Open-access Tradução do discurso de Fedro no Banquete de Platão (Pl. Smp. 178a-180c)

Translation of Phaedrus' Speech in Plato's Symposium (Pl. Smp. 178a-180c)

Resumo:

No Banquetede Platão, Fedro é considerado o “pai do discurso” e ocupa na sala o primeiro assento à esquerda. Ele introduz o tema do amor e inicia seu discurso com uma série de referências à tradição, incluindo figuras como Hesíodo, Acusilau e Parmênides, para elogiar Eros. Fedro enfatiza o papel do amor na guerra, na política e nas relações amorosas, ressaltando como o amor motiva os humanos a agirem de maneira excepcional. Seu argumento culmina na ideia de que o ápice do amor é a disposição de morrer por aqueles a quem amamos. Ilustra essa perspectiva com exemplos de casais: Alceste e Admeto, Orfeu e Eurídice e Aquiles e Pátroclo, demonstrando como o amor está intrinsecamente ligado à morte e como este sacrifício é recompensado pelos deuses. Esta tradução destaca termos específicos usados em contextos pederásticos como erastes e eromenos, através da transliteração, diferenciando-os de termos mais genéricos para amantes e amados. A introdução aborda brevemente como a compreensão das relações pederásticas e questões relacionadas ao gênero das personagens podem influenciar a interpretação do discurso. Esta tradução convida os leitores a uma análise minuciosa do discurso de Fedro, explorando as complexidades discutidas e suas implicações para o entendimento do amor na obra de Platão.

Palavras-chave: Platão; Banquete; Fedro

Abstract:

In Plato's Symposium, Phaedrus is recognized as the "father of discourse" and occupies the first seat on the left. He introduces the theme of love, commencing his discourse with a series of references to tradition, including figures like Hesiod, Acusilaus, and Parmenides, to extol Eros. Phaedrus underscores the role of love in war, politics, and amorous relationships, emphasizing how love motivates humans to act exceptionally. His argument culminates in the notion that the pinnacle of love is the willingness to die for those we love. He illustrates this perspective with examples of couples: Alcestis and Admetus, Orpheus and Eurydice, and Achilles and Patroclus, demonstrating how love is inherently linked to death and how this sacrifice is rewarded by the gods. This translation highlights specific terms used in pederastic contexts, such as erastes and eromenos, through transliteration, distinguishing them from more generic terms for lovers and loved ones. The introduction briefly addresses how the understanding of pederastic relationships and issues related to the gender of the characters can influence the interpretation of the discourse. This translation invites readers to undertake a meticulous analysis of Phaedrus's discourse, exploring the complexities discussed and their implications for the understanding of love in Plato's work.

Keywords: Plato; Symposium; Phaedrus

Introdução

No1 Banquete, Fedro é o pai do discurso (πατὴρ τοῦ λόγου) (177d5), a personagem que sugere a temática do amor. Por este motivo, e por estar no primeiro assento à esquerda, este simposiasta, que dá nome a outro diálogo de Platão, promove o discurso inicial do Banquete: uma fala permeada por referências à tradição, que busca solo firme em nomes consagrados como Hesíodo, Acusilau e Parmênides, para construir um elogio a Eros. Um elogio também à coragem de quem ama e à função da divindade, que é a de dar liga indestrutível às relações e à pólis.

Neste discurso o amor permeia a guerra, a política, invade (ἔνθεον) corpos de homens, meninos, mulheres, heróis e de quem mais estiver pelo caminho. É o que permite que humanos ordinários se comportem de maneira excepcional. O discurso de Fedro é também um solo em si, o solo para o próprio Banquete, a força motriz na origem da dinâmica borbulhante dos discursos que levará à erupção no encontro dos discursos de Sócrates-Diotima e Alcibíades.

É curioso que o discurso de Fedro, não seja tão trabalhado, que suas minúcias não sejam dissecadas com tanto afinco pelos comentadores, como foram os discursos de outros simposiastas, como os de Aristófanes, Erixímaco e do próprio Sócrates, ainda que este último tenha motivos óbvios para ser o mais popular.

Fedro constrói seu argumento em direção ao que considera a maior manifestação do amor: morrer por quem se ama. Uma tragédia digna de recompensa, um ato que maravilha humanos e deuses e mobiliza o poder destes últimos para trazer quem se oferece à morte de volta à vida, o que ocorre com Alceste ao morrer no lugar do marido Admeto. Mobiliza-os também para recompensar Aquiles, por ter seguido Pátroclo na morte, com a melhor de todas as honras: ser enviado à Ilha dos Bem-Aventurados.

O discurso de Fedro perfaz um movimento interessante: principia com descrições exclusivas de relações de amor entre homens - ou, melhor dizendo, homens e meninos -, delineando esse campo de interações como o ambiente da guerra e da pederastia, até que amplia explicitamente seu argumento, mais especificamente, seu elenco de referências, para incluir as mulheres.

Referimo-nos especificamente ao elenco de referências, pois, anteriormente no discurso, Fedro fala de Eros como o guia da vida dos humanos (ἀνθρώποις) (178c) e do indivíduo (ἰδιώτην) (178d), palavras que incluem o feminino. Deste modo, podemos dizer que, apesar do enfoque à pederastia, da qual mulheres não tomavam parte, esteve lá desde o início a amplitude do argumento e que, consequentemente, não esteve necessariamente a exclusão do gênero feminino.

Três pares de amantes e amados são trazidos por Fedro para exemplificar com “casos concretos” sua argumentação sobre como agem os que amam: Alceste e Admeto, Orfeu e Eurídice e Aquiles e Pátroclo. Nesses exemplos, temos duas mulheres e três homens. Dois desses relacionamentos diferem dos modelos de relacionamentos referidos anteriormente no discurso, pois temos dois casais formados por um homem e uma mulher e exemplos até agora tinham sido de relacionamentos entre homens ou entre homens e meninos. O que há em comum entre os três casais exemplares é a relação com a morte.

Algumas características desta tradução, como a evidenciação dos plurais masculino, feminino e neutro, presentes no grego antigo, são determinantes para a compreensão global do discurso à medida que se relacionam com tópicos recorrentes na tradição interpretativa, como a pederastia, relações de gênero e o feminino no período clássico. Destacamos aqui o cuidado dispendido ao tratar dos termos relativos à pederastia como erastes e eromenos, na tradução, apenas transliterados, justamente para diferenciar no texto os momentos em que há referência específica à pederastia daqueles outros em que se fala de amantes e amados num sentido mais amplo.

Os termos erastes e eromenos se referem, respectivamente, às posições do mais velho e do mais novo na relação pederástica, a qual, além de uma função educacional e pedagógica, pressupunha envolvimento erótico entre as partes. O substantivo erastes deriva de erao e designa “aquele que ama”, polo ativo, e eromenos, particípio presente passivo, também deriva do verbo erao, designando por sua vez “o que é amado”, polo passivo. Aqui, não necessariamente relacionadas ao ato sexual.2

Os termos da relação pederástica, principalmente no que toca à percepção do eromenos, isto é, se ele seria em alguma medida sujeito de desejo erótico a despeito de ser apenas objeto, remetem-nos para uma discussão extensa, que não se esgota na simples análise dos termos do ponto de vista da sintaxe, pela constatação da conotação de passividade e atividade que deriva das palavras erastes e eromenos. A compreensão dessas posições no relacionamento pederástico influencia em grande medida a interpretação do diálogo.

Cantarella; Lear (2008) promovem um histórico da questão, lançando mão da iconografia, e questionam uma concepção tradicional defendida por autores como Halperin (1986), Dover (1980) e Cohen (1987) de que não haveria reciprocidade alguma entre erastes e eromenos no âmbito erótico sexual, o que resultaria numa total atividade do erastes e passividade do eromenos. Atividade que significaria também uma relação forte de poder do erastes e submissão do eromenos. Cantarella; Lear (2008) defendem a hipótese de que haveria uma reciprocidade maior, no seio das relações pederásticas, do que tradicionalmente se presume. Davidson (2001), avança no tópico da interpretação da prática da penetração, também desafiando leituras anteriores de caracterização deste ato como necessariamente carregado de conotação de violência e submissão.

Além da oportunidade de investigar o erotismo envolto na pederastia, no estudo do discurso de Fedro temos a oportunidade de perceber como concepções relacionadas à gênero influenciam a interpretação, principalmente a partir de análise da personagem Alceste. Caracterizada no discurso como amante por ter se oferecido - uma posição de atividade - à morte no lugar do marido, a presença de Alceste pode causar estranhamento se considerarmos a leitura tradicional do papel das mulheres no período clássico e se relacionarmos isto ao que observamos da leitura tradicional do amante na relação pederástica.3

Fedro na primeira parte de seu discurso se refere de maneira preponderante a relações pederásticas. Neste contexto, considerando a dinâmica pederástica, Alceste, por ser amante, seria comparada ao erastes e Admeto, ao eromenos, ou seja, a personagem feminina estaria no polo ativo da relação e Admeto na posição do menino. O estranhamento surge da comparação de duas categorias distintas de relacionamento e da suposição de que, numa relação amorosa entre uma mulher e um homem, a mulher deve necessariamente estar no polo passivo. Isto reflete mais a imagem do tempo da interpretação do que do texto interpretado.4 O que o Banquete nos dirá se ousarmos ler mulheres e eromenos numa posição de destaque?

A atenção ao traduzir pequenos termos desvela nuances do discurso que permitem compreender melhor a argumentação de Fedro e verificar os meandros deste jogo de relações e comparações entre amantes e amados, jogo em que mulheres e eromenos são: pai do discurso, como Fedro, heróis como Alceste e Aquiles, e mais adiante, no Banquete, sábia como Diotima, que detém a última palavra sobre o amor como Alcibíades.

Nesta tradução, com os instrumentais e recursos que nos são disponíveis, propomos uma leitura atenta do discurso de Fedro, um dissecar das orações e um degustar deste discurso sem a pretensão de correr logo para a leitura do discurso seguinte. Propomos, portanto, uma experiência um tanto diferente da que se tem quando temos os outros discursos do Banquete pela frente.5

Tradução 6

[178a] Primeiro, como estou dizendo, contou que Fedro começou a falar mais ou menos a partir desse ponto, que Eros é um grande deus, maravilhoso, tanto entre humanos quanto entre deuses, por muito motivos, sobretudo, por conta de seu nascimento. É honrado por estar entre os mais antigos.7 [178b] Prova disso é que ninguém, pessoa comum ou poeta, nunca menciona pais de Eros. Mas Hesíodo conta que primeiro nasceu Caos - “...então a Terra de vasto seio, sempre assento inabalável de tudo e depois Eros...” Acusilau conta, junto com Hesíodo, que estes dois, Terra e Eros, nasceram depois de Caos. Parmênides, quanto ao nascimento, diz: “De todos os deuses nasceu primeiro Eros”. [178c] Deste modo, por toda parte concordam que Erosestá entre os mais antigos. Por ser mais velho é responsável pelos maiores bens. De minha parte não posso apontar benefício maior do que, para o jovem, imediatamente quando atinge a juventude, um erastes útil e para o erastes um menino. O que deve guiar toda a vida dos humanos que buscam viver belamente é algo que nem a linhagem, nem a riqueza, honras ou qualquer coisa pode provocar tão belamente quanto Eros. [178d] A que me refiro? O repúdio às coisas repugnantes8 e busca de reconhecimento pelas coisas belas; sem isso nem a polis nem o indivíduo podem realizar grandes e belas realizações. Digo, portanto: todo um homem que ama, se fosse descoberto cometendo uma ação repugnante ou se sofresse uma ação repugnante sem se defender, por covardia, não sentiria tanta dor ao ser observado pelo pai, companheiros ou qualquer outro quanto sofrerá se observado pelo menino.9 [178e] Vemos a mesma coisa também em relação ao eromenos, que especialmente se repugna quando visto pelos erastoi em uma situação vergonhosa. Se de fato houvesse algum mecanismo fazer nascer uma polis ou exército com erastoi e meninos, não teria como haver administração melhor do que esta mesma deles, se abstendo de tudo o que é repugnante e buscando estima uns dos outros. [179a] E se lutassem lado a lado, mesmo que em menor número, venceriam, por assim dizer, toda a humanidade. Um homem que ama aceitaria ser visto desertar ou abandonar suas armas sob o olhar de todos, mas não do menino, e escolheria mil vezes a morte antes disso. E quanto a deixar para trás o menino ou não o socorrer quando está em apuros - ninguém é tão ruim que, tomado ele mesmo por Eros, não aja em prol da virtude de modo a ser semelhante ao melhor por natureza. [179b] Simplesmente, como diz Homero o “ardor10 que um deus faz soprar em alguns dos heróis”, é isso que Eros dá aos que amam, isso que nasce dele.

De fato, somente os que amam estão dispostos a morrer pelo outro, não somente os homens, mas também as mulheres. Disso dá testemunho aos Gregos, Alceste filha de Pélias, a única disposta a morrer por seu marido, embora este tivesse pai e mãe vivos, os superou em afeto, graças ao amor [179c], de modo que eles se tornaram estranhos ao filho, parentes apenas no nome. E tal como fez esse feito, da mesma forma pareceu fazer o bem não só para os humanos, mas também para os deuses, de modo que, apesar de muitos fazerem muitos belos feitos, a alguns poucos os deuses dão isso- fazer a alma retornar do Hades - mas retornaram Alceste, admirados com o feito. [179d] Está provado que também os deuses honram particularmente a dedicação e a virtude no amor. A Orfeu, filho de Eagro, expulsaram do Hades sem que atingisse seu objetivo, mostraram-no apenas um fantasma de sua esposa que ele fora buscar, não lhe concederam a mulher, por o considerarem fraco, um mero tocador de cítara, que, sem coragem de morrer graças ao amor como Alceste, maquinou um jeito de penetrar vivo no Hades. Por causa disso que impuseram a punição e fizeram que a morte dele acontecesse por mulheres. [179e] A Aquiles filho de Tétis, no entanto, honraram enviando-o à Ilha dos Bem-Aventurados, porque mesmo tendo sido avisado pela mãe que morreria se matasse Heitor, mas que se não o fizesse voltaria à casa e morreria de velho, ousou decidir, depois de socorrer e vingar seu erastes Pátroclo, [180a] não só morrer por ele, mas também segui-lo na morte. Exatamente por isso, os deuses extremamente admirados honraram-no de maneira especial. Ésquilo fala absurdos ao afirmar que Aquiles era erastes de Pátroclo: ele que era mais belo não apenas do que Pátroclo, mas também do que todos os heróis, e ainda sem barba, portanto, bem mais jovem, como afirma Homero. [180b] Se de fato o que os deuses mais honram é essa virtude que se forma em torno de Eros, com ela de fato mais se maravilham e admiram quando o eromenos mostra afeição pelo erastes do que quando o erastes pelo garoto. É que o erastes é mais divino, já que tomado pela divindade. Por isso os deuses honraram mais a Aquiles do que a Alceste e enviaram-no à ilha dos Bem-Aventurados. Assim, afirmo que Eros é o mais antigo dos deuses, o mais honrado, o mais poderoso para a aquisição, pelos humanos, da virtude e da felicidade tanto nesta vida quanto depois da morte.

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  • TROMBINO, M. (2008). Platone. Simposio . Roma, Armando editore.
  • 1
    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
  • 2
    Calame (1999, p. 80) examina a pederastia nos simpósios como um rito de passagem do menino à vida adulta, observa o que chama de ‘função institucionalizada de Eros’. O autor pontua que a assimetria nas relações pederásticas não deve ser interpretada em termos de papeis de passividade ou atividade nem do ponto de vista da transformação demandada do menino nem das posições adotadas nas relações sexuais com homens maduros. A pederastia como instituição social na Atenas Clássica é um consenso, ver: Dover (1980); Halperin (1990); Calame (1999); Cantarela; Lear (2008).
  • 3
    Para um estudo mais aprofundado sobre a presença de Alceste no Banquete de Platão: Pio (2020).
  • 4
    Keime (2019, p. 7) considera um paradoxo a inserção de Alceste como ativa na relação com o marido Admeto, pois considera que a comparação deveria ser com o eromenos pelo tradicional papel passivo da mulher em relações heterossexuais; Dover (1980) destaca esse posicionamento de Alceste como uma indicação de que ela amava o marido, mas não era correspondida; Howatson e Sheffield (2008) afirmam que Fedro sugere que Alceste tem sua atitude pautada no desejo sexual pelo marido.
  • 5
    Seguimos nesta tradução o texto estabelecido por John Burnet (1903), cotejado e comparado passo a passo com as melhores traduções disponíveis.
  • 6
    Traduções consultadas no estudo comparativo que respalda a tradução: Franco; Torrano (2021); Schiappa Azevedo (2018); Cooksey (2010); Schuller (2009); Howatson; Sheffield (2008); Brisson (2007); Franco (2006); Benardete; Bloom (2001); Colli (1993); Dover (1980); Gual; Hernandes; Íñigo (1988); Rosen (1987).
  • 7
    É importante destacar a carga semântica do termo πρεσβύτατος, que traduzimos por “mais antigos”, pois “antigo” (πρέσβυς) transmite predominantemente uma noção de importância e respeitabilidade que está atrelada à idade avançada e aos benefícios que dela advém. O termo se relaciona com figuras como “embaixador” e “presidente”. Este termo é raramente utilizado num sentido pejorativo ou de fragilidade que por vezes é atrelado à velhice; para esta conotação “pejorativa”, o termo mais utilizado é γηραῖος (Chantraîne, 1999).
  • 8
    Optamos por traduzir αἰσχροῖς e αἰσχύνην utilizando palavras com a mesma raiz, por isso traduzimos por “repúdio” e “(coisas) repugnantes”, respectivamente.
  • 9
    O termo, que traduzimos por “menino” é, no texto grego, a palavra παιδικά, que aparece em substituição a eromenos que seria o contraposto de erastes, um homem adulto, como vimos anteriormente. Παιδικά corresponde ao neutro plural do adjetivo παιδικός, que significa “coisas de criança”. A palavra é utilizada frequentemente como substantivo para designar a parte mais jovem da relação pederástica, o menino.
  • 10
    Traduzimos “ardor” acompanhando Franco (2006): “Sem dúvida, o que disse Homero do ardor que sopra um deus em alguns dos heróis, eis o que Eros dá aos amantes como uma dádiva vinda de si próprio”; Trombino (2008): “Esattamente come in Omero il dio viene a inspirarexi l’ardore per la battaglia a certi eroi, così l’Eros fa questo dono agli innamorati, ed essi lo accettano da lui.” e Shuller (2009): “Na verdade, o que Homero afirmou, que “uma divindade inspira ardor a certos heróis”, isso outorga Eros de si mesmo aos erontas.”
  • PIO, F.I.; CORNELLI, G.; BACELAR, A. (2023). Tradução do discurso de Fedro no Banquete de Platão (Pl. Smp. 178a-180c). Archai 34, e03402.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Set 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    03 Jan 2023
  • Aceito
    24 Jan 2023
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