RESUMO
Objetivos
Buscar na literatura informações quanto aos aspectos que guiam o monitoramento audiológico infantil, descrevendo os procedimentos utilizados, a idade em que são realizados, qual a população monitorada e os países que mais estudam sobre o assunto. Além de discutir a importância dessa etapa e a eficácia desses aspectos.
Estratégia de pesquisa
A revisão foi conduzida com base nas recomendações PRISMA e registrada na plataforma PROSPERO. Os estudos foram pesquisados nas bases de dados eletrônicas Medline (Pubmed), Web of Science e SciELO, com os descritores hearing, neonatal screening e follow up.
Critérios de seleção
Foram incluídos estudos que descrevessem o monitoramento audiológico. Não foram empregados filtros do ano de publicação, tampouco para os idiomas dos mesmos.
Resultados
Foram encontrados 432 artigos e 21 foram incluídos nesse estudo, sendo que a maioria foi produzida em países desenvolvidos. O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico e a Avaliação Comportamental foram os procedimentos mais utilizados. Quanto a idade e população, a maioria realiza o monitoramento até os três anos e em crianças com Indicadores para a Deficiência Auditiva.
Conclusão
Os estudos demonstraram que não há padrão entre os protocolos para a realização do monitoramento audiológico, porém foi possível identificar que as pesquisas apresentam uma maior concordância quanto a idade em que tal monitoramento acontece e qual a população que deve ser monitorada. Entretanto, embora haja discordâncias, os métodos de avaliação utilizados pelos estudos são eficazes para a detecção de perdas auditiva de caráter leve, progressivo e/ou tardio, além dos casos de falso negativo.
Palavras-chave:
Monitoramento; Triagem auditiva neonatal; Perda auditiva; Audiologia; Lactente
ABSTRACT
Purpose
To search the literature for guidelines on infant’s audiological monitoring, most commonly used procedures, the age at which they are performed, which population should be monitored and the countries that study the subject the most. Besides, the importance and effectiveness of these measures will be discussed.
Research strategy
The review was conducted based on the PRISMA recommendations, registered on the PROSPERO platform. The studies were searched for in the electronic databases Medline (Pubmed), Web of Science and SciELO, using the descriptors hearing, neonatal screening and follow up.
Selection criteria
studies reporting the audiological monitoring were included. No filters on year and language of publication were used.
Results
A total of 432 articles were found and 21 were included in this study, mostly produced in developed countries. The Auditory Brainstem Response and the Behavioral Assessment were the most frequently used procedures. As to age and population, most infants are subjected to audiological monitoring up to three years of age and have Risk Factors for Hearing Loss in their clinical history.
Conclusion
The studies pointed that there is no standard among the protocols for performing audiological monitoring, but it was possible to identify agreement as to the age at which such monitoring takes place and which population should be monitored. However, although there is some disagreement, the assessment methods used in the studies are effective in detecting mild, progressive and/or late hearing loss, in addition to false negative cases.
Keywords:
Follow-up; Neonatal hearing screening; Hearing loss; Audiology; Infant
INTRODUÇÃO
A importância da audição para o desenvolvimento social, de fala, linguagem e cognitivo já é estabelecida na literatura(11 Yoshinaga-Itano C, Sedey AL, Coulter DK, Mehl AL. Language of early-and later-identified children with hearing loss. Pediatrics. 1998;102(5):1161-71. http://dx.doi.org/10.1542/peds.102.5.1161. PMid:9794949.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.102.5.116...
2 Pimperton H, Blythe H, Kreppner J, Mahon M, Peacock JL, Stevenson J, et al. The impact of universal newborn hearing screening on long-term literacy outcomes: a prospective cohort study. Arch Dis Child. 2016;101(1):9-15. http://dx.doi.org/10.1136/archdischild-2014-307516. PMid:25425604.
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-33 Redondo MDC, Brunner AP. Avaliação clínica da audição da criança: procedimentos e interpretação de resultados. In: Levy CCAL, editor. Manual de audiologia pediátrica. Barueri: Editora Manole; 2015. p. 57-82.). Além disso, sabe-se também, que o diagnóstico e intervenção precoce são fundamentais para que os déficits causados pela deficiência auditiva sejam reduzidos e que o desenvolvimento global da criança ocorra de maneira mais satisfatória(44 Northern JL, Downs MP. Hearing in children. 5th ed. Philadelphia: Lippincott, Williams e Wilkins; 2002.,55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.).
Para que esse processo ocorra de maneira eficaz, o programa de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é a estratégia com maior validação para identificar a suspeita de perda auditiva(66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.
7 Lewis DR. Evidências para a realização da Triagem Auditiva Neonatal Universal. In: Bevilacqua MC, Martinez MAN, Balen AS, Pupo AC, Reis ACM, Frota S, editors. Tratado de audiologia. São Paulo: Editora Santos; 2011. p. 495-513.-88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
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). O protocolo comumente utilizado nessa triagem, deve ser realizado por meio de equipamentos que possibilitem a obtenção de medidas eletrofisiológicas(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.). Dentre essas medidas, estão as Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT), para aqueles recém nascidos que não possuem nenhum Indicador de Risco para a Deficiência Auditiva (IRDA)(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE-a) para aqueles que possuem(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.). Por meio dessa triagem, a primeira avaliação audiológica do recém-nascido é realizada e através dela dá-se início aos processos de diagnóstico audiológico e intervenção precoce, quando necessário, e ao de monitoramento audiológico (MA)(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.).
O MA consiste em acompanhar e monitorar o desenvolvimento da função auditiva no público infantil, após a realização da etapa de triagem da TAN(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.,88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
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). Ademais, durante esse processo, visando monitorar o desenvolvimento comunicativo global das crianças, a análise de questões de fala e linguagem também são contempladas(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
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). Tal procedimento justifica-se pelo fato que os protocolos comumente utilizados na etapa de triagem não são capazes de identificar perdas auditivas leves, progressivas e/ou de caráter tardio, além dos casos de falso negativo.
Ao contrário da etapa de triagem da TAN, no qual protocolos que norteiam a realização dos procedimentos já é estabelecida e validada, no que refere-se ao MA isso não ocorre. Apesar das recomendações quanto ao tema(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.), ainda não existe um protocolo padrão para essa prática e vários procedimentos são realizados de maneira diferente ao redor do mundo.
Segundo referência internacional, o MA deve ser realizado em todas as crianças, independente de possuírem ou não algum indicador de risco(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.). Entretanto, no Brasil, o documento de referência na área, sugere que esse monitoramento seja realizado apenas nos recém nascidos com IRDAs(66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.). Para aqueles sem IRDAS e que obtiveram resultado satisfatório na triagem, tal comitê recomenda um guia sobre o desenvolvimento auditivo e de linguagem adequado para que a família possa observar tais aspectos(66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.). No país, apesar dessas recomendações, a atual realidade dos programas de saúde auditiva do território não conseguem cumprir os indicadores de qualidade propostos pelos documentos de referência na área, tanto no que diz respeito à etapa de triagem da TAN, como do MA(1010 Botasso KC, Lima MCMP, Correa CRS. Analysis of na oupatient child hearing health program: from screening to referral for rehabilitation. CoDAS. 2022;34(4):e20200403. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20212020403. PMid:35137893.
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). Além disso, é notado na prática clínica que os serviços de saúdem que realizam o MA detém seus esforços apenas naquelas crianças com algum desses indicadores, o que alerta ainda mais para a necessidade de protocolos bem estabelecidos em relação a essa etapa.
Divergências entre os sujeitos que devem realizar o MA, a idade que deve ocorrer esse monitoramento e os procedimentos utilizados nele ainda não são bem estabelecidos na literatura, tampouco na prática clínica. Portanto, esse estudo tem como objetivo contribuir com a sociedade científica e clínica, com uma busca na literatura sobre os aspectos que guiam a realização do monitoramento audiológico infantil, descrevendo os principais procedimentos utilizados, a idade em que são realizados e qual a população que deve ser monitorada. Além de descrever quais países foram os que mais pesquisaram sobre o tema, discutir a importância do monitoramento audiológico e analisar a eficiência de tais aspectos.
OBJETIVO
A presente revisão sistemática objetivou encontrar estudos que relatem como a etapa de MA da TAN é realizada em diferentes programas de triagem auditiva.
ESTRATÉGIA DE PESQUISA
A busca pelos artigos científicos foi realizada no mês de Julho de 2021 e conduzida por dois pesquisadores independentes (DAT, LF) nas bases de dados eletrônicas Medline (Pubmed), Web of Science e SciELO. A escolha das palavras chave foi feita perante uma pesquisa prévia dos descritores normalmente utilizados na literatura mundial sobre o assunto, gerando as seguintes palavras chaves: hearing, neonatal screening e follow up. A busca foi realizada com o operador booleano “and” e deu-se como apresentada no exemplo a seguir: (hearing) and (neonatal screening) and (follow-up). Ressalta-se que a pesquisa não empregou nenhum filtro durante a busca. Não houve restrição de idiomas, local de origem dos estudos, tampouco filtros referentes aos anos de publicação dos mesmos.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
A formulação da pergunta que norteou a revisão sistemática foi baseada no acrônimo PICOS (paciente, intervenção, comparação, outcomes e study design) que gerou o seguinte questionamento: “Quais os protocolos utilizados no monitoramento audiológico em diferentes programas de Triagem Auditiva Neonatal, qual a idade em que esse monitoramento é feito e qual a população deve ser monitorada?” Onde o P refere-se as crianças que já realizaram a etapa de triagem da TAN e devem, posteriormente, realizar o MA e o I, refere-se as intervenções que cada programa de triagem utiliza no MA. Quanto ao C, a revisão sistemática não visou comparar as intervenções realizadas nos diferentes programas e sim listá-las para maior conhecimento sobre o assunto para a sociedade científica e clínica. Em relação aos desfechos (outcomes), referem-se aos procedimentos escolhidos por cada programa, sejam eles comportamentais, fisiológicos ou eletrofisiológicos.
Quanto ao S (study design), foram incluídos os seguintes tipos de estudos: ensaios randomizados controlados, estudos prospectivos, de coorte, longitudinais, de acompanhamento e estudos transversais.
Os estudos selecionados foram aqueles que relataram como a etapa de MA da TAN é realizada, ou seja, a idade em que ocorre o MA e os procedimentos realizados. Estudos que se referiam a etapa de MA da TAN porém não descreviam como o mesmo era conduzido foram excluídos. Também foram excluídos estudos que referiam-se ao MA afim de acompanhar o sujeitos para estabelecer um diagnóstico audiológico, visto que esses não respondem a pergunta norteadora da presente revisão sistemática.
ANÁLISE DOS DADOS
A seleção dos estudos foi realizada por dois pesquisadores independentes (DAT, LF). Primeiramente, o título e o resumo dos estudos foram analisados, caso os mesmos respondessem a pergunta norteadora da revisão sistemática e fornecessem as informações necessárias para contribuir com o presente estudo, o artigo era selecionado para posterior leitura na íntegra. Caso o título e resumo do artigo não se enquadrassem no objetivo dessa pesquisa, o mesmo era excluído. Aqueles estudos que foram selecionados na primeira etapa e lidos na íntegra, porém não descreveram de maneira eficaz o que estava sendo pesquisado, também foram excluídos. Ademais, quando houve alguma divergência na seleção dos estudos, um terceiro pesquisador (EPVB) ficou responsável de analisá-lo e incluí-lo ou não na pesquisa.
Síntese dos resultados
Após os artigos serem selecionados e lidos na íntegra, foi retirado dos mesmos as seguintes informações: autor do estudo, ano de publicação, país em que a população foi estudada, além de quando e como o MA foi realizado naquela determinada população. Posteriormente, os dados foram sintetizados em uma tabela online afim de aprofundar a discussão sobre o assunto.
Risco de viés
A qualidade metodológica de cada estudo foi analisada por meio da ferramenta Study Quality Assessment Tools (QAT) (Material Suplementar). Dois dos autores (DAT, LF) realizaram de maneira independente a avaliação de cada estudo. A ferramenta contém critérios onde os avaliadores devem responder para cada um desses “Sim”, “Não”, “Não é Possível Determinar” (CD), “Não aplicável” (NA) ou “Não Relatado” (NR). Posteriormente, os estudos foram classificados a partir da pontuação das respostas referentes a “SIM” ou “NA”, onde > 80% refere-se a um “bom” estudo, 50-79% a um “regular” e <50% um “ruim”. Um estudo classificado como “bom” possui um menor risco de viés, um “razoável” indica que o estudo é suscetível a viés porem esses não invalidam os resultados encontrados e um “ruim” indica um risco significativo de viés. Caso houvesse discrepância na classificação feita pelos dois avaliadores, os mesmos entraram em contato, discutiram sobre o estudo afim de obter um consenso sobre a classificação do mesmo.
Protocolo e registro
O estudo foi conduzido com base nas recomendações PRISMA (Preferred Reporting Items for Sys-tematic reviews and Meta-Analyses)(1111 Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, Mulrow C, Gotzsche PC, Ioannidis JP, et al. The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation and elaboration. Ann Intern Med. 2009;151(4):W65-94. PMid:19622512.). O protocolo da revisão sistemática foi aprovado e publicado na plataforma PROSPERO sob o número de registro CRD42021258325.
RESULTADOS
Por meio das estratégias de buscas já descritas, foram encontrados 432 artigos, sendo que 23 desses foram excluídos por estarem duplicados nas bases de dados pesquisadas. Nas etapas subsequentes da pesquisa, 388 artigos foram excluídos pelo fato dos artigos não possuírem o delineamento de estudo admitido nessa revisão ou não enquadrarem-se na pergunta norteadora da mesma. Ademais, a maior parte desses, foram excluídos por utilizarem o termo “follow-up” abordando questões referentes ao diagnóstico audiológico infantil para a DA, tema que não condiz com o da presente revisão sistemática.
As etapas de pesquisa, bem como o número de estudos avaliados em todas essas etapas é apresentado no fluxograma da Figura 1.
Na Tabela 1, são apresentados, de forma detalhada, os 21 artigos incluídos na revisão e seus principais aspectos, como país de origem do estudo, população, procedimentos e a idade em que esses procedimentos ocorrem. Em alguns estudos, a análise dos tópicos considerados importantes não foram encontradas, e na tabela estão representados por um “-“ quando isso ocorreu. Ressalta-se que, durante a avaliação do risco de viés, a falta de tais tópicos foram consideradas.
Detalhamento dos artigos incluídos na revisão sistemática e seus principais aspectos avaliados
DISCUSSÃO
Essa revisão sistemática é a primeira que aborda, de maneira internacional, como a etapa de MA da TAN é realizada. Resultados heterogêneos quanto aos países, população, idade e os procedimentos foram encontrados durante a pesquisa. Essa revisão contribui para nortear a sociedade acadêmica e clínica sobre os principais aspectos relacionados ao MA. Além de alertá-los sobre a falta de protocolos e discussões bem estabelecidas sobre o tema, visto a importância do MA para a saúde infantil(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.).
Procedimentos
Durante a pesquisa, 4 artigos não especificaram quais procedimento realizavam no MA(2121 Wood SA, Sutton GJ, Davis AC. Performance and characteristics of the Newborn Hearing Screening Programme in England: the first seven years. Int J Audiol. 2015;54(6):353-8. http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014.989548. PMid:25766652.
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,2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
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,2828 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
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). Um deles, realiza o monitoramento por meio de entrevista(2525 Sabbag JC, Lacerda ABM. Rastreamento e monitoramento da Triagem Auditiva Neonatal em Unidade de Estratégia de Saúde da Família: estudo-piloto. CoDAS. 2017;29(4):e20160102. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016102. PMid:28813070.
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) e outro de questionário(2929 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
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), sendo que o primeiro, por não ter esse tema como objetivo principal, não discute e tampouco concluiu a eficiência do MA audiológico por meio de entrevista. Quanto ao questionário, os autores concluíram que o mesmo pode ser utilizado como ferramenta de triagem em locais que não possuem equipamentos para a realização de procedimentos objetivos(2929 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
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). Além de ser útil para o MA pois pode ajudar a identificar perdas auditivas de caráter tardio e/ou progressivo(2929 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
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).
Atualmente, nenhum documento específica por meio de quais medidas deve ser realizado o MA, sejam elas, medidas comportamentais ou eletrofisiológicas, além de não haver informações sobre a especificidade dos procedimentos. Os demais artigos incluídos nessa revisão sistemática, dividiram-se em diversas medidas comportamentais e/ou eletrofisiológicas, como apresentado na Tabela 1. Dentre esses, os procedimentos mais utilizados foram o PEATE(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
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,1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
,1717 Ari-Even Roth D, Hildesheimer M, Maayan-Metzger A, Muchnik C, Hamburger A, Mazkeret R, et al. Low prevalence of hearing impairment among very low birthweight infants as detected by universal neonatal hearing screening. Arch Dis Child Fetal Neonatal. 2006;91(4):F257-62. http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.074476. PMid:16531449.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.07447...
,1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
,2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2222 Karimian P, Yaghini O, Nasr Azadani H, Mohammadizadeh M, Arabzadeh SA, Adibi A, et al. Prevalence, characteristics, and one-year follow-up of congenital cytomegalovirus infection in Isfahan City, Iran. Interdiscip Perspect Infect Dis. 2016;2016:7812106. http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106. PMid:28070187.
http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106...
,2929 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019....
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
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) seguido da Avaliação Comportamental(1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
,2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
). O que realmente mostra-se efetivo, visto que ambas as medidas conseguem cumprir com o objetivo do MA, de detectar as perdas auditivas de caráter leve, progressivo e/ou tardio que não são detectadas na etapa de triagem ou que possam ter sido casos de falsos negativos (55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.).
Embora os procedimentos relacionados ao MA ainda não estejam bem estabelecidos, e que esse estudo não tenha como objetivo promover um protocolo ideal, acredita-se que quando a escolha dos métodos, um protocolo de avaliação audiológica infantil deve levar em consideração a idade, o desenvolvimento infantil e as condições neuromooras da criança para que a escolha dos procedimentos sejam eficazes nessa etapa da TAN(3131 Gravel JS, Hood LJ. Avaliação audiológica infantil. In: Musiek FE, Rintelmann WF, editors. Perspectivas atuais em avaliação auditiva. Barueri: Manole; 2001. p. 301-322.).
População
Quanto a população, dividiu-se às em diferentes categorias. Crianças com e sem IRDAs, as com IRDAs, porém sem especificação do mesmo e naquelas onde os estudos discutem apenas um IRDA em específico. Segundo o Joint Committee on Infant Hearing (JCIH)(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.), todas as crianças devem realizar o MA, devido as perdas auditivas de caráter leve, progressivo e/ou tardio. Entretanto, nessa revisão de literatura, observou-se que, apesar dessa recomendação, maior parte dos países e programas de triagem auditiva optam por acompanhar apenas aquelas crianças que apresentam algum IRDA(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013...
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
,1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
15 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: summary and recommendations. Ear Hear. 2000;21(5):529-35. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00014. PMid:11059708.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
16 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: a multicenter investigation. Ear Hear. 2000;21(5):348-56. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00003. PMid:11059697.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
17 Ari-Even Roth D, Hildesheimer M, Maayan-Metzger A, Muchnik C, Hamburger A, Mazkeret R, et al. Low prevalence of hearing impairment among very low birthweight infants as detected by universal neonatal hearing screening. Arch Dis Child Fetal Neonatal. 2006;91(4):F257-62. http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.074476. PMid:16531449.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.07447...
-1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
,2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2222 Karimian P, Yaghini O, Nasr Azadani H, Mohammadizadeh M, Arabzadeh SA, Adibi A, et al. Prevalence, characteristics, and one-year follow-up of congenital cytomegalovirus infection in Isfahan City, Iran. Interdiscip Perspect Infect Dis. 2016;2016:7812106. http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106. PMid:28070187.
http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106...
23 Yılmazer R, Yazıcı MZ, Erdim İ, Kaya HK, Özcan Dalbudak Ş, Kayhan TF. Follow-up results of newborns after hearing screening at a training and research hospital in Turkey. J Int Adv Otol. 2016;12(1):55-60. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736. PMid:27340984.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736...
-2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
27 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
-2828 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
).
Em contra partida, o outro documento que embasou a presente revisão sistemática(66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.), aconselha a realização do MA apenas nas crianças com IRDA, visto que esse, trata-se de uma literatura de um país em que aspectos de identificação e intervenção precoce ainda não são atingidos. Dos 21 artigos selecionados, 16(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013...
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
,1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
15 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: summary and recommendations. Ear Hear. 2000;21(5):529-35. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00014. PMid:11059708.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
16 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: a multicenter investigation. Ear Hear. 2000;21(5):348-56. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00003. PMid:11059697.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
17 Ari-Even Roth D, Hildesheimer M, Maayan-Metzger A, Muchnik C, Hamburger A, Mazkeret R, et al. Low prevalence of hearing impairment among very low birthweight infants as detected by universal neonatal hearing screening. Arch Dis Child Fetal Neonatal. 2006;91(4):F257-62. http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.074476. PMid:16531449.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.07447...
-1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
,2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2222 Karimian P, Yaghini O, Nasr Azadani H, Mohammadizadeh M, Arabzadeh SA, Adibi A, et al. Prevalence, characteristics, and one-year follow-up of congenital cytomegalovirus infection in Isfahan City, Iran. Interdiscip Perspect Infect Dis. 2016;2016:7812106. http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106. PMid:28070187.
http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106...
23 Yılmazer R, Yazıcı MZ, Erdim İ, Kaya HK, Özcan Dalbudak Ş, Kayhan TF. Follow-up results of newborns after hearing screening at a training and research hospital in Turkey. J Int Adv Otol. 2016;12(1):55-60. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736. PMid:27340984.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736...
-2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
27 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
-2828 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) corroboram com tal documento e optam por realizar o MA apenas nos recém nascidos com algum dos indicadores descritos pelo JCHI(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.). O que também, vai de encontro, com o conceito de triagem, visto que o mesmo se trata de um processo simples, de fácil execução e com maior probabilidade para detectar determinada doença/deficiência.
Observou-se um elevado número de artigos relatando o MA em crianças diagnosticadas com citomegalovírus(1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
,1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
,2222 Karimian P, Yaghini O, Nasr Azadani H, Mohammadizadeh M, Arabzadeh SA, Adibi A, et al. Prevalence, characteristics, and one-year follow-up of congenital cytomegalovirus infection in Isfahan City, Iran. Interdiscip Perspect Infect Dis. 2016;2016:7812106. http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106. PMid:28070187.
http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106...
,2828 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095...
), quando comparado aos demais IRDAs. Tal doença é considerada um IRDA(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.) e tem como principal complicação a perda auditiva neurossensorial(2222 Karimian P, Yaghini O, Nasr Azadani H, Mohammadizadeh M, Arabzadeh SA, Adibi A, et al. Prevalence, characteristics, and one-year follow-up of congenital cytomegalovirus infection in Isfahan City, Iran. Interdiscip Perspect Infect Dis. 2016;2016:7812106. http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106. PMid:28070187.
http://dx.doi.org/10.1155/2016/7812106...
). Assim, o monitoramento dessas crianças tem ganhado espaço nas discussões a respeito da audiologia infantil, o que é realmente é pertinente. Entretanto, não é apenas na população com citomegalovírus que deve ser realizado um MA rígido, crianças com demais IRDAs também devem ser monitoradas com tamanha atenção.
Idade
Os documentos de referência que embasaram esse estudo, trazem de maneira unanime(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.,66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.) que o MA deve ser realizado até os três anos de idade. Foi encontrado que maior parte dos artigos corroboram com esses documentos e relatam realizar o MA até os três anos ou mais(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
,1313 Tucker SM, Bhattacharya J. Screening of hearing impairment in the newborn using the auditory response cradle. Arch Dis Child. 1992;67(7):911-9. http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911. PMid:1519957.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911...
,1717 Ari-Even Roth D, Hildesheimer M, Maayan-Metzger A, Muchnik C, Hamburger A, Mazkeret R, et al. Low prevalence of hearing impairment among very low birthweight infants as detected by universal neonatal hearing screening. Arch Dis Child Fetal Neonatal. 2006;91(4):F257-62. http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.074476. PMid:16531449.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.2005.07447...
18 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
19 Wilson MG, Riley P, Hurteau AM, Baird R, Puligandla PS. Hearing loss in congenital diaphragmatic hernia (CDH) survivors: is it as prevalent as we think? J Pediatr Surg. 2013;48(5):942-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.2013.02.007. PMid:23701764.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.201...
-2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
27 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
28 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095...
29 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019....
30 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
-3131 Gravel JS, Hood LJ. Avaliação audiológica infantil. In: Musiek FE, Rintelmann WF, editors. Perspectivas atuais em avaliação auditiva. Barueri: Manole; 2001. p. 301-322.). Essa idade torna-se um marco para o MA infantil, visto que dessa forma, é possível a identificação precoce da perda auditiva, de caráter progressivo/ou tardio, dentro do período crítico para a aquisição da linguagem.
Dos artigos selecionados, todos relataram até que idade realizam o MA, entretanto, apenas 13(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
13 Tucker SM, Bhattacharya J. Screening of hearing impairment in the newborn using the auditory response cradle. Arch Dis Child. 1992;67(7):911-9. http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911. PMid:1519957.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911...
14 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
15 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: summary and recommendations. Ear Hear. 2000;21(5):529-35. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00014. PMid:11059708.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
-1616 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: a multicenter investigation. Ear Hear. 2000;21(5):348-56. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00003. PMid:11059697.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
,1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
19 Wilson MG, Riley P, Hurteau AM, Baird R, Puligandla PS. Hearing loss in congenital diaphragmatic hernia (CDH) survivors: is it as prevalent as we think? J Pediatr Surg. 2013;48(5):942-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.2013.02.007. PMid:23701764.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.201...
-2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2727 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
,2828 Foulon I, Brucker Y, Buyl R, Lichtert E, Verbruggen K, Piérard D, et al. Hearing loss with congenital cytomegalovirus infection. Pediatrics. 2019 Ago;144(2):e20183095. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095. PMid:31266824.
http://dx.doi.org/10.1542/peds.2018-3095...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) especificaram com quais idades realizam essa etapa. Segundo a recomendação internacional(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.), a maioria das crinças com IRDAs devem realizar o MA de 12 em 12 meses até os três anos de idade. Nessa revisão de literatura, encontrou-se estudos que realizam um MA ainda mais rígido em suas populações, quando comparado ao recomendado pelo JCIH. Cinco(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,2020 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
,2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2525 Sabbag JC, Lacerda ABM. Rastreamento e monitoramento da Triagem Auditiva Neonatal em Unidade de Estratégia de Saúde da Família: estudo-piloto. CoDAS. 2017;29(4):e20160102. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016102. PMid:28813070.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2017...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) estudos realizam o MA de seis em seis meses, até pelos menos os três anos de idade, o que torna-se uma periodicidade segura para detectar casos de perda auditiva tardia e/ou progressiva.
Além disso, outro fator que valida que o MA seja realizado a longo prazo, é devido a utilização de medicamentos ototóxicos. Tais medicamento são comumente ministrados em crianças que precisam ser internadas em Unidades de Tratamento Intensiva Neonatal(2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
), e esses podem desencadear perda auditiva até aproximadamente os três anos de idade(2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
). Desse modo, programas de TAN que realizam o MA em um tempo inferior a esses três anos, principalmente em crianças com IRDAs, correm o risco de não identificar a perda auditiva precocemente.
Países
Apesar dos protocolos de TAN já serem estabelecidos em grande parte dos países do mundo, discussões na comunidade científica quanto a etapa de MA foram encontradas em estudos de apenas 13 países diferentes. Entre eles, destacou-se os Estados Unidos, com seis artigos(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
,1414 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
15 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: summary and recommendations. Ear Hear. 2000;21(5):529-35. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00014. PMid:11059708.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
-1616 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: a multicenter investigation. Ear Hear. 2000;21(5):348-56. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00003. PMid:11059697.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
,3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
), seguido da Inglaterra(1313 Tucker SM, Bhattacharya J. Screening of hearing impairment in the newborn using the auditory response cradle. Arch Dis Child. 1992;67(7):911-9. http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911. PMid:1519957.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911...
,2121 Wood SA, Sutton GJ, Davis AC. Performance and characteristics of the Newborn Hearing Screening Programme in England: the first seven years. Int J Audiol. 2015;54(6):353-8. http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014.989548. PMid:25766652.
http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014....
), Itália(2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2727 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
) e Brasil(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013...
,2525 Sabbag JC, Lacerda ABM. Rastreamento e monitoramento da Triagem Auditiva Neonatal em Unidade de Estratégia de Saúde da Família: estudo-piloto. CoDAS. 2017;29(4):e20160102. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016102. PMid:28813070.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2017...
), com dois artigos cada um. Ademais, dos 21 artigos selecionados, oito(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013...
,2121 Wood SA, Sutton GJ, Davis AC. Performance and characteristics of the Newborn Hearing Screening Programme in England: the first seven years. Int J Audiol. 2015;54(6):353-8. http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014.989548. PMid:25766652.
http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014....
,2323 Yılmazer R, Yazıcı MZ, Erdim İ, Kaya HK, Özcan Dalbudak Ş, Kayhan TF. Follow-up results of newborns after hearing screening at a training and research hospital in Turkey. J Int Adv Otol. 2016;12(1):55-60. http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736. PMid:27340984.
http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736...
24 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
25 Sabbag JC, Lacerda ABM. Rastreamento e monitoramento da Triagem Auditiva Neonatal em Unidade de Estratégia de Saúde da Família: estudo-piloto. CoDAS. 2017;29(4):e20160102. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016102. PMid:28813070.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2017...
26 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-01...
-2727 Turchetta R, Conti G, Marsella P, Orlando MP, Picciotti PM, Frezza S, et al. Universal newborn hearing screening in the Lazio region, Italy. Ital J Pediatr. 2018;44(1):104. http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-0534-5. PMid:30143030.
http://dx.doi.org/10.1186/s13052-018-053...
,2929 Schaefer K, Coninx F, Fischbach T. LittlEARS auditory questionnaire as an infant hearing screening in Germany after the newborn hearing screening. Int J Audiol. 2019;58(8):468-75. http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019.1597287. PMid:31012791.
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) estudos relataram como ocorre o programa de TAN em seus países.
Ainda, em uma análise mais aprofundada, é notório que os países desenvolvidos estudam mais sobre o assunto quando comparados aos subdesenvolvidos. Do total de artigos selecionados, 16(88 Basonbul RA, Ronner EA, Rong A, Rong G, Cohen MS. Audiologic testing in children with Down Syndrome: are current guidelines optimal? Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;134:110017. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.110017. PMid:32251971.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
,1212 Hosford-Dunn H, Johnson S, Simmons FB, Malachowski N, Low K. Infant hearing screening: program implementation and validation. Ear Hear. 1987;8(1):12-20. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-198702000-00003. PMid:3549402.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-19870...
13 Tucker SM, Bhattacharya J. Screening of hearing impairment in the newborn using the auditory response cradle. Arch Dis Child. 1992;67(7):911-9. http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911. PMid:1519957.
http://dx.doi.org/10.1136/adc.67.7.911...
14 Fowler KB, Dahle AJ, Boppana SB, Pass RF. Newborn hearing screening: will children with hearing loss caused by congenital cytomegalovirus infection be missed? J Pediatr. 1999;135(1):60-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)70328-8. PMid:10393605.
http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3476(99)...
15 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: summary and recommendations. Ear Hear. 2000;21(5):529-35. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00014. PMid:11059708.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
-1616 Norton SJ, Gorga MP, Widen JE, Folsom RC, Sininger Y, Cone-Wesson B, et al. Identification of neonatal hearing impairment: a multicenter investigation. Ear Hear. 2000;21(5):348-56. http://dx.doi.org/10.1097/00003446-200010000-00003. PMid:11059697.
http://dx.doi.org/10.1097/00003446-20001...
,1818 Iwasaki S, Yamashita M, Maeda M, Misawa K, Mineta H. Audiological outcome of infants with congenital cytomegalovirus infection in a prospective study. Audiol Neurotol. 2007;12(1):31-6. http://dx.doi.org/10.1159/000096156. PMid:17033163.
http://dx.doi.org/10.1159/000096156...
19 Wilson MG, Riley P, Hurteau AM, Baird R, Puligandla PS. Hearing loss in congenital diaphragmatic hernia (CDH) survivors: is it as prevalent as we think? J Pediatr Surg. 2013;48(5):942-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.2013.02.007. PMid:23701764.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpedsurg.201...
20 Beswick R, Driscoll C, Kei J, Khan A, Glennon S. Which risk factors predict postnatal hearing loss in children? J Am Acad Audiol. 2013;24(3):205-13. http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6. PMid:23506665.
http://dx.doi.org/10.3766/jaaa.24.3.6...
-2121 Wood SA, Sutton GJ, Davis AC. Performance and characteristics of the Newborn Hearing Screening Programme in England: the first seven years. Int J Audiol. 2015;54(6):353-8. http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014.989548. PMid:25766652.
http://dx.doi.org/10.3109/14992027.2014....
,2424 Molini E, Calzolaro L, Lapenna R, Ricci G. Universal newborn hearing screening in Umbria region, Italy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2016;82:92-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016.01.007. PMid:26857323.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2016....
,2626 Dumanch KA, Holte L, O’Hollearn T, Walker E, Clark J, Oleson J. High risk factors associated with early childhood hearing loss: a 3-year review. Am J Audiol. 2017;26(2):129-42. http://dx.doi.org/10.1044/2017_AJA-16-0116. PMid:28475714.
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http://dx.doi.org/10.1080/14992027.2019....
-3030 McInerney M, Scheperle R, Zeitlin W, Bodkin K, Uhl B. Adherence to follow-up recommendations for babies at risk for pediatric hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2020;132:109900. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020.109900. PMid:32006864.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ijporl.2020....
) foram produzidos em países já desenvolvidos e a minoria restante(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
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http://dx.doi.org/10.5152/iao.2015.1736...
,2525 Sabbag JC, Lacerda ABM. Rastreamento e monitoramento da Triagem Auditiva Neonatal em Unidade de Estratégia de Saúde da Família: estudo-piloto. CoDAS. 2017;29(4):e20160102. http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20172016102. PMid:28813070.
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/2017...
), nos subdesenvolvidos. Assim, pode-se inferir que os países em desenvolvimento ainda estão recrutando seus esforços para outras ações referentes a audiologia infantil, como garantir a efetividade da TAN, demonstrando que o MA não está em suas prioridades. Além disso, nota-se que o tema abordado ainda não é de grande interesse, devido à escassez de publicações e debates sobre o MA no mundo todo.
Em uma análise mais aprofundada sobre o tema no território brasileiro é possível identificar que os serviços de TAN possuem uma cobertura desigual no decorrer do país(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
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). Além disso, é notável na literatura e na prática clínica(99 Barboza ACS, Resende LM, Ferreira DBC, Lapertosa CZ, Carvalho SAS. Correlação entre perda auditiva e indicadores de risco em um serviço de referência em triagem auditiva neonatal. Audiol Commun Res. 2013;18(4):285-92. http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013000400009.
http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312013...
), que devido a demanda e o atraso no comprimento dos protocolos já estabelecidos, os serviços de saúde auditiva no Brasil optam por recrutar seus esforços e monitorar apenas crianças do grupo com IRDA.
Ainda, para dificultar o estabelecimento de protocolos bem estruturados no país, documentos importantes da área possuem divergências entre si. Segundo as Diretrizes da TAN(3232 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2012 [citado em 2022 jun 8]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_triagem_auditiva_neonatal.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
) do governo brasileiro, o monitoramento audiológico deve ser realizado em todas as crianças até os 12 meses de idade. Enquanto o Comitê Multiprofissional de Saúde Auditiva prevê que os bebês com IRDA sejam reavaliados entre três e seis meses de vida, e anualmente até os três anos de idade, ou sempre que houver qualquer suspeita por parte dos pais(66 Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva COMUSA. Rev Bras Otorrinolaringol (Engl Ed). 2010;76(1):121-8.). Tais divergências entre normativas, além da já presente dificuldade em cumprir os prazos estabelecidos para as etapas da TAN podem dificultar o entendimento e a tomada de decisão por parte dos profissionais da gestão dos programas de TAN.
Alguns artigos não relataram ou não especificaram aspectos importantes para a presente revisão sistemática. Neles, especificações de todas as idades que ocorre o MA e detalhes sobre os procedimentos não foram discutidos, o que dificultou uma análise mais aprofundada sobre o assunto. Ademais, pode-se notar, pela falta de especificação desses, a pouca concordância sobre quais procedimentos utilizar no MA e as diferentes idades que esse deve ocorrer, que a hipótese utilizada no início desse estudo foi confirmada e que protocolos bem estabelecidos, além de discussões sobre o assunto ainda não possuem forte relevância nos estudos e publicações científicas.
O MA é de extrema importante para a saúde das crianças, por poder detectar perdas auditivas de caráter leve, progressivo e/ou tardio, além daqueles casos de falso negativo(55 The Joint Committee on Infant Hearing. Year 2019 position statement: principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. J Early Hear Detect Interv. 2019;4(2):1-44.).O estabelecimento de protocolos válidos é uma necessidade, visto que esses ainda não são bem consolidados na literatura tampouco discutidos. Para que crianças com esse tipo de perda auditiva sejam diagnosticadas e que a intervenção ocorra de maneira precoce, o MA é fundamental.
CONCLUSÃO
A maioria dos estudos incluídos na pesquisa utilizou o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico e/ou Audiometria Comportamental para a realização do MA. A população que priorizada para receber o monitoramento foi a que apresenta algum tipo de IRDA. Quanto a idade de realização do MA, a maior parte dos estudos destacou a realização até os três anos de idade. Além disso, concluiu-se que o maior número de estudos sobre o tema são realizados nos países desenvolvidos. Tais procedimentos, população e faixas-etárias mostram-se úteis para o monitoramento da função auditiva, visto que, são capazes de cumprir com o objetivo do MA, de detectar perdas auditivas leves, progressivas e/ou de caráter além dos casos de falsos negativos que não detectados na etapa de triagem.
Material Suplementar
Este artigo acompanha material suplementar
Tabela Avaliação do Risco de ViésEste material está disponível como parte da versão online do artigo na página: https://www.scielo.br/j/acr
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Trabalho realizado na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM – Santa Maria (RS), Brasil.
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Financiamento: Nada a declarar.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
26 Ago 2022 -
Data do Fascículo
2022
Histórico
-
Recebido
27 Fev 2022 -
Aceito
18 Jul 2022