Com grande alegria, entregamos o número 75 de Organizações e Sociedade, último do ano de 2015, buscando manter nosso compromisso de pontualidade no lançamento dos números, respeito e atenção aos autores e avaliadores e, claro, compromisso com a qualidade no conteúdo que apresentamos à comunidade acadêmica.
Queremos registrar que, na última avaliação Qualis/Capes – na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, O&S manteve o conceito A2, uma vitória que muito nos orgulha e que dedicamos aos nossos pares colaboradores da revista – membros do conselho editorial, avaliadores e autores. Afinal de contas, esta revista é feita por vocês, colegas que colaboram avaliando e submetendo artigos. A nós, editores, cabe a tarefa de trabalhar duro no intuito de manter o nível do periódico, melhorar os processos internos e atender os anseios da comunidade. Não deixa de ser uma missão nobre e de extrema responsabilidade a qual temos o privilégio cumpri-la e fazê-la com toda a nossa dedicação. Por conta disso, registramos nosso costumeiro agradecimento a todos os colegas que nos dedicaram suas horas voluntárias durante o ano para apreciar e dar pareceres qualificados aos artigos que foram submetidos em 2015 até o momento.
Podemos considerar que o ano de 2015 na O&S foi marcado por conquistas e relativa estabilidade no seu transcorrer, porém o ano de 2016 avulta-se com um desafio, devido às restrições orçamentárias que o sistema de pós-graduação no país vivencia, sobretudo no caso das universidades federais, sem dúvida, bastante afetadas. Somos solidários às revistas “irmãs” devido à circunstância desfavorável que se abateu em 2015 e que, parece, continuará em 2016. Por outro lado, asseguramos todos os nossos esforços para manter O&S regularmente como sempre foi até aqui. Inclusive algumas importantes mudanças expansivas na revista serão apresentadas no início do ano de 2016. Para viabilizar nossos intentos, segue firme nossa parceria com o IBEPES.
No que se refere ao número atual, como de costume na O&S, os artigos abordam uma vasta gama de temas bem como de métodos de investigação. O artigo de abertura do número 75 – “Discursos internos se sustentam sem suporte da contabilidade gerencial? Um estudo de caso no setor de autopeças”, de autoria de Fábio Frezatti, David B. Carter e Marcelo F. G. Barroso, trata de discursos organizacionais. O artigo observa o impacto das informações contidas no sistema de informações gerenciais sobre o discurso organizacional. A partir do caso de organização industrial do setor de autopeças, o trabalho utiliza action research, para analisar os discursos organizacionais.
O artigo intitulado “ “Além do que se vê...”: análise do conceito weberiano de vocação à luz da dinâmica do empreendedorismo religioso ”, de Alessandro Gomes Enoque, Alex Fernando Borges e Jacquelaine Florindo Borges, busca analisar como a dimensão religiosa da vida influencia a ação de empreendedores do ramo de artigos religiosos, dando-se destaque ao quanto este agir é tratado como uma vocação (orientação/sugestão divina).
Na sequência, o terceiro artigo do número 75 – “Gestão da sustentabilidade em contexto organizacional: integrando sensemaking, narrativas e processo decisório estratégico”, de Luciano Munck, a partir das contribuições dosensemaking e da abordagem das narrativas, analisa o processo decisório organizacional que circunda a sustentabilidade.
Reed Elliot Nelson e Thiago Duarte Pimentel, com o artigo “Uma perspectiva weberiana para a governança de empresas familiares: notas a partir de um estudo com empresas longevas”, a partir da tipologia de Max Weber, de autoridade legítima – racional, tradicional e carismática, analisa os mecanismos de governança usados nas empresas familiares no Brasil.
O artigo “A pesquisa como prática social: um estudo sob a perspectiva bourdieusiana”, de Alessandra Souza Perez Rivera e Mozar José Brito, busca analisar a prática de pesquisa em ciências agrárias, realizada dentro de uma organização pública de pesquisa no Brasil, sob a perspectiva bourdieusiana, a partir da constituição histórica da prática, contemplando o contexto político e científico de sua criação.
Isabela Neves Ferraz e Jairo Simião Dornelas nos trazem o artigo “Fatores condicionantes do empreendedorismo: redes sociais ou classes sociais?” que, a partir de pesquisa empírica realizada com empreendedores, avalia a capacidade explicativa das concepções de Granovetter e de Barber acerca do modo como empreendedores constroem seus empreendimentos e mercados.
O artigo intitulado “Uma homenagem a Robert Cooper e sua contribuição aos estudos organizacionais”, de Maria Fernanda Rios Cavalcanti, analisa a contribuição teórica dos trabalhos de Robert Cooper aos estudos organizacionais com base na discussão de ideias presentes nos principais textos de Cooper. Além disso, observa como Cooper vem sendo lido no Brasil e as novas possibilidades de pesquisas nos estudos organizacionais brasileiros com o referido autor.
Cristiane Kerches da Silva Leite e Ursula Dias Peres, apresentam o artigo “Paradigmas de desenvolvimento e disseminação de políticas: raízes locais da criação do Programa Bolsa Família”, que visa discutir um dos vetores do processo de disseminação de políticas de transferência de renda no Brasil, especificamente a influência de uma experiência municipal, o Programa de Renda Mínima do Governo Marta Suplicy no município de São Paulo (2001-2004), na criação do Programa Bolsa Família no Governo Federal (a partir de 2003).
O penúltimo artigo do 75 é “Os desafios ao desenvolvimento de um ambiente para participação política digital: o caso de uma comunidade virtual legislativa do projeto e-Democracia no Brasil”, de autoria de Christiana Soares de Freitas, Fernanda Fiuza Lima e Fernanda Queiroz Lima, que analisa mecanismos sociotécnicos e políticos responsáveis pela interação e pelo desenvolvimento das ações e propostas políticas em uma comunidade legislativa virtual específica do e-Democracia no bojo de elaboração do projeto de lei sobre o Marco Civil da Internet.
E fechando esta última edição de 2015, o artigo intitulado “Diferentes vínculos organizacionais: explorando concepções, fatores organizacionais antecedentes e práticas de gestão”, de Ana Moreno Pinho, Antonio Virgilio Bittencourt Bastos e Diva Ester Okazaki Rowe, analisa as concepções gerenciais sobre os vínculos Entrincheiramento, Consentimento e Comprometimento, bem como as formas de gerenciamento, as práticas e políticas de Recursos Humanos relacionadas aos três vínculos.
A todos e a todas desejamos uma boa leitura!
Antônio Sérgio Araújo Fernandes – Editor Chefe
Ariadne Scalfoni Rigo – Editora Executiva
Sandro Cabral – Editor Executivo
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Oct-Dec 2015