RESUMO DE TESE
Autor: Mariana Maia Freire de Oliveira
Orientador: Prof. Dr. Gustavo Antonio de Sousa
CoOrientadora: Profa. Dra. Maria Salete Costa Gurgel
Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadula de Campinas (Unicamp), em 26 de janeiro de 2007.
INTRODUÇÃO: a fisioterapia no pósoperatório de câncer de mama visa prevenir complicações e promover independência funcional. Porém, não há dados na literatura sobre a influência da fisioterapia realizada durante a radioterapia, bem como qual a melhor abordagem.
OBJETIVO: verificar a influência da fisioterapia realizada durante a radioterapia nas complicações físicas locoregionais: limitação da amplitude de movimento e da capacidade funcional, aumento da circunferência do braço e aderência cicatricial.
MÉTODOS: ensaio clínico controlado randomizado, realizado no Serviço de Fisioterapia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM/Unicamp), com 66 mulheres em tratamento radioterápico após cirurgia para câncer de mama e fisioterapia pósoperatória. As mulheres foram alocadas no Grupo 1 (G1, 32), que realizou fisioterapia, e no Grupo 2 (G2, 34), controle, sendo avaliadas no início e no final da RT e seis meses após término. A amplitude de movimento do ombro foi avaliada pela goniometria, a circunferência do braço, pela cirtometria e a aderência cicatricial, pela palpação e fricção cicatricial. A capacidade funcional foi graduada pelo escore de dificuldade para movimentar o ombro. Para cálculos estatísticos, foi utilizado MANOVA com estatísitca de Wilks ou Friedman e os testes de associação c2 ou exato de Fisher, assumindo nível de significância a=5%.
RESULTADOS: A idade média foi de 52,3±10,6 anos para o G1 e 48,7±10,8 anos para o G2. Os valores médios de amplitude de movimento do ombro para abdução e flexão observados nas três avaliações revelaram melhores resultados para G1 em relação ao G2 (p=0,0244 e 0,0044, respectivamente). Na avaliação final, a freqüência de aderência cicatricial no G1 foi duas vezes menor que a observada no G2 (24 e 48%, p=0,0477).
CONCLUSÕES: a fisioterapia realizada durante a radioterapia para tratamento de câncer de mama previne a limitação na amplitude de movimento do ombro, minimiza a incidência de aderência cicatricial e parece favorecer a melhora da capacidade funcional. No período estudado, não foi encontrada associação entre a realização da fisioterapia e alteração na circunferência do braço.
Palavraschave: Câncer de mama, Radioterapia, Morbidade, Fisioterapia
Eficácia da fisioterapia realizada durante a radioterapia na prevenção de complicações locoregionais em mulheres em tratamento por câncer de mama: ensaio clínico controlado
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
03 Jun 2008 -
Data do Fascículo
Fev 2008