Open-access Satisfação de usuários com aparelhos de amplificação sonora individual concedidos pelo Sistema Único de Saúde: revisão integrativa

RESUMO

Objetivo  Identificar a satisfação de usuários com os aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) concedidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Estratégia de pesquisa  Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS, SciELO, PubMed e Scopus, empregando os descritores hearing loss, public health policy, Unified Health System, public health, patient satisfaction e hearing aids.

Critérios de seleção  Foram selecionados artigos publicados a partir de 2004, sem restrição quanto ao idioma, envolvendo usuários adaptados pelo SUS. Excluíram-se publicações repetidas, resenhas, artigos de opinião, editoriais, teses e dissertações.

Resultados  Foram localizados 1011 estudos, dos quais, 24 foram incluídos. As pesquisas veicularam-se a partir de 2007, com predomínio na região Sudeste, por meio de abordagens quantitativas e, em grande parte, com amostras limitadas, compreendendo adultos e idosos. Os questionários de autoavaliação foram os recursos utilizados para avaliar a satisfação.

Conclusão  A maioria dos usuários revelou elevada satisfação com os AASI concedidos pelo SUS.

Palavras-chave:  Perda auditiva; Auxiliares de audição; Satisfação do paciente; Sistema Único de Saúde; Saúde pública

ABSTRACT

Purpose  Identify user satisfaction with hearing aids (HAs) provided by the Unified Health System (UHS).

Research strategy  This is an integrative literature review, carried out in the LILACS, SciELO, PubMed and Scopus databases, using the following keywords: “hearing loss”, “public health policy”, “Unified Health System”, “public health”, “patient satisfaction” and “hearing aids”.

Selection criteria  Articles published from 2004 onwards, without language restrictions, involving users treated by the UHS were selected. Duplicate publications, reviews, opinion articles, editorials, theses and dissertations were excluded.

Results  A total of 1011 studies were found, 24 of which were included. The studies were published from 2007 onwards, with a predominance in the Southeast region, using quantitative approaches with limited samples comprising adults and older people. Self-assessment questionnaires were used to evaluate satisfaction.

Conclusion  Most users showed a high level of satisfaction with the HAs provided by the UHS.

Keywords:  Hearing loss; Hearing aids; Patient satisfaction; Unified Health System; Public health

INTRODUÇÃO

A deficiência auditiva pode acarretar diversas consequências emocionais e sociais ao indivíduo, impactando a sua qualidade de vida(1). Diante dos efeitos negativos que a privação auditiva ocasiona, o aparelho de amplificação sonora individual (AASI) passou a ser um aliado imprescindível, uma vez que tem a função de amplificar os sons para que o usuário utilize sua audição remanescente(2).

No Brasil, o AASI é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), considerado um sistema público de saúde de referência mundial, instituído para garantir à população brasileira, por meio de uma ampla rede, o acesso universal, integral e gratuito aos serviços e ações de saúde(3).

A concessão de AASI pelo SUS foi estimulada com a implantação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva (PNASA), pela Portaria GM/MS nº 2.073 de 2004, que, por meio de uma rede hierarquizada, regionalizada e integrada entre atenção básica, média e alta complexidade, favoreceu ações em uma linha de cuidados integrais de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação auditiva(4). A PNASA foi revogada após o Decreto nº 7.612, que lançou, em 2011, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite (PVSL)(5).

A partir da implantação da PNASA, diversos avanços foram conquistados para pessoas com deficiência auditiva. Deste modo, tornaram-se propícias análises sobre a qualidade da atenção à saúde auditiva na ótica dos usuários, tendo em vista que assumem diversos papéis e adquirem um lugar social, político e simbólico na avaliação dos sistemas e serviços de saúde, incluindo concepções sobre estrutura, processo e resultados da intervenção, o que pode auxiliar na otimização da verba pública dispensada(6,7).

A opinião do usuário envolve necessidades, expectativas e motivação para a reabilitação auditiva(8,9) e, por consequência, a sua satisfação desponta como uma avaliação elementar na qualidade da intervenção prestada, pois agrega mudanças individuais, físicas, sociais, psicológicas e financeiras, resultantes da aquisição e uso do AASI. A identificação dos elementos que influenciam a satisfação e a busca em prover tais atributos aos processos envolvidos proporciona resultados mais efetivos aos serviços de saúde auditiva(10,11).

Contudo, a satisfação é um desafio para os audiologistas e as elevadas taxas de abandono do AASI constituem um problema nos serviços de saúde auditiva, abrindo espaço para pesquisas que avaliem o impacto destes serviços e dos efeitos promovidos pelo uso do AASI(12,13). Sendo assim, torna-se crucial resgatar as contribuições de acúmulos científicos, a fim de instaurar novas aprendizagens, revisar as intervenções adotadas, ampliar a capacidade de produção em saúde pelos coletivos e qualificar a oferta aos usuários(14).

OBJETIVO

Este estudo objetivou, por meio de uma revisão integrativa da literatura, identificar a satisfação de usuários com os AASI concedidos pelo SUS.

Estratégia de pesquisa

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método de revisão que inclui, simultaneamente, diversos delineamentos de pesquisas e tem o potencial de apresentar o estado da ciência, impulsionar o desenvolvimento teórico e nortear práticas e políticas de saúde(15). O processo metodológico foi permeado pelas seguintes etapas: identificação do tema, elaboração da questão norteadora e estabelecimento dos descritores; definição dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos a serem analisados; categorização dos estudos selecionados; avaliação dos estudos incluídos; interpretação dos resultados e apresentação da revisão integrativa com a síntese do conhecimento(16).

A pesquisa foi baseada na questão norteadora: “Qual a satisfação dos usuários com os AASI concedidos pelo SUS?”. As buscas foram realizadas nas bases de dados virtuais Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Public Medicine Library (PubMed) e Scopus, durante os meses de outubro e novembro de 2019.

Para a localização dos estudos, foram utilizados descritores condizentes com as bases de dados, a saber: perda auditiva (hearing loss), políticas públicas de saúde (public health policy), Sistema Único de Saúde (Unified Health System), saúde pública (public health) e satisfação do paciente (patient satisfaction), associados, individualmente, ao descritor auxiliares de audição (hearing aids), pelo operador booleano AND.

Critérios de seleção

Os critérios de inclusão adotados para os estudos foram: artigos originais publicados a partir da implantação da PNASA (2004), sem restrição quanto ao idioma, bem como artigos relacionados à satisfação dos indivíduos adaptados com AASI concedidos pelo SUS. Foram excluídas publicações repetidas, resenhas, artigos de opinião, editoriais, teses e dissertações.

Análise dos dados

Os artigos identificados foram avaliados de maneira independente por dois revisores, selecionando-se os estudos em três etapas: leitura dos títulos, leitura dos resumos e leitura dos textos na íntegra. As divergências relacionadas à seleção dos artigos foram pontuadas consensualmente pelos pesquisadores e, quando necessário, um terceiro foi acionado.

Após a definição dos estudos que atenderam aos critérios de inclusão, extraíram-se as características de cada artigo em um quadro elaborado, considerando-se os seguintes dados: autores, local, tipo de estudo, objetivos, amostra/faixa etária, recurso utilizado e resultados.

RESULTADOS

Foram localizados 1011 registros nas bases de dados consultadas. De acordo com os cruzamentos realizados, identificaram-se 379 registros na LILACS, 183 na SciELO, 233 na PubMed e 216 na Scopus.

Após a remoção de registros repetidos, foram selecionados 602 estudos. No percurso metodológico, encaminharam-se 153 registros para a leitura dos resumos e, em seguida, 39 para a leitura na íntegra. A partir dos critérios estabelecidos, 24 artigos compuseram a amostra desta revisão (Figura 1).

Figura 1
Fluxograma de seleção dos estudos

Os trabalhos incluídos foram veiculados, em sua maioria, na década seguinte à implantação da PNASA, com predomínio de publicações no ano de 2013. Observou-se que não houve linearidade no número de publicações ao longo dos anos (Figura 2).

Figura 2
Número de artigos conforme o ano de publicação

Com relação ao local de origem, a maior concentração de estudos derivou da região Sudeste (41,7%), seguida, respectivamente, pelas regiões Sul (29,1%), Norte (16,7%) e Nordeste (12,5%). O estado de São Paulo reuniu a maioria das publicações(17-24), junto a Rio Grande do Sul(25-29), Rondônia(30-32) e Minas Gerais(33,34). Os estados de Santa Catarina(35), Paraná(36), Tocantins(37), Pernambuco(38), Bahia(39) e Paraíba(40) apresentaram apenas 1 artigo cada.

No que tange aos tipos de estudos identificados, todas as publicações foram delineadas por meio de abordagens quantitativas, com 23 estudos transversais (95,9%) e 1 longitudinal (4,1%), de modo que nenhuma pesquisa fez uso de abordagem qualitativa ou quantiqualitativa. Quanto aos objetivos traçados, as publicações destinaram-se a avaliar a satisfação dos usuários com os AASI concedidos pelo SUS, correlacionando-a com fatores diversos, tais como idade, gênero, grau de perda auditiva, tipo de AASI, tempo de adaptação, tempo de uso diário, estigma do uso, desempenho ao telefone, ganho prescrito e níveis de percepção de fala.

As amostras das 24 pesquisas variaram entre 11 participantes(17,29) e 302 participantes(33). A faixa etária da população investigada evidenciou predomínio de adultos e, principalmente, de idosos. Os estudos não pesquisaram o público infantil e apenas 3(27,30,35) o fizeram com adolescentes.

A totalidade de publicações inseridas utilizou questionários de autoavaliação como recursos para avaliar a satisfação dos usuários. O questionário Satisfaction with Amplification in Daily Life (SADL) foi aplicado em 54,2% das pesquisas(19,20,22,23,25,27,29,31,32,35-37,39), enquanto que os questionários International Outcome Inventory for Hearing Aids (IOI-HA)(17,18,21,24,26,28,30,34,38,40) e Avaliação do Serviço de Saúde Auditiva e Uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual(33) foram utilizados em 41,7% e 4,1% dos estudos, respectivamente.

De forma geral, os estudos convergiram, ao sinalizar que os usuários de AASI concedidos pelo SUS apresentaram resultados positivos face ao aspecto de satisfação. Em contrapartida, 2 estudos concluíram que a satisfação foi restrita(33,40). A síntese dos artigos incluídos está apresentada no Quadro 1.

Quadro 1
Características dos estudos incluídos na revisão integrativa

DISCUSSÃO

Esta revisão integrativa retratou que o número de estudos relacionados à satisfação de usuários com os AASI concedidos pelo SUS cresceu na última década, mas elencou que ainda há amplo espaço para investigações sob diferentes perspectivas. Além das discrepâncias na distribuição regional das publicações, pôde-se perceber que a satisfação dos usuários foi baseada em tamanhos amostrais limitados e faixas etárias específicas, além de homogeneidade na abordagem metodológica e reduzida diversidade nos recursos empregados.

Cabe acrescentar que, historicamente, o Ministério da Saúde buscou validar indicadores de monitoramento voltados ao desenvolvimento da PNASA, a fim de planejar ações em saúde auditiva(41). Mesmo com as iniciativas adotadas, houve limitação na padronização de ferramentas avaliativas que contribuíssem com a assistência prestada à pessoa com deficiência auditiva(6). Vale realçar que o PVSL objetivou criar, ampliar, integrar e diversificar os serviços públicos voltados ao cuidado da pessoa com deficiência(5).

Neste estudo, as publicações inseridas concentraram-se na vigência do PVSL, revelando desproporções na participação quanto às regiões geográficas e estados brasileiros. A maioria dos estudos da revisão integrativa provém da região Sudeste, que, por sua vez, apresenta grande parte do quantitativo de fonoaudiólogos, instituições e cursos de Fonoaudiologia do Brasil(42), além de registrar a maioria dos procedimentos de média complexidade e serviços de saúde auditiva credenciados ao SUS, no país(43).

Todavia, ao longo do tempo, a heterogeneidade espacial da produção e colaboração científica atravessou um processo de desconcentração regional, pautado pela gradual redução hegemônica da região Sudeste, com liderança no estado de São Paulo, em benefício às regiões Sul e Nordeste e trajetória de crescimento inconstante nas regiões Norte e Centro-Oeste(44). Para investigar a assistência oferecida, é essencial compreender o uso do AASI conforme as diferentes localidades, tendo como pressuposto que a satisfação com este dispositivo pode variar entre os indivíduos e as regiões geográficas ou estados brasileiros(23,33).

É importante destacar que a área de Audiologia tem considerado o benefício e a satisfação dos usuários de AASI como formas de avaliar os resultados das intervenções, em detrimento ao elevado custo financeiro gerado pela concessão dos dispositivos(6,13). Tendo em vista que o indivíduo beneficiado pode influenciar discussões que envolvem a sua qualidade de vida, o planejamento e a coordenação do cuidado em saúde pública, a sua satisfação é tratada como uma forte avaliação na atenção à saúde auditiva(45).

Na investigação relacionada à satisfação dos usuários, podem ser utilizadas abordagens quantitativas e qualitativas. Os métodos qualitativos, como entrevistas, geralmente usam técnicas abertas e explicitam a visão dos usuários sob diferentes dimensões, o que pode consumir tempo. Por outro lado, os métodos quantitativos permitem respostas em escala, classificações e escolha de alternativas em questões estruturadas(46,47). Em alguns casos, o material quantitativo pode ser complexo para alguns usuários e ocultar avaliações menos positivas na área da saúde(48). Ademais, estudiosos afirmaram que, para avaliar a satisfação dos usuários, não há métodos válidos e confiáveis de consenso entre os pesquisadores(49).

Todas as publicações inseridas neste estudo aplicaram questionários estruturados de autoavaliação, que mensuram o impacto da deficiência auditiva, permeiam ações de reabilitação e documentam o tratamento(48). Além disso, é válido ponderar que estes instrumentos apresentam formatos, dimensões e escopos diferentes e, nas pesquisas incluídas, foram utilizados com objetivos distintos.

Algumas publicações manifestaram que o questionário SADL é um recurso prático e adequado para estimar a satisfação com o AASI(19,31,36,37), mas sua eficácia foi posta em xeque pelo fato de a alta satisfação encontrada gerar dúvidas quanto à veracidade, frente à realidade(20,37), já que nele há perguntas capazes de gerar inconsistência nos resultados e profissionais que oferecem explicações adicionais para que os usuários consigam respondê-lo(19,20,23,27).

O SADL é composto por 15 questões, com sete opções de respostas, equivalentes a uma escala de 1 a 7 pontos, variando de “nada” a “muitíssimo”, em termo de satisfação, respectivamente. A satisfação global é quantificada por meio da média dos escores de quatro subescalas: efeitos positivos (benefício acústico e psicológico); fatores negativos (desempenho em ambiente ruidoso, microfonia e uso do telefone); serviços e custos (competência profissional, preço e qualidade do aparelho); e imagem pessoal (estética e estigma de uso do AASI)(48).

Nos estudos incluídos, a subescala efeitos positivos obteve as médias mais elevadas(20,22,25,27,31,32,37), ao passo que as menores médias estiveram na subescala fatores negativos(19,25,29,31,35-37,39). De forma geral, as médias entre todas as subescalas foram consideradas satisfatórias quando comparadas à normatização do estudo original(48). Ao serem correlacionados outros fatores, observou-se que a satisfação pôde ser influenciada pelo tipo de AASI utilizado(22,27,35,37,39), grau de perda auditiva(22,25,27,35-37), idade(27,36,37) tempo de adaptação(20,27,36), tempo de uso diário(31), estigma do uso(29,35,37) e desempenho ao telefone(25).

O questionário IOI-HA(10), por sua vez, foi enfatizado como válido, de aplicação simples, rápida e compreensível(21,26,30,38), indo de encontro a um estudo(34), no qual pessoas idosas, com baixos níveis de escolaridade, tiveram dificuldades em entendê-lo. Este instrumento, incluído pela PNASA(4) no Formulário de Seleção e Adaptação de AASI, constitui-se de oito questões e avalia sete domínios, a saber: uso; benefício; limitação de atividades residuais; satisfação; restrição de participação residual; impacto nos outros e qualidade de vida. Nos sete aspectos, os escores variam de 1 (pior resultado) até 5 (melhor resultado), sendo que a pontuação máxima (soma de todos os itens) é de 35 pontos(10).

Os estudos com o IOI-HA apontaram bons resultados em todos os domínios, especialmente na satisfação. Cabe ressaltar que a pesquisa(40) que obteve menor média neste quesito concluiu que os indivíduos apresentaram dificuldades quanto ao uso e manuseio do AASI, além de tempo reduzido de uso diário. Salienta-se que o SUS não fornece as pilhas para o funcionamento do AASI, sendo estas uma responsabilidade do usuário, um dos fatores possivelmente atribuídos para a redução do tempo de uso diário, especialmente entre usuários de baixa renda.

Além disso, escassez de profissionais capacitados e de programas governamentais específicos revelaram associação com a insatisfação dos pacientes(30). Uma pesquisa enfatizou, ainda, que o desconforto com o AASI e as dificuldades de lembrar as instruções de utilização motivaram a insatisfação e favoreceram o abandono do uso deste dispositivo, gerando prejuízos à qualidade de vida do paciente e à otimização de recursos financeiros do SUS. Neste sentido, o acompanhamento audiológico desempenha um papel essencial para orientar o usuário em suas necessidades, monitorar a perda auditiva e realizar possíveis ajustes no AASI(34). Segundo outros estudos analisados, fatores como gênero(21), idade(21), grau de perda auditiva(21,38), tipo de AASI(21), tempo de adaptação(17,21), ganho prescrito(18) e níveis de percepção de fala(24) não estiveram correlacionados à satisfação.

Apenas um estudo(33) aplicou o questionário de Avaliação do Serviço de Saúde Auditiva e Uso do AASI, considerado de fácil aplicação e compreensão. O recurso, formado por 17 perguntas sobre serviço, acessibilidade e necessidades do paciente, possui uma escala de 0 a 10, com pontos de corte nos conceitos: ruim (0 a 2), regular (3 a 5), bom (6 a 8) e ótimo (9 e 10). A média de avaliação da satisfação dos usuários com o serviço e com o AASI foi, respectivamente, classificada como boa e regular. A insatisfação dos usuários com os seus AASI foi maior entre aqueles com dúvidas quanto ao uso do dispositivo. Os autores fizeram, ainda, menção a duas pesquisas utilizando SADL(19) e IOI-HA(26), inseridas nesta revisão, discutindo que as amostras foram limitadas, quando comparadas ao estudo.

De modo similar, outros trabalhos tiveram amostras pequenas e públicos predominantes. Pesquisadores sustentam que a literatura sobre a satisfação quanto ao uso do AASI em crianças é escassa e abordam que questionários destinados aos resultados do comportamento auditivo infantil e da opinião dos pais sobre o uso da amplificação são igualmente essenciais à tomada de decisões(50). Quanto aos adolescentes, apenas três estudos(27,30,35) compreenderam este público, o que realça a necessidade de serem inseridos em novas experiências, já que apresentam peculiaridades no desenvolvimento psicológico e podem manifestar determinadas doenças, associadas a um comportamento diferente no uso do AASI(35).

Os estudos incluídos priorizaram idosos pelo fato de a perda auditiva de instalação tardia ser mais recorrente neste grupo e favorecer o uso da amplificação, mas concluíram que não há diferença no grau de satisfação com AASI entre indivíduos adultos e idosos(26,28,32,37). Por outro ângulo, vale lembrar que a dificuldade financeira dos idosos surge como um fator determinante nesta faixa etária que, em muitos casos, têm poucos recursos, ou apenas a aposentadoria para sobreviver, recorrendo ao SUS como alternativa(49,51).

Neste prisma, acredita-se que os usuários do SUS geralmente apresentam um perfil de gratidão aos serviços prestados e não se assumem como cidadãos de direitos, evitando criticá-los, por dependência ou afinidade com profissionais de saúde, além do receio de perder o acesso. O viés de gratidão costuma aparecer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, que abrange distintas realidades socioculturais e grupos vulneráveis que revelam alta satisfação, mesmo com baixas performances(6,7,47).

Estudos inseridos nesta revisão(20,23,25,26,33,34,36,37) frisaram que a gratidão pode ser justificada pelo fato de a concessão do AASI não gerar nenhum custo aos usuários, constituindo uma limitação intrínseca às pesquisas que verificam a satisfação de usuários no SUS(49). Em estudo que avaliou a satisfação dos usuários de implantes cocleares concedidos pelo SUS, também foi encontrada alta satisfação entre os entrevistados(52).

Na vertente dos AASI adquiridos em serviços privados, uma pesquisa descreveu que indivíduos com melhor nível socioeconômico e apoio familiar tinham maior acesso a AASI comprados, trazendo à tona que o princípio de universalidade do SUS, ao se restringir por falta de investimentos compatíveis entre oferta e demanda, passou a conviver com um vasto mercado de serviços e empresas privadas(51). Estudiosos apontaram que usuários que adquiriram seus AASI em serviços privados também demonstraram alto grau de satisfação(53).

Nos Estados Unidos, uma pesquisa constatou que os usuários de AASI atendidos em um serviço privado apresentaram menores níveis de satisfação, quando comparados aos usuários do serviço público(8). No entanto, a contribuição das experiências internacionais é limitada devido às diferenças específicas de cada país. Neste cenário, é inegável avaliar a qualidade da atenção à saúde auditiva em âmbito nacional, favorecendo a capacidade de indagar os sentidos e propósitos que cerceiam a área(6,14).

Os resultados desta revisão integrativa devem ser pautados à luz de algumas limitações, como a restrição temporal e das bases de dados utilizadas. Além disso, assinala-se que houve dificuldade em compreender integralmente os achados, em virtude da ausência de publicações de uma região geográfica e de iniciativas com o público infantil. Os métodos puramente quantitativos e os recursos empregados também restringiram demais interpretações.

Diante dos resultados encontrados, espera-se que esta revisão integrativa suscite discussões sobre a satisfação dos usuários com os AASI concedidos pelo SUS. Recomenda-se a realização de novos estudos, de modo a habilitar profissionais, gestores e pesquisadores, lançando estratégias que proporcionem melhor qualidade à adaptação de AASI no SUS.

CONCLUSÃO

A maioria dos usuários apresentou elevada satisfação com os AASI concedidos pelo SUS. Entretanto, a satisfação foi sustentada por fatores sociais, econômicos e metodológicos. Ressalta-se a contribuição dos estudos encontrados, uma vez que viabilizaram reflexões sobre a satisfação com AASI na dimensão pública, ampliando espaço para novas investigações.

  • Trabalho realizado no Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – Natal (RN), Brasil.
  • Financiamento:
    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Ago 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    25 Jan 2020
  • Aceito
    02 Jun 2020
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