Open-access Benefícios terapêuticos na qualidade de vida de idosas

Therapeutic benefits in the quality of living of institutionalized elderly

Beneficios terapéuticos en la calidad de vida de mujeres mayores institucionalizadas

Resumo

Envelhecer faz parte da vida e devemos nos preparar para essa etapa, que requer cuidados específicos. Segundo o IBGE (2018) estima-se que até 2060 um quarto da população brasileira tenha mais de 65 anos, isso se deve, à maior expectativa de vida gerada pela melhoria das condições sociais e de saúde. Alguns idosos e suas famílias não têm condições de suprir os cuidados específicos dessa etapa e buscam em instituições especializadas esse atendimento. Este relato de experiência é sobre uma intervenção realizada em uma Casa de Repouso em Campinas/SP, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das idosas residentes e compreender as relações interpessoais com a equipe de profissionais. Foram realizados encontros, abordando diversos temas, por meio de dinâmicas de grupo. Conclui-se que ocorreram alterações na dinâmica da ILPI, bem como nos relacionamentos entre as próprias moradoras e delas com a equipe de profissionais, e vice-versa. A contribuição para um olhar mais cuidadoso para com os idosos e os profissionais de ILPI inclui estimular a sociedade e a família a refletirem qual o papel daquele idoso e daquele profissional que está ali para cuidar do outro, buscando reforçar os laços de convivência entre todos.

Palavras-chave: idosos; envelhecimento; cuidado; instituição

Abstract

Aging is part of life and we must prepare ourselves for this stage, which requires specific care. According to the IBGE (2018) it is estimated that by 2060 a quarter of the Brazilian population will be over 65, due to the longer life expectancy generated by improved social and health conditions. Some elderly people and their families are unable to provide specific care for this stage of life and seek it out in specialized institutions. This experience report is about an intervention carried out in a retirement home in Campinas/SP, with the aim of improving the quality of life of the elderly residents and understanding the interpersonal relationships with the team of professionals. Meetings were held to address various topics using group dynamics. The conclusion is that there have been changes in the dynamics of the ILPI, as well as in the relationships between the residents themselves and between them and the team of professionals, and vice versa. The contribution to a more caring approach towards the elderly and the professionals in the ILPI includes encouraging society and the family to reflect on the role of the elderly and the professional who is there to care for the other, seeking to strengthen the bonds of coexistence between all.

Keywords: elderly; ageing; care; institution

Resumen

El envejecimiento forma parte de la vida y debemos prepararnos para esta etapa, que requiere cuidados específicos. Según el IBGE (2018) se estima que en 2060 una cuarta parte de la población brasileña tendrá más de 65 años, debido a la mayor esperanza de vida generada por la mejora de las condiciones sociales y sanitarias. Algunas personas mayores y sus familias no pueden proporcionar cuidados específicos para esta etapa de la vida y los buscan en instituciones especializadas. Este informe de experiencia trata de una intervención realizada en una residencia de ancianos en Campinas/SP, con el objetivo de mejorar la calidad de vida de los ancianos residentes y comprender las relaciones interpersonales con el equipo de profesionales. Se realizaron reuniones para tratar diversos temas utilizando dinámicas de grupo. La conclusión es que se han producido cambios en la dinámica del ILPI, así como en las relaciones entre los propios residentes y entre ellos y el equipo de profesionales, y viceversa. La contribución para un abordaje más cuidadoso de los ancianos y de los profesionales del ILPI pasa por incentivar a la sociedad y a la familia a reflexionar sobre el papel del anciano y del profesional que está para cuidar del otro, buscando fortalecer los lazos de convivencia entre todos.

Palabras clave: anciano; envejecimiento; cuidados; institución

Introdução

O ser humano perpassa por várias etapas na vida; o envelhecer é uma delas. Transformações naturais a esse período envolvem diversos aspectos e é necessário se preparar para lidar com as mudanças que podem ocorrer. Griffa e Moreno (2012), em seus estudos sobre o envelhecimento, demostram que a expectativa de vida da população mundial aumentou à medida que ocorreram melhorias em vários aspectos, como nas condições sanitárias, educação e economia.

O fenômeno do envelhecimento populacional atinge todos os países em ritmo acelerado. No Brasil, em 2018, os maiores de sessenta e cinco anos representavam 13,7% da população, e estima-se que até 2060 um quarto da população brasileira tenha mais de 65 anos (IBGE, 2018). Isso se deve, certamente, à maior expectativa de vida gerada pela melhoria das condições sociais e de saúde. Vale ressaltar, que o Estatuto do Idoso, estabelecido pela Lei nº 10.741/2003 (BRASIL, 2003), considera idosos indivíduos com sessenta anos ou mais; já a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) define como idosos, cronologicamente, aqueles que têm idade igual ou superior a sessenta e cinco anos, em países desenvolvidos.

O envelhecimento é um processo multifatorial, influenciado também pelo estilo de vida de cada pessoa, isto é, cada ser humano envelhecerá de acordo com as decisões que tomou ao longo da sua vida. Sobral e Paúl (2015) mencionam cinco tipos de envelhecimento: a) biológico - alterações corporais e mentais; b) cronológico - passagem do tempo desde o nascimento; c) funcional - adaptação ao ambiente; d) social - execução dos papeis sociais; e) psicológico - autoconhecimento, sentido da vida.

Segundo Donatti et al. (2020), a qualidade de vida, no envelhecimento, não depende exclusivamente de cuidados com a alimentação, saúde, atividades físicas, sociais e familiares, mas também de como as gerações seguintes irão dar suporte e apoio ao idoso quando necessário. Em todas as etapas da vida a família desempenha um papel importante, entretanto algumas podem apresentar dificuldades em lidar com o envelhecimento de um ente, devido a algumas características dessa fase.

Ao envelhecer, o indivíduo e sua família podem se deparar com algumas adversidades, tais como sequelas de um acidente doméstico, perda de memória, acidente vascular cerebral, demências, entre outras. Guimarães et al. (2023) mencionam que grande parte das pessoas preferem envelhecer junto às suas referências: amizades, serviços, familiares e outros locais que frequentam; no entanto, algumas limitações que surgem durante o processo do envelhecimento, principalmente as que exigem cuidados específicos, conduzem a família e o idoso a refletirem sobre outras formas de cuidados, como as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).

Esta narrativa especificamente refere-se a pessoas idosas que demonstravam necessitar de cuidados especiais, devido às necessidades físicas e patológicas que estavam vivenciando e pelo fato de a família não ter condições de assumir os devidos cuidados. Segundos Passos et al. (2022), é essencial que o idoso consiga viver com qualidade de vida e autonomia, mesmo em uma ILPI, e, em casos em que é necessário mais cuidado, o relacionamento entre o idoso e a equipe responsável precisa ser de muita confiança e respeito.

Este relato de experiência se refere à intervenção realizada em uma Casa de Repouso para idosas na cidade de Campinas, SP. Foram realizados nove encontros semanais, com o propósito de desenvolver a autoestima e a interação interpessoal, bem como de possibilitar que as idosas se percebessem como seres humanos, mesmo enfrentando patologias limitadoras, como paraplegia, diabetes, Parkinson, Alzheimer e amnésia, entre outras. Através das dinâmicas aplicadas semanalmente na “Roda de Convivência”, foi criado um espaço onde todos, principalmente as idosas, puderam escolher os temas para discussões, referentes às suas próprias necessidades, durante o tempo dessa intervenção.

Dinâmicas de grupo e atividades lúdicas

Martin-Baró (1996), aponta que o psicólogo deve despojar-se de pressupostos teóricos e se abrir para novas visões conceituais, novos métodos de trabalhos, o que pode trazer um empoderamento ao profissional para este tipo de projeto social, acrescentando um novo olhar à profissão. Também Yamamoto (2007), destaca o compromisso social do psicólogo com as práticas diversas, envolvendo a transformação social em direção a uma ótica voltada para a emancipação do indivíduo, que é o alvo principal das dinâmicas aplicadas nas intervenções deste relato de experiência.

As dinâmicas em grupo proporcionam aos participantes convívio e interação, troca de conhecimento e experiências, entre outros benefícios, estimulando a comunicação e a cognição (BITTAR; LIMA, 2011). Em relação aos idosos, essas dinâmicas podem oferecer um tempo de novas alegrias, propiciando-lhes bem-estar e vivências gratificantes, permitindo-lhes perceber que sua história ainda não acabou, o que é importante nessa fase da vida.

Ao idealizarmos essa intervenção, focamos principalmente nos principais benefícios para as idosas institucionalizadas e para a relação delas com a equipe de profissionais. Em segundo momento buscamos dinâmicas que fortalecessem a autoestima das participantes, promovendo novos olhares para a sua condição de institucionalizadas.

O relato dessa experiência objetiva deixá-la registrada para que outros, no futuro, possam se inteirar do assunto e, quem sabe, ter um novo olhar para essa população tão necessitada de atenção e cuidado.

Objetivo geral

Compreender se as dinâmicas de grupo realizadas na ILPI com as idosas e a equipe de profissionais poderiam promover melhoria na qualidade de vida das idosas, nas relações pessoais entre elas e na interação entre elas e a equipe de profissionais.

Método

Trata-se de um relato de experiência, de amostra por conveniência a partir de um trabalho desenvolvido junto a uma Casa de Repouso para idosas na cidade de Campinas, SP, inaugurada em janeiro de 2001, exclusivamente para pessoas do gênero feminino. Na época em que a intervenção foi realizada, quinze idosas residiam na ILPI, e a equipe profissional contava com seis assistentes, duas enfermeiras, uma nutricionista, uma médica clínica geral e uma fisioterapeuta.

Em um primeiro momento realizamos um contato pessoal com a coordenadora da instituição, para a escolha do dia e hora específicos para a realização da Roda de Convivência. Em seguida foram estabelecidos os critérios para a participação das idosas: a) aceitação do convite para participar das atividades propostas; b) ser moradora; c) fazer parte da equipe de profissionais. Foram realizados nove encontros, de três horas de duração semanal cada um, dentro da própria instituição, em local cedido por esta, com as idosas e profissionais que aceitaram o convite. Foram utilizadas dinâmicas de grupo e algumas atividades lúdicas à luz da psicologia, embasadas em referenciais teórico-técnicos de valorização do outro e escuta comprometida com o processo de superação e de promoção da pessoa. As diretrizes sugeridas pelo Conselho Federal de Psicologia e pela Resolução nº466/12 foram seguidas durante toda a execução da intervenção e no que diz respeito à dignidade humana e ética.

Na Roda de Convivência as dinâmicas foram realizadas de acordo com a proposta apresentada, ocorrendo também sugestões por parte das idosas ou de alguém da equipe de profissionais. Os materiais utilizados nas dinâmicas foram os mais variados, como cartolina, tintas, papéis, fitas, lápis de cor, cola, frutas, perfume e espelhos, entre outros (ROSSET, 2013).

Participaram da intervenção um grupo de nove idosas entre 60 e 90 anos de idade, todas institucionalizadas, e quatro profissionais do gênero feminino que faziam parte da equipe da referida instituição.

As dinâmicas realizadas durante os encontros seguiram uma sequência predeterminada, mas flexível diante das sugestões das participantes, descritas a seguir na Tabela 1.

Tabela 1
Dinâmicas e Objetivos

O relato de experiência se dará a partir das observações feitas durante a execução das dinâmicas, assim como de nossas próprias percepções, tendo como referência a literatura científica apresentada previamente neste artigo.

Discussão

Os encontros na Roda de Convivência foram estruturados tanto a partir das dinâmicas predeterminadas que atenderiam ao nosso objetivo quanto de forma livre, isto é, em alguns momentos as participantes também sugeriram temas, possibilitando a formação de vínculo, a socialização e a utilização da memória. Nosso primeiro contato com as idosas e a equipe de profissionais foi realizado no horário do café da tarde. Nem todas as moradoras estavam presentes à mesa, duas estavam em seus respectivos quartos, e a equipe também não estava completa nesse dia.

Durante o café nos apresentamos, conhecemos um pouco sobre as idosas que estavam presentes, explicamos a nossa proposta da Roda de Convivência e fizemos o convite para que todas participassem dela. Griffa e Moreno (2012) afirmam a necessidade de o ser humano se manter ativo em qualquer idade, uma vez que um indivíduo que se mantém ativo pode vir a ter um envelhecimento saudável, que lhe traga satisfação e qualidade de vida.

Nesse primeiro contato, as principais narrativas se alternaram entre a saudade da família e amigos e questões de saúde, ambas pertinentes à fase da vida em que as participantes se encontravam. Nogueira e Almeida (2022) mencionam que, durante o envelhecimento, ocorre um aumento de doenças que podem gerar limitações e necessidade de cuidados especiais, que por vezes impedem os idosos de manterem as atividades que estavam acostumados a realizar sozinhos.

Na semana seguinte a proposta foi a de despertar a interação e a socialização entre os participantes e, consequentemente, com a equipe, com a utilização de músicas e alguns movimentos de dança. No início apenas duas idosas aceitaram participar, depois outra perguntou se não poderíamos colocar uma valsa, desejava relembrar os bailes que ia com o marido; a partir desse momento, outras idosas começaram a dançar, inclusive aquelas que tinham limitações físicas.

Ao se permitirem desfrutar desse momento, as participantes trouxeram fragmentos de suas vivências e demonstraram o quanto sentem falta do convívio social. Em contato com a música e a dança, as idosas estimularam a coordenação motora, áreas cognitivas, límbicas, respiratórias, a memória e emoções (FERREIRA; FAUSTINO, 2020).

Dando continuidade à proposta para o próximo encontro, realizamos uma roda de conversa durante o café da tarde com as idosas e a equipe de profissionais. Esse momento de interação proporcionou que pudéssemos ouvir cada uma das idosas, como interagiam entre si e também com a equipe de profissionais. Através de suas falas, foi possível escolher os temas mais relevantes a serem abordados nos próximos encontros.

O tema “Resgatando a sua história familiar” teve o objetivo de resgatar o significado da família e seus desdobramentos, levando-as a compartilharem com o grupo relatos da vida passada, lembranças marcantes, fatos sobre as relações familiares. Isso lhes permitiu revisitar suas vivências e ressignificar a maneira de olhar as pessoas e o mundo, percebendo também as diferenças e semelhanças que havia entre elas. Para Pipplinger e Kirchner (2017), cada história é única, nossas experiências são individuais, mesmo quando nos relacionamos com outros. Ainda assim esse contato possibilitará que tenhamos proximidade com outras vivências e/ou realidades, já que essas trocas permitem compreender e respeitar as ideias, comportamentos e as diferenças que existem dentro do grupo em questão.

À medida que envelhecemos, alterações sensoriais começam a aparecer, devido à diminuição do número de neurônios. Esse declínio da função sensorial afeta a qualidade de vida e por vezes indica o surgimento de alguma patologia mais severa. Pensando sobre esse fato, trabalhamos, em um dos encontros, a valorização dos cinco órgãos dos sentidos, através de estímulos específicos para cada um deles, tais como perfume, chocalho, painel de texturas e gelatina de diversos sabores.

Nos dois encontros seguintes, exploramos a questão das emoções através das cores e desenhos. Propusemos às participantes que expressassem os sentimentos e as emoções daquele momento que estavam vivendo, visto que o significado da velhice para cada pessoa depende de alguns fatores, tais como qualidade de vida, mudanças corporais, saúde, relações pessoais e familiares, etc. As participantes demonstraram, através de desenhos e pinturas, sentimentos de saudade, amor, abandono e cuidado, entre outros.

Na semana seguinte, levamos para a Roda de Convivência uma caixa com um espelho dentro, com o objetivo de trabalharmos a autoestima, o resgate da identidade e a percepção da autoimagem das participantes. Solicitamos que cada uma abrisse a caixa e observasse a foto que estava lá dentro, a fim de dizer uma qualidade sobre a pessoa da foto, sem mencionar o seu nome, e que passasse a caixa adiante.

Cada participante que pegava a caixa e dizia uma qualidade própria demonstrou como era difícil falar de si mesma, olhar para si mesma, observar as marcas do tempo no reflexo do espelho e mencionar algo positivo. Ao serem motivadas a perceberem suas qualidades, as participantes puderam resgatar sua autoestima e dar valor à sua história de vida.

No penúltimo encontro, propusemos às participantes que escrevessem uma palavra para representar a ILPI e o momento ali vivido, para depois refletirmos. Surgiram palavras como solidão, cuidado, gratidão, tristeza, compaixão. Quando mencionamos a ILPI, desejávamos ressaltar e considerar os pontos positivos e negativos da institucionalização, já que o compromisso assumido por ela com as pessoas idosas é o de lhes proporcionar cuidado, atenção, qualidade de vida.

Passos, Medeiros e Rocha (2022) mencionam que a institucionalização é um dos fatores mais estressantes para os idosos, impactando diretamente a saúde deles, devido ao isolamento social, poucas atividades e abandono; porém os autores consideraram que a institucionalização também pode promover benefícios, quando viabilizam atividades de interação social, bem-estar e autonomia.

Para o último encontro realizamos uma confraternização com todos da ILPI, um tempo de interação e agradecimento por aceitarem o convite para a Roda de Convivência. Foi um momento de emoção e demonstração de muito carinho e respeito. Conviver com as participantes durante esse tempo nos trouxe a percepção de como o cuidado e o respeito são essenciais nas relações, principalmente na fase do envelhecimento.

Considerações finais

Conclui-se que ocorreram alterações na dinâmica da ILPI, bem como nos relacionamentos entre as próprias moradoras e delas com a equipe de profissionais, e vice-versa. Também mudanças significativas foram observadas na autoaceitação da vivência no local, mesmo quando as idosas expressaram a falta que sentem da convivência com a família e amigos.

As intervenções possibilitaram que se despertassem sentimentos de compromisso social, solidariedade, compaixão e amor ao próximo, auxiliando a redescoberta de potencialidades, tanto em relação às idosas quanto à equipe de profissionais. Vivenciar semanalmente as mudanças na autoestima das participantes, bem como o seu desejo de retomar algumas atividades oferecidas pela ILPI, demonstrou que pudemos contribuir, de alguma forma, para essa redescoberta de possibilidades naquele ambiente de institucionalização.

Quando o psicólogo exerce sua prática em locais que oferecem serviços especializados para indivíduos considerados em vulnerabilidade social, ele deve agir de acordo com o código de ética e os norteadores de sua prática profissional. Contribuir para um olhar mais cuidadoso para com os idosos e os profissionais de ILPI inclui estimular a sociedade e a família a refletirem qual o papel daquele idoso e daquele profissional que está ali para cuidar do outro, buscando reforçar os laços de convivência entre todos.

Em suma, o cuidado com o idoso envolve vários fatores, sendo necessária a criação de projetos e espaços de discussão para que as ILPI ofereçam cuidados individuais, respeitando a história de vida de cada idoso, tendo em vista sua qualidade de vida. Desmistificar a desvalorização do idoso e a ideia de que o envelhecimento é um fator limitante faz parte desse novo olhar para o cuidado dessa população que cresce a cada dia em nosso país.

Levando em conta tal realidade, as pesquisas futuras devem ampliar o conhecimento a respeito da prática realizada por psicólogos e profissionais da área da saúde para com essa população e questões sobre o envelhecer, possibilitando mais conhecimento sobre as práticas em ILPI. Trabalhar com idosos é aprender sobre a vida, sobre o envelhecer, sobre o que desejamos para o nosso futuro.

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Editado por

  • Editora responsável pelo processo de avaliação
    Cláudia Castanheira de Figueiredo

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Out 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    20 Jun 2018
  • Revisado
    31 Ago 2023
  • Revisado
    30 Out 2023
  • Aceito
    08 Nov 2023
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