RESUMO
O dossiê Chico Buarque, 80 Anos tem por objetivo fazer um balanço crítico da obra do artista. Sete artigos e uma resenha abordam três frentes de atuação de Chico ao longo de mais de 50 anos de carreira: canção popular, literatura (romance e contos) e teatro. No conjunto, a pluralidade de métodos e abordagens denota uma exigência da própria matéria artística e das relações que ela mantém com o processo histórico brasileiro.
PALAVRAS-CHAVE Chico Buarque; música popular brasileira; literatura brasileira
ABSTRACT
The dossier Chico Buarque, 80 Years Old aims to take a critical look at the artist’s work. Seven articles and one review address three fronts of Chico’s work over a career of more than 50 years: popular song, literature (novels and tales) and theater. In the sum of the texts, the plurality of methods and approaches denotes a requirement of the artistic material itself and the relationship it maintains with the Brazilian historical process.
KEYWORDS Chico Buarque; Brazilian popular music; Brazilian literature
Francisco Buarque de Hollanda completou 80 anos em 19 de junho de 2024. Como o artista Chico Buarque dispensa muitas apresentações, apenas recordaremos alguns traços de sua trajetória. Chico se consagrou no cenário musical brasileiro a partir da segunda metade da década de 19604, no contexto de resistência à ditadura militar que contava com apoio civil. De lá para cá, e se passaram mais de 50 anos de carreira, a sua vasta obra musical, literária e dramatúrgica tem sido não apenas fruída - o que já não seria pouco -, mas reconhecida e legitimada pela densidade estética, lírica e sociopolítica, a qual contribui como matéria de reflexão crítica para interpretar sentimentos, relações e processos sociais em nosso país5.
Dentre as suas atuações, a figura do compositor popular parece estar na primeira posição. Isso não deve causar estranheza, pois foi com o seu cancioneiro que Chico Buarque deu os primeiros passos em seu projeto artístico de refletir sobre o Brasil, na passagem da segunda geração da bossa nova para a constelação que veio a ser chamada de MMPB (Moderna Música Popular Brasileira) ou simplesmente de MPB (Música Popular Brasileira), rótulo que se fixou, como se sabe. De acordo com Marcelo Ridenti (2010, p. 94), os seus compositores “passaram a ganhar um lugar inédito e significativo nos debates intelectuais e artísticos. Desde então, tornou-se comum ouvir as opiniões de [...] Chico Buarque e Caetano Veloso com o estatuto de intelectuais”.
Nesse período de “relativa hegemonia cultural da esquerda no país”, na conhecida expressão de Roberto Schwarz (1992, p. 62), a canção de mercado se tornou objeto de interesse não só de revistas de divulgação, mas de publicações, como a Revista Civilização Brasileira, voltadas à parcela intelectualizada da classe média. Adensava-se um processo que vinha da década anterior, com a Revista da Música Popular, editada por Lucio Rangel e Pérsio de Moraes. No ensaio “MMPB: uma análise ideológica”, publicado em 1968, Walnice Nogueira Galvão (1976, p. 93) considera que as canções dessa linha apresentavam “uma proposta nova dentro da tradição” e estabeleceram um “projeto de ‘dizer a verdade’ sobre a realidade imediata”. Deixando de lado os limites e os alcances de tal proposta - aos quais Galvão dirige uma crítica que seria retomada por diversos estudos nas décadas seguintes -, pode-se dizer que se tratava de uma espécie de força social de reação aos problemas que o país enfrentava.
É nessa conjuntura que se insere Chico Buarque, e, a partir disso, podemos compreender o quanto a sua produção artística, seja a cancional, seja a literária ou a dramatúrgica, é atravessada por dois fatos históricos: o golpe de 19646; e a edição do Ato Institucional número (AI-5) em 13 de dezembro de 1968. Se, por um lado, Chico e a sua geração vivenciaram os traumas e as utopias daqueles anos, por outro, também se inseriram nas profundas mudanças que a modernização capitalista empreendida pela ditadura (1964-1985) engendraria na esfera da cultura. Mais adiante, sem deixarem de considerar o nosso passado escravista e colonial, ainda dialogaram com as imperfeições da redemocratização e a expansão do neoliberalismo.
O primeiro álbum de Chico, intitulado Chico Buarque de Hollanda, lançado pela gravadora RGE, data de 19667. Em 1968, dois anos após o sucesso da canção “A banda” - que havia dividido com “Disparada” (Théo de Barros/Geraldo Vandré) o primeiro lugar no II Festival de Música Popular Brasileira8 -, a peça teatral Roda viva, de sua autoria, é encenada com direção de José Celso Martinez Corrêa, idealizador do Teatro Oficina9. Nas palavras de Vinicius de Moraes (1968, p. 9-10), o texto representava “a primeira crise de consciência de um jovem ídolo que assumiu inteiramente a responsabilidade do seu sucesso e em nada deixou se empolgar por ele”, recusando “a desumanização” que resultava “da dura e feia realidade dos ambientes de televisão”.
Com a edição do AI-5, Chico Buarque passou a escutar de pessoas próximas “informações cada vez mais preocupantes” (WERNECK, 1991, p. 122). Acabou sendo acordado pela polícia e “levado, às sete da manhã, para o Ministério do Exército, na avenida Presidente Vargas”, no Rio de Janeiro. Interrogado acerca das “ousadias de Roda viva” e de sua presença na Passeata dos Cem Mil, foi liberado “no final da tarde” com a obrigação de pedir autorização caso “quisesse deixar a cidade”. No início de 1969, “devidamente autorizado”, viajou para “se apresentar no Midem, a grande feira da indústria fonográfica, em Cannes, na França”.
De lá seguiu para Roma, cidade onde havia morado dos 8 aos 10 anos, quando seu pai, Sérgio Buarque de Hollanda, fora convidado “para uma cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade de Roma” (ZAPPA, 1999, p. 26). Retornaria ao Brasil “em março de 1970”, estimulado por uma carta de André Midani, então diretor da gravadora Philips, dizendo que “‘o clima [estava] mais ameno’” (ZAPPA, 1999, p. 109). Percebendo quão ilusório era esse otimismo - pois, ao “mesmo tempo em que a tortura e o desaparecimento de adversários do regime se tornavam rotina, grassava o mais ensandecido ufanismo” (WERNECK, 2000, p. 129) -, Chico respondeu com “Apesar de você”. O samba passou pela censura prévia e foi lançado em um compacto que vendeu quase “100 mil cópias”. Um mês depois, a canção foi proibida, e o disco, “recolhido nas lojas” (WERNECK, 2000, p. 130).
Em 1974, Chico Buarque publicou o seu primeiro livro: a novela Fazenda modelo, inspirada em A revolução dos bichos, de George Orwell10. Dez anos após sua estreia como cantor e compositor (WERNECK, 2000, p. 32; 36), ele já realizara as linguagens artísticas (canção, música, literatura em prosa, dramaturgia) que darão forma para a sua produção e maior expressividade à cultura brasileira. Ao final da década, a sua discografia totalizava 18 álbuns, sete deles, projetos coletivos11. Simultaneamente, Chico Buarque escreveu, depois de Roda viva, as peças teatrais Calabar: o elogio da traição, com Ruy Guerra (1973), Gota d’água, com Paulo Pontes (1975), e Ópera do malandro (1978). Traduziu e adaptou Os saltimbancos, texto de Sérgio Bardotti, música de Luiz Enriquez, peça inspirada no conto “Os músicos de Bremen”, dos Irmãos Grimm (1977). E publicou a história infantil Chapeuzinho amarelo (1979).
Nos anos 1980, foram mais 15 álbuns lançados, sendo nove, projetos coletivos. E, de 1990 até o presente, treze álbuns, dentre os quais, dois projetos coletivos. Números expressivos, como se nota, ainda que neles, por motivos óbvios, não estejam incluídos os lançamentos de coletâneas, compactos, boxes de CDs, singles e DVDs12. Em 1998, o artista foi homenageado com o enredo “Chico Buarque da Mangueira”, e a Estação Primeira dividiu com a Beija-Flor de Nilópolis o primeiro lugar no principal desfile do carnaval do Rio de Janeiro (LIESA, 1998). Já a produção em livro de Chico Buarque seria retomada com o romance Estorvo em 1991. A partir daí, o escritor passa a publicar com certa regularidade: Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite derramado (2009), O irmão alemão (2014), Essa gente (2019), romances; e Anos de chumbo e outros contos (2021).
Recebeu prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por Estorvo, Budapeste, Leite derramado e O irmão alemão13. Em 2019, venceu o prêmio Camões, instituído pelos governos de Portugal e do Brasil. Por motivos políticos, obteve a premiação somente em 2023. E, embora tenha alcançado todo esse reconhecimento, em seu discurso Chico Buarque afirmou:
Mas por mais que eu leia e fale de literatura, por mais que eu publique romances e contos, por mais que eu receba prêmios literários, faço gosto em ser reconhecido no Brasil como compositor popular e, em Portugal, como o gajo que um dia pediu que lhe mandassem um cravo e um cheirinho de alecrim. (ESTADO DE MINAS, 2023)14.
Com o propósito de fazer um balanço crítico, mais que celebrativo, o dossiê Chico Buarque, 80 anos traz sete artigos, que se organizam do estudo de obras mais recentes em direção àquelas que foram produzidas em décadas anteriores, e ainda uma resenha. No conjunto, a pluralidade de métodos e abordagens denota uma exigência da própria matéria artística e das relações que ela mantém com o processo histórico brasileiro.
Em “‘Que tal um samba?’e suas camadas”, Adélia Bezerra de Meneses aborda a letra dessa parceria de Chico Buarque com Hamilton de Holanda, lançada em 2022. A leitura estabelece paralelos entre seus versos e os de outras canções de Chico ou os de outros compositores. Mas o foco do artigo não se detém no mero estudo comparativo. Além de atentar para relações entre escravidão, racismo, futebol, samba, jongo e religiões de matriz africana, Meneses busca “ressaltar as discrepâncias” entre a “Ditadura Militar (de 1964 a 1985)” e as especificidades da “necropolítica bolsonarista”.
Voltando-se para os romances de Chico Buarque, Edu Teruki Otsuka, em “Ficção, história e sociedade na literatura de Chico Buarque (uma sinopse)”, realiza uma análise ampliada das obras demonstrando o quanto elas materializam um processo de desagregação e despolitização da sociedade brasileira. Já o artigo de Lucas Faial Soneghet, “Eu, o outro e Essa gente: um dilema de identidade no romance de Chico Buarque”, apresenta “a noção de desfaçatez dos intelectuais” como uma chave para pensar a distância, cada vez mais aguda, das elites culturais associadas às classes médias em relação às classes populares e subalternizadas em geral. Além disso, Soneghet vincula tal distância aos processos históricos, sociais e políticos da sociedade brasileira, desde o golpe militar de 1964 até a recente ascensão do conservadorismo moral e da nova extrema direita brasileira e mundial. Por sua vez, Tatiana Prevedello, em “As pontas esgarçadas da vida em Órfãos do Eldorado e Leite derramado”, examina os recursos literários mobilizados por Milton Hatoum e por Chico Buarque ao construírem a “inconfiabilidade de narradores-personagens imersos nas enfermidades da memória”.
A seguir, “‘Iracema voou’ para a América... e o Brasil?”, de Daniela Vieira dos Santos, traz uma análise da canção “Iracema voou”, presente no disco As cidades (1998), com o objetivo de demonstrar como a canção formaliza o processo de imigração de brasileiros aos Estados Unidos, no contexto de globalização e mundialização, ressignificando os sentidos de Brasil e identidade nacional. E Walter Garcia, em “Um lírico no desvario do capitalismo: ‘As vitrines’, de Chico Buarque”, investiga os sentidos dessa canção, lançada em 1981, buscando relacionar seus elementos poéticos e musicais com a tradição lírica do samba-canção, retomada pela bossa nova e pela MPB, com a novela “O homem das multidões”, de Edgar Allan Poe, e com as “‘promessas e decepções’” da economia brasileira que, ao final da década de 1970, ocupava a “oitava posição no mundo capitalista”.
Fechando o dossiê, Miliandre Garcia, em “A arte como testemunho: texto, cena e contexto em Roda viva (1967-1968)”, pesquisa a peça teatral de Chico Buarque e sua relação com o processo histórico, bem como a recepção da montagem dirigida por José Celso Martinez Corrêa pela crítica de jornal.
Já na seção Resenhas, “Um passeio pelo espírito da época”, de Juliane Vargas Welter, analisa Anos de chumbo e outros contos (2021). E, ao notar que o livro, mais do que se vincular diretamente ao período da ditadura militar com apoio civil, tematiza situações cotidianas e fantasias atuais, a resenha de Welter acaba por sugerir a releitura do primeiro artigo do dossiê.
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Ao longo da segunda metade da década de 1960, as participações de Chico Buarque, como compositor e intérprete, em edições do Festival da Música Popular Brasileira e da Bienal do Samba, realizados pela TV Record de São Paulo, e do Festival Internacional da Canção, promovido pela Secretaria de Turismo da Guanabara e TV Globo, contribuíram decisivamente para a sua consagração no mercado hegemônico. Sobre o assunto, consultar Zuza Homem de Mello (2003) e Marcos Napolitano (2001).
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Não sendo nosso objetivo sumariar a bibliografia sobre a obra de Chico Buarque, nos limitamos a lembrar três estudos, cada qual voltado a uma área de atuação do artista: Desenho mágico: poesia e política em Chico Buarque, de Adélia Bezerra de Meneses (2000), livro cuja primeira edição foi publicada em 1982; “Um romance de Chico Buarque”, ensaio de Roberto Schwarz (1999) publicado originalmente em 1991; e “Olha a gota que falta”: um evento no campo artístico-intelectual brasileiro (1975-1980), tese de Miriam Hermeto (2010). Vale acrescentar que Chico Buarque também compôs, em parceria ou não, canções para filmes cinematográficos e espetáculos de balé. Para um balanço das “trilhas do compositor para teatro, dança e cinema”, escutar os cinco episódios da série Chico em cena (2024), escrita e apresentada por Otávio Filho.
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Na análise de Roberto Schwarz (2012, p. 75-76), a “euforia foi desmanchada em 1964 pelo golpe, um momento estelar da Guerra Fria, quando se uniram contra o ascenso popular e a esquerda, quase sem encontrar resistência, os militares pró-americanos, o capital e o imenso fundo de conservadorismo do país, tudo com ajuda dos próprios americanos”, interrompendo “um vasto movimento de democratização, que vinha de longe, agora substituído pelo país antissocial, temeroso de mudanças, partidário da repressão, sócio tradicional da opressão e da exploração, que saía da sombra e fora bisonhamente subestimado”.
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7
Grande parte dos LPs de Chico Buarque lançados entre 1966 e 1986 foram reeditados em CD e incluídos no box Construção Chico Buarque (BUARQUE, 2001). É o caso de Chico Buarque de Hollanda. Também consultamos o box Coleção Chico Buarque, que reeditou vinte LPs lançados entre 1966 e 2006 em CDs; dentre eles, Chico Buarque de Hollanda (BUARQUE, 2010). Para os demais álbuns que citaremos, consultar Referências.
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Para uma crônica do II Festival de Música Popular Brasileira, consultar Mello (2003, p. 95-145). Para uma análise de “A banda” e “Disparada” à luz do “paradoxo básico da MPB, uma corrente musical com ampla penetração comercial e intenções ideológicas”, consultar Napolitano (2001, p. 123).
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9
Com arranjo de Magro e interpretação de Chico Buarque e do conjunto vocal MPB4, o samba “Roda viva” (Chico Buarque) havia obtido o terceiro lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, em 1967 (MELLO, 2003, p. 213-215).
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Ênio Silveira (1975), no texto para a orelha de Fazenda modelo, acrescenta à inspiração ostensiva de Orwell a de Rabelais, Cervantes, Swift, Kafka e Huxley, associando o recurso “da alegoria ou do grotesco, do supra-real ou do onírico”, a “amargos tempos e tristes experiências de indignidade individual e coletiva”. Vale ainda o registro de que, antes de Fazenda modelo, Chico Buarque havia publicado o conto “Ulisses” em 30/7/1966, no Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo (ENTINI, 2019).
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11
A bem da verdade, todo e qualquer álbum resulta de um trabalho coletivo. Estamos nos referindo a Morte e vida severina (1966), Os saltimbancos (1977), Gota d’água (1977) e Ópera do malandro (1979), vinculados a espetáculos teatrais, Quando o carnaval chegar (1972), trilha sonora do filme homônimo, e ainda à gravação de shows divididos com outros artistas - Chico e Caetano juntos e ao vivo (1972) e Chico Buarque & Maria Bethânia (1975).
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12
Caso a leitora ou o leitor queira tomar contato com todas essas produções fonográficas e audiovisuais, sugerimos a consulta ao site Chico Buarque (s. d.)
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13
Os prêmios podem ser conferidos no site do Prêmio Jabuti (s. d.).
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14
É importante recordar que Chico Buarque, ao dizer que gostaria de ser reconhecido em Portugal como o “gajo que um dia pediu que lhe mandassem um cravo e um cheirinho de alecrim”, faz menção à sua composição “Tanto mar”, cuja primeira versão da letra data de 1975 e faz referência à Revolução dos Cravos em Portugal. Deflagrada em 25 de abril de 1974, em Lisboa, a revolução marcou o fim da ditadura no país e a implantação de um regime democrático. A letra de “Tanto mar”, que fazia clara alusão à revolução dos portugueses em consonância com a ditadura vigente no Brasil, foi censurada, e apenas a música foi gravada no álbum Chico Buarque & Maria Bethânia, que registrou o show que ambos apresentaram no Canecão, no Rio de Janeiro (1975). Uma segunda versão da letra de “Tanto mar” foi gravada no disco Chico Buarque (1978) e alude aos impasses de Portugal no período posterior à Revolução dos Cravos. Para uma síntese historiográfica da Revolução dos Cravos, consultar Lincoln Secco (2004). Para uma crítica das “correntes interpretativas” da “produção historiográfica portuguesa acerca do tema da transição democrática”, consultar Francisco Carlos Palomanes Martinho (2017). Vale ainda registrar que “nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril”, em Lisboa, João Lourenço, presidente de Angola, afirmou: “As lutas armadas pela nossa Independência na Guiné Bissau, em Angola e em Moçambique atingiram um estádio de tal modo avançado, [...] que fizeram precipitar os acontecimentos que levaram ao levantamento e golpe militar do 25 de Abril de 1974 em Portugal. A luta de libertação nas então colónias portuguesas em África fez aumentar nos portugueses o sentimento e a consciência da necessidade da queda do regime que era ditador e fascista, mas ao mesmo tempo colonialista” (JORNAL DE ANGOLA, 2024).
Referências
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- BUARQUE, Chico. Chico Biscoito Fino, BF 380, 2011b. 1 CD.
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- BUARQUE, Chico. Anos de chumbo e outros contos São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
- BUARQUE, Chico; GUERRA, Ruy. (1973). Calabar: o elogio da traição. 19. ed., texto revisto e modificado pelos autores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994.
- BUARQUE, Chico; PONTES, Paulo. (1975). Gota d’água 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.
- BUARQUE, Chico; VELOSO, Caetano. Melhores momentos de Chico & Caetano Som Livre, 530.045, 1986. 1 LP.
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CHICO BUARQUE. Álbuns. Disponível em: https://www.chicobuarque.com.br/obra/albuns Acesso em: 19 jul. 2024.
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CHICO em cena. Episódio 1. De “Morte e vida severina” aos saltimbancos. 15 maio 2024. Roteiro e apresentação: Otávio Filho. Edição: Filipe Di Castro. Tempo: 1:16:47. Disponível em: https://radiobatuta.ims.com.br/programas/chico-em-cena/de-morte-e-vida-severina-aos-saltimbancos Acesso em: 19 jul. 2024.
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CHICO em cena. Episódio 2. Ópera do malandro. 21 maio 2024. Roteiro e apresentação: Otávio Filho. Edição: Filipe Di Castro. Tempo: 1:17:48. Disponível em: https://radiobatuta.ims.com.br/programas/chico-em-cena/opera-do-malandro Acesso em: 19 jul. 2024.
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CHICO em cena. Episódio 3. O grande circo místico. 29 maio 2024. Roteiro e apresentação: Otávio Filho. Edição: Filipe Di Castro. Tempo: 1:16:07. Disponível em: https://radiobatuta.ims.com.br/programas/chico-em-cena/o-grande-circo-mistico Acesso em: 19 jul. 2024.
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CHICO em cena. Episódio 4. Outras trilhas com Edu Lobo. 5 jun. 2024. Roteiro e apresentação: Otávio Filho. Edição: Filipe Di Castro. Tempo: 1:02:32. Disponível em: https://radiobatuta.ims.com.br/programas/chico-em-cena/outras-trilhas-com-edu-lobo Acesso em: 19 jul. 2024.
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CHICO em cena. Episódio 5. No cinema. 11 jun. 2024. Roteiro e apresentação: Otávio Filho. Edição: Filipe Di Castro. Tempo: 1:04:34. Disponível em: https://radiobatuta.ims.com.br/programas/chico-em-cena/no-cinema Acesso em: 19 jul. 2024.
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ENTINI, Carlos Eduardo. Chico Buarque estreou como escritor no Estadão. Publicado em: 22 mai. 2019. Atualizado em: 19 jun. 2024. Disponível em: https://acesse.dev/9UJLv Acesso em: 18 jul. 2024.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
13 Set 2024 -
Data do Fascículo
2024
Histórico
-
Recebido
19 Jul 2024 -
Aceito
22 Jul 2024