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Tempo de separação de alguns óleos essenciais

Determination of the time necessary por some essential essential oils to separate from water

Resumos

Provas de separação de diversos óleos essenciais foram efetuadas em laboratório, sob temperaturas compreendidas entre 10 e 80ºC, em progressão de 5 em 5ºC. Dez, óleos de densidade inferior à da água, produzidos comercialmente no Brasil, foram estudados. Tomaram-se de cada um quatro amostras de 50 ml, correspondentes às 4 repetições da experiência. Em um frasco Erlenmeyer de 500 ml, contendo 350 ml de água destilada, foi adicionada a amostra a ser estudada. Fêz-se o ajuste ila temperatura desejada com a introdução do frasco em uma cuba de gêlo ou pelo seu aquecimento em banho-maria. Durante o processo de adaptação do meio à temperatura externa, o frasco foi agitado levemente, a fim de que o óleo e a água se mantivessem em mistura, aquecendo-se ou resfriando-se uniformemente. Uma vez obtida a temperatura desejada, agitou-se o frasco a mão, durante 30 segundos, de maneira uniforme em tôdas as observações. Deixado, a seguir, em repouso, foi anotado o tempo gasto até a formação de linha divisória, nitida, entre as camadas. As provas demonstraram, invariavelmente, que o tempo requerido para a separação diminuiu à medida que aumentou a temperatura de operação. Foram calculadas as velocidades médias de separação das gotículas de óleo, verificando-se que, nos vasos separadores dos alambiques, a velocidade de separação deve ser maior do que a velocidade de caminhamento da mistura, a fim de que a separação se processe com maior perfeição. Essa norma deve orientar a construção dos vasos separadores, no que diz respeito às suas dimensões e ao seu formato, visto que a velocidade de caminhamento da mistura é uma função do formato e da capacidade do recipiente separador e da vazão do condensado. Pode ser retardada para beneficiar a separação. A velocidade de separação das gotículas, por sua vez. depende apenas das propriedades físicas e mecânicas do produto e da temperatura de operação.


The period of time necessary for some essential oils to separate from water, at various temperatures, was determined. The tests were made with 10 essential oils produced commercially in Brazil, and the temperatures tried varied from 10º C to 80º C in 5ºC steps. Fifty milliliters of the oil under test was added to 350 ml of water in a 500 ml stoppered Erlenmeyer flask to which a thermometer was fitted to permit temperature readings of its contents. The whole flask was shaken for 30 seconds and then set down do allow the oil to separate from the water. The period necessary for separation was clocked from the end of the shaking operation to the time when a definite line appeared between the oil and water layers. Every observation was made three times and the whole experiment was replicated four times, each with a different oil sample. The main conclusion to be drawn from the rate-of-separation curves (see figures) is that lhe time decreases with increasing temperatures. The results also indicated that a better separation occured at the higher temperatures. The average upward velocities of oil droplets were calculated and are given in table 2. A better separation of oil was obtained when the upward velocities were greater than the downward velocities. The former concerns the. rising of oil droplets and the latter, the stream of the water moving down to the outlet pipe fitted to the bottom of the separating can. In many common field distilleries, some oil carry-over can be easily noticed because the regular separating cans are not large enough to hold the condensate flow during the time necessary for a good separation of the oil. Moreover, the temperature is not kept high enough to permit complete separation at the rate of flow the mixture of water and oil passes through the separating can.


Tempo de separação de alguns óleos essenciais

Determination of the time necessary por some essential essential oils to separate from water

Cyro Côrte Brilho; Samuel Ribeiro dos Santos; Alcides José d'Andréa Pinto

Engenheiros-agrônomos, Seção de Fumo, Plantas Medicinais e Inseticidas, Instituto Agronômico

RESUMO

Provas de separação de diversos óleos essenciais foram efetuadas em laboratório, sob temperaturas compreendidas entre 10 e 80ºC, em progressão de 5 em 5ºC. Dez, óleos de densidade inferior à da água, produzidos comercialmente no Brasil, foram estudados. Tomaram-se de cada um quatro amostras de 50 ml, correspondentes às 4 repetições da experiência. Em um frasco Erlenmeyer de 500 ml, contendo 350 ml de água destilada, foi adicionada a amostra a ser estudada. Fêz-se o ajuste ila temperatura desejada com a introdução do frasco em uma cuba de gêlo ou pelo seu aquecimento em banho-maria. Durante o processo de adaptação do meio à temperatura externa, o frasco foi agitado levemente, a fim de que o óleo e a água se mantivessem em mistura, aquecendo-se ou resfriando-se uniformemente. Uma vez obtida a temperatura desejada, agitou-se o frasco a mão, durante 30 segundos, de maneira uniforme em tôdas as observações. Deixado, a seguir, em repouso, foi anotado o tempo gasto até a formação de linha divisória, nitida, entre as camadas.

As provas demonstraram, invariavelmente, que o tempo requerido para a separação diminuiu à medida que aumentou a temperatura de operação. Foram calculadas as velocidades médias de separação das gotículas de óleo, verificando-se que, nos vasos separadores dos alambiques, a velocidade de separação deve ser maior do que a velocidade de caminhamento da mistura, a fim de que a separação se processe com maior perfeição. Essa norma deve orientar a construção dos vasos separadores, no que diz respeito às suas dimensões e ao seu formato, visto que a velocidade de caminhamento da mistura é uma função do formato e da capacidade do recipiente separador e da vazão do condensado. Pode ser retardada para beneficiar a separação. A velocidade de separação das gotículas, por sua vez. depende apenas das propriedades físicas e mecânicas do produto e da temperatura de operação.

SUMMARY

The period of time necessary for some essential oils to separate from water, at various temperatures, was determined. The tests were made with 10 essential oils produced commercially in Brazil, and the temperatures tried varied from 10º C to 80º C in 5ºC steps.

Fifty milliliters of the oil under test was added to 350 ml of water in a 500 ml stoppered Erlenmeyer flask to which a thermometer was fitted to permit temperature readings of its contents. The whole flask was shaken for 30 seconds and then set down do allow the oil to separate from the water. The period necessary for separation was clocked from the end of the shaking operation to the time when a definite line appeared between the oil and water layers. Every observation was made three times and the whole experiment was replicated four times, each with a different oil sample.

The main conclusion to be drawn from the rate-of-separation curves (see figures) is that lhe time decreases with increasing temperatures. The results also indicated that a better separation occured at the higher temperatures.

The average upward velocities of oil droplets were calculated and are given in table 2. A better separation of oil was obtained when the upward velocities were greater than the downward velocities. The former concerns the. rising of oil droplets and the latter, the stream of the water moving down to the outlet pipe fitted to the bottom of the separating can.

In many common field distilleries, some oil carry-over can be easily noticed because the regular separating cans are not large enough to hold the condensate flow during the time necessary for a good separation of the oil. Moreover, the temperature is not kept high enough to permit complete separation at the rate of flow the mixture of water and oil passes through the separating can.

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LITERATURA CITADA

Recebido para publicação em 7 de junho de 1961.

  • 1. HUGHES, A. D. Improvements in the field distillation of peppermint oil. Corvallis, Oregon Slate College. 1952. 60 p. (Station Bulletin 525).
  • 2. POWNE, R. E. An improved separator for use in the field distillation of peppermint oil. Corvallis, Oregon State College, 1952. 52 p. (Thesis).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Mar 2010
  • Data do Fascículo
    1961

Histórico

  • Recebido
    07 Jun 1961
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