo aumento de custos para o controle desta praga.

GUAGLIUMI (1973) citou que M. fimbriolata possui ninfas especificamente radicícolas e se desenvolvem sobre as raízes superficiais ou raízes adventícias inferiores das gramíneas hospedeiras. Sugam a seiva, envolvendo-se numa espuma branca e espessa, que serve como proteção a inimigos naturais. Os adultos são de hábitos crepuscular-noturnos, ficando escondidos dentro das olhaduras ou no enviés das folhas durante o dia. O ciclo vital dessa cigarrinha ocorre no período das chuvas, desaparecendo na seca, quando os ovos estão em diapausa. O dano mais importante que as cigarrinhas causam é a “queima da cana”, em conseqüência direta ao ataque nas folhas, pela injeção de substâncias tóxicas presentes na saliva, além de diminuir substancialmente o teor de sacarose. Causam também a redução no tamanho e espessura dos entrenós da cana adulta e a morte de rebentos jovens.

Segundo MENDONÇA (1996), a estratégia de controle da cigarrinha-da-raiz inicia-se com o monitoramento da praga. O monitoramento de M. fimbriolata deverá ser realizado no início do período chuvoso e durante todo o período de infestação para que se possa acompanhar a evolução ou o controle da praga. O nível de dano econômico (NDE) é de 20 ninfas/m de sulco e 1 adulto/cana, enquanto que o nível de controle é de 2 a 4 ninfas/m e 0,5 a 0,75 adultos/cana.

Como forma de controle cultural, sugere-se a rotação de culturas com leguminosas, a queima da palhada ou enleiramento nas entrelinhas e uso de variedades resistentes. Deve-se ressaltar a importância do controle biológico através dos fungos M. anisopliae, Batkoa apiculata, Entomophthora sp. e Zoophthora sp.

Com relação à pesquisa de variedades resistentes, ainda não foram concluídos os estudos sobre as variedades comerciais no Estado de São Paulo, porém já foi possível observar em campo variedades mais suscetíveis à cigarrinha-da-raiz, tais como SP 80 1842, SP 70 1816 e RB 85 5536, o que possivelmente pode ser atribuído ao acelerado crescimento desses cultivares, com o rápido sombreamento do solo e ao maior volume de palha conferindo dessa forma, melhores condições de desenvolvimento da praga. Assim, nos talhões com essas variedades devem-se tomar maiores cuidados no levantamento de ninfas e adultos da cigarrinha (ALMEIDA et al., 2003a).

O controle biológico com o fungo M. ansiopliae tem se apresentado como alternativa viável para esta praga. De acordo com ALVES; ALMEIDA (1997), o controle biológico com macro ou microrganismos é um dos principais componentes do manejo integrado de cigarrinhas visto que não é poluente, não provoca desequilíbrios biológicos, é duradouro, aproveita o potencial biótico do agroecossistema, não é tóxico para o homem nem aos animais e pode ainda ser aplicado com as máquinas convencionais, desde que sejam realizadas pequenas adaptações.

BATISTA FILHO et al. (2002) observaram que o controle de M. fimbriolata com M. anisopliae é influenciado pelos isolados utilizados. Segundo ALMEIDA et al. (2004), a utilização de 2 a 6 kg de arroz como substrato para M. anisopliae/ha, em aplicações escalonadas, foi suficiente para manter a população de ninfas abaixo do NDE durante todo o ciclo da cigarrinha, que se estende de novembro a março.

A associação do fungo com inseticidas naturais como o óleo de nim, também controla com eficácia a praga, porém, deve-se utilizar o óleo de nim na concentração de 1% no mês de novembro e 5 x 1011 conídios/ha de M. anisopliae (ALMEIDA et al., 2003b).

De acordo com COSTA et al. (2003), a adição de substâncias químicas que permitam a solubilização e dispersão do ingrediente ativo para o aumento da deposição, adesão, molhamento e retenção da calda pulverizada podem também aumentar tanto a toxicidade dos bioinseticidas, como dos agrotóxicos sobre o alvo. Essas substâncias são denominadas de adjuvantes. Segundo os autores, nas diferentes classes de adjuvantes, há produtos que são compatíveis aos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e M. anisopliae, não impedindo a germinação dos conídios, o que possibilita a utilização dessa associação para o controle biológico de pragas da parte aérea das plantas e as que se encontram na parte inferior da planta.

O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente, em campo, a eficiência dos adjuvantes Silwet L 77 e Silwet Plus pertencentes à classe dos organosilicados e também o adjuvante AgRho DEP-77, pertencente aos alquil poliglicosídeos, associados ao inseticida thiamethoxam 250 WG e ao fungo entomopatogênico M. anisopliae.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em lavoura de canade-açúcar da Fazenda Anita Losto, talhão 358 plantado com a variedade RB 92 8064, sediada no Município de Catanduva, SP.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 15 tratamentos e quatro repetições. Cada parcela foi constituída de sete linhas de cana de 12,5m de comprimento, totalizando uma área de 525,0 m2. Foram utilizados os adjuvantes Silwet L-77 e Silwet Plus da Crompton Uniroyal Chemical em comparação com o adjuvante AgRho DEP-775 (Rhodia Química do Brasil S/A). O inseticida thiamethoxam 250 WG (Actara 250 WG) e o bioinseticida M. anisopliae, isolado IBCB 425, foram usados com os ingredientes ativos para o controle da cigarrinha-da-raiz, M. fimbriolata, em diferentes combinações (Tabela 1).

Tabela 1
Tratamentos adotados para avaliação do efeito de adjuvantes e inseticidas no controle de cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar. Catanduva, SP, 2003.

Os tratamentos foram aplicados com 150 e 300 L/ha de calda, com pulverizador tratorizado equipado de barra com barra com pontas de pulverização tipo jato plano TF3. A aplicação dos tratamentos foi realizada no dia 24/11/2003, com temperatura de 23o C e UR 80%.

Nas avaliações realizadas imediatamente após a aplicação dos tratamentos e aos 15, 30, 60 e 90 DAA, contabilizou-se o número de ninfas em 2 m lineares em ambos os lados da linha central de cana, em cada parcela experimental.

Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o teste de Duncan a 5% para comparação entre as médias obtidas em cada parcela, com transformação de log x + 10, com auxílio do software estatístico SPSS 11.0.

Aplicou-se também a fórmula de HENDERSON & TILTON (1955) para o cálculo da eficiência dos tratamentos em relação à testemunha.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se na avaliação realizada imediatamente após a aplicação dos tratamentos (0 dias), que a população de ninfas de cigarrinha não estava homogênea, havendo diferença significativa principalmente de M. anisopliae a 2 kg/ha, com consumo de 150 L/ha de calda e M. anisopliae a 2 kg/ha associado ao Silwet Plus a 0,05% v/v em 150 L/ha, que se diferenciaram do tratamento thiamethoxam 250 WG na dose de 0,8 kg/ha e consumo de 300 L/ha de calda, com maior média de cigarrinha/m (Tabela 2).

Tabela 2
Número médio de ninfas de cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar, Mahanarva fimbriolata por metro linear em parcelas tratadas com adjuvantes em associação com inseticida e bioinseticida à base de Metarhizium anisopliae (Catanduva, SP).

Na avaliação realizada aos 15 dias, observou-se que a população de ninfas de M. fimbriolata nos tratamentos M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v - 300 L/ha de calda, M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v 150 L/ha, M. anisopliae a 2 kg/ha - 150 L/ha, M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 150 L/ha e thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 300 L/ha diferenciaram-se da testemunha, na avaliação dos 15 dias após a aplicação (DAA), apresentando, menor número de ninfas/m (Tabela 2). Porém, a eficiência desses tratamentos quando comparada com o início do experimento, foi respectivamente de 0%, 0%, 0%, 50,2% e 45,7%. Em relação à população de ninfas no início do experimento, thiamethoxam 250 WG 0,8 kg + Silwet L 77 0,05% v/v - 150 L/ha, thiamethoxam 250 WG 0,8 kg – 300 L/ha e M.anisopliae 2 kg + AgRho DEP-775 – 150 L/ha foram mais eficientes, com porcentagens de eficiência da seguinte ordem respectivamente, 71,4%, 67,1% e 62,3%. (Tabela 3).

Tabela 3
Eficiência (%) de adjuvantes em associação com inseticida e bioinseticida à base de Metarhizium anisopliae no controle de cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar, Mahanarva fimbriolata (Catanduva, SP).

Aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos, verificou-se que o tratamento thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha - 150 L/ha de calda, M. anisopliae a 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v - 150 L/ha, M. anisopliae a 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v - 300 L/ha e M. anisopliae 2 kg/ha + AgRho DEP-775 0,05% v/v - 150 L/ha de calda, apresentaram menores médias de ninfas por metro linear e se diferenciaram estatisticamente da testemunha na mesma avaliação. O tratamento M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 300 L/ha de calda foi o tratamento de menor eficácia, com maior número de ninfas/m, diferenciando-se dos demais tratamentos (Tabela 2). Nessa avaliação os tratamentos mais eficientes em relação ao início do experimento, os tratamentosM. anisopliae a 2 kg/ha + AgRho DEP-775 a 0,05% v/v em 150 L/ha e thiamethoxam 250 WG 0,8 kg + Silwet Plus 0,05% - 150 L/ha apresentaram maior eficiência, com 80,2% e 69,9%, respectivamente, seguidos dos tratamentos M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v - 300 L/ ha e thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha - 150 L/ha, ambos com 55,4% de eficiência (Tabela 3).

Em relação à avaliação realizada aos 60 dias, verificou-se que os tratamentos thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 300 L/ha, M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 300 L/ha, thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 150 L/ha e M. anisopliae 2 kg/ha + Silwet L 77 0,05% v/v - 150 L/ha de calda, não se diferenciaram da testemunha em número de ninfas/m nesta avaliação. Os demais tratamentos se diferenciaram da testemunha mas não entre si (Tabela 2). Nessa avaliação os tratamentos mais eficientes foram thiamethoxam 250 WG 0,8 kg/ha + Silwet Plus 0,05% v/v - 300 L/ha, com 100% de eficiência, M. anisopliae 2 kg/ha + AgRho DEP-775 a 0,05% v/v - 150 L/ha com 92,8% de eficácia, thiamethoxam 250 WG 0,8 kg – 300 L/ha com 75,1% de eficácia, thiamethoxam 250 WG 0,8 kg + Silwet Plus a 0,05% v/v - 150 L/ha com 75,8% e thiamethoxam 250 WG 0,8 kg -150 L/ha de calda 70,9% de eficiência no controle da cigarrinhada-raiz da cana (Tabela 3).

Finalmente, na avaliação realizada após 90 dias da aplicação verificou-se que somente o tratamento M. anisopliae 2 kg/ha + AgRho DEP-775 0,05% v/v - 150 L/ha se diferenciou da testemunha, apresentando a menor média de ninfas por metro linear (Tabela 2). Desse modo, pode-se constatar que embora os tratamentos com Silwet L-77 e Silwet Plus tenham-se mostrado eficazes para a ação de M. anisopliae, a associação do fungo com o adjuvante AgRho DEP-775 a 0,05% v/v e consumo de 150 L/ha de calda foi mais eficiente, alcançando 73,8% de eficácia aos 90 dias (Tabela 3). Este desempenho possivelmente está relacionado ao modo de ação do adjuvante, cuja principal característica é o aumento na adesão das gotas pulverizadas diminuindo, assim, as perdas provocadas pelo ricocheteio das gotas ao atingirem o alvo e acarretando um aumento na deposição do bioinseticida.

No caso da utilização do adjuvante Silwet Plus ou Silwet L-77 com o inseticida thiamethoxam 250 WG, é recomendada a diminuição da dose desses adjuvantes para que o espalhamento não provoque o escorrimento da calda das folhas ou no colmo da cana.

Observou-se que o AgRho DEP-775 0,05% em associação com M. anisopliae, obtiveram boa eficiência em todas as avaliações realizadas, sendo que aos 90 DAA, em se tratando de um inseticida biológico de ação mais lenta, porém mais duradoura, manteve a média de ninfas/m abaixo de 5 ninfas/m (ALMEIDA et al., 2004).

De acordo com ALVES (1998), os fungos entomopatogênicos atuam por contato levando de cinco a 8 dias para matar as ninfas de cigarrinha, atuando de forma mais lenta que os inseticidas químicos. Contudo, apresentam maior competência para manter o controle, podendo permanecer sobre os insetos mortos na forma de conídios ou mesmo no solo, sendo este, considerado o maior depósito de estruturas de resistência do M anisopliae.

CONCLUSÕES

O adjuvante AgRho DEP 0,05% pode ser utilizado em associação com o fungo M. anisopliae a 2 kg/ha, em aplicação tratorizada e volume de calda de 150 L/ha.

Os adjuvantes Silwet Plus e Silwet L-77 podem ser utilizados em associação com o inseticida sistêmico thiamethoxam 250 WG a 0,8 kg/ha, desde que a dose dos produtos seja adequada para a adesão das gotas da calda nas folhas.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ea Crompton Uniroyal Chemical pelo financiamento desta pesquisa. À Usina Cerradinho Açúcar e Álcool Ltda., nas pessoas do Técnico José Miguel Mendes e Eng. Agrônomo Luís Antonio Paiva por cederem a área para execução do experimento.

  • *
    Parte de dissertação apresentada pelo primeiro autor ao Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade/Entomologia, Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel” (FAEM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    01 Set 2006
  • Aceito
    11 Jun 2007
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