RESUMO
Objetivo:
avaliar a acessibilidade da Pessoa com Deficiência física à estrutura física das Unidades Básicas de Saúde.
Método:
pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem quantitativa, realizada em 80 unidades básicas de Campina Grande-Paraíba, Brasil, em 2019. Utilizou-se instrumento de coleta adaptado, conforme Norma Técnica Brasileira 9050:2015. Efetuaram-se os testes Qui-quadrado e Fisher para verificar associações.
Resultados:
verificou-se que condições de via pública (68%), acesso à entrada da unidade (74%) e uso do Símbolo Internacional de Acesso (88%) foram prevalentemente negativas. Foram encontradas associações entre a zona de localização das unidades e as dimensões das mesas (p=0,004), entre o tipo de edifício e acesso à área (p=0,023; 0,015; 0,026), condições de circulação vertical no interior do prédio e uso do símbolo (p=0,012; 0,035; 0,005; 0,005; <0,001) e os mobiliários e instalação sanitária (p=<0,001; 0,001; <0,001; <0,001; 0,002; 0,014; 0,005).
Conclusão:
as unidades básicas municipais não apresentam acessibilidade para as Pessoas com Deficiência.
DESCRITORES
Pessoas com Deficiência; Atenção Primária; Acesso aos Serviços de Saúde; Acessibilidade Arquitetônica; Centros de Saúde
ABSTRACT
Objective:
to evaluate the accessibility of the physically disabled to the physical structure of Basic Health Units.
Method:
descriptive, exploratory research, with a quantitative approach, conducted in 80 basic units of Campina Grande-Paraíba, Brazil, in 2019. An adapted collection instrument was used, according to Brazilian Technical Standard 9050:2015. Chi-square and Fisher tests were used to verify associations.
Results:
conditions of public road (68%), access to the unit entrance (74%) and use of the International Symbol of Access (88%) were found to be prevalently negative. Associations were found between unit location area and table dimensions (p=0.004), between building type and access to the area (p=0.023; 0.015; 0.026), vertical circulation conditions inside the building and symbol use (p=0.012; 0.035; 0.005; 0.005; <0.001), and the furniture and sanitary facility (p=<0.001; 0.001; <0.001; <0.001; 0.002; 0.014; 0.005).
Conclusion:
The municipal basic units do not have accessibility for People with Disabilities.
DESCRIPTORS
Disabled Persons; Primary Care; Health Services Accessibility; Architectural Accessibility; Health Centers
RESUMEN
Objetivo:
evaluar la accesibilidad de los discapacitados físicos a la estructura física de las Unidades Básicas de Salud.
Método:
investigación descriptiva, exploratoria, con enfoque cuantitativo, realizada en 80 unidades básicas de Campina Grande-Paraíba, Brasil, en 2019. Se utilizó un instrumento de recolección adaptado, según la Norma Técnica Brasileña 9050:2015. Se utilizaron las pruebas de Chi-cuadrado y Fisher para verificar las asociaciones.
Resultados:
las condiciones de la vía pública (68%), el acceso a la entrada de la unidad (74%) y el uso del Símbolo Internacional de Acceso (88%) resultaron ser predominantemente negativos. Se encontraron asociaciones entre el área de ubicación de la unidad y las dimensiones de la mesa (p=0,004), entre el tipo de edificio y el acceso al área (p=0,023; 0,015; 0,026), las condiciones de circulación vertical en el interior del edificio y el uso de símbolos (p=0,012; 0,035; 0,005; 0,005; <0,001) y el mobiliario y las instalaciones sanitarias (p=<0,001; 0,001; <0,001; 0,002; 0,014; 0,005).
Conclusión:
las unidades básicas municipales no presentan accesibilidad para las PCD.
DESCRIPTORES
Personas con Discapacidad; Atención Primaria; Accesibilidad a los Servicios de Salud; Accesibilidad Arquitectónica; Centros de Salud
INTRODUÇÃO
No mundo, há cerca de 45 milhões de pessoas que possuem ao menos um tipo de deficiência. No Brasil, correspondem a 23,9% da população(11 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Campina Grande – Paraíba. Rio de Janeiro: IBGE, 2018 [acesso em 20 ago 2019]. Disponível em: http://cod.ibge.gov.br/2VOJ0.
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). Os direitos desse segmento social foram estabelecidos a partir da Constituição Federal de 1988, que designou a proteção e integração social da pessoa com deficiência (PcD) como responsabilidade das três esferas do governo. Em seguida, foi fortalecida pela Lei Nº 7.853/1989, que dispõe sobre o apoio às PcD, trazendo normas para assegurar a efetiva integração social, a partir do pleno exercício dos direitos individuais e sociais da PcD, nas mais diversas áreas, como educação, saúde, trabalho e cidadania, criminalizando qualquer preconceito ou discriminação(22 Braga MMS, Schumacher AA. Direito e inclusão da pessoa com deficiência: uma análise orientada pela Teoria do Reconhecimento Social de Axel Honneth. Soc. estado. [Internet] 2013 [acesso em 10 set 2019]; 28(2):375-392. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-69922013000200010.
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3 Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; 1988.-44 Brasil. Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, e sobre a Coordenadoria Nacional para Interação da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE). Diário da União; 1989.).
A deficiência potencializa limitações, a depender de cada tipo, que interferem na execução de práticas diárias consideradas comuns. No que diz respeito à PcD física, existem problemas que interferem na sua locomoção caso não haja uma adequação dos espaços públicos e privados. Tais limitações podem ser aumentadas quando somadas com as barreiras arquitetônicas, fazendo-se necessária a efetivação dos espaços, edificações, mobiliários e equipamentos considerados acessíveis, de modo a diminuir dificuldades de mobilidade ao espaço físico, permitindo a acessibilidade às PcD física e sua inclusão social de maneira equânime e integral(55 Cruz DM, Nascimento LRS do, Silva DMGV da, Schoeller SD. Redes de apoio à pessoa com deficiência física. Cienc. enferm. [online]. 2015 [acesso em 13 set 2019]; 21(1): 23-33. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532015000100003.
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).
A acessibilidade é definida como a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento do indivíduo, para a utilização com segurança e autonomia das edificações, espaços, mobiliários, equipamentos urbanos e elementos, conforme a NBR 9050, elaborada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)(66 Brasil. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 9050: acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências e edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano. Rio de Janeiro: ABNT; 2004.). A acessibilidade possibilita o desenvolvimento de um país inclusivo e igualitário, pois está relacionada com o acesso universal das pessoas aos bens e serviços, considerando suas particularidades(77 Brasil. Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência). Diário da União 2015; 7 jul.-88 Silva AOS, Reichrt B, Badalotti CM. Acessibilidade nos centros de saúde da família no município de Chapecó-SC: análise das barreiras arquitetônicas. Rev. Infinity. 2018 [acesso em 10 ago 2019]; 3(1).).
Parte das legislações e políticas relacionadas a esse grupo abordam a acessibilidade, como requisito para a garantia dos direitos fundamentais da PcD, estando presente no direito à vida, habilitação e reabilitação, saúde, educação, moradia, trabalho, dentre outros. Também é abordada na NBR 9050:2015, que regulamenta critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto às edificações, trazendo a adaptação do meio urbano e rural, garantindo as devidas condições de acessibilidade com segurança e autonomia(77 Brasil. Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência). Diário da União 2015; 7 jul.).
A acessibilidade é um termo fundamental para a inclusão e qualidade de vida da PcD, pois o ambiente traz impacto direto sobre a sua vivência. Ambientes inacessíveis criam barreiras ainda maiores, afetando a autonomia da PcD e impedindo sua mobilidade e direito de ir e vir, presente no art. 5° da Constituição Federal da República(33 Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; 1988.,99 Martins KP, Costa TF da, Medeiros TM de, Fernandes M das GM, França ISX de, Costa KN de FM. Internal structure of family for people with disabilities. Ciênc. Saúde Colet. [Internet]. 2016 [acesso em 25 set 2019];21(10). Disponível em: http://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016.
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).
Apesar de o Brasil possuir políticas voltadas para a PcD, não há uma implementação de maneira adequada e elas não são respeitadas e cumpridas integralmente pelas instituições públicas, incluindo os órgãos de saúde(99 Martins KP, Costa TF da, Medeiros TM de, Fernandes M das GM, França ISX de, Costa KN de FM. Internal structure of family for people with disabilities. Ciênc. Saúde Colet. [Internet]. 2016 [acesso em 25 set 2019];21(10). Disponível em: http://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016.
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). Uma pesquisa descreve como a causa a falta de fiscalização e do planejamento de ações que possam ser realizadas nesse contexto, com intuito de certificar o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de maneira adequada e acessível(99 Martins KP, Costa TF da, Medeiros TM de, Fernandes M das GM, França ISX de, Costa KN de FM. Internal structure of family for people with disabilities. Ciênc. Saúde Colet. [Internet]. 2016 [acesso em 25 set 2019];21(10). Disponível em: http://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016.
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).
Diante dos direitos das PcD e dos problemas de acessibilidade apresentados pelas estruturas das UBS, este estudo faz-se relevante, pois busca avaliar se as unidades de saúde dispõem de condições ambientais adequadas, fornecendo um espaço acessível às PcD física, sem qualquer discriminação em razão da restrição ou exclusão delas a partir das barreiras arquitetônicas. Nessa perspectiva, objetivou-se avaliar a acessibilidade da Pessoa com Deficiência física à estrutura física das Unidades Básicas de Saúde em um município de médio porte do Nordeste brasileiro.
MÉTODO
Pesquisa descritiva, exploratória e analítica, com abordagem quantitativa, realizada nos 80 edifícios que constituem as 84 UBS (65 de zona urbana e 19 de zona rural) do município de Campina Grande-PB, caracterizado como interior do estado da Paraíba, possuindo um total de 385.276 habitantes, distribuídos em 641 km2 e três distritos: Galante, São José da Mata e Catolé de Boa Vista, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)(1010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Campina Grande – Paraíba. Rio de Janeiro: IBGE, 2018 [acesso em 5 set 2019]. Disponível em: http://cod.ibge.gov.br/2VOJ0.
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). É o lugar do terceiro Núcleo Regional de Saúde (NRS), incorporando 70 municípios numa macrorregião de saúde(1111 Leite RFB, Veloso TMG. Limites e avanços do programa saúde da família de Campina Grande: um estudo a partir de representações sociais. Saúde Soc [Internet]. 2009 [acesso em 16 ago 2019];1(18). Disponível: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902009000100006.
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). Os critérios de elegibilidade para a escolha da UBS foram: estar em pleno funcionamento e não se encontrar em período de reformas significativas que envolvessem a estrutura física (pintura e pequenos reparos não foram considerados).
A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2019, pela pesquisadora junto com três colaboradores, os quais foram devidamente treinados para a pesquisa de campo e utilização do instrumento de coleta de dados.
O instrumento de coleta consiste num formulário em formato de checklist adaptado(1212 Martins KP. Acessibilidade de pessoas com deficiência física e sensorial em unidades de saúde da família. Dissertação [Programa de Pós-Graduação em Enfermagem] - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa; 2015 [acesso em 25 set 2019].) e atualizado de acordo com a NBR 9050:2015, abordando os itens necessários para uma estrutura física acessível, permitindo a avaliação estrutural da área externa e interna das edificações em que as UBS estão inseridas, de maneira concisa e objetiva. As adaptações em relação ao formulário original baseiam-se na supressão dos itens relacionados à deficiência sensorial, permanecendo apenas os itens sobre a deficiência física.
O formulário encontra-se dividido em duas partes. A primeira aborda a circulação pela área externa e interna, envolvendo as vias públicas de acesso das PcD ao local em que a UBS está instalada, o acesso à entrada e ao interior da UBS e a circulação interna, contendo os itens necessários para que as vias, a edificação e os espaços sejam considerados acessíveis. A segunda envolve os itens relacionados à acessibilidade de equipamentos, mobiliários e instalações sanitárias.
Os dados foram coletados a partir da técnica de observação sistemática, e para isto, utilizou-se fita métrica inelástica para medição, graduada em centímetros. Para o registro das imagens, utilizaram-se as câmeras fotográficas de smartphones, seguindo o padrão da NBR 9050:2015.
Os dados obtidos nos formulários foram armazenados e analisados com a utilização do programa SPSS versão 20.0. Para a análise descritiva, foram calculadas as frequências absolutas e relativas das variáveis e para análise inferencial foi realizado o teste de Qui-quadrado de Person (X2) e o teste exato de Fisher quando os pré-requisitos do primeiro não forem atendidos. Considerou-se p-valor<0,05 como significativo. As variáveis de características gerais foram consideradas de forma dependente e Zona de localização das UBS/Tipo de UBS como independentes.
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa e a coleta de dados iniciada após o parecer de aprovação (CAAE 08501019.8.0000.5187), número 3.187.495.
RESULTADOS
Na Tabela 1 são descritas as principais características de acesso e circulação da área externa e interna dos edifícios das UBS. Verificou-se que condições de via pública em 54,4 (68%), do acesso a entrada da UBS em 59,2 (74%) e o uso do Símbolo Internacional de Acesso em 70,4 (88%), foram responsáveis pelas notas mais negativas na avaliação.
Características de acesso à circulação da área externa e interna das UBS por PcD em um município de médio porte do Nordeste brasileiro (n=80). Campina Grande, PB, Brasil, 2020
Na Tabela 2, é demonstrado o domínio de acessibilidade de equipamentos, mobiliários e instalação sanitária nas UBS.
Características de acessibilidade de equipamentos, mobiliários e instalação sanitária para PcD nas UBS de um município de médio porte de Nordeste brasileiro (n=80). Campina Grande, PB, Brasil, 2020
Conforme apresentado na Tabela 3, verificou-se associação entre a zona de localização das unidades (urbana/rural) e a existência de mesas com largura mínima (p=0,004).
Associações entre a zona de localização das UBS e mobiliários e instalação sanitária para PcD em um município de médio porte de Nordeste brasileiro. Campina Grande, PB, Brasil, 2020
Na Tabela 4, estão apresentadas as associações das variáveis de avaliação do Acesso à área externa e interna, Circulação interna e o SIA e Mobiliários e instalação sanitária com o tipo de UBS (construída/adaptada).
Associações entre o tipo de edifício das UBS com o Acesso a área externa e interna, Circulação interna e o SIA e Mobiliários e instalação sanitária em um município de médio porte de Nordeste brasileiro. Campina Grande, PB, Brasil, 2020
Na Figura 1 observam-se imagens realizadas in loco nas UBS investigadas. Nas imagens A e B confirmam-se rebaixamento de calçada, desnivelamentos e a utilização de uma casa para funcionamento de uma unidade. Nas imagens C e D são demonstrados aspectos da entrada e do interior das UBS do município investigado, sendo predominante o uso de rampas de acesso. Já as imagens E e F apresentam instalações sanitárias das UBS, evidenciando que os banheiros são utilizados por ambos os sexos e sem as barras no lado posterior à bacia sanitária.
Demonstrativo das condições de acessibilidade externas e internas das UBS em um município de médio porte de Nordeste brasileiro. Campina Grande, PB, Brasil, 2020
DISCUSSÃO
A pesquisa demonstrou que as UBS do município investigado não ofereceram aspectos satisfatórios de acessibilidade com relação à via pública, por não apresentarem faixas de pedestres, sinalização de obras públicas, com presença de buracos/desnivelamentos, sem visibilidade de placas e sem semáforos. Tais achados evidenciam que as PcD podem não conseguir transitar para chegarem ao destino de interesse de forma segura.
O foco principal desse estudo é a acessibilidade para PcD no contexto da atenção básica, um importante e imprescindível aspecto, pois, de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Nº 13.143 de 2015, é dever do estado oferecer assistência à saúde para as PcD, o que remete ao cumprimento da promoção de bem-estar pessoal, social e econômico(77 Brasil. Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência). Diário da União 2015; 7 jul.). Para normatizar aspectos relacionados à acessibilidade da estrutura física para as PcD, a NBR 9050:2015 estabelece parâmetros para edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
A mobilidade urbana é uma condição inerente ao deslocamento do ser humano pela cidade, seja por meio de transportes ou não, o que remete a questões de acessibilidade em sua singularidade, tornando-se, assim, um direito. Logo, a Lei Nº 12.587 de 2012 assegura que é dever da União, Estados e Municípios realizar em seus respectivos projetos emissão de recursos com o objetivo de aprimoramento de questões de mobilidade urbana, pois só assim é possível a acessibilidade aos bens e serviços, sobretudo no contexto da saúde(1313 Brasil. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. 2012.-1414 Barbosa AS. Mobilidade urbana para pessoas com deficiência no Brasil: um estudo em blogs. Rev. Bras. Gest. Urbana [Internet]. 2016 [acesso em 10 set 2019];8(1). Disponível em: https://www.scielo.br/j/urbe/a/DPFzh4kGdNdSsGk9s9CDCyg/abstract/?lang=pt.
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).
As limitações nos espaços físicos que restringem a participação e acesso aos serviços de saúde trazem um impacto negativo na saúde do indivíduo. PcD física têm maior propensão ao sedentarismo e comorbidades, necessitando de maior atenção(1515 Fonseca MLT, Silva JLG da. Mobilidade e acessibilidade das pessoas com deficiência motora em área urbana do município de Itumbiara (GO). LAJBM [Internet].2018 [acesso em 15 set 2019]; 9(2): 51-63. Disponível em: https://www.lajbm.com.br/index.php/journal/article/download/506/232.
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-1616 Silva DCN, Silva TM, Nogueira MS, Mendonça RMC, Valente PHF, Araújo RF et. al. Acessibilidade de portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida na unidade básica de saúde Jonas Manoel Dias em São Luís de Montes Belos - GO. Rev Fac Montes Belos (FMB) [Internet].2014 [acesso em 13 ago 2019];8(3): 36-179. Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/189/178.
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).Um estudo desenvolvido na cidade de Itumbiara, Brasil, que observou as condições de mobilidade e acessibilidade urbana por PcD, concluiu que as vias não possuem estruturas que possibilitem o acesso livre a esses indivíduos, com a presença de desnivelamento de calçadas, sem faixas e semáforos. Nesse sentido, vale destacar que a adequação das calçadas é uma peça fundamental para facilitar o acesso das PcD aos serviços. Apesar do estudo aqui comparado focar em características da cidade como um todo, os aspectos externos as unidades de saúde também se tratam de responsabilidade urbana(1515 Fonseca MLT, Silva JLG da. Mobilidade e acessibilidade das pessoas com deficiência motora em área urbana do município de Itumbiara (GO). LAJBM [Internet].2018 [acesso em 15 set 2019]; 9(2): 51-63. Disponível em: https://www.lajbm.com.br/index.php/journal/article/download/506/232.
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).
Porém, é visto que o acesso externo possui rebaixamento de meio fio, calçadas livres de mobiliários, com largura mínima de 1,20m, que obedecem à norma vigente. Essa constatação é importante, pois o rebaixamento de meio fio é destinado ao tráfego de cadeira de rodas, facilitando o deslizamento e chegada à calçada. Estudo desenvolvido em São Jonas Manoel-GO(1616 Silva DCN, Silva TM, Nogueira MS, Mendonça RMC, Valente PHF, Araújo RF et. al. Acessibilidade de portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida na unidade básica de saúde Jonas Manoel Dias em São Luís de Montes Belos - GO. Rev Fac Montes Belos (FMB) [Internet].2014 [acesso em 13 ago 2019];8(3): 36-179. Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/189/178.
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) coaduna com alguns dos achados aqui apresentados, destacando, porém, que a presença de tais aspectos não anula os demais achados evidenciados na via pública que dificultam o acesso, acrescentando que o estudo concluiu que tais dificuldades podem reduzir a qualidade de vida dessas pessoas.
Outro estudo brasileiro, desenvolvido em Presidente Prudente-SP(1313 Brasil. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. 2012.) com enfoque nas UBS, destacou que os principais impedimentos físicos nas calçadas são: ocorrência de desníveis (52,6%), presença de árvores e/ou arbustos (21%) e buracos (10,5%).
No tocante à entrada ao edifício, perpassando pelas áreas de mobilidade urbana, ficou evidenciado que as UBS não possuem estacionamento privativo devidamente sinalizado e setas indicativas com o Símbolo Internacional de Acesso (SIA) de encaminhamento dos principais pontos. Com relação ao estacionamento de ordem privativa para PcD, um estudo brasileiro em Chapecó-SC evidenciou que a maioria das unidades (79%) não possuía vagas destinadas a esse público(88 Silva AOS, Reichrt B, Badalotti CM. Acessibilidade nos centros de saúde da família no município de Chapecó-SC: análise das barreiras arquitetônicas. Rev. Infinity. 2018 [acesso em 10 ago 2019]; 3(1).). Outro estudo brasileiro, realizado em São Paulo, destacou a inexistência de vagas para PcD em um universo de 19 unidades de saúde públicas(1313 Brasil. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. 2012.).
A predominante inexistência do SIA foi outro achado que merece destaque, pois esse símbolo (pictograma branco de fundo azul) tem como uma das suas utilizações indicar um caminho acessível para PcD. A inexistência de sinalização é corroborada em outro estudo, que analisou a acessibilidade das UBS em Tubarão-SC, identificando a ausência do símbolo e setas de localização, o que dificulta a decisão de direções que a PcD deve tomar, sugerindo a dificuldade de implementação do símbolo nas unidades, sobretudo na área externa(1717 Meneghel M, Martignago N, Kock KS. Análise da acessibilidade nas unidades básicas de saúde de Tubarão-SC. R. fisioter. Reab. [Internet]. 2017 [acesso em 13 ago 2020];1(1): 42-51. Disponível em: http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/RFR/article/view/3651/2958.
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).
Acerca do acesso para adentrar no interior da unidade, a maioria tem rampas de acesso, com área de circulação devidamente padronizada de 0,8m, piso regular e com áreas de circulação livre de obstáculos. A presença de rampas de acesso na entrada facilita a transição da PcD, mas o resultado contrapõe um estudo brasileiro no município de Baturité-CE, em que 74% das instalações não possuíam essa construção, o que é um ponto positivo para as unidades de saúde do município aqui investigado(1515 Fonseca MLT, Silva JLG da. Mobilidade e acessibilidade das pessoas com deficiência motora em área urbana do município de Itumbiara (GO). LAJBM [Internet].2018 [acesso em 15 set 2019]; 9(2): 51-63. Disponível em: https://www.lajbm.com.br/index.php/journal/article/download/506/232.
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).
No que concerne a maior frequência de portas de 0,8m, que permitem a livre passagem para o interior da unidade, de forma semelhante, estudo realizado em Chapecó-SC constatou que 100% das portas observadas atendiam aos critérios da norma, bem como foi predominante o piso regular, livre de buracos ou qualquer outro obstáculo(88 Silva AOS, Reichrt B, Badalotti CM. Acessibilidade nos centros de saúde da família no município de Chapecó-SC: análise das barreiras arquitetônicas. Rev. Infinity. 2018 [acesso em 10 ago 2019]; 3(1).).
No aspecto de circulação vertical, ou seja, no interior do prédio, a presença mais frequente de rampas, com acesso de inclinação máxima (2%) de modo a minimizar esforços da PcD e com piso antiaderente, corrobora um estudo realizado em João Pessoa-PB, que identificou os mesmos aspectos em hospitais, nos quais 100% possuíam rampas com piso antiaderente, como também a área de circulação de no mínimo 1,20m, permitindo que se movam de forma independente pela unidade de saúde(1818 Azevedo TR de, Valdevino SC, Costa KN de FM, Valdevino Neto J, Lira LGRS de H, Martins KP. Acessibilidade física de pessoas com deficiência em hospitais públicos. Enfermería Global [Internet]. 2015 [acesso em 10 ago 2020]; 37(1):319-327. Disponível em: https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v14n37/pt_administracion3.pdf.
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).
Porém, com relação a bebedouros, a maioria das unidades não apresentou disposição adequada dos equipamentos, que de acordo com a NBR é de 0,90m do piso, mais uma vez dificultando o acesso aos bens e serviços (nesse caso a água), o que corrobora com estudo desenvolvido em Baturité-CE, no qual a maioria das unidades não possuía bebedouro (75,8%) e 18,5% possuía, todavia de forma inacessível(1919 Marques JF, Áfio ACE, Carvalho LV de, Leite S de S, Almeida PC de, Pagliuca LMF. Acessibilidade física na atenção primária à saúde: um passo para o acolhimento. Rev Gaucha Enferm. [Internet]. 2018[acesso em 16 ago 2019]; 39:01-6. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0009.
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).
Nas áreas de aproximação da instalação sanitária, foi verificado que as UBS possuem espaço livre e adequado, mas muitas unidades não possuem barras horizontais, e quando presentes, as barras não estavam em comprimento e altura adequados. Já os lavatórios não possuem alavancas. Diante dessas inadequações, é possível afirmar que o nível de dificuldade aumenta, visto que muitas vezes as PcD podem apresentar quadros de incontinência urinária ou fecal, e necessitem utilizar o banheiro com facilidade e segurança(2020 França ISX, Coura AS, Sousa FSS, Almeida PC, Pagliuca LMF. Quality of life in patients with spinal cord injury. Rev. Gaúcha Enferm [Internet]. 2013 [acesso em 01 set 2019]; 34(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472013000100020.
http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472013...
).
As inadequações de acessibilidade também estão descritas na literatura internacional(2121 Popplewell NTA, Rechel BPD, Abel GA. How do adults with physical disability experience primary care? A nationwide cross-sectional survey of access among patients in England. BMJ Open [Internet]. 2014 [acesso em 15 ago 2019]; 8(4):1-8. Disponível em: http://doi.org/10.1136/bmjopen-2013-004714.
http://doi.org/10.1136/bmjopen-2013-0047...
-2222 Bright T, Kuper H. A Systematic review of access to general healthcare services for people with disabilities in low and middle income countries. Int. J. Environ. Res. Public Health [Internet]. 2018 [acesso em 15 ago 2019];15(9). Disponível em: http://doi.org/10.3390/ijerph15091879.
http://doi.org/10.3390/ijerph15091879...
). Um estudo desenvolvido na Inglaterra destaca que as PcD possuem diversas dificuldades para acessar os serviços, e que tais percalços perpassam questões de transporte até a entrada das unidades(2121 Popplewell NTA, Rechel BPD, Abel GA. How do adults with physical disability experience primary care? A nationwide cross-sectional survey of access among patients in England. BMJ Open [Internet]. 2014 [acesso em 15 ago 2019]; 8(4):1-8. Disponível em: http://doi.org/10.1136/bmjopen-2013-004714.
http://doi.org/10.1136/bmjopen-2013-0047...
).
Em relação ao acesso por PcD, uma revisão sistemática evidenciou que poucos estudos tratam da temática da acessibilidade, sendo três constatados na literatura: o primeiro não evidenciou diferenças em relação à satisfação do acesso de pessoas com e sem deficiência no Afeganistão; já na Tailândia, o acesso foi considerado moderado (nem bom e nem ruim); e em Gana, África, constatou-se que 71% das PcD enfrentam dificuldades no acesso aos serviços, em todos constatando barreiras físicas(2222 Bright T, Kuper H. A Systematic review of access to general healthcare services for people with disabilities in low and middle income countries. Int. J. Environ. Res. Public Health [Internet]. 2018 [acesso em 15 ago 2019];15(9). Disponível em: http://doi.org/10.3390/ijerph15091879.
http://doi.org/10.3390/ijerph15091879...
).
A relação entre o tipo de UBS (construída ou adaptada) e as variáveis de acessibilidade ficou bem determinada. Nesse perspectiva, considera-se que casas que foram adaptadas para o funcionamento de UBS não são adequadas para receber pessoas com dificuldades de locomoção, ou seja, durante a reforma de tais locais, os aspectos normativos de acessibilidade não foram plenamente observados.
Logo, as unidades não atendem a um percentual mínimo de 70% dos pré-requisitos de acessibilidade das UBS, o que corrobora com o estudo brasileiro realizado em todo o estado de Pernambuco(2323 Albuquerque M do SV de, Lyra TM, Farias SF, Mendes MF de M, Martelli PJ de L. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a partir da atenção básica em Pernambuco. Saúde debate [Internet]. 2014 [acesso em 12 ago 2019]; 38; 182-194. Disponível em: http://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S014.
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) que avaliou os principais obstáculos do acesso a pessoas com deficiência, e observou que as unidades não atenderam a muitos requisitos de acesso, tais como banheiros adaptados, corrimãos, rampas, etc.
Por fim, é perceptível que a importância social das peculiaridades da deficiência abrange não só a esfera da saúde, mas também toda a sociedade, pois o modo de como se interage e realiza atividades é diferente e acontece conforme sua própria desenvoltura. Nesse aspecto, a adaptação acontece como forma de compensação(2424 Martins KP, Costa TF da, Medeiros TM de, Fernandes M das GM, França ISX de, Costa KN de FM. Estrutura interna de unidades de saúde da família: acesso para as pessoas com deficiência. Ciênc. Saúde Colet [Internet]. 2016 [acesso em 13 ago 2019]; 21(10). Disponível em: http://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016.
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).
Edifícios inadequados criam barreiras significativas para PcD física, e o conhecimento de tais barreiras permite que políticas sejam formuladas, trazendo melhoria da qualidade de vida e integração social das PcD(1616 Silva DCN, Silva TM, Nogueira MS, Mendonça RMC, Valente PHF, Araújo RF et. al. Acessibilidade de portadores de deficiência física ou mobilidade reduzida na unidade básica de saúde Jonas Manoel Dias em São Luís de Montes Belos - GO. Rev Fac Montes Belos (FMB) [Internet].2014 [acesso em 13 ago 2019];8(3): 36-179. Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/189/178.
http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/...
-1717 Meneghel M, Martignago N, Kock KS. Análise da acessibilidade nas unidades básicas de saúde de Tubarão-SC. R. fisioter. Reab. [Internet]. 2017 [acesso em 13 ago 2020];1(1): 42-51. Disponível em: http://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/RFR/article/view/3651/2958.
http://portaldeperiodicos.unisul.br/inde...
).
Apesar do presente construto ser uma fonte de conhecimento sobre a realidade aqui posta, ele não está livre de limitações, a principal delas está no tamanho limitado da amostra. Acredita-se que a presente pesquisa subsidiará a tomada de decisão quanto à construção ou reforma das unidades básicas, visando um acesso integral para a pessoa com deficiência.
CONCLUSÃO
O presente estudo constatou que as Unidades Básicas de Saúde investigadas não contam com estrutura adequada para oferecer acessibilidade às pessoas com deficiência, visto que apresentaram inadequações na via pública, no acesso à entrada da UBS e no uso do SIA. Constatou-se ainda que a zona de localização das UBS e o tipo de edifício interferem nos aspectos normativos de acessibilidade.
Edificações que não possuem acessibilidade podem gerar barreiras significativas para PcD física, e o conhecimento de tais barreiras, através de estudos da área, permite que políticas públicas sejam (re)formuladas, culminando em melhorias no acesso à saúde e integração social desse público.
Destaca-se que o oferecimento de assistência à PcD é preconizado por princípios que regem o sistema de saúde vigente, sendo de fundamental importância o planejamento de construções ou reformas em UBS de acordo com as normas de acessibilidade, visto que barreiras físicas no acesso aos serviços de saúde se constituem como fator de risco para a saúde desse segmento social.
COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO:
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Artigo extraído da dissertação de mestrado “Acessibilidade da pessoa com deficiência física às unidades básicas de saúde: avaliação da estrutura física”. Universidade Estadual da Paraíba/Universidade de Pernambuco, 2019.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
11 Mar 2022 -
Data do Fascículo
2022
Histórico
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Recebido
03 Ago 2020 -
Aceito
15 Jul 2021