Open-access As práticas de terapeutas ocupacionais na enfermaria pediátrica: uma revisão integrativa

Resumo

Introdução  A enfermaria pediátrica é um campo de atuação da terapia ocupacional, em que se verifica o auxílio ao paciente e seu acompanhante a elaborar estratégias de enfrentamento do adoecimento e da hospitalização.

Objetivo  Identificar, na literatura científica, as práticas dos terapeutas ocupacionais em enfermaria pediátrica na assistência à criança, ao adolescente e ao familiar acompanhante.

Método  Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, realizada nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE e PubMed; e busca manual nos periódicos brasileiros: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional e Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. Os artigos foram exportados para a ferramenta Rayyan® e selecionados por dois autores de forma independente. O tratamento dos dados foi feito por meio da Análise de Conteúdo, na modalidade temática, com uso do software ATLAS.ti®.

Resultados  Foram incluídos 23 artigos e a análise resultou em quatro categorias: “Intervenção”; “Recursos de intervenções”; “Panorama dos atendimentos da terapia ocupacional”; e “Humanização no cuidado ao acompanhamento familiar”.

Conclusão  O estudo apresenta uma perspectiva da terapia ocupacional na enfermaria pediátrica, baseado na literatura selecionada, oferecendo elementos que podem auxiliar os profissionais a guiar suas intervenções e a balizar novos estudos sobre o tema.

Palavras-chave:  Terapia Ocupacional; Hospitais; Criança Hospitalizada; Adolescente Hospitalizado; Família

Abstract

Introduction  The pediatric ward is a field of occupational therapy, which helps patients and their companions develop strategies to cope with illness and hospitalization.

Objective  To identify, in the scientific literature, the practices of occupational therapists in pediatric wards in assisting children, adolescents and accompanying family members.

Method  This is an Integrative Literature Review, carried out in the databases: Virtual Health Library, MEDLINE and PubMed; and manual search in Brazilian journals: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional and Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. The articles were exported to the Rayyan® tool and selected by two authors independently. Data processing was carried out through Content Analysis, in thematic mode, using the ATLAS.ti® software.

Results  23 articles were included and the analysis resulted in four categories: “Intervention”; “Intervention resources”; “Overview of occupational therapy services”; and “Humanization in family monitoring care”.

Conclusion  The study presents a perspective of occupational therapy in the pediatric ward, based on selected literature, offering elements that can help professionals guide their interventions and guide new studies on the topic.

Keywords:  Occupational Therapy; Hospitals; Child, Hospitalized; Adolescent, Hospitalized; Family

Introdução

O cotidiano hospitalar é composto majoritariamente por atividades relacionadas aos cuidados em saúde, sejam elas a higiene, a alimentação, a administração de medicamentos, a realização de exames, o brincar, o dormir e os atendimentos clínicos (Simonato et al., 2019). Podem compor o processo da internação experiências traumáticas: o afastamento do vínculo afetivo e social, a realização de procedimentos terapêuticos invasivos e dolorosos e a mudança nos modos de exploração do mundo (Angeli et al., 2012).

Na percepção da criança e do adolescente hospitalizado, a internação pode ser compreendida como uma experiência necessária em função do tratamento, contudo, tal processo é atravessado por sentimentos de ansiedade devido à medicação, à saudade dos locais e atividades significativas e à dor na realização da punção (Freitas & Agostini, 2019). Ainda, eles observam uma mudança na rotina da família para o seu acompanhamento no hospital (Freitas & Agostini, 2019; Lino et al., 2021).

Em paralelo, as acompanhantes apresentam dificuldade para se adaptar ao ambiente hospitalar, experienciando diversos sentimentos negativos, isolamento social, cansaço físico e mental, observação dos procedimentos dolorosos e as expectativas quanto ao futuro do filho (Almeida et al., 2016). Salienta-se que os cuidados realizados na criança durante o período de internação podem gerar sobrecarga e frustração, pois demandará uma nova organização, com possíveis consequências no autocuidado. Sendo assim, as mães passam a priorizar os filhos e negligenciam a si (Souza; 2021).

No contexto da enfermaria pediátrica, o foco do terapeuta ocupacional é proporcionar ao paciente qualidade de vida, buscando auxiliar no enfrentamento do adoecimento e da hospitalização. Nessa direção, por um lado, o profissional utiliza de atividades que são significativas para o sujeito, considerando os aspectos do desenvolvimento, a cultura, a história de vida, a autonomia e a sua potencialidade. Por outro lado, para a família/cuidadores, as ações do terapeuta ocupacional contemplam as orientações para prevenir, minimizar ou realizar a vigilância do desenvolvimento neuropsicomotor, por meio de técnicas para estimulação do desenvolvimento da criança e as orientações quanto aos aspectos técnicos relacionados ao processo de hospitalização, tratamento e os cuidados do filho (Kudo et al., 2018).

A literatura evidencia a infância como uma das áreas de maior publicação na terapia ocupacional em contextos hospitalares (Galheigo & Antunes, 2008; Ferreira et al., 2022). Diante disso, destaca-se o interesse de terapeutas ocupacionais no desenvolvimento de estudos direcionados para a infância na hospitalização, sendo importante evidenciar as contribuições da terapia ocupacional nesse campo e favorecer a inserção e consolidação do profissional nas enfermarias pediátricas, considerando as distintas realidades encontradas no território brasileiro.

Considerando-se o hospital enquanto local de produção de cuidados em saúde e que a terapia ocupacional está inserida enquanto núcleo profissional (Galheigo, 2008), é necessário identificar na literatura a produção de conhecimento acerca das práticas realizadas por esses profissionais na enfermaria pediátrica, junto ao paciente pediátrico e ao seu acompanhante. Assim, o objetivo do estudo é identificar na literatura científica as práticas dos terapeutas ocupacionais em enfermaria pediátrica na assistência à criança, ao adolescente e ao familiar acompanhante.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, que seguiu seis etapas: elaboração da questão de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos, categorização dos estudos incluídos, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento (Mendes et al., 2008).

A questão de pesquisa formulada para o estudo foi: “Quais e como são as práticas da terapia ocupacional na enfermaria pediátrica na assistência ao paciente hospitalizado e ao seu familiar acompanhante?”

As buscas ocorreram em fevereiro de 2023, nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE e PubMed. Nesse período, também foram realizadas buscas manuais nos periódicos brasileiros de terapia ocupacional: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional (REVISRATO) e Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo.

As buscas nas bases de dados foram realizadas utilizando-se descritores consultados no Medical Subject Headings (MeSH), com o operador booleano “AND”, por meio das seguintes combinações: 1) “Occupational TherapyAND Hospital ANDHospitalized Children”; 2) “Occupational TherapyAND Hospital ANDHospitalized Adolescents”; 3) “Occupational TherapyAND Hospital AND Family AND Child; 4) “Occupational TherapyAND Hospital AND Family AND Adolescents. As buscas manuais ocorreram com os descritores em português, selecionados no portal “Descritores em Ciências da Saúde” (DeCS), utilizados individualmente, foram eles: “terapia ocupacional”, “hospital”, “pediatria” e “família”.

Foram considerados como critérios de inclusão publicações que abordam a prática assistencial de terapeutas ocupacionais na enfermaria pediátrica com o paciente pediátrico hospitalizado e/ou sua família, nos idiomas português, espanhol e inglês; incluindo-se publicações originais, temas da atualidade, análise da prática, e relatos de experiências; disponíveis na íntegra, em periódicos que adotam a revisão por pares. Foram excluídos os demais tipos de publicações em virtude da viabilidade da construção do estudo (Mendes et al., 2008), dentre eles, livros, capítulos de livros, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, editoriais, cartas ou resenhas. O ano de publicação não foi adotado como critério de exclusão.

Os resultados nas bases de dados foram exportados para o Rayyan® (Ouzzani et al., 2016), que possibilitou a seleção dos artigos por dois pesquisadores (LRSS e RHVTJ), de forma independente, com base na leitura dos títulos e dos resumos. Os artigos que atenderam aos critérios de inclusão foram selecionados para leitura completa e análise do material. Os estudos selecionados pela busca manual seguiram o mesmo processo de leitura do título, resumo e texto na íntegra. O resultado final foi concordado por ambos pesquisadores.

Os artigos foram analisados no método da Análise de Conteúdo, na modalidade temática (Gomes, 2007). O processo de codificação indutiva foi realizado no software ATLAS.ti® pelo pesquisador principal, adotando-se a revisão por pares (LRSS e RHVTJ) no processo de consolidação dos códigos emergentes, para posterior categorização, como estratégia para garantir o rigor da análise (Moreira, 2018).

Resultados

Foram encontrados 1.946 artigos nas bases de dados. Destes, a PubMed tinha o maior número de publicações (n=1.061), seguido, respectivamente, pela MEDLINE (n=727) e pela BVS (n=158), conforme explicitado na Tabela 1.

Tabela 1
Número de publicações encontradas nas bases de dados PubMed, MEDLINE e BVS, conforme as estratégias de busca.

Do total de 1.946, na sequência, foram excluídos 594 artigos por duplicação. Após a leitura do título e do resumo de 1352 publicações, foram selecionadas 13 para a leitura completa por atenderem aos critérios de seleção. Na busca manual, foram selecionados 23 artigos.

Após a seleção das publicações nas bases de dados e na busca manual, pelo título e pelo resumo, dez foram excluídas pela leitura do texto completo por não abordarem as práticas dos terapeutas ocupacionais, uma não estava disponível para acesso completo, uma era revisão da literatura e uma não atendia o critério de idioma. A amostra final da revisão foi composta de 23 artigos (Tabela 2).

Tabela 2
Apresentação dos artigos que compõem a amostra.

A Tabela 1 evidencia que os estudos da amostra foram publicados entre os anos 1998 a 2023, com pico de maior publicação no ano de 2017 (n=4). Entre eles, há um maior número de publicações no periódico Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional (n=11), no idioma português brasileiro. Destaca-se que os estudos foram categorizados tematicamente, 19 abordam a intervenção, 14 os recursos de intervenção, 10 apresentam um panorama dos atendimentos e 10 a humanização no cuidado ao acompanhante familiar.

A seguir, serão apresentadas as categorias temáticas.

Intervenção

Na enfermaria pediátrica, os terapeutas ocupacionais realizam diversas ações em conjunto com os demais profissionais da saúde que assistem os pacientes e os seus acompanhantes por meio de atendimentos multiprofissionais, como realizações de atividades grupais, orientações e reuniões de equipe (Joaquim et al., 2017). Além disso, os terapeutas ocupacionais são acionados pela equipe por meio de pedidos de interconsulta (Galheigo & Angeli, 2008; Pacciulio et al., 2011; Joaquim et al., 2017).

O estudo desenvolvido por Fonseca et al. (2015) aponta que a avaliação da criança é realizada por meio da observação clínica e da entrevista com os pais, avaliando-se o desenvolvimento neuropsicomotor. A entrevista com a mãe foi mencionada por Jacob et al. (2018), sendo avaliado ainda o ambiente da casa do paciente, após a alta hospitalar.

Galheigo et al. (2017) indicam que as necessidades dos pacientes podem ser elencadas por meio da observação direta, da leitura dos prontuários e das reuniões da equipe. Nessa direção, são avaliados o perfil do paciente, considerando seus interesses, sua história e da família, a experiência com a doença/deficiência, os consequentes impactos nas ocupações, os tipos de apoios necessários ou disponíveis. Avalia-se ainda o brincar, o processo de adoecimento e internação, o diagnóstico e o prognóstico, a rede de suporte disponível, a compreensão do paciente sobre sua condição e a necessidade de encaminhamentos e orientações para a alta (Galheigo et al., 2017).

Souza & Joaquim (2023) apresentam a avaliação realizada com as mães acompanhantes. As possíveis demandas são identificadas mediante a escuta, sem a utilização de instrumentos de avaliação sistematizados, além das demandas elencadas na reunião da equipe e por meio da observação, durante o atendimento do paciente.

Destaca-se que nesse campo de atuação o foco não é a patologia do paciente, mas o que decorre da hospitalização (Freitas & Agostini, 2019). Os objetivos são prevenir o atraso e/ou promover o desenvolvimento neuropsicomotor (Giardinetto et al., 2009; Pacciulio et al., 2011; Fonseca et al., 2015; Vieira & Cazeiro, 2017; Freitas & Agostini, 2019; Maia et al., 2022); prescrever dispositivos de tecnologia assistiva (Jacob et al., 2018; Freitas & Agostini, 2019); auxiliar o paciente no empoderamento e aceitação do tratamento (Giardinetto et al., 2009; Joaquim et al., 2010; Freitas & Agostini, 2019; Maia et al., 2022), resgatar o cotidiano (Ribeiro et al., 2008), ressignificar o cotidiano no hospital (Maia et al., 2022), facilitar a participação social (Galheigo & Angeli 2008; Maia et al., 2022), a promoção da saúde, a independência (Maia et al., 2022), auxiliar na promoção da ambiência (Galheigo & Angeli, 2008) e promover o engajamento nas ocupações (Freitas & Agostini, 2019).

Com as mães acompanhantes os objetivos podem ser direcionados a elas, como: elaborar estratégias para o enfrentamento da hospitalização, intermediar a relação acompanhante-profissionais de saúde, promover a participação social no hospital, acolhimento, minimizar os impactos da hospitalização na relação familiar e planejamento de futuro. Os objetivos podem incluir a relação entre o binômio mãe-filho: orientar e instrumentalizar a cuidadora a facilitar o desenvolvimento neuropsicomotor, capacitar a mãe nos cuidados do paciente durante a hospitalização, empoderar na compreensão dos fatores da condição de saúde, dos marcos do desenvolvimento e do tratamento do filho (Souza & Joaquim, 2023). Auxiliar nos cuidados e orientar os pais também foi mencionado por Freitas & Agostini (2019).

Na oncologia pediátrica, os objetivos podem englobar a reabilitação motora, o treinamento das atividades de vida diária, das funções cognitivas e perceptuais, utilizar técnicas de conservação de energia e dispositivos ortóticos, promover o desenvolvimento neuropsicomotor, realizar o suporte educacional e a estimulação (tátil, visual, sonora), estimular o vínculo da díade, promover o brincar, acolher a família, facilitar atividades lúdicas e expressivas, proporcionar o lazer no hospital, promover o vínculo entre os pacientes, adaptar o ambiente, favorecer a autoestima e orientar a família (Lima & Almohalha, 2011).

Como referenciais teóricos para a prática, os profissionais se utilizam de modelos, métodos, abordagens e técnicas. Foram mencionados, entre os modelos, o Modelo da Ocupação Humana (Lima & Almohalha, 2011; Souza & Joaquim, 2023), o Modelo Lúdico (Lima & Almohalha, 2011) e o Modelo Canadense de Desempenho Ocupacional (Souza & Joaquim, 2023); o Método de Terapia Ocupacional Dinâmica (Joaquim et al., 2017; Souza & Joaquim, 2023); entre as abordagens, a Integração Sensorial de Ayres (Lima & Almohalha, 2011; Joaquim et al., 2017), a Prática Centrada no Cliente (Souza & Joaquim, 2023), a biomecânica e a compensatória (Lima & Almohalha, 2011). Tornam-se necessários para a intervenção nesse campo uma diversidade de conhecimentos, que incluem: desenvolvimento infantil, hospitalização infantil, cuidados paliativos, saúde materno-infantil, humanização do cuidado (Souza & Joaquim, 2023) e terapia ocupacional hospitalar (Joaquim et al., 2017). Contudo, há terapeutas ocupacionais que não utilizam um determinado referencial (Lima & Almohalha, 2011; Joaquim et al., 2017; Souza & Joaquim, 2023).

Em relação aos resultados das intervenções, o brincar demonstrou melhorar o humor dos pacientes, a motivação para a atividade e o avanço no comportamento lúdico e social. Houve ainda melhoras na expressão dos sentimentos (Rodrigues & Albuquerque, 2020); ganhos nos aspectos motores e cognitivos (Pacciulio et al., 2011; Panceri et al., 2017; Jacob et al., 2018); além de diferenças no brincar e na socialização (Fontes et al., 2010). O brincar na terapia ocupacional com crianças com câncer possibilitou a redução da dor, da fadiga e da ansiedade, proporcionando uma maior participação em atividades lúdicas (Mohammadi et al., 2017).

A pesquisa com profissionais da saúde desenvolvida por Giardinetto et al. (2009) demonstrou que eles observam que as atividades da terapia ocupacional promovem melhorias no humor das crianças, a compreensão e a adesão do tratamento, a redução do estresse e a perda do medo do hospital. A caixa de história foi utilizada com crianças, auxiliando no enfrentamento da hospitalização, na facilitação da realização de procedimentos relativos ao tratamento e na mudança positiva na perspectiva da internação hospitalar (Garcia et al., 2012). A intervenção com a caixa de histórias proporcionou melhoras no estado emocional das crianças (Garcia-Schinzari et al., 2014). Foram observadas redução da ansiedade, aumento na socialização com os demais pacientes e o resgate do cotidiano durante a hospitalização. Já para os pais, foram notadas melhorias no descanso e no entrosamento com a criança (Joaquim et al., 2010).

Acerca dos benefícios para as acompanhantes, os terapeutas ocupacionais observam que sua assistência auxilia na organização da rotina e dos cuidados e adaptação durante o período de hospitalização dos filhos (Souza & Joaquim, 2023). Além disso, contribuem na melhoria da relação com os profissionais do setor (Giardinetto et al., 2009; Souza & Joaquim, 2023), no fortalecimento do vínculo entre a díade mãe-filho, participação no tratamento da criança e na elaboração do luto (Souza & Joaquim, 2023) e melhor compreensão do tratamento do filho (Giardinetto et al., 2009; Fonseca et al., 2015).

Recursos de intervenção

Os estudos sobre as práticas dos terapeutas ocupacionais caracterizam ou recomendam recursos para as intervenções com os pacientes ou com suas acompanhantes. Para os pacientes, mencionam: quebra-cabeça, dominó, jogo da velha no tabuleiro, jogo da memória, instrumentos de plástico, entre outros (Vieira & Cazeiro, 2017); livros de histórias, jogos de raciocínio, alinhavo, bola de gude, massa de modelar (Rodrigues & Albuquerque, 2020); materiais gráficos (recorte, pintura e colagem), fantoches e jogos (Giardinetto et al., 2009); tintas, carimbos, materiais de papéis, lápis de cor, quebra-cabeça, revistas, rolo de papel higiênico, massa de modelar, fantoche (Joaquim et al., 2010); chocalhos (Pacciulio et al., 2011); quebra-cabeça, jogo da memória, livros, brinquedos de plástico (Maia et al., 2022); boneca e materiais hospitalares para dramatização dos procedimentos do tratamento hospitalar (Fontes et al., 2010); materiais (gráficos e artesanais), jogos, brinquedos e recursos (midiáticos e eletrônicos) (Joaquim et al., 2017). Para as acompanhantes, são utilizados materiais gráficos, de artesanato ou de leitura, produtos de higiene, cartilha de orientações sobre o desenvolvimento infantil, jogos e equipamentos eletrônicos. Acerca dos recursos para as acompanhantes, os autores enfatizam que os materiais utilizados nesses atendimentos são, em sua maioria, adquiridos para os atendimentos pediátricos (Souza & Joaquim, 2023).

Além disso, os profissionais elaboram recursos para utilização nas práticas na enfermaria pediátrica. Entre eles, uma mesa projetada, confeccionada pela marcenaria da instituição, com inclinação em diferentes níveis, para auxiliar a realização de atividades no leito (Ribeiro et al., 2008). Para os cuidadores acompanhantes, elaborou-se guias ilustrados de orientação para a realização de intervenção precoce durante a internação (Oliveira et al., 2022).

O estudo conduzido por Silva et al. (2020) evidencia que os profissionais precisaram modificar suas intervenções durante a pandemia de COVID-19, passando a utilizar exclusivamente materiais descartáveis, objetivando evitar a contaminação dos pacientes. Foi recomendada a confecção de recursos lúdicos, como material educativo com orientações para os acompanhantes realizarem com as crianças sobre a higienização das mãos. Maia et al. (2022) ilustraram alguns recursos lúdicos desenvolvidos para os pacientes. Silva et al. (2020) recomendaram elaborar para as acompanhantes materiais que pudessem promover a saúde mental, como mandalas para colorir. Outro material tinha como proposta orientar sobre os cuidados de rotina na alta hospitalar para o isolamento domiciliar.

Os recursos de tecnologia assistiva no contexto hospitalar são utilizados para promover a funcionalidade e a realização de atividades expressivas com recursos de E.V.A. (Ribeiro et al., 2008; Jacob et al., 2018), e para facilitar a comunicação do paciente com as pranchas de comunicação. Outro recurso para promover a funcionalidade é a faixa elástica para auxiliar no uso do mouse convencional, além do acionador artesanal no encosto da cadeira de rodas para atividades lúdicas. Ademais, para facilitar as atividades de vida diária, foram utilizados o talher engrossado e a prescrição da cadeira de rodas para uso domiciliar após a alta. A visita domiciliar facilitou o ajuste da cadeira higiênica de adulto e adaptação de colher com engrossador (Jacob et al., 2018).

Em análise de materiais para jogos e brincadeiras no contexto hospitalar, Vieira & Cazeiro (2017) realizaram uma série de recomendações para a higienização dos recursos: que os materiais sejam plastificados; caso sejam elaborados com papelão ou objetos com orifícios ou de difícil higienização, estes devem ser entregues para uso exclusivo do paciente ou descartados. Dentre as recomendações, havia a lavagem dos objetos de plásticos ou acrílico, com uso de água e sabão, após sua secagem, friccionar algodão com álcool a 70% por três vezes. Recursos como canetas, materiais plastificados e pranchetas devem ser higienizados da mesma forma.

Durante a pandemia de COVID-19, muitos materiais para a realização das intervenções não podiam ser utilizados para evitar o risco de contaminação dos pacientes, limitando as possibilidades dos recursos. Uma das medidas de biossegurança adotadas foi o uso de desenhos impressos, armazenados por mais de 72 horas em sacos plásticos, para evitar a contaminação pelo vírus. Ressalta-se que a idade e a preferência da criança eram consideradas na entrega do material. Além disso, o material deveria ser manuseado com as mãos limpas, acompanhava uma caixa com lápis de cor, que era descartada na alta do paciente (Maia et al., 2022).

Panorama dos atendimentos

Em relação aos locais de atendimentos, a maioria dos estudos mencionam as intervenções no leito do paciente (Joaquim et al., 2010; Pacciulio et al., 2011; Panceri et al., 2017; Maia et al., 2022). Outros locais são: espaços da enfermaria, áreas comuns e corredores da enfermaria (Rodrigues & Albuquerque, 2020); sala de recreação (Panceri et al., 2017); espaços internos e refeitórios (Pacciulio et al., 2011); sala de palestras (Maia et al., 2022); área de convivência (Galheigo & Angeli, 2008; Maia et al., 2022) e brinquedoteca (Galheigo & Angeli, 2008; Joaquim et al., 2017). Para além da enfermaria pediátrica, há o ambiente domiciliar do paciente, evidenciando o acompanhamento domiciliar como continuidade do cuidado (Jacob et al., 2018). Os espaços da enfermaria também são utilizados para os atendimentos das mães acompanhantes, podendo ser realizado na brinquedoteca, classe hospitalar, sala dos acompanhantes ou área externa do hospital (Souza & Joaquim, 2023).

Estudos afirmam que a assistência aos pacientes pediátricos é feita diariamente (Panceri et al., 2017; Joaquim et al., 2017; Rodrigues & Albuquerque, 2020), bem como para as acompanhantes (Joaquim et al., 2017; Souza & Joaquim, 2023). Contudo, há atendimentos semanais (Giardinetto et al., 2009; Joaquim et al., 2010; Pacciulio et al., 2011), que podem ser realizados individualmente ou em grupo (Rossit & Kovács, 1998; Galheigo & Angeli, 2008; Joaquim et al., 2010; Joaquim et al., 2017).

Humanização no cuidado ao acompanhamento familiar

Os pais/familiares são alvos das intervenções na oncopediatria, sendo mencionadas principalmente as mães (Joaquim et al., 2017). Elas participam de atividades grupais, para promover: melhora da autoestima, minimização dos impactos da internação, compartilhamento das experiências, redução das angústias e melhoria da relação entre a díade mãe-filho. Entre as atividades, foram mencionadas: expressivas, autocuidado, artísticas e culturais (Giardinetto et al., 2009). O compartilhamento das experiências e a expressão dos sentimentos decorrentes da hospitalização foi algo trabalhado em grupo com os acompanhantes, majoritariamente, as mães. Ainda, em um atendimento individual, foi relatado que a aprimoranda de saúde mental ofertava atividade para uma mãe a fim de resgatar seu cotidiano (Ribeiro et al., 2008). Na perspectiva da atenção aos cuidados do bebê, no projeto Ninar – parte do projeto de extensão ACCALANTO –, foram desenvolvidas atividades para o fortalecimento do vínculo e do desenvolvimento da criança, a gestão da vida e o acesso à rede de suporte; foram realizadas oficinas para trocas de informações, uso de cantigas de ninar e brincadeiras, confecção de objetos e brinquedos (Galheigo & Angeli, 2008).

Outra atividade com as acompanhantes são as demonstrações de técnicas de manuseio para auxiliar na instrumentação do cuidado (Souza & Joaquim, 2023). Além disso, são realizadas orientações para a realização de estimulação sensorial e motora da criança (Pacciulio et al., 2011). Orientações para os pais foram realizadas para a formação da rede de apoio familiar (Fonseca et al., 2015), mas, diante da alta hospitalar da criança e da COVID-19, as intervenções visam à vigilância do desenvolvimento e à educação em saúde (Maia et al., 2022).

Durante a pandemia, os terapeutas ocupacionais participaram das estratégias de humanização no hospital. Entre as ações, foi mencionado o acolhimento familiar por intermédio de teleatendimento/ telemonitoramento, ofertados nos casos de confirmação ou suspeita de diagnóstico de COVID-19 dos pacientes internados (Silva et al., 2020). O acolhimento familiar já foi referido previamente a esse período (Lima & Almohalha, 2011).

Discussão

Os estudos da amostra se assemelham aos resultados encontrados pela revisão de Santos & De Carlo (2013) sobre a terapia ocupacional no campo hospitalar, apontando um maior número de publicações no idioma português e em periódicos da profissão. Outra revisão sobre a temática evidencia um crescimento significativo de produções na área, sendo correlacionadas ao aumento de cursos de graduação em universidade públicas, aos programas de pós-graduação em terapia ocupacional e áreas afins, e aos programas de residência multiprofissional em saúde (Ferreira et al., 2022).

Em relação à avaliação, os sujeitos envolvidos – paciente e acompanhante – e os aspectos investigados, como o desenvolvimento neuropsicomotor, a rede de suporte, os interesses do paciente, o histórico do adoecimento, o desempenho ocupacional, os dados do prontuário e das reuniões da equipe, corroboram as recomendações realizadas por Kudo et al. (2018) sobre a atuação da terapia ocupacional na enfermaria pediátrica.

Complementam o processo avaliativo os testes padronizados, que podem auxiliar a verificar a elegibilidade do paciente para a intervenção, monitorar o progresso e a definir o método apropriado (Mancini et al., 2020). Estudo de Mazak et al. (2021) sobre instrumentos sistematizados criados por terapeutas ocupacionais para o atendimento infantojuvenil no Brasil revelou que existem 15 instrumentos disponíveis, em sua maioria para a infância. Visto que apenas um foi desenvolvido no território brasileiro, as autoras recomendam que sejam desenvolvidos instrumentos que considerem a realidade social da América Latina e do Brasil (Mazak et al., 2021). Portanto, é importante que sejam desenvolvidos testes padronizados, de rápida aplicação, para o contexto hospitalar, auxiliando os terapeutas ocupacionais a avaliar seus clientes durante o processo de intervenção e que respondam à especificidade do campo.

A respeito dos objetivos com o paciente pediátrico, destaca-se que devem ser pontuais, priorizando as metas de curto e médio prazos, devido à instabilidade clínica do paciente e à dinâmica do hospital. Uma das formas de serem atingidos é por meio da ressignificação do cotidiano (Kudo et al., 2018).

Os objetivos traçados para os atendimentos das mães acompanhantes são similares aos que foram apresentados em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal (Joaquim et al., 2014; Silva et al., 2015; Joaquim et al., 2016). Mendonça (2018) aponta repercussões nas mães decorrentes da participação de acompanhar o filho durante a internação hospitalar, mencionando o cansaço e a tristeza. Desse modo, observa-se a importância dos terapeutas ocupacionais na assistência às acompanhantes, auxiliando nas demandas inerentes à hospitalização infantil, principalmente no que concerne ao processo de adaptação da rotina hospitalar, na instrumentalização dos cuidados e na promoção do desenvolvimento.

O estudo de Goldstein (2013) aborda que o terapeuta ocupacional deve capacitar os pais de bebês prematuros, identificando os aspectos importantes para eles e como podem ter um papel ativo no cuidado. Nessa perspectiva, reafirma-se o papel do terapeuta em atuar com o cuidador e ter como objetivos a relação entre ele e a criança hospitalizada, apontando que a incorporação do cuidado centrado na família possibilita orientá-las e encorajá-las a aprender e a realizar um cuidado apropriado à criança, ressaltando que desenvolver uma prática voltada ao cuidador leva a família a se sentir incluída e empoderada no tratamento (Dirks & Hadders-Algra, 2011; Levin et al., 2015).

Em relação à atuação na oncologia pediátrica, faz-se necessário considerar que esse processo de adoecimento pode demandar os fundamentos dos cuidados paliativos. Nessa direção, a intervenção deve ser pautada na produção de projetos de vida e na preparação para a morte. Além disso, diante da morte do paciente, o profissional deve compor a equipe que acompanhará o processo de enlutamento da família, frente às consequências do luto nas ocupações (Bombarda et al., 2022).

Acerca dos modelos da terapia ocupacional, apesar dos estudos citarem a utilização do Modelo da Ocupação Humana e do Modelo Canadense de Desempenho Ocupacional, além da utilização de outros Modelos e referenciais, Cruz (2018) supõe que o uso de modelos existentes na profissão não é uma realidade no Brasil, apontamento este que converge com os dados que indicam que há profissionais que não utilizam um determinado referencial na prática.

Estudo de Alves et al. (2016) reafirma o brincar como via de expressão, ocupação que a criança vai verbalizar suas dores, traumas e medos, e que possibilitará se sentir acolhida e confiante com o tratamento. Em consonância com os achados relacionados ao avanço no comportamento social e cognitivo por meio do brincar, os autores apontam que a prática do brincar traz benefícios para o desenvolvimento social e psicológico do paciente, acrescentando ser importante para o seu desenvolvimento clínico e uma forma de ajudá-la a compreender melhor sua real situação durante a internação. Nessa direção, Barcelos et al. (2012) indicam o brincar como possibilidade de recurso terapêutico, a fim de favorecer o aprendizado por meio da interação entre o profissional e a criança na enfermaria pediátrica, durante as tarefas propostas em uma intervenção.

Em complemento aos recursos utilizados para as acompanhantes, Silva et al. (2018) exemplificam o salão de beleza dentro do espaço hospitalar para mães de bebês internados na UTIN como um potente recurso, que as possibilita realizar ocupações do seu cotidiano, viabilizando a manutenção do autocuidado e a socialização. Nessa direção, observa-se a necessidade de destinar intervenções voltadas para as cuidadoras, a fim de favorecer oportunidades de autocuidado, de trocas com outras acompanhantes e com profissionais a respeito da internação, bem como de outros conteúdos que ultrapassem a dimensão hospitalar e que possibilitem minimizar as angústias presentes neste contexto.

Observa-se, como apontado nessa revisão, que, durante a pandemia da COVID-19, os serviços de terapia ocupacional passaram por modificações, incluindo-se nessas mudanças os recursos que eram utilizados nas intervenções. Os relatos apresentados por Joaquim et al. (2023) evidenciam que os profissionais se sentiram limitados no cenário pandêmico, precisando intensificar a higienização dos materiais, seguir as orientações recebidas e selecionar os materiais disponíveis. Observa-se o cuidado tomado para evitar a contaminação dos pacientes, por meio dos recursos utilizados nas intervenções, e, consequentemente, a proliferação de uma doença que provocou uma taxa de mortalidade significativa no Brasil e no mundo.

A tecnologia assistiva foi conceituada no Brasil pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) como “área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, [...] autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social” (Brasil, 2007a, b). No contexto hospitalar, seu uso tem objetivado a promoção da saúde e da qualidade de vida ocupacional do paciente hospitalizado (Pelosi & Gomes, 2018).

Segundo Vieira et al. (2023), as crianças hospitalizadas apresentam alterações em diversas áreas de ocupação, foram elas: brincar, atividades de vida diária, atividades instrumentais de vida diária, lazer e educação. Entre as demandas levantadas pelos cuidadores por tecnologia assistiva, verifica-se: órteses de posicionamento da mão, cadeira de rodas, dispositivos de comunicação aumentativa e alternativa, e adequação de cadeira de rodas; semelhantes aos utilizados nas práticas dos terapeutas ocupacionais, obtidas no resultado do estudo de revisão. As autoras ressaltam que, embora o ambiente hospitalar pediátrico atenda rotineiramente crianças cronicamente adoecidas e com deficiências, a lógica biomédica se torna uma barreira na avaliação da funcionalidade, inviabilizando as necessidades na área da tecnologia assistiva (Vieira et al., 2023), e, consequentemente, pode limitar a intervenção.

Os resultados da revisão apontam que os terapeutas ocupacionais utilizam uma variedade de espaços da enfermaria pediátrica e da instituição hospitalar para realizar a intervenção com o paciente e/ou seu familiar acompanhante. Tais locais se assemelham aos que foram encontrados por Leôncio et al. (2022).

A brinquedoteca é um ambiente obrigatório nas unidades de internação pediátrica, caracterizado como “espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar” (Brasil, 2005). O ambiente da brinquedoteca propicia para a criança uma imersão no universo lúdico, além de auxiliar na distração de aspectos relacionados à hospitalização, como a sua condição clínica e o contexto hospitalar (Carvalho et al., 2020). Contudo, embora a brinquedoteca seja garantida por leis brasileiras e um importante espaço para o favorecimento do brincar e de intervenções no ambiente hospitalar, observa-se, mediante as ações dos terapeutas ocupacionais, que outros espaços na instituição apresentam potencial para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas.

Os atendimentos na modalidade grupal, em contextos hospitalares, são descritos em outros estudos, direcionados principalmente para o(a)s acompanhantes (Dittz et al., 2006; Dahdah et al., 2013; Silva et al., 2015). Nesse contexto, o grupo pode auxiliar nas trocas de experiência, orientar sobre a condição clínica do paciente, auxiliar na organização da rotina extra hospitalar, ampliar a rede de apoio e proporcionar um espaço de autocuidado no ambiente hospitalar (Silva et al., 2015).

De acordo com Aniceto & Bombarda (2020), proporcionar uma assistência para os acompanhantes no contexto hospitalar fomenta a importância do cuidado integral e reconhece que esses sujeitos possuem demandas que necessitam da atenção de uma equipe de saúde. Assim, ao se considerar as singularidades dos sujeitos, que perpassa a clínica ampliada, o profissional está alinhado com as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH) (Aniceto & Bombarda, 2020; Brasil, 2013).

O acolhimento igualmente está pautado nas diretrizes da PNH, sendo efetivado com a escuta qualificada das necessidades dos sujeitos (Brasil, 2013). O atendimento remoto, seja ao paciente ou aos familiares, por telefonema ou videochamada, corrobora as diretrizes nacionais e internacionais propostas para a assistência em terapia ocupacional no período pandêmico da COVID-19 (Cabrejo et al., 2020; De-Carlo et al., 2020). Nessa direção, os terapeutas ocupacionais incluíram os familiares de pacientes infectados nas intervenções.

Considerações Finais

Os resultados da revisão apresentam como ocorrem e quais são as práticas do terapeuta ocupacional na enfermaria pediátrica, evidenciando os locais e as modalidades que ocorrem os atendimentos; os aspectos que são considerados na avaliação do paciente e da sua acompanhante; os objetivos das intervenções; os fundamentos teóricos que embasam as práticas na enfermaria pediátrica; e os recursos utilizados. Evidenciam ainda um breve panorama das práticas na pandemia da COVID-19, demonstrando as modificações nos recursos assistenciais e os serviços que foram ofertados no contexto brasileiro.

Em relação às limitações do estudo, aponta-se o reduzido número de publicações em outros idiomas que atenderam aos critérios da seleção do presente estudo. Com base nos critérios adotados, os resultados encontrados apontavam estudos estrangeiros no contexto hospitalar com práticas ambulatoriais e, portanto, não foram adicionadas na amostra. Diante disso, pode-se supor que as práticas dos terapeutas ocupacionais nas enfermarias pediátricas apresentam um panorama de intervenções que respondem às necessidades da população brasileira.

Dessarte, os resultados encontrados podem demonstrar a relevância da terapia ocupacional na enfermaria pediátrica, balizar novos estudos sobre as práticas, bem como auxiliar os profissionais na assistência, proporcionando um cuidado coerente com as diretrizes da profissão.

  • Como citar: Souza, L. R. S., Rodrigues, L. C., Silva, V. N., & Joaquim, R. H. V. T. (2024). As práticas de terapeutas ocupacionais na enfermaria pediátrica: uma revisão integrativa. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 32, e3718. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAR286037181
  • Fonte de Financiamento
    A pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – Código 001.

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Editado por

  • Editora de seção
    Profa. Dra. Mariana Midori Sime

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Out 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    19 Dez 2023
  • Revisado
    17 Jun 2024
  • Revisado
    15 Jul 2024
  • Aceito
    24 Jul 2024
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