RESUMO
Objetivo: descrever o desenvolvimento, aplicação e avaliação da tecnologia de modelagem educacional com simulação.
Método: estudo metodológico desenvolvido em 2022, no sul do Brasil. Participaram líderes e residentes de enfermagem e medicina em duas fases (identificação das lacunas em segurança do paciente e definição de subtemas educacionais) e 10 etapas (objetivos da aprendizagem; fundamentação teórica; conhecimento do aprendiz; elaboração do cenário; avaliação e ajustes do cenário de simulação; treinamento dos atores e orientação aos observadores; desenvolvimento das cenas, observação e debriefing).
Resultado: lacunas em segurança do paciente: desenvolver a comunicação entre a equipe interprofissional, entender a importância dos protocolos e da inserção do paciente no processo de cuidar. A tecnologia educacional com simulação foi avaliada como ferramenta que oportuniza replicar e contrapor à prática cotidiana com preceitos da segurança do paciente, e aprender.
Conclusão: a replicabilidade da metodologia para diversos contextos e públicos constitui importante contribuição para a prática.
DESCRITORES: Tecnologia Educacional; Treinamento por Simulação; Educação Baseada em Competências; Educação Interprofissional; Segurança do Paciente
ABSTRACT
Objective: to describe the development, application, and evaluation of educational modeling technology with simulation.
Method: a methodological study carried out in 2022 in southern Brazil. Nursing and medical leaders and residents took part in two phases (identification of patient safety gaps and definition of educational sub-themes) and 10 stages (learning objectives; theoretical foundation; learner knowledge; scenario design; evaluation and adjustments to the simulation scenario; training of actors and guidance for observers; development of scenes; observation; and debriefing).
Results: gaps in patient safety: developing communication between the interprofessional team, understanding the importance of protocols, and including the patient in the care process. Educational technology with simulation was evaluated as a tool that provides the opportunity to replicate and contrast everyday practice with patient safety precepts and to learn.
Conclusion: The replicability of the methodology for different contexts and audiences is an important contribution to practice.
KEYWORDS: Educational Technology; Simulation Training; Competency-Based Education; Interprofessional Education; Patient Safety
RESUMEN
Objetivo: describir el desarrollo, la aplicación y la evaluación de la tecnología de modelado educativo con simulación.
Método: estudio metodológico realizado en 2022 en el sur de Brasil. Líderes y residentes de enfermería y medicina participaron en dos fases (identificación de lagunas en la seguridad del paciente y definición de subtemas educativos) y 10 etapas (objetivos de aprendizaje; fundamentación teórica; conocimiento del alumno; diseño del escenario; evaluación y ajustes del escenario de simulación; formación de actores y orientación para observadores; desarrollo de escenas, observación y debriefing).
Resultados: lagunas en la seguridad del paciente: desarrollar la comunicación entre el equipo interprofesional, comprender la importancia de los protocolos e implicar al paciente en el proceso asistencial. Se evaluó la tecnología educativa con simulación como herramienta que brinda la oportunidad de replicar y contrastar la práctica cotidiana con los preceptos de seguridad del paciente, y de aprender.
Conclusión: la replicabilidad de la metodología en diferentes contextos y públicos es una importante contribución a la práctica.
DESCRIPTORES: Tecnología Educacional; Entrenamiento Simulado; Educación Basada en Competencias; Educación Interprofesional; Seguridad del Paciente
HIGHLIGHTS
Tecnologia de modelagem educacional com simulação.
Aproxima educação e prática.
Contribui para a inovação no processo educativo.
Modelagem educacional replicável e adaptável a diferentes temas.
INTRODUÇÃO
A simulação consiste em metodologia educacional com a reprodução, total ou parcial, de uma situação1, aplicável à formação profissional e adequada à educação permanente por oportunizar a aprendizagem em ambiente isento de riscos ao recebedor da assistência2-3. Ademais, a ambientação do cenário é direcionada ao desenvolvimento de determinadas habilidades ou competências previamente definidas, vindo ao encontro dos objetivos de aprendizagem.
Define-se modelagem como o ato de modelar, elaborar um modelo para o desenvolvimento da atividade. No âmbito da saúde, a modelagem possibilita a orientação ou a construção de um modelo com o intuito de guiar a atividade4. Ao agregar a simulação, replica-se a realidade, sendo que a modalidade Roll Play representa uma situação real com recurso de atores5.
De modo particular, como estratégia na educação permanente ao profissional de saúde, o ambiente simulado oportuniza a contextualização entre a assistência padrão-ouro e aquela executada no cotidiano. Desse modo, essa metodologia pode ser empregada conforme a necessidade evidenciada6; e consiste em ensejo especial para rever conceitos e proceder coletivamente à crítica construtiva acerca dos determinantes que contribuem para a qualidade assistencial.
Considerando que a educação permanente contribui para a aprendizagem técnico-científica e, de modo especial, para o desenvolvimento de competências voltadas a preencher lacunas da prática profissional3, esta pesquisa foi direcionada ao desenvolvimento, aplicação e avaliação de estratégia educacional para a promoção de competências profissionais em segurança do paciente.
Tendo esta pesquisa como participantes profissionais de enfermagem e medicina em formação nos programas de residência em saúde, aplicou-se a simulação como metodologia de educação continuada e permanente. Pressupôs-se que a prática profissional está em desenvolvimento, momento oportuno para inserir e atualizar conceitos relativos à segurança do paciente. Foi objetivo do estudo descrever o desenvolvimento, aplicação e avaliação da tecnologia de modelagem educacional com simulação.
MÉTODO
A pesquisa metodológica foi aplicada para o desenvolvimento, a validação e a avaliação de estratégia7, cujo percurso correspondeu às fases que englobam etapas para o desenvolvimento de modelagem tecnológica adaptável.
O estudo foi realizado entre abril e dezembro de 2022, em um hospital de ensino federal do estado do Paraná. O critério de inclusão e convite de líderes foi a indicação pela gerência de qualidade e gerência de ensino e pesquisa. Para o convite aos residentes foram observados os seguintes critérios de inclusão: ter idade ≥18 anos e estar matriculado no primeiro ou segundo ano no correspondente Programa de Residência (Saúde da Criança e Adolescente, Saúde da Mulher, Cardiologia, Urgência e Emergência, Oncologia e Hematologia e de Medicina em Clínica Médica)7. Não foram adotados critérios de exclusão.
Incluíram-se: identificação de fragilidades e lacunas no tema segurança do paciente, elaboração de material de apoio, estruturação e validação do cenário simulado e avaliação do conjunto; o objetivo do processo foi a consolidação de competências em segurança do paciente. Utilizou-se como base para o desenvolvimento da pesquisa o roteiro teórico-prático de Fabri e colaboradores8, adaptado para a pesquisa (Quadro 1).
A primeira fase foi desenvolvida entre abril e junho de 2022 e correspondeu à identificação de lacunas educacionais e fragilidades assistenciais, com foco direcionado aos residentes de enfermagem e medicina. Esta fase foi organizada em duas etapas: na primeira foram compiladas as competências para a formação em saúde, diretrizes para a segurança do paciente e correspondentes objetivos estratégicos. O conteúdo sustentou a elaboração de material de apoio, o qual foi discutido, na segunda etapa, com representantes indicados pelos setores: Vigilância em Saúde, Setor de Gestão do Ensino, Gerenciamento de Atividades de Extensão, Coordenação do Eixo Profissional de Enfermagem e Coordenação do Programa de Residência Multiprofissional, em reunião de grupo focal.
A segunda fase foi desenvolvida entre julho e dezembro de 2022 e correspondeu à estruturação, validação e execução do cenário, seguida da avaliação da tecnologia de modelagem educacional, composta por oito etapas. A primeira e a segunda etapas corresponderam à definição dos objetivos de aprendizagem, com base nas fragilidades e lacunas identificadas pelos líderes e à elaboração do compilado teórico-prático. Esse foi empregado na etapa 3, com realização de workshops com vistas à aproximação de residentes de enfermagem e medicina ao tema, e contextualização da teoria com a prática assistencial e formativa.
Na quarta etapa, foi elaborado o cenário, incluindo um texto narrativo com personagens em ambiente assistencial hipotético, para ser desenvolvido em ambiente simulado. A quinta etapa correspondeu à validação do cenário pelos líderes, utilizando-se instrumento elaborado para a pesquisa. As perguntas respondidas foram relativas à contribuição do cenário para a percepção de lacunas relacionadas à comunicação (1), adesão às normas (2), envolvimento do paciente (3) e transversalidade do tema na assistência (4); estímulo à aproximação entre a teoria e prática assistencial (5) e estímulo à reflexão sobre a prática assistencial (6); a última pergunta foi relativa à contribuição do caso para atingir o objetivo educacional (7). As alternativas do instrumento respondido pelos líderes apresentam escores de julgamento em escala: (1) Discordo Totalmente, (2) Discordo, (3) Indiferente, (4) Concordo e (5) Concordo Totalmente.
Para a análise da validade do cenário, utilizou-se o indicador Ranking médio a fim de mensurar o grau de concordância, com correspondência de valores: <3 menor concordância, =3 indiferente, neutro ou sem opinião e, >3 maior concordância9. Utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo para avaliar se o conteúdo abordado no cenário atende ao construto pretendido; realizou-se a somatória de cada item do instrumento com resposta “4” ou “5” (concordo e concordo totalmente), o produto da soma foi dividido pelo número total de respostas, sendo definido como válido resultado ≥0,8010.
A confiabilidade dos resultados foi avaliada por intermédio do teste alfa de Cronbach, utilizando-se a escala de Likert; os resultados foram analisados em escala, com correspondência: > 0,90 - excelente; 0,81 a 0,90 - bom; 0,71 a 0,80 - aceitável; 0,61 a 0,70 - questionável; 0,51 a 0,60 - pobre e de 0,41 a 0,50 - inaceitável11. Considerou-se válido o cenário quando alcançadas as metas estabelecidas nos indicadores Ranking médio, com concordância >3, Índice de validade de Conteúdo e confiabilidade ≥0,80 pelo alfa de Cronbach11.
A sexta etapa correspondeu ao treinamento de residentes e líderes para o desenvolvimento do cenário, com definição de sua atuação como atores ou observadores. Nessa etapa, os participantes da pesquisa receberam o texto narrativo e os instrumentos de identificação sociodemográfica e de avaliação, elaborados para a pesquisa.
Na etapa 7, a simulação foi executada por quatro residentes desempenhando o papel de atores, e observada pelos demais participantes, ao final da qual os instrumentos foram preenchidos. A última etapa, etapa 8, ocorreu na forma de roda de conversa e correspondeu ao debriefing desenvolvido de maneira estruturada, seguindo as orientações de um estudo brasileiro8. Nessa, as informações observadas na simulação foram agregadas à discussão inicial, relacionando teoria e prática, e estimulando a reflexão sobre a situação observada. O instrumento utilizado para avaliação, pelos observadores e atores, foi o norteador do roteiro do debriefing, que teve o tempo estimado de quarenta minutos, conduzido pelas pesquisadoras.
Os resultados quantitativos, relativos ao número e características dos participantes e dados das avaliações, foram registrados em planilha do programa Microsoft Excel@ e analisados a partir de números absolutos e relativos.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer n.º 5.300.257 e seguiu todos os preceitos éticos em saúde.
RESULTADOS
Foram convidados os seis líderes indicados pelas chefias e 103 enfermeiros e médicos em formação dos programas de residência de primeiro e segundo ano. Participaram cinco líderes na reunião de grupo focal e na validação do cenário. Nos dois workshops participaram 15 residentes de enfermagem e dois de medicina. No desenvolvimento do cenário, avaliação da simulação e debriefing participaram 12 residentes de enfermagem e dois líderes.
Na primeira fase, etapas 1 e 2, foi apresentado, em reunião de grupo focal com os líderes, o compilado sobre competências comuns aos cursos de enfermagem e medicina: atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, educação permanente, administração e gerenciamento12. Foram contextualizadas as competências propostas pelo Instituto Canadense de Segurança do Paciente, organizadas em seis domínios associados à cultura de segurança, trabalho em equipe, comunicação, gerência de riscos, fatores humanos e ambientais, e eventos adversos13. Na mesma ocasião, foram apresentadas as metas da Organização Mundial da Saúde 2021-2030: zero dano, alta confiabilidade dos sistemas de saúde, segurança dos processos, envolvimento do paciente e família, proteção e capacitação profissional, fluxo de informações e envolvimento multissetorial14.
Após discussão do conteúdo e contraposição à realidade institucional, o subtema ‘comunicação’ foi identificado pelos líderes como a principal fragilidade a ser enfrentada. Essa foi contextualizada com a prática profissional quanto à adesão às normas e protocolos, trabalho em equipe, continuidade do cuidado e inclusão do paciente na assistência.
Desenvolver a comunicação entre a equipe interprofissional, entender a importância dos protocolos e da inserção do paciente no processo de cuidar foram definidos como objetivos de aprendizagem pelos líderes, e contextualizados com os aprendizes, incluindo lacunas para a segurança do paciente. A partir disso, iniciou-se a estruturação do cenário de simulação. Intencionalmente foram incluídos os correspondentes pontos críticos, adequados e inadequados, em relação aos preceitos de segurança do paciente e objetivos do aprendizado. Da mesma forma, buscou-se proximidade com as contextualizações decorrentes do grupo focal e workshops acerca do tema central, subtemas educacionais e similaridade com o ambiente assistencial. Dessa forma, consideraram-se rotinas e protocolos do campo de pesquisa relativas à comunicação, e à factibilidade da cena ser desenvolvida no período de até dez minutos, assim como, da disponibilidade de equipamentos, materiais e ambiente físico para o desenvolvimento do cenário, esse contendo as quatro cenas elaboradas.
Foram estabelecidas a complexidade do cenário, atores, caracterização e papel, falas (entonação) e expressão corporal; e a atuação dos observadores. Para apoio, foram elaborados instrumentos diversos (cenas, checklist dos materiais e equipamentos, roteiro estruturado da cena, formulário para identificação dos atores e observadores, roteiro para observação e avaliação das cenas); e definição dos recursos físicos (materiais e equipamentos, e ambientação para o desenvolvimento das cenas).
No roteiro da simulação incluiu-se a informação do tempo de, aproximadamente, dez minutos para o desenvolvimento das cenas, dez minutos para avaliação e quarenta minutos para o debriefing, atividades a serem desenvolvidas pelos atores e observadores, e conduzidas pelos facilitadores (pesquisadoras). As cenas seguiram texto narrativo acerca de um contexto assistencial hipotético (Tabela 1) a ser executado por quatro atores: duas enfermeiras, um médico e uma paciente, com observação crítica pelos demais participantes.
O texto narrativo norteou a organização do cenário composto por uma unidade hospitalar, com posto de enfermagem (computador, mesa, cadeira, prontuários, telefone), corredor e enfermaria, com dois leitos identificados (um com um boneco e outro com ator, ambos com pulseira de identificação), com grades elevadas.
As cenas abrangeram a comunicação entre os diferentes atores, com vistas a promover a contextualização da comunicação e subtemas educacionais (Tabela 2) na segurança do paciente, incluindo os objetivos de aprendizagem. Foram incluídos aspectos positivos e negativos relativos à segurança do paciente.
O cenário foi avaliado, na etapa 5, por cinco líderes e atingiu os parâmetros estabelecidos para validação. Além da avaliação textual, oportunizou-se a avaliação do cenário in loco, essa realizada por quatro entre os cinco participantes, em dia definido e horário, segundo a disponibilidade dos avaliadores. Na ocasião, realizou-se recapitulação das lacunas em segurança do paciente identificadas e dos objetivos do aprendizado. Além da apresentação do ambiente de simulação e explanação de como as cenas seriam desenvolvidas, esclareceram-se dúvidas referentes ao cenário, caso e texto narrativo. Ao considerar a posterior devolução do instrumento de avaliação pelos participantes, solicitou-se que esses tecessem considerações e sugestões adicionais para ajustes e adequações. Inicialmente, somente um formulário preenchido foi enviado, após busca ativa e nova solicitação de colaboração, os outros quatro participantes avaliaram o cenário.
O ranking médio foi de 4,4 para a avaliação das contribuições do cenário para a percepção das lacunas relacionadas à comunicação, adesão às normas, envolvimento do paciente e transversalidade do tema. Quanto ao cenário, suas contribuições para estimular a reflexão entre a teoria e a prática assistencial, e cuja avaliação resultou em ranking médio de 4,2. A avaliação das contribuições do caso para atingir o objetivo educacional resultou em ranking médio de 4,0; portanto, todas as variáveis superaram o grau mínimo de 3 entre os avaliadores.
O Índice de Validade de Conteúdo mostrou-se satisfatório em relação à construção do cenário, atingindo IVC 1,00; quanto à contribuição do caso para atingir o objetivo educacional, o IVC correspondeu a 0,80. O coeficiente alfa de Cronbach atingiu 0,95, o que demonstrou consistência e confiabilidade interna quase perfeita. Realizou-se apenas uma rodada de avaliação, visto que foi atingido IVC, RM e α de Cronbach, conforme as metas mínimas estabelecidas, considerando válido o roteiro apresentado.
As sugestões dos avaliadores, incorporadas no texto narrativo relativos às alterações, foram: inclusão de nomes fictícios aos personagens; divisão das cenas em folhas separadas para os atores; informação do tempo de duração da simulação e do debriefing; informação de como os profissionais em formação nos programas de residência de enfermagem e medicina seriam organizados no desenvolvimento da cena.
As seguintes sugestões não foram incorporadas ao texto, por não atenderem ao objetivo do desenvolvimento do trabalho, com justificativa aos avaliadores: utilizar pacientes homônimos (líder 5); evidenciar o risco da troca de medicação e aplicar na íntegra a simulação segundo o roteiro de uma pesquisa brasileira8 (líder 3).
O cenário foi executado e avaliado em um único período, correspondente às etapas 6 e 7, seguidas pelo debriefing - etapa 8. Uma vez reunidos os participantes do estudo, as pesquisadoras informaram sobre a dinâmica das etapas e do desenvolvimento das cenas, emprego de script para o desenvolvimento das cenas e instrumento de observação. O treinamento dos atores e a orientação aos observadores, etapa 6, ocorreu previamente ao desenvolvimento das cenas e em ambientes separados. Os atores foram definidos aleatoriamente e de forma voluntária; esses, de posse do script, foram orientados sobre o papel de cada ator para que destacassem, no texto, as cenas de participação e respectivas falas. Na sequência, as cenas foram revisadas, concomitantemente à demonstração para o posicionamento físico dos atores no ambiente, falas e entonação de voz, e um breve treino. Aos demais participantes coube a tarefa de observação das cenas e avaliação concomitante, após orientação e esclarecimento de dúvidas. Na sequência, os observadores, aprendizes líderes e chefias foram direcionados ao mesmo ambiente de desenvolvimento das cenas.
Uma vez posicionados os atores no cenário físico e os observadores em local que permitiu ampla visão e audição das falas, a cena 1 foi iniciada e seguida pelas demais 2, 3 e 4, cuja duração total foi de dez minutos. Participaram como autores quatro residentes, em cujas cenas foram observadores e acompanhadas concomitantemente por dez observadores (líderes e residentes). Ao término do desenvolvimento do cenário, os atores também recebem o instrumento de avaliação e o preenchem, previamente ao início de debriefing.
O debriefing, etapa 8, foi liderado pelas pesquisadoras que atuaram como facilitadoras da discussão em roda de conversa, estimulando a comunicação, a autoanálise, o feedback e a reflexão, com duração de 40 minutos, e participação dos líderes, residentes de enfermagem e medicina. Durante o debriefing os facilitadores utilizaram um roteiro de perguntas elaborado para a pesquisa, dividido em dois momentos: análise da observação da simulação em relação aos subtemas educacionais; e análise da simulação, como recurso educacional para o desenvolvimento de competências em segurança do paciente.
Como resultados do debriefing tem-se que a participação na construção da modelagem educacional possibilitou a líderes e residentes aprendizado significativo. Dedução a partir da reflexão e contextualização entre aproximações e distanciamentos do cenário simulado com a prática individual e da equipe, e contraposta com a qualidade assistencial ofertada. Outro aspecto destacado pelos participantes foi a execução ou observação de ações rotineiras em um ambiente seguro e com o foco de identificar aspectos, positivos e negativos, associados ao cuidado seguro. A simulação oportunizou a reflexão do quanto os temas segurança do paciente e comunicação estão presentes no cotidiano assistencial, e a relevância de detalhes na qualidade assistencial.
Foi elaborada uma síntese das fases e etapas percorridas, resultando em diagrama da estrutura da modelagem educacional, com emprego da simulação (Figura 1).
Diagrama da estrutura da modelagem educacional com simulação para a consolidação de competências profissionais. Curitiba, PR, Brasil, 2023.
DISCUSSÃO
A prática simulada deve ser estruturada em concordância com o objetivo definido, visando a alcançar os efeitos pretendidos6. A inclusão de líderes e/ou chefias como participantes nesta pesquisa contribuiu para ampliar a identificação das fragilidades relacionadas à segurança do paciente, e oportunizou desenvolver as cenas de modo a remeter à prática profissional e às lacunas em segurança do paciente.
Considerando os líderes como membros menos flutuantes, esses têm grande potencial na análise crítica institucional. Por outro lado, ouvir a percepção dos aprendizes acerca do desempenho assistencial individual e coletivo, atrelando-o às condições institucionais e à formação, é oportunidade ímpar quando o intuito é avançar na qualidade. Desse modo, nessa pesquisa foram considerados os preceitos teóricos relativos às pretendidas competências profissionais, atrelando-as às relativas à segurança do paciente e às metas internacionais. Essas foram atreladas, por meio da contextualização, com líderes e aprendizes, para atingir os objetivos educacionais, conferindo autenticidade ao planejamento e execução da simulação como ferramenta educacional.
Dessa forma, a partir dos subtemas educacionais e objetivos, criou-se ambiente análogo à realidade com scriptdetalhado, o qual contribuiu para a compreensão dos participantes acerca da complexidade do cotidiano assistencial, favorecendo a interpretação do caso de maneira clara e padronizada15.
Estudo, com objetivo de descrever e analisar as mais recentes iniciativas realizadas para implementação e fortalecimento da política nacional de educação permanente em saúde, aponta como necessária a identificação de fragilidades em cada realidade16. Nossa pesquisa identificou, de forma participativa, como principal fragilidade a comunicação. Essa também foi identificada em estudo como um dos fatores dificultadores para a notificação de eventos adversos17, e constitui um dos maiores desafios do trabalho multi e interdisciplinar.
Ao identificar as fragilidades e estabelecer metas de forma compartilhada, com o emprego das estratégias grupo focal (fase 1; etapa 2) e workshop (fase 2; etapa 3), incluiu-se como finalidade a sensibilização dos participantes para a estratégia educativa. A sensibilização dos participantes os torna propagadores para a formação de novos atores envolvidos com o cuidado e prevenção18. A reflexão em grupo contribuiu para relacionar situações hipotéticas com a prática no hospital, bem como para identificar causas de erros e potenciais ações preventivas, individuais e coletivas.
A descrição das cenas, em formato de texto narrativo, oportunizou a simulação de situação trivial da assistência, tal como algumas das contextualizadas pelos participantes. Deste modo, o texto narrativo descreveu o cenário, as cenas, o espaço, o tempo, os atores, as causas e as possíveis consequências na situação narrada19, contribuindo para a replicação e adaptação da estrutura da modelagem educacional com simulação para outros públicos, competências e temas.
A etapa 4, orientação para construção de um cenário, é fundamental para o ensino aprendizagem do indivíduo, segundo pesquisa brasileira8. E cujo roteiro teórico-prático foi a base para a construção de um cenário no tema segurança do paciente, aplicando a simulação como tecnologia de educação para o desenvolvimento de competências. Realizaram-se adaptações ao referido roteiro, incluindo, excluindo e reorganizando algumas fases e etapas, com o intuito de atender aos objetivos da atividade. O cenário foi construído visando à participação de quatro atores e, além do seu treinamento, ressalta-se a importância de fornecer subsídios para que esses incorporem o personagem para atender aos objetivos propostos e ao realismo20. Desse modo, a sensibilização anterior, durante o workshop, foi considerada importante pela contextualização de situações semelhantes à simulada.
A construção e validação de cenários simulados são progressivamente necessárias como metodologia para a educação dos profissionais de saúde, em diferentes níveis de formação e diversas temáticas21-23. A validação corresponde à estruturação de evidência, única ou múltiplas7; confere a possibilidade de ajustes e melhorias, a fim de tornar o cenário ferramenta ajustada para atingir os objetivos educacionais. O cenário também contribuiu para direcionar o grupo participante da simulação (atores, observadores e condutores da atividade educativa) para a análise crítica e reflexiva, de modo a revisitar, atualizar ou construir conhecimentos em torno do tema abordado.
Considera-se que o processo vivenciado contribuiu para a integração do grupo, incluindo as pesquisadoras. Foram diversas as oportunidades ofertadas e empregadas para a construção dessa integração, iniciando-se pela oportunidade de voz e opinião de líderes e aprendizes, pela análise crítica do cenário e sua execução e observação, para análise final no momento do debriefing. Esse também possibilitou ao grupo mais uma oportunidade de integração e aprendizado significativo, a partir da reflexão e contextualização. Ao realizar o debriefing com líderes, residentes e pesquisadoras, oportunizou-se a troca de experiências e aprendizado. Considera-se que a aprendizagem é dependente da integração da experiência e da reflexão entre os participantes, sendo possibilidade de esses assimilarem novas interpretações24. Segundo Martins e colaboradores5, a discussão sob uma situação corrida, a aprendizagem e as decisões tomadas ao término da simulação, consolidam os saberes dos participantes.
O debriefing viabiliza a compreensão e a transferência de conhecimento, habilidade e atitude com intuito de promover melhores práticas, qualidade do cuidado e desenvolvimento profissional do participante5. Tal efeito também foi observado por pesquisadores25 que o defendem como momento de autoavaliação e aprendizado reflexivo e significativo. Vindo esse ao encontro da assertiva de que inserir o aluno como protagonista da própria preparação profissional favorece o desenvolvimento de aprendizado significativo, o qual representa a incorporação de conhecimentos aos existentes26. Quando destinada como ferramenta de educação permanente, a simulação contribui para a educação de todos os participantes; nesta pesquisa, também dos líderes.
Reitera-se, portanto, a assertiva de que a integração é uma das principais metas do aprendizado, pois oportuniza ao indivíduo colocar em prática o visto na teoria15, sendo que as diferentes etapas desta pesquisa contribuíram para tal alcance. Deste modo, destaca-se que a aprendizagem com simulação se inicia muito antes da execução e observação do cenário; desde que estruturada participativamente. A transformação do processo de aprendizagem tem se mostrado favorável e cativante, por possibilitar a edificação do conhecimento de forma coletiva, além da individual.
As limitações no desenvolvimento da modelagem educacional correspondem à baixa participação de residentes de medicina na pesquisa, comprometendo a contextualização e avaliação da estratégia por essa categoria profissional.
CONCLUSÃO
A modelagem educacional com simulação foi desenvolvida com a participação de líderes e residentes de enfermagem e medicina, contribuindo para a aproximação do cenário ao contexto institucional. O resultado, em formato de guia, contribui para a inovação no processo educativo por sua replicabilidade e adaptação a diferentes temas, públicos e cenários assistenciais de saúde, para o desenvolvimento de competências profissionais.
A vivência na trajetória metodológica também aponta para potencial incorporação da estratégia nas práticas educacionais da instituição na qual a pesquisa foi realizada, tanto para o público interno quanto para aprendizes.
-
COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO:
Santos B dos, Cruz ED de A, Brusamarello T, Nazário S da S. Educational modeling with simulation for the consolidation of professional competence in continuing education. Cogitare Enferm. [Internet]. 2024 [cited “insert year, month and day”]; 29. Available from: https://doi.org/10.1590/ce.v29i0.95918.
REFERÊNCIAS
-
1 Pazin Filho A, Scarpelini S. Simulation: definition. Medicina (Ribeirão Preto). [Internet]. 2007 [cited 2023 Mar. 08]; 40(2). Available from: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v40i2p162-166
» http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v40i2p162-166 -
2 Lee KS, Natarajan B, Wong WX, Yousman W, Koester S, Nyotowidjojo I, et al. A randomized controlled trial of simulation training in teaching coronary angiographic views. BMC Med Educ. [Internet]. 2022 [cited 2023 Jan. 08]; 22(1):644. Available from: http://dx.doi.org/10.1186/s12909-022-03705-z
» http://dx.doi.org/10.1186/s12909-022-03705-z -
3 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Diário Oficial da União. [Internet]. 2018 [cited 2023 Apr. 02]. Available from: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
» https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf - 4 Braga RD, Leitão Júnior PS, Zara ALSA, Lucena FN de, Zinader JP de S, Ribeiro-Rotta RF, et al, organizadores. Modelagem da informação em saúde. Goiânia: Cegraf UFC, 2022.
-
5 Martins JCA, Mazzo A, Baptista RCN, Coutinho VRD, Godoy S de, Mendes IAC, et al. The simulated clinical experience in nursing education: a historical review. Acta Paul Enferm. [Internet]. 2012 [cited 2023 Apr. 02]; 25(4):619-25. Available from: https://doi.org/10.1590/s0103-21002012000400022
» https://doi.org/10.1590/s0103-21002012000400022 -
6 INACSL Standards Committee. INACSL standards of best practice: simulationSM simulation design. Clinical simulation in nursing. [Internet]. 2016 [cited 2023 Jan. 08]; 12(S). Available from: https://www.nursingsimulation.org/action/showPdf?pii=S1876-1399%2816%2930126-8
» https://www.nursingsimulation.org/action/showPdf?pii=S1876-1399%2816%2930126-8 -
7 Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR (CHC-UFPR) [Internet]. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Curitiba; 2023 [cited 2023 Apr. 02]. Available from: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/chc-ufpr
» https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/chc-ufpr -
8 Fabri RP, Mazzo A, Martins JCA, Fonseca A da S, Pedersoli CE, Miranda FBG, et al. Development of a theoretical-practical script for clinical simulation. Rev Esc Enferm USP. [Internet]. 2017 [cited 2023 Apr. 02]; 51:e03218-e. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016265103218
» http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016265103218 -
9 Oliveira LH de. Exemplo de cáclulo de ranking médio para Likert. Notas de aula. Metodologia científica e técnicas de pesquisa em administração. Mestrado em Adm. e Desenvolvimento Organizacional. PPGA CNEC/FACECA: Varginha, 2005 [Internet]. [cited 2024 May 29]. Available from: https://vdocuments.com.br/ranking-medio-para-escala-de-likert-1.html?page=1#google_vignette
» https://vdocuments.com.br/ranking-medio-para-escala-de-likert-1.html?page=1#google_vignette -
10 Grant JS, Davis LL. Selection and use of content experts for instrument development. Res Nurs Health. [Internet] 1997 [cited 2023 Apr. 02]; 20(3). Available from: https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-240X(199706)20:3%3C269::AID-NUR9%3E3.0.CO;2-G
» https://doi.org/10.1002/(SICI)1098-240X(199706)20:3%3C269::AID-NUR9%3E3.0.CO;2-G -
11 Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics. [Internet]. 1977 [cited 2023 Apr. 02]; 33(1):159-74. Available from: https://doi.org/10.2307/2529310
» https://doi.org/10.2307/2529310 -
12 Ministério da Educação (BR). Conselho Nacional de Educação. Câmara da Educação Superior. Estabelece as diretrizes curriculares para os cursos de ciências biológicas. Parecer CNE/CES nº 1.133, de 7 de Agosto de 2001. Diário Oficial da União [Internet]. 2001 [cited 2023 Apr. 02]. Available from: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ces1133.pdf
» http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ces1133.pdf - 13 Canadian Patient Safety Institute (CPSI). The safety competencies: enhancing patient safety across the health professions. 2th ed. Edmonton, Alberta; 2020.
-
14 World Health Organization (WHO). Global patient safety action plan 2021-2030: towards eliminating avoidable harm in health care [Internet]. 2021. [cited 2024 May 29] Available from: https://www.who.int/teams/integrated-health-services/patient-safety/policy/global-patient-safety-action-plan
» https://www.who.int/teams/integrated-health-services/patient-safety/policy/global-patient-safety-action-plan -
15 Osório MEM, Osternack KT, Mello RG, Wos WS, Mendes JO. The experience of being a simulated patient in healthcare training. Espaço saúde (Online). [Internet]. 2022 [cited 2023 Jan. 10]; 23:1-13. Available from: http://dx.doi.org/10.22421/1517-7130/es.2022v23.e880
» http://dx.doi.org/10.22421/1517-7130/es.2022v23.e880 -
16 Gonçalves CB, Pinto ICdM, França T, Teixeira CF. The resumption of the implementation process of the National Permanent Health Education Policy in Brazil. Saúde debate. [Internet]. 2019 [cited 2023 July 04]; 43(spe1). Available from: https://doi.org/10.1590/0103-11042019S101
» https://doi.org/10.1590/0103-11042019S101 -
17 Nazário S da S, Cruz ED de A, Paes RG, Mantovani M de F, Seiffert LS. Facilitating and hindering factors for reporting adverse events: an integrative review. Acta Paul Enferm. [Internet]. 2021 [cited 2023 July 04]; 34:eAPE001245-eAPE. Available from: http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2021AR01245
» http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2021AR01245 -
18 Alves CO, Vasconcelos RGM, Santos PO de, Jorge JTB, Novais FRM de, Franco NBS. Experiência em simulação realística na formação em urgência e emergência. Rev. Ciênc. Ext. [Internet]. 2020 [cited 2023 Jan. 08]; 16(1). Available from: https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1670-4605.2020v16p495-505/2510
» https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1670-4605.2020v16p495-505/2510 - 19 Almeida AF, Almeida VSR. Português básico: gramática, redação, texto. 5th ed. São Paulo: Atlas, 2008.
-
20 Kaneko RMU, Lopes MHB de M. Realistic health care simulation scenario: what is relevant for its design? Rev Esc Enferm USP. [Internet]. 2019 [cited 2023 July 04]; 53:e03453. Available from: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018015703453
» https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018015703453 -
21 Garbuio DC, Martins ACP, Arruda NF de, Silva MF da, Gregório KC. Construction and validation with experts of a scenario to care for patients with pressure injuries. CPE [Internet]. 5º de agosto de 2021 [cited 2023 July 04]. Available from: https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/89
» https://anais.sobest.com.br/cpe/article/view/89 -
22 Carvalho LR de, Zem-Mascarenhas SH. Construction and validation of a sepsis simulation scenario: a methodological study. Rev Esc Enferm USP. [Internet]. 2020 [cited 2023 Jan. 21]; 54:e03638-e. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/s1980-220x2019021603638
» http://dx.doi.org/10.1590/s1980-220x2019021603638 -
23 Pinto IR, Silva JA da, Ruiz MT, Manzan LO, Barboza FR, Oliveira JF de, et al. Construction and validation of a clinical simulation scenario on umbilical cord stump care. Rev gaúch enferm. [Internet]. 2022 [cited 2023 Jan. 21]; 43:e20210245-e. Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210245.en
» https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210245.en -
24 INACSL Standards Committee. INACSL standards of best practice: SimulationSM Debriefing. Clinical simulation in nursing. [Internet]. 2016 [cited 2024 May. 29]; 12(S):S21-S25. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.ecns.2016.09.008
» http://dx.doi.org/10.1016/j.ecns.2016.09.008 -
25 Bresolin P, Martini JG, Maffissoni AL, Sanes M da S, Riegel F, Unicovsky MAR. Debriefing in clinical nursing simulation: an analysis based on the theory of experiential learning. Rev gaúcha enferm. [Internet]. 2022 [cited 2023 Jan. 08]; 43:1-10. Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210050.pt
» https://doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210050.pt - 26 Moreira MA, Ostermann F. Teorias construtivistas. Porto Alegre: UFRGS; 1999.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
20 Set 2024 -
Data do Fascículo
2024
Histórico
-
Recebido
04 Set 2023 -
Aceito
13 Maio 2024