Resumos
O trabalho foi conduzido no município de Três Pontas, Sul de Minas Gerais, de outubro a dezembro de 2002, com o objetivo de avaliar a influência de doses de nitrogênio (N) e molibdênio (Mo) no rendimento e teor de micronutrientes da alface americana. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados em arranjo fatorial 4 x 5, compreendendo quatro doses de N (0, 60, 120 e 180 kg ha-1) em cobertura adicionais à dose aplicada pelo produtor de 60 kg ha-1 e cinco doses de Mo via foliar (0,0; 35,1; 70,2; 105,3 e 140,4 g ha-1) com três repetições. O maior rendimento de massa fresca comercial foi obtido com a dose de 89,1 kg ha-1 de N em cobertura e 94,2 g ha-1 de Mo. Os resultados indicaram incremento nos teores de boro, zinco, ferro e manganês com o aumento das doses de N e Mo. Em relação ao teor de cobre verificou-se efeito significativo da interação N x Mo, evidenciando para a maior dose de Mo (140,4 g ha-1) uma redução linear com o aumento das doses de N.
Lactuca sativa; rendimento; boro; zinco; cobre; ferro; manganês
The trial was carried out in Três Pontas, Minas Gerais State, Brazil, from October to December, 2002, to evaluate the influence of doses of nitrogen and molybdenum on yield and macronutrient uptake of crisphead lettuce (Lactuca sativa L.). A randomized complete block design scheme with three replications was used, in which the treatments were a factorial combination of nitrogen rates (0, 60, 120 and 180 kg ha-1 of N) in top dressing in addition to the dose used by farmers (60 kg ha-1 of N) and five foliar molybdenum rates (0.0; 35.1; 70.2; 105.3 and 140.4 g ha-1). The highest yield of commercial fresh mass was obtained using the dose of 89.1 kg ha-1 of nitrogen in top dressing and 94.2 g ha-1 of molybdenum. The results indicated an increase in the levels of Ca, Zn, Fe and Mn as a consequence of the application of higher doses of nitrogen and molybdenum. Significant effect of the interaction N x Mo on the Cu level was verified and it was evidenced, for the highest molybdenum level (140.4 g ha-1), a linear reduction due to the application of increasing doses of nitrogen.
Lactuca sativa; yield; boron; zinc; copper; iron; manganese
PESQUISA RESEARCH
Doses de nitrogênio e molibdênio no rendimento e teor de micronutrientes em alface americana
Doses of nitrogen and molybdenum effects on yield and micronutrient content of crisphead lettuce plants
Geraldo M de ResendeI; Marco Antônio R AlvarengaII; Jony E YuriIII; Rovilson José de SouzaII
IEmbrapa Semi-Árido, C. Postal 23, 56302-970 Petrolina-PE; gmilanez@cpatsa.embrapa.br
IIUFLA-Depto. Agricultura, C. Postal 37, 37200-000 Lavras-MG; marcoalvarenga@ufla.br; rovilson@ufla.br
IIIUNINCOR, Av. Castelo Branco 82, 37410-000 Três Corações-MG; jonyyuri@uol.com.br
RESUMO
O trabalho foi conduzido no município de Três Pontas, Sul de Minas Gerais, de outubro a dezembro de 2002, com o objetivo de avaliar a influência de doses de nitrogênio (N) e molibdênio (Mo) no rendimento e teor de micronutrientes da alface americana. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados em arranjo fatorial 4 x 5, compreendendo quatro doses de N (0, 60, 120 e 180 kg ha-1) em cobertura adicionais à dose aplicada pelo produtor de 60 kg ha-1 e cinco doses de Mo via foliar (0,0; 35,1; 70,2; 105,3 e 140,4 g ha-1) com três repetições. O maior rendimento de massa fresca comercial foi obtido com a dose de 89,1 kg ha-1 de N em cobertura e 94,2 g ha-1 de Mo. Os resultados indicaram incremento nos teores de boro, zinco, ferro e manganês com o aumento das doses de N e Mo. Em relação ao teor de cobre verificou-se efeito significativo da interação N x Mo, evidenciando para a maior dose de Mo (140,4 g ha-1) uma redução linear com o aumento das doses de N.
Palavras-chave:Lactuca sativa, rendimento, boro, zinco, cobre, ferro, manganês.
ABSTRACT
The trial was carried out in Três Pontas, Minas Gerais State, Brazil, from October to December, 2002, to evaluate the influence of doses of nitrogen and molybdenum on yield and macronutrient uptake of crisphead lettuce (Lactuca sativa L.). A randomized complete block design scheme with three replications was used, in which the treatments were a factorial combination of nitrogen rates (0, 60, 120 and 180 kg ha-1 of N) in top dressing in addition to the dose used by farmers (60 kg ha-1 of N) and five foliar molybdenum rates (0.0; 35.1; 70.2; 105.3 and 140.4 g ha-1). The highest yield of commercial fresh mass was obtained using the dose of 89.1 kg ha-1 of nitrogen in top dressing and 94.2 g ha-1 of molybdenum. The results indicated an increase in the levels of Ca, Zn, Fe and Mn as a consequence of the application of higher doses of nitrogen and molybdenum. Significant effect of the interaction N x Mo on the Cu level was verified and it was evidenced, for the highest molybdenum level (140.4 g ha-1), a linear reduction due to the application of increasing doses of nitrogen.
Keywords:Lactuca sativa, yield, boron, zinc, copper, iron, manganese.
A alface americana, tipo repolhuda (crisphead lettuce), vem adquirindo importância crescente, principalmente, na região sul de Minas Gerais. O plantio deste tipo de alface visa principalmente atender as redes fast food de alimentação, como MacDonald's (Mota et al., 2003).
A fertilização constitui uma das práticas agrícolas mais caras e de maior retorno econômico, resultando em maiores rendimentos e em produtos mais uniformes e de maior valor comercial (Ricci et al., 1995). A alface é uma planta composta basicamente por folhas e responde à fertilização nitrogenada. A deficiência de N retarda o crescimento da planta e induz à má formação da cabeça, folhas mais velhas amareladas que desprendem-se com facilidade (Garcia et al., 1982).
O Mo é constituinte de pelo menos cinco enzimas catalisadoras de reações (redutase do nitrato, nitrogenase e oxidase do sulfito) e três são encontradas em plantas (Gupta & Lipsett, 1981), sendo a sua função mais importante relacionada com o metabolismo do N.
O crescimento da alface, e como conseqüência o acúmulo de nutrientes, é lento até 30 dias após a emergência, aumentando rapidamente após este período. Apesar de absorver quantidades relativamente pequenas de nutrientes devido ao seu ciclo curto (2 a 3 meses), esta cultura pode ser considerada exigente em nutrientes, principalmente na fase final do seu ciclo (Katayama, 1993).
Informações relacionadas à fertilização da alface com os micronutrientes boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco, são escassas, principalmente em se tratando de alface tipo americana. Entretanto, estes nutrientes são essenciais uma vez que a sua falta impede a planta de completar seu ciclo vital (Malavolta, 2006).
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de doses de N e de Mo sobre o rendimento e teor de micronutrientes na parte aérea da alface americana cultivada sob condições de verão no sul de Minas Gerais.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em propriedade rural, no município de Três Pontas, sul de Minas Gerais, (21º22'00" S; 45º30'45'' W; 870 m altitude) (IBGE, 2005), em solo classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico textura argilosa (Embrapa, 1999). O clima da região é caracterizado por temperatura média anual variando de 15,8ºC no mês mais frio, a 22,1ºC no mês mais quente; com precipitação média anual de 1.529,7 mm e umidade relativa do ar de 76,2% (Brasil, 1992). A análise química do solo resultou os valores: K= 70,0 mg dm-3; P (Mehlich)= 78,0 mg dm-3; Ca= 4,1 cmolc dm-3; Mg= 0,8 cmolc dm-3; Al= 0,0 cmolc dm-3; H + Al= 2,3 cmolc dm-3; Zn= 0,8 mg dm-3; Fe= 25,0 mg dm-3; Mn= 14,2 mg dm-3; Cu= 1,0 mg dm-3; B= 0,3 mg dm-3; pH em H20= 6,0 e MO= 24 g kg-1.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso; os tratamentos distribuídos em fatorial 4 x 5, compreendendo quatro doses de nitrogênio (0, 60, 120 e 180 kg ha-1) em cobertura adicionais à dose aplicada pelo produtor de 60 kg de N ha-1 e cinco doses de molibdênio aplicadas via foliar (0,0; 35,1; 70,2; 105,3 e 140,4 g ha-1), com três repetições. A uréia foi utilizada como fertilizante nitrogenado e o molibdato de sódio como fonte de Mo. A uréia foi aplicada em cobertura aos 10, 20 e 30 dias após o transplante em 40%, 30% e 30%, respectivamente, da dose total em avaliação. As doses de uréia avaliadas foram previamente diluídas em água pura, aplicando-se 10 mL da solução, lateralmente a cada planta. O molibdato de sódio foi aplicado aos 21 dias após o transplante por meio de pulverizador costal manual capacidade de 4 L em máxima pressão, gastando-se 300 L ha-1 de calda.
O preparo do solo foi realizado com aração e gradagem, e os canteiros foram levantados a 0,20 m de altura. As mudas foram feitas em bandejas multicelulares de 288 células cada uma, preenchidas com substrato artificial (Plantmax), sendo o transplante feito aos 25 dias após o semeio, quando as plantas apresentaram dois pares de folhas definitivas, utilizando-se a cultivar Raider.
As parcelas experimentais constituíram-se de canteiros com quatro linhas de 2,1 m de comprimento e espaçamento entre plantas de 0,30 x 0,35 m. As linhas centrais formaram a área útil, retirando-se duas plantas em cada extremidade. Em toda a área foi instalada uma estrutura de proteção, constituída de túneis altos com 2,0 m de altura, cobrindo dois canteiros por túnel, constituído de tubos de ferro galvanizados, coberta com filme plástico transparente de baixa densidade, aditivado com anti-UV, de 100 micras de espessura. Os canteiros foram revestidos com filme plástico preto mulching, de 4 m de largura e 35 µm de espessura.
A fertilização básica de plantio utilizada pelo produtor constou de 30 kg de N + 410 kg de P2O5 + 120 kg de K2O. Após os adubos serem incorporados ao solo, instalou-se em cada canteiro duas linhas de tubo gotejador, com emissores espaçados a cada 30 cm e com vazão de 1,5 L h-1. As adubações em cobertura foram realizadas através de fertirrigações diárias, totalizando 30 kg de N ha-1 e 60 kg de K2O ha-1.
A cultura foi mantida no limpo por meio de capinas manuais e o controle fitossanitário foi realizado pelo método padrão do produtor, com pulverizações semanais alternando produtos à base de oxicloreto de cobre, iprodione, procimidone e piretróides, de acordo com a necessidade.
O transplantio das mudas foi realizado 30 dias após a semeadura em 28 de outubro de 2002 e a colheita foi feita em 9 de dezembro de 2002, quando as plantas apresentaram-se completamente desenvolvidas.
Por ocasião da colheita avaliou-se o rendimento de massa fresca comercial (g planta-1) e retiraram-se amostras no terço médio da cabeça comercial de todas as plantas úteis da parcela, obtendo-se uma amostra (±300 g) por tratamento. Estas foram lavadas em água corrente e destilada, e secas em estufa com circulação forçada de ar, a 65-70ºC, até peso constante, moídas e acondicionadas em recipientes vedados com tampa de plástico, com as devidas identificações. A análise dos micronutrientes no respectivo material foi realizada em laboratório da UFLA.
O boro foi determinado pelo método colorimétrico da curcumina com digestão por via seca. O zinco, manganês e cobre foram determinados por espectrofotometria de absorção atômica no extrato nitroperclórico. Os demais micronutrientes foram analisados por espectrofotometria de absorção atômica (EAA), de acordo com Malavolta et al. (1997).
Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e regressão com base no modelo polinomial a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve efeitos significativos das doses de N e de Mo para massa fresca comercial da parte aérea. As doses de N foram ajustadas a um modelo quadrático, no qual 89,6 kg ha-1 de N em cobertura resultaram em maior rendimento (Figura 1). Estes resultados são inferiores aos encontrados por Tei et al. (2000), para alface tipo lisa e butterhead, que verificaram maiores produtividades com a dose de 155,0 kg ha-1 de N. Furtado (2001), avaliando doses acima de 148,0 kg ha-1 de N, não encontrou para massa fresca comercial diferenças significativas.
Em relação às doses de Mo observou-se efeito quadrático com máxima produtividade na dose de 94,2 g ha-1 (Figura 2). Com o incremento das doses de Mo em função das épocas de aplicação, Yuri et al. (2004) verificaram efeitos quadráticos para massa fresca comercial, tendo as doses de 82,7 g ha-1 proporcionado o maior rendimento quando aplicado aos 21 dias após o transplantio. Resultados positivos da aplicação de Mo na cultura da alface são relatados por Zito et al. (1994), que observaram aumento médio de 24,1%, na produção comercial de alface com a aplicação desse micronutriente.
Os teores de boro na parte aérea da alface receberam influência das doses de N e Mo, assim como da interação destes fatores. O desdobramento da interação Mo x N mostrou efeitos lineares positivos na ausência de Mo e na dose de 70,2 g ha-1 de Mo, as quais aumentaram linearmente com o incremento das doses de N (Tabela 1). Na dose de 35,1 g ha-1 de Mo, ajustou-se um modelo quadrático com teor mínimo de boro (19,8 mg kg-1) na dose de 94,2 g ha-1 de N em cobertura. Para a dose de 105,3 g ha-1 de Mo verificou-se efeito quadrático com maior teor de boro (16,8 mg kg-1) na dose de 106,6 kg ha-1 de N. Estes resultados estão coerentes com os obtidos por Resende et al. (1997) que constataram aumento linear no teor de boro na parte aérea do milho, com o incremento das doses de N, atribuindo este fato, ao papel do N no desenvolvimento da planta. Furtado (2001) também encontrou tendência de maior teor de boro com o incremento das doses de N em alface americana.
Foram constatados efeitos significativos das doses de N e Mo e da interação destes fatores no teor de zinco na parte aérea da alface. Desdobrando-se a interação Mo x N verificou-se um efeito linear positivo para a dose de 35,1 g de Mo ha-1, a qual aumentou com o incremento das doses de N (Tabela 1). Na ausência de Mo, a dose de 74,6 kg de N ha-1 em cobertura promoveu o maior teor de Zn. Os maiores teores de Zn foram obtidos para as interações entre as doses de 70,2, 105,3 e 140,4 g ha-1 de Mo e 102,1, 113,3 e 86,3 kg ha-1 de N. Também foram observados efeitos positivos da fertilização nitrogenada sobre o teor de zinco na parte aérea de batata (Soltanpour, 1969) e milho (Resende et al., 1997), assim como em Ligustrum vulgare (Stratton et al, 2001). Furtado (2001) porém não observou diferença significativa no teor de zinco em função da aplicação de doses de N em alface americana.
Resultados similares foram observados em relação ao teor de cobre na parte aérea da alface (Tabela 1). Na análise da interação Mo x N foram ajustados modelos quadráticos, evidenciando para a maior dose de Mo (140,4 g ha-1) um efeito linear depressivo com o aumento das doses de N. Na ausência da fertilização com Mo, nas doses de 70,2 e 105,3 g ha-1, ajustaram-se modelos quadráticos com pontos de máximo teor de cobre nas doses de 62,2, 89,8 e 92,2 kg ha-1 de N em cobertura. Para a dose de 35,1 g ha-1 de Mo houve ajuste quadrático com ponto de mínimo teor de cobre na dose de 113,3 g de N ha-1. Furtado (2001) não observou aumento no teor de cobre em alface americana submetida a aplicações de doses crescentes de N, bem como Alvarenga et al. (2000) quando aplicaram N e cálcio. No entanto, Resende et al. (1997) constataram aumento linear no teor de cobre na parte aérea do milho com as doses de N. Stratton et al. (2001) observaram maior teor de cobre na parte aérea de ligustrum (privet) em função da aplicação de N. Segundo Santos (1991), há um efeito de inibição não competitiva entre os íons MoO42- e Cu2+, isto é, o inibidor se combina com o sítio não ativo do carregador.
Observaram-se efeitos significativos das doses de N, Mo e da interação N x Mo sobre o teor de ferro na parte aérea da alface. O desdobramento da interação entre doses de N e de Mo ajustou modelos quadráticos para todas as doses (Tabela 1). Na ausência de Mo obteve-se a dose de 133,9 kg de N ha-1 como a que proporcionou maior teor de ferro. Para as doses de 35,1; 70,2; 105,3 e 140,4 g ha-1 de Mo estimou-se as doses 119,6; 95,6; 99,1 e 95,8 kg ha-1 de N, respectivamente, como as que resultaram em maior teor de Fe. Furtado (2001) observou tendência de maior teor de ferro com o incremento das doses de N em alface americana. Resende et al. (1997) obtiveram maior teor de Fe na parte aérea de plantas de milho com fertilização nitrogenada.
A análise do teor de manganês na parte aérea da alface mostrou efeitos significativos das doses de N e Mo e da interação entre esses nutrientes (Tabela 1). Pelo desdobramento da interação verificou-se na ausência de Mo, um ajuste quadrático, no qual a dose de 134,6 kg ha-1 de N em cobertura resultou em maior teor de manganês. Para as demais doses de Mo ajustou-se modelos lineares positivos, ou seja, com o incremento das doses de N houve incremento no teor de manganês. Furtado (2001) observou uma tendência de aumento do teor de manganês na parte aérea de alface americana com o aumento das doses de N, enquanto Resende et al. (1997), verificaram aumento na absorção de manganês na planta com a adubação nitrogenada em milho e por Stratton et al. (2001) em Ligustrum vulgare (privet).
Conclui-se que as doses de 89,1 kg ha-1 de N em cobertura e 94,2 kg ha-1 de Mo proporcionaram a maior massa fresca comercial, e que a interação N em cobertura e Mo foliar aumentaram os teores de boro, zinco, ferro e manganês e reduziram o teor de cobre na parte aérea de alface americana na maior dose de Mo (140,4 kg ha-1).
(Recebido para publicação em 10 de fevereiro de 2009; aceito em 16 de junho de 2010)
(Received on February 10, 2009; accepted on June 16, 2010)
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
13 Out 2010 -
Data do Fascículo
Set 2010
Histórico
-
Recebido
10 Fev 2009 -
Aceito
16 Jun 2010