Open-access USOS POTENCIAIS DE MELIA AZEDARACH L. (MELIACEAE): UM LEVANTAMENTO

POTENTIAL USES OF MELIA AZEDARACH L. (MELIACEAE): A SURVEY

RESUMO

Há muito tempo, diversas plantas têm sido utilizadas como medicinais. Além disso, inúmeras pesquisas são realizadas com o intuito de validar os seus princípios ativos. A Melia azedarach, que apresenta uma ampla utilização popular, já teve muitos princípios ativos isolados e várias ações farmacológicas testadas e comprovadas. Entre estas ações destacam-se a atividade antiviral, antimicrobiana, antimalarial, antiparasitária, inseticida, contraceptiva e antifoliculogênica e citotóxica devidamente comprovadas. Portanto, visando contribuir para um maior conhecimento a respeito desta planta, apresentamos um levantamento enfocando suas principais ações farmacológicas, biológicas e químicas. Evidenciando desta forma o seu potencial medicinal e fitoquímico, portanto sua utilização na medicina popular.

PALAVRAS-CHAVE  Melia azedarach ; farmacologia; medicina tradicional

ABSTRACT

Different plants have been used as medicinal plants for many years. Moreover, various studies have been carried out to validate their active principles. Melia azedarach is widely used popularly, and various of its active principles have been isolated and some of its pharmacological actions have been tested and proven. These proven aspects include its antiviral, antimicrobial, antimalarial, antiparasitic, insecticidal, contraceptive and antifolliculogenesis properties. Therefore, this survey was conducted in regard to the main pharmacological, biological and chemical actions of M. azedarach in order to add to the knowledge concerning this plant, evidencing its medicinal potential and phytochemistry in relation to the use of this plant in popular medicine.

KEY WORDS  Melia azedarach ; pharmacology; traditional medicine

O uso de plantas medicinais tem sido significativo nos últimos tempos.Aproximadamente 25% das drogas prescritas mundialmente provêm de plantas. Das 252 drogas consideradas como básicas e essenciais pela Organização Mundial de Saúde, 11% são exclusivamente originárias de plantas, como por exemplo: digoxina de Digitalisspp. da família Scrophulariaceae, vincristina de Catharanthus roseus (L.) G. Don da família Apocynacenae, entre outras (RATES, 2001).

Em todo o mundo é crescente o número de pesquisas com plantas que apresenta atividade contra vírus, bactérias, fungos e parasitos, não sendo diferente na medicina veterinária onde as pesquisas por plantas medicinais objetivam a redução de problemas sanitários no controle de várias doenças que comprometem a produtividade dos animais (NIEZEN et al., 1996).

São diversos os fatores que colaboram no desenvolvimento de práticas de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais. Atualmente pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de se avaliar cientificamente as drogas originárias das plantas.

Melia azedarachL., membro da família Meliaceae, comumente conhecida por lírio, lilás da Índia ou cinamomo, tem sido cultivada há muitos anos (GUHA; NIJI, 1965) e usadafrequentemente como medicinal. É uma árvore com altura superior a 10 m, com folhas alternadas, longo-pecioladas, glabras, bipinadas, com folíolos ovais ou lanceolados e agudos. Flores pequenas, em grandes panículas eretas e multifloras, cheirosas, lilases na cor e de anteras amarelas (BRAGA, 1976). Cresce rapidamente, quer por semente, quer por estaca. Em certas regiões da Índia é forragem comum dos bovinos, ovinos e caprinos. Nativa da região nordeste da Índia, hoje se encontra distribuída em quase todos os países tropicais (BURKS, 1997).

Diversos trabalhos têm descrito esta planta como possuidora de inúmeras propriedades, como atividade antifúngica (CARPINELLA et al., 1999), inseticida (GAJMER et al., 2002), antiviral, antimalárica (KHAN et al., 2001) e anti-helmíntica (MCGRAW et al., 2000; JOSHI; JOSHI, 2000). Na medicina popular suas raízes, caule, folhas, frutos e flores têm sido amplamente empregados contra uma variedade de doenças. Suas folhas e flores são usadas para aliviar dores de cabeça e,mais especificamente, suas folhas são utilizadas como anti-helmíntico, antilítico, diurético na Índia e na China (OELRICHS et al., 1983). É utilizada também em doenças de pele, dor estomacal, desordens intestinais, doenças uterinas e cistites, bem como diurético e febrífugo (KHAN et al., 2001). Além disso, M. azedarachtem sido avaliada também contra Rhodnius prolixusStäl (CABRAL et al., 1996), Triatoma infestansKlug (VALLADARES et al., 1999) Oncopeltus fasciatusDallas (CABRAL et al., 1999) e parasitos gastrintestinais (HAMMOND et al., 1997). Portanto, esta revisão objetiva analisar as principais propriedades inseticidas, antiparasitárias, antimicrobianas e medicinais da M. azedarachfocando os principais estudos realizados com ela.

Fitoquímica

Segundo SRIVASTAVA; GUPTA (1985), M. azedarachapresenta atividades medicinal e inseticida, atribuídas aos limonóides, como azadiractina, um limonóide que possui ação antialimentar em insetos (HUANG et al., 1995), classificado como um dos compostos mais promissores sendo extraído de Azadirachta indicaA. Juss e M. azedarach. Os limonóides são tetranotriter-penóides que têm como precursor um triterpeno, que perde quatro carbonos ao originálo (SIMÕES et al., 2007). Estes compostos são capazes de inibir o crescimento ou a alimentação de insetos (MATIAS et al., 2002). As plantas que possuem limonóides apresentam, além da atividade inseticida, muitas outras aplicações como antitumorais, antifúngicas, bactericidas e antivirais, o que sugere o papel deles na defesa das plantas contra determinados microrganismos (CHAMPAGNE, 1992). Além disso, os extratos de folhas e de sementes de nim e cinamomo possuem cerca de quatro compostos ativos, dos quais azadiractina, salanina, meliantriol e nimbina são os principais e possuem comprovada ação inseticida, antitumoral, citotóxica, antihelmíntica e antiviral (TAKEYA et al., 1996). As salaninas são triterpenóides que têm sido descritas como compostos biologicamente ativos em insetos, encontrados em plantas da família Meliaceae, como A. indicae M. azedarach (YAMASAKI et al., 1988). Segundo MATIAS et al. (2002), além dos limonóides, outras classes de metabólitos (triterpenóides e esteróides, alcalóides, proteínas, fenóis e fitoesteróis) também estão presentes nos órgãos de M. azedarach.

CABRAL et al. (2000) avaliaram o extrato metanólico de sementes de M. azedarachsobre ninfas de Rhodnius prolixus (Hemiptera) e Oncopeltus fasciatusverificando ação sobre a muda do inseto, tendo como substâncias responsáveis os fitoesteróis, liganas e triterpenos.

Taninos

Os taninos compreendem um grande grupo de substâncias complexas muito disseminadas no reino vegetal; em quase todas as famílias botânicas há espécies que contêm taninos. Quando ocorrem em grandes quantidades, geralmente se localizam em determinados órgãos da planta como as folhas, os frutos, o córtex ou o caule. Costumam ser divididos em duas classes químicas, com base na identidade dos núcleos fenólicos existentes e na maneira como se unem. Como ésteres são facilmente hidrolisados, produzindo ácidos fenólicos e açúcar, são conhecidos como taninos hidrolisáveis. Os taninos condensados compõem a segunda classe. Os taninos precipitam proteínas e podem combinar-se a elas, tornando-as resistentes às enzimas proteolíticas (ROBBERS et al., 1997).

Os frutos de M. azedarachsão conhecidos por conterem o alcalóide azaridina, taninos e ácidos benzóicos (OELRICHS et al., 1983). Dentro deste contexto, MADIBELA; KELEMOGILE (2008) verificaram que algum destes componentes, em associação ou não, podem ser responsáveis pelos efeitos verificados na produção de oocistos em caprinos infectados naturalmente com espécies de Eimeria.

MACIEL et al. (2006), analisando a atividade larvicida e ovicida da M. azedarachno Haemonchus contortusRudolphi, verificaram após análise fitoquímica a presença de taninos condensados, triterpenos e alcalóides.

Testes in vitrorealizados com extratos ricos em taninos ou com taninos puros têm identificado diversas atividades biológicas dessa classe de substâncias. Dentre essas atividades podem-se citar: ação bactericida e fungicida, antiviral, moluscicida, inibição de enzimas e ação antitumoral (SIMÕES et al., 2007). Taninos condensados (ATHANASIADOU et al., 2001) e hidrolisáveis (COSTA et al., 2002) também são descritos na literatura como prováveis possuidores de atividade anti-helmíntica.

Segundo experimentos realizados a curto e longo prazo em animais de laboratório, os taninos condensados extraídos de plantas como da VitisviniferaL. (uva), pertencente à família Vitaceae, e Camellia sinensisL. (chá verde) à família Theaceae, são isentos de toxicidade. Entretanto, outros ensaios clínicos são necessários para resolver problemas no que diz respeito à segurança e eficácia dos taninos condensados como agentes terapêuticos (ROBBERS, 1997).

Triterpenos e esteróides

Os limonóides são tetranotriterpenóides e talvez os maiores representantes dessa classe como substâncias inseticidas, no entanto, os monoterpenos simples, como o limoneno e mirceno, desempenham um papel de proteção contra insetos nas plantas que os produzem. Os limonóides são também conhecidos como meliacinas e são assim denominados devido ao seu sabor amargo. Tais substâncias foram isoladas de plantas pertencentes às famílias Meliaceae, Rutaceae e Cneoraceae. Sua rota biossintética em plantas prevê como precursor um triterpeno que, no final, dá origem aos tetranotriterpenóides pela perda de quatro átomos de carbono do precursor original. Os limonóides são conhecidos pelo fato de apresentarem atividade contra insetos, seja interferindo no seu crescimento, seja pela inibição na ingestão de alimentos (SIMÕES et al., 2007).

Existe uma grande diversidade de limonóides isolados da família Meliaceae, entre eles azedarachinas (HUANG et al., 1995), sendaninas e trichilinas (TAKEYA et al., 1996), além dos que apresentam o anel C-seco, como a azadiractina que é o principal composto. SIMÕES et al. (2007) citaram que a azadiractina foi isolada inicialmente por Buterworth e Morgan em 1968. Em 1975, Zanno e sua equipe propuseram sua estrutura que, posteriormente, foi corrigida por Kraus em 1985. Estes compostos podem ser encontrados em todos os tecidos das plantas, no entanto, os órgãos podem individualmente produzir diferentes tipos de limonóides (NAKATANI et al., 1996). Os limonóides com anel C-seco restringem-se aos gêneros Azadirachtasp. e Meliasp. (CHAMPAGNE et al., 1992). Estas substâncias são comuns naquelas plantas que têm maior atividade inseticida. Estes compostos possuem o anel C do núcleo dos tetranotriterpenóides aberto como pode ser observado na azadiractina, que é o maior representante desta classe. Azadiractina e outros compostos bioativos do nim podem exercer múltiplas ações afetando a alimentação, crescimento e desenvolvimento de patógenos e seus vetores (MULLA; TIANYUN, 1999).

Alcalóides

Os alcalóides são compostos nitrogenados farmacologicamente ativos, encontrados predominantemente em angiospermas. Alcalóides podem ser encontrados em todas as partes de um vegetal, contudo, em um ou mais órgãos, haverá acúmulo preferencial dessas substâncias. Em geral, os alcalóides presentes em plantas da família Meliaceae são quinazolônicos, diterpênicos ou mistos. O amplo espectro das atividades biológicas reportado aos alcalóides pode ser relacionado com sua variedade natural (SIMÕES et al., 2007). A atividade anti-helmíntica dos alcalóides também tem sido descrita. Paraherquamida é um alcalóide reportado como um potente nematodicida. Este alcalóide inibiu em 50% a motilidade de larvas de terceiro estágio L3 de Ostertagia circumcincta, Trichostrongylus colubriformise H. contortusapós 72 horas de exposição, nas concentrações de 0,033; 0,058 e 2.7 µg/mL (GILL; LACEY, 1993). SHOOP et al. (1992) dosificaram bovinos com paraherquamida e observaram que nas doses de 1,0 a 4,0 mg/kg 95% dos parasitos foram removidos, dentre eles, Haemonchus placei, Ostertagia ostertagi, Trichostrongylus axeie Oesophagostomum radiatum.

Propriedades farmacológicas da Meliaazedarach

Atividade antiviral

WACHSMAN et al. (1998) observaram que a Meliacina (MA), peptídeo isolado das folhas da M. azedarach, inibiu a multiplicação do vírus da febre aftosa em células BHK-21. A MA inibiu, invitro, a multiplicação do vírus junin em células Vero (CASTILLA et al., 1998). Em outro estudo, a MA mostrou eficácia contra o vírus herpes simples do tipo 1 (HSV-1), tanto isolada quanto em associação com o fármaco antiviral aciclovir (BARQUERO et al., 1997). PIFARRÉ et al. (2002) verificaram inibição da multiplicação in vitrodo HSV-1 ocular pela MA, composto com atividade antiviral presente em extratos de folhas da M. azedarach.

KIM et al. (1999) analisaram a atividade antiviral de um composto purificado do fruto da M. azedarach, identificado como 28-deacetilsendanin (28-DAS) e concluíram que este composto foi capaz de inibir a replicação do HSV-1, reduzindo a síntese de timidina quinase e conduzindo à formação de nucleocapsídeo defeituoso. ALCHÉ et al. (2003) também verificaram ação in vitrode composto isolado, 1-cinnamoyl-3,11dihidroximeliacarpina, das folhas de M. azedarachsobre os vírus herpes simples (HSV-1) e da estomatite vesicular com IC50de 20 e 6 µM, respectivamente.

O isolado tetranortriterpenoide 1-cinnamoyl-3,11dihidroximeliacarpin (CDM), extraído de folhas da M. azedarach, reduziu a multiplicação tanto do vírus da estomatite vesicular quanto do HSV-1 (BARQUERO et al., 2006).

Atividade antimicrobiana

KHAN et al. (2001), testando a atividade antimicrobiana dos extratos das folhas, caule e raiz da M. azedarach, observaram um alto espectro de atividade antibacteriana do extrato metanólico contra Bacillus coagulans, Enterobater aerogenes, Proteus mirabillis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella typhi. A atividade aumentou com o fracionamento, particularmente na fração diclorometano extraída do caule. Porém, não foi verificada atividade contra os fungos testados.

O extrato etanólico obtido dos frutos maduros da M. azedarachapresentou ação fungistática e fungicida contra Aspergillus flavus, Fusarium moniliforme, Microsporum canis e Candida abicans (CARPINELLA et al., 1999).

Atividade antimalarial

Os extratos metanólicos de folhas e sementes da M. azedarachforam testados contra o Anopheles stephensiListon e mostraram ação contra larva, pupa, adultos e ovos. O extrato metanólico obtido das sementes demonstrou elevada bioatividade em todas as doses testadas, sendo capaz de suprimir a fase adulta do A. stephensicom uma dose de 0,5%, enquanto o obtido das folhas apresentou-se ativo apenas nas doses maiores de 1 e 2% (NATHAN et al., 2006).

Atividade antiparasitária

Extratos do caule são utilizados como antihelmíntico na Ilha de Mauritius e na China. Além disso, na Argélia, a planta é utilizada como tônico e antipirético e, no sul da África no tratamento da hanseníase, eczema e para alívio de ataques asmáticos (OELRICHS et al., 1983).

CARPINELLA et al. (1999) avaliaram a atividade antifúngica desta planta e relataram que o extrato etanólico obtido de frutos maduros apresentou atividade fungiostática e fungicida para diversos fungos patogênicos como C. albicans, A. flavuse M. canis. Existem ainda outros empregos para os farmacógenos do cinamomo: na China são usadas cascas, folhas e frutos como anti-helmínticos e tratamento de micoses, na África para tratar malária, e na Coréia a casca do caule é usada na forma de decocto para tratar vermes intestinais (MATIAS et al., 2002). KHAN et al. (2001) avaliaram a atividade antimicrobiana de M. azedarachsobre diversos tipos de bactérias, protozoários e fungos como B. coagulans, E. aerogenes, P. mirabillis, S. aureus, E. coli, S. typhi, e Trichomonas vaginalis,obtendo ótimos resultados.

No Rio de Janeiro, CABRAL et al. (1996) relataram que o extrato metanólico de sementes de M. azedarachconstitui-se uma ferramenta importante no controle de Rhodnius prolixus, vetor da doença de Chagas. VALLADARES et al. (1999) avaliaram a ação desta planta sobre T. infestanse demonstraram que os extratos obtidos dos frutos mostraram atividade repelente contra ninfas deste inseto. De acordo com DANTAS et al. (2000), o decocto de folhas de M. azedarachtem sido utilizado como carrapaticida, já estando comprovada a existência de princípio ativo, presente nesta planta, sobre Rhipicephalus (Boophilus) microplus Canestrini.

MACIEL et al. (2006) avaliaram a atividade ovicida e larvicida dos extratos das sementes e folhas sobre o H. contortuse observaram que o extrato etanólico das sementes e folhas foi mais ativo sobre os ovos e desenvolvimento larval, respectivamente.

CARPINELLA et al. (2007) verificaram a atividade ovicida e pediculicida in vitro, de um extrato e óleo extraído dos frutos da M. azedarache observaram que os dois, tanto individualmente quanto em associação, mostraram elevado nível de mortalidade nos Pediculus humanus capitisL. adultos.

Atividade inseticida

Plantas da família Meliaceae são conhecidas por conter uma variedade de compostos descritos como inseticidas, antialimentar e regulador do crescimento (NAKATANI et al., 2004). Atualmente, alguns produtos disponíveis no mercado como inseticidas contêm azadirachtina como componente principal. Esta substância tem sido isolada de várias plantas da família Meliaceae tais como A. indicae M. azedarach (VIEGAS JÚNIOR, 2003). A azadiractina interfere no funcionamento das glândulas endócrinas que controlam a metamorfose em insetos, impedindo o desenvolvimento da ecdise, apresentando, ainda, atividade fagoinibidora, além de antialimentar, repelente e inseticida (SIMÕES et al., 2007).

HUANG et al. (1996) isolaram limonóides das raízes de M. azedarache testaram a inibição da alimentação dos insetos Spodoptera eridaniaStoll. Os compostos salanal e meliacarpinina E mostraram a melhor atividade. Outros compostos como, salanina, diacetilsalanina, nimbolinina e ninbolidina B também foram isolados, todavia com menor atividade.

NAKATANI et al. (1998) pesquisaram o extrato das partes aéreas, raízes e do caule de M. azedarache obtiveram os seguintes compostos: azedaralide e 12-hidroxiamoorastatina. O azedaralide apresentou atividade ictiotóxica e antialimentar sob Oryzias latipese larvas de Spodoptera littoralisBoisduval, respectivamente.

BOHNENSTENGEL et al. (1999) isolaram constituintes das folhas de M. azedarachcom atividade inseticida, derivados da meliacarpina que foram denominados 1,3-dicinnamoyl-11-hidroximeliacarpin, 1-cinnamoyl3-methacrilil-11-hidroximeliacarpina e 1-cinnamoyl3-acetil-11-hidroximeliacarpin. As propriedades inseticidas das meliacarpinas foram testadas sob larvas de S. litorallise comparadas com a atividade da azadiractina, apontando serem prejudiciais à metamorfose larval.

NATHAN et al. (2006) testaram o extrato metanólico de sementes de M. azedarachem diferentes concentrações sobre pupas e adultos de Anopheles stephensie obtiveram na concentração de 2% um percentual de mortalidade de 92 e 90%, respectivamente.

Os limonóides são provavelmente os maiores representantes da classe dos terpenos com atividade inseticida, e suas principais fontes são espécies das famílias Meliaceae e Rutaceae (VIEGAS-JUNIOR, 2003). ANSARI et al. (2000) avaliaram a ação do óleo de Mentha piperitaL. sobre larvas de A. aegypti, A. stephensie Culex quinquefasciatuse observaram 100% de mortalidade das larvas na de 3 mL/m2. ANSARI et al. (2005) avaliaram o óleo de Pinuslongifoliasobre larvas de A. aegypti, A. stephensie C. quinquefasciatus observando 96, 84 e 88% de mortalidade das larvas na concentração de 200 ppm. CHOOCHOTE et al. (2004) avaliaram o extrato etanólico das sementes de Apium graveolens sobre A. aegypti e obtiveram 96,2% de mortalidade das larvas na concentração de 120 mg/L. Os dados citados demonstram as possibilidades da utilização de plantas no controle de insetos.

Estudos anteriores demonstraram as diferentes propriedades de M. azedarachcomo a atividade repelente e inseticida dos extratos das folhas e frutos desta planta, contra os ovos e ninfas do Triatoma infestanse verificaram que o extrato do fruto imaturo foi repelente para o 1º e 4º estágios ninfais. Já o extrato do fruto maduro apresentou um fraco efeito, enquanto que o extrato das folhas foi ineficaz (VALLADARES et al., 1999).

A busca por novos compostos contra o vetor do vírus da dengue, Aedes aegyptiL., tem sido intensa. Neste contexto, o extrato etanólico, das sementes de frutos maduros da M.azedarache da A. indica, foi eficaz contra as larvas do A. aegypti. Verificando que os dois extratos foram eficazes no combate as larvas (WANDSCHEER et al., 2004).

CORIA et al. (2007) analisaram o efeito dos extratos obtidos das folhas e dos frutos da M. azedarachsobre o Ae. aegyptie verificaram uma atividade tanto larvicida quanto ovicida.

Atividade supressora do crescimento larval foi observada com o extrato da semente meliácea contra o Cnaphalocrocis medinalis (Guenée) (Lepidoptera: Pyralidae), maior inseto do arroz (Oryza sativaL.) (NATHAN, 2006).

O efeito do extrato aquoso da M. azedarach foi avaliado sobre a traça-do-tomateiro, Tuta absolutaMeyrick. Neste caso foi possível constatar que as folhas foram a estrutura vegetal com maior bioatividade sobre a traça, vindo em seguida os frutos verdes, ramos e frutos maduros (BRUNHEROTTO; VENDRAMIM, 2001).

Analisando os efeitos de lignanas e neolignanas na inibição da ecdise da larva de Rhodnius prolixus, CABRAL et al. (2000) verificaram que o pinoresinol, isolado da M. azedarach, apresentou o maior efeito inibitório da ecdise quando administrado oralmente na dose de 100 µg/mL.

VALLADARES et al. (1997) testaram o extrato etanólico dos frutos de M. azedarachsobre XanthogalerucaluteolaMüller, havendo eficácia em diferentes concentrações. Sobre este mesmo inseto, DEFAGÓ et al. (2006) testaram extratos de folhas e frutos e verificaram atividade antialimentar.

Isômeros obtidos a partir do fracionamento sistemático de extrato de M. azedarachapresentaram atividade antialimentar, tanto quanto azadiractina, contra Epilachna paenulataGerm. (Coleoptera: Coccinellidae) e Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae) nas concentrações de 4 µg/cm2e 1 µg/cm2, respectivamente (CARPINELLA et al., 2002).

Alguns autores pesquisaram a atividade carrapaticida dos extratos de M. azedarach. BORGES et al. (1994) relataram que o extrato oleoso do fruto desta planta apresentou inibição da postura variando de 65,7% a 99,8%, enquanto que a inibição da eclodibilidade variou de 84,2% a 100,0%. No que diz respeito à eficácia, as médias foram de 99,1%; 99,2% e 100,0% para as diluições de 0,25%, 0,50% e 1%, respectivamente. Além destes, SOUSA et al. (2008) avaliaram a ação de extratos hexânicos do fruto de M. azedarachsobre fêmeas ingurgitadas e larvas de Rhipicephalus (Boophilus) micropluse verificaram uma mortalidade de 100% das larvas e controle eficaz das fêmeas.

Atividade contraceptiva

KESHRI et al. (2003) testaram a ação do extrato etanólico de raízes da M. azedarachsobre a gestação de ratas adultas e verificaram uma interrupção da gestação de 60% e 75%, quando administradas as doses de 250 e 500 mg/kg diariamente. No fracionamento, a atividade foi localizada na fração clorofórmica do extrato etanólico, que mostrou atividade de 80-100% na dose diária de 250 mg/kg.

Atividade antifoliculogênica

ROOP et al. (2005) investigaram a ação dos extratos de A. indicae M. azedarachsobre os aspectos quantitativos do desenvolvimento folicular em ratas albina e verificaram uma redução significativa no número normal de folículos, bem como nos folículos em vários estágios do desenvolvimento folicular em todos os grupos tratados.

Atividade citotóxica

AHN et al. (1994) estudaram a casca do caule da M. azedarachvisando elucidar o uso popular desta planta como antitumoral, para tanto isolaram limonóides tóxicos para cinco linhagens celulares tumorais humanas sendo estas adenocarcinoma de cólon, ovário, pulmão, melanoma maligno e carcinoma do Sistema Nervoso Central. Foram identificados os seguintes compostos: 12hidroxiamoorastatona com menor atividade, 12hidroxiamoorastatina e 12-acetoxiamoorastatina com maior atividade citotóxica.

Os limonóides isolados de M. azedarachpor TAKEYA et al. (1996) apresentaram atividade citotóxica invitrocontra células da leucemia linfocítica (P388).

ZHOU et al. (2005) isolaram quatro novos limonóides do extrato metanólico de frutos da M. azedarach. Dentre os limonóides isolados, dois apresentaram atividade citotóxica significante contra linhagem celular Hela S3 (câncer epitelial humano).

Desta forma, diante do exposto, a presente revisão envolvendo as ações farmacológicas, biológicas e químicas da M. azedarachevidencia o seu potencial medicinal e fitoquímico, uma vez que ela apresenta atividade inseticida e antimicrobiana, além de outros usos justificando a utilização na medicina popular.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Maio 2021
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2009

Histórico

  • Recebido
    08 Nov 2007
  • Aceito
    23 Set 2008
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