Resumos
Objetivo:
A carga de trabalho de enfermagem é constituída pelo tempo dispendido pela equipe de enfermagem para realizar as atividades de sua responsabilidade, relacionadas direta ou indiretamente ao atendimento do paciente. O objetivo deste estudo foi avaliar a carga de trabalho de enfermagem em uma unidade de terapia intensiva adulto de hospital universitário com o uso do instrumento Nursing Activities Score (NAS).
Métodos:
Estudo longitudinal, prospectivo, envolvendo pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário no período de março a dezembro de 2008. Foram coletados dados para o cálculo do NAS, do Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), do Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e do Therapeutic Intervention Scoring System (TISS-28), diariamente até a saída da unidade de terapia intensiva adulto ou 90 dias de internação. O nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados:
Foram avaliados 437 pacientes, resultando em NAS de 74,4%. O tipo de internação, tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e condição de saída do paciente da unidade de terapia intensiva e do hospital foram variáveis associadas a diferenças na carga de trabalho da enfermagem. Houve correlação moderada do NAS médio com o escore de gravidade APACHE II (r=0,329), com o escore de disfunção orgânica SOFA médio (r=0,506) e com o TISS-28 médio (r=0,600).
Conclusão:
Encontramos elevada carga de trabalho de enfermagem no estudo. Esse resultado pode subsidiar planejamento para dimensionamento da equipe. A carga de trabalho sofreu influência de caraterísticas clínicas, sendo observado aumento do trabalho nos pacientes cirúrgicos de urgência e nos não sobreviventes.
Carga de trabalho; Equipe de enfermagem; Índice de gravidade de doença; Hospitais universitários; Unidades de terapia intensiva
Objective:
The nursing workload consists of the time spent by the nursing staff to perform the activities for which they are responsible, whether directly or indirectly related to patient care. The aim of this study was to evaluate the nursing workload in an adult intensive care unit at a university hospital using the Nursing Activities Score (NAS) instrument.
Methods:
A longitudinal, prospective study that involved the patients admitted to the intensive care unit of a university hospital between March and December 2008. The data were collected daily to calculate the NAS, the Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), the Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) and the Therapeutic Intervention Scoring System (TISS-28) of patients until they left the adult intensive care unit or after 90 days of hospitalization. The level of significance was set at 5%.
Results:
In total, 437 patients were evaluated, which resulted in an NAS of 74.4%. The type of admission, length of stay in the intensive care unit and the patients' condition when leaving the intensive care unit and hospital were variables associated with differences in the nursing workload. There was a moderate correlation between the mean NAS and APACHE II severity score (r=0.329), the mean organic dysfunction SOFA score (r=0.506) and the mean TISS-28 score (r=0.600).
Conclusion:
We observed a high nursing workload in this study. These results can assist in planning the size of the staff required. The workload was influenced by clinical characteristics, including an increased workload required for emergency surgical patients and patients who died.
Workload; Nursing, team; Severity of illness index; Hospitals, university; Intensive care units
INTRODUÇÃO
A carga de trabalho de enfermagem tem sido mundialmente discutida nas instituições hospitalares, em razão de suas implicações na qualidade da assistência aos pacientes.( 11 Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3): 346-54. ) Nas unidades de terapia intensiva (UTI), a preocupação é crescente, devido ao impacto das novas tecnologias no cuidado, das mudança do perfil dos pacientes graves e da necessidade de mão de obra especializada.( 11 Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3): 346-54. )
Nas UTI, os profissionais de enfermagem constatam diariamente que o paciente grave exige prolongado tempo de assistência, tanto na realização dos procedimentos rotineiros no momento da admissão, como durante sua permanência, em virtude das instabilidades orgânicas que se instalam ao longo de sua permanência nessas unidades.( 22 Fernandes HS, Pulzi Júnior SA, Costa Filho R. Qualidade em terapia intensiva. Rev Bras Clin Med. 2010; 8(1): 37-45. ) Isso se torna um desafio para o equilíbrio entre a oferta adequada de serviços e o uso racional de recursos.( 33 Lima MK, Tsukamoto R, Fugulin FM. Aplicação do Nursing Activities Score em pacientes de alta dependência de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008; 17(4): 638-46. )
O trabalho da enfermagem é constituído pelo tempo dispendido pela equipe de enfermagem para realizar as atividades de sua responsabilidade, relacionadas direta ou indiretamente ao atendimento do paciente. Essas atividades sofrem a interferência do grau de dependência do paciente, da complexidade da doença, das características da instituição, dos processos de trabalho, da planta física e do perfil dos profissionais da equipe.( 44 Panunto MR, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino. Acta Paul Enferm. 2012; 25(1): 96-101. )
A carga de trabalho de enfermagem também abrange outros fatores em que determinadas atividades não relacionadas com o paciente e seus familiares fazem parte do dever a ser cumprido pelo enfermeiro durante seu turno de trabalho. Essas atividades englobam a educação em enfermagem (acompanhamento de estudantes, treinamento de funcionários) e trabalhos organizacionais e administrativos.( 55 Gonçalves LA, Padilha KG. Fatores associados à carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(4): 645-52. ) Desse modo, a carga de trabalho de enfermagem resulta do total de necessidades a serem atendidas em relação ao pessoal de enfermagem disponível para satisfazê-las, que acaba por se traduzir em tempo de assistência.
Os diversos estudos que descrevem a carga de trabalho de enfermagem demonstram que
características clínicas e demográficas dos pacientes graves não foram associadas a
diferenças da mensuração do trabalho dessa equipe.(
11 Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como
instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm
USP. 2007; 41(3): 346-54.
,
66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working
Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82.
7 Nogueira LS, Sousa RM, Padilha KG, Koike KM. Características clínicas e
gravidade de pacientes internados em UTIs públicas e privadas. Texto Contexto Enferm.
2012; 21(1): 59-67.
-
88 Kiekkas P, Brokalaki H, Manolis E, Samios A, Skartsani C, Baltopoulos G.
Patient severity as an indicator of nursing workload in the intensive care unit. Nurs
Crit Care. 2007; 12(1): 34-41.
) Ao avaliar
o trabalho da enfermagem relacionado à gravidade do paciente, alguns autores descrevem
que o Nursing Activities Score (NAS) de admissão foi associado à maior
tempo de permanência na UTI.(
66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working
Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82.
,
77 Nogueira LS, Sousa RM, Padilha KG, Koike KM. Características clínicas e
gravidade de pacientes internados em UTIs públicas e privadas. Texto Contexto Enferm.
2012; 21(1): 59-67.
) Além disso,
houve associação entre mortalidade e NAS, evidenciando que os pacientes não
sobreviventes resultaram em maior carga de trabalho de enfermagem.(
88 Kiekkas P, Brokalaki H, Manolis E, Samios A, Skartsani C, Baltopoulos G.
Patient severity as an indicator of nursing workload in the intensive care unit. Nurs
Crit Care. 2007; 12(1): 34-41.
)
No sentido de otimizar os recursos financeiros e alocar adequadamente os recursos humanos em UTI, priorizando a qualidade e a segurança da assistência, surge a necessidade de avaliar o desempenho da UTI por meio dos índices prognósticos e pela mensuração da carga de trabalho de enfermagem pois, dentre as equipes de saúde que atuam nas UTI, a enfermagem é a que permanece a maior parte do tempo à beira do leito, realizando procedimentos e intervenções terapêuticas.( 99 Gonçalves LA. Segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva: carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2011. ) Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a carga de trabalho de enfermagem em uma UTI adulto de hospital universitário com o uso do instrumento NAS e analisar o efeito das características clínicas e demográficas sobre essa demanda de trabalho.
MÉTODOS
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina/Hospital Universitário Regional Norte do Paraná, conforme o parecer 217/07 de 24 de outubro de 2007, tendo sido dispensada necessidade de termo de consentimento livre e esclarecido.
Estudo longitudinal, prospectivo, envolvendo pacientes admitidos na UTI adulto do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina no período de 10 de março de 2008 a 31 de dezembro 2008. O Hospital Universitário é um órgão suplementar da Universidade Estadual de Londrina. Trata-se de um hospital público, terciário e de grande porte, com 316 leitos. A UTI clínica-cirúrgica é composta por 17 leitos, sendo que 10 leitos são destinados a internação de pacientes cirúrgicos e clínicos não colonizados por bactérias multirresistentes. Os sete leitos restantes são destinados para internação dos pacientes considerados infectados e/ou colonizados por bactérias multirresistentes e que necessitam de isolamento. A equipe de enfermagem da UTI adulto é composta de um enfermeiro para cada dez leitos e um técnico de enfermagem para cada dois leitos.
A amostra foi constituída por todos os pacientes admitidos consecutivamente na UTI no período do estudo. Foram excluídos os pacientes com idade inferior a 18 anos e tempo de internação na UTI menor do que 24 horas. Para os pacientes que apresentaram mais de uma internação na UTI (readmissão), foi considerada somente a primeira internação para análise no estudo. Foram considerados como critérios de perda de seguimento os pacientes transferidos da UTI para outro hospital/serviço.
Para a caracterização dos pacientes, foram coletados dados de identificação e de internação na UTI. Os dados de identificação foram: iniciais do nome, gênero, data de nascimento, clínica, número do prontuário e número de atendimento. Os dados de internação na UTI adulto coletados foram: data e hora de admissão, procedência (enfermaria, pronto-socorro e centro cirúrgico), tipo de internação (clínica, cirúrgica-eletiva e cirúrgica-urgência), diagnóstico de admissão, data e hora de saída da UTI, condição de saída da UTI (sobrevivente ou não sobrevivente), condição de saída do hospital (sobrevivente ou não sobrevivente).
A instituição do local da pesquisa aplica rotineiramente o Therapeutic Intervention Score System (TISS 28) para medir e caracterizar a carga de trabalho da enfermagem no setor de terapia intensiva, além do escore de gravidade Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II) e do escore de disfunção orgânica Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) para caracterizar a gravidade dos pacientes. Os dados coletados de rotina foram avaliados nos pacientes do estudo e foi adicionada a coleta de dados para o NAS. As informações de todos esses dados foram obtidas diariamente pelos registros no prontuário do paciente. Os dados foram coletados até a saída da UTI adulto ou até os pacientes completarem 90 dias de internação.
O instrumento NAS divide-se em 7 grandes categorias e 23 atividades. As categorias são: atividades básicas (monitorização e controles, investigações laboratoriais, medicação, procedimentos de higiene, cuidados com drenos, mobilização e posicionamento, suporte e cuidados aos familiares e pacientes, e tarefas administrativas e gerenciais); suporte ventilatório, suporte cardiovascular, suporte renal, suporte neurológico, suporte metabólico e intervenções específicas.( 66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82. )
Para a avaliação da carga de trabalho de enfermagem na UTI adulto, foram aplicados os instrumentos TISS-28( 1010 Miranda DR, de Rijk A, Schaufeli W. Simplified Therapeutic Intervention Scoring System: the TISS-28 items-results from a multicenter study. Crit Care Med. 1996; 24(1): 64-73. ) e NAS.( 66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82. ) Na aplicação desses instrumentos, foram consideradas algumas observações: foi considerado como 24 horas o período das 7h da manhã de um dia até as 7h da manhã do dia seguinte; no primeiro dia de internação, as atividades realizadas foram computadas a partir da hora da admissão na UTI até as 7h da manhã do dia seguinte; no dia da alta, foram consideradas as intervenções realizadas a partir da sua última aplicação até o momento da alta; os itens que não ocorreram durante a aplicação do instrumento receberam pontuação zero.
Neste estudo, o primeiro dia dos escores SOFA, TISS-28 e NAS foi calculado no dia da admissão na UTI, sendo denominado de SOFA-admissão, TISS-28-admissão e NAS-admissão.
O escore APACHE II( 1111 Knaus WA, Draper EA, Wagner DP, Zimmerman JE. Apache II: a severity of disease classification system. Crit Care Med. 1985; 13(10): 818-29. ) foi coletado com a finalidade de caracterizar a população do estudo quanto à gravidade e ao risco de mortalidade. O cálculo desse escore foi realizado com base nos dados das primeiras 24 horas de internação na UTI. A definição de doença crônica seguiu os critérios descritos por esse escore.
Para observar variações na função orgânica, todos os pacientes foram avaliados pelo escore SOFA,( 1212 Vincent JL, de Mendonça A, Cantraine F, Moreno R, Takala J, Suter PM, et al. Use of the SOFA score to assess the incidence of organ dysfunction/failure in intensive care units: results of a multicenter, prospective study. Working group on "sepsis-related problems" of the European Society of Intensive Care Medicine. Crit Care Med. 1998; 26(11): 1793-800. ) que contempla a avaliação de seis sistemas orgânicos principais: respiratório, renal, hepático, coagulação, cardiovascular e nervoso central. A disfunção orgânica foi quantificada por escore que varia de zero a 4, considerando os piores valores das 24 horas para cada órgão.
Análise estatística
As variáveis quantitativas contínuas foram descritas após ser avaliada a aderência à distribuição normal. Para isso, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. Para a variável que apresentou distribuição normal, foram calculados a média e o desvio padrão. As variáveis categóricas nominais foram descritas em frequência bruta e relativa (%) de cada variável.
As variáveis contínuas foram comparadas e correlacionadas após avaliar a aderência à distribuição normal. Para dados com distribuição normal, a comparação de dois grupos foi efetuada com o teste t de Student e mais de dois grupos com a análise de variância. Para dados com distribuição não normal foi utilizado o teste de Mann-Whitney para comparar dois grupos e o teste de Kruskal-Wallis para comparar mais de dois grupos.
Para avaliar as correlações entre as variáveis contínuas, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Para analisar a magnitude das correlações, os valores de referência adotados foram: fraca <0,30; moderada de 0,30 a 0,60; forte >0,60 a 0,99 e perfeita=1,00. O nível de significância adotado foi de 5%.
RESULTADOS
Durante o período de estudo, 622 pacientes foram admitidos na UTI, sendo que 19 pacientes foram excluídos do estudo por serem menores de 18 anos de idade, 35 por se tratarem de readmissões e 131 por terem permanecido na UTI menos de 24 horas. Não houve transferência de paciente para outro hospital/serviço. Assim, um total de 437 pacientes foi avaliado.
As características demográficas e clínicas dos 437 pacientes avaliados pelo NAS durante o período de estudo estão descritas na tabela 1.
Características clínicas e demográficas dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva
Os resultados de comparação da média do NAS de acordo com as características clínicas e demográficas dos pacientes estão descritos na tabela 2, na qual é possível observar que o tipo internação, o tempo de permanência na UTI e a condição de saída do paciente da UTI e do hospital foram as variáveis que se associaram com diferenças na carga de trabalho da enfermagem.
Comparação da carga de trabalho de enfermagem (Nursing Activities Score) segundo as variáveis demográficas e clínicas dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva
A análise da tabela 3 mostra que os resultados obtidos da correlação entre o NAS-Admissão médio com o APACHE II, SOFA-Admissão médio e TISS-28-Admissão médio foram significativos (p<0,001). Observa-se que houve correlação moderada na análise desses escores.
Correlações entre Nursing Activities Score médio e os escores Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II, Therapeutic Intervention Scoring System e Sequential Organ Failure Assesment dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva
DISCUSSÃO
Este estudo avaliou a carga de trabalho da enfermagem descrita pelo NAS em pacientes internados em UTI médico-cirúrgica. A elevada média do NAS encontrada no estudo reflete que cada paciente demanda mais da metade da carga de trabalho do enfermeiro, sugerindo uma proporção ideal de um profissional da enfermagem por leito de UTI.
Esse assunto é de fundamental interesse, já que uma equipe superdimensionada resulta em alto custo.( 55 Gonçalves LA, Padilha KG. Fatores associados à carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(4): 645-52. ) Por outro lado, sabe-se que uma equipe reduzida tende a determinar prejuízo na qualidade da assistência, interferindo na segurança do paciente,( 99 Gonçalves LA. Segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva: carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2011. ) prolongando a internação e gerando maior custo.( 1313 Queijo AF, Padilha KG. Instrumento de medida da carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Nursing Activities Score (N.A.S). Rev Paul Enferm. 2004; 23:114-22. )
Os índices de mensuração da carga de trabalho de enfermagem possibilitam uma avaliação adequada da complexidade do paciente, do tempo de enfermagem requerido para a prestação dos cuidados, do número de enfermeiros necessários por plantão, bem como dos recursos materiais necessários.( 11 Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3): 346-54. ) O índice mais descrito na literatura foi a versão simplificada do TISS-28.( 1212 Vincent JL, de Mendonça A, Cantraine F, Moreno R, Takala J, Suter PM, et al. Use of the SOFA score to assess the incidence of organ dysfunction/failure in intensive care units: results of a multicenter, prospective study. Working group on "sepsis-related problems" of the European Society of Intensive Care Medicine. Crit Care Med. 1998; 26(11): 1793-800. ) Apesar da importância desse instrumento, a aplicação prática mostrou falhas estruturais para a medida total da carga de trabalho de enfermagem, uma vez que as atividades relacionadas ao cuidado indireto do paciente, como tarefas organizacionais, não estavam incluídas em sua composição.( 1414 Morris R, MacNeela P, Scott A, Treacy P, Hyde A. Reconsidering the conceptualization of nursing workload: literature review. J Adv Nurs. 2007; 57(5): 463-71. )
O NAS foi desenvolvido por Miranda et al.( 66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82. ) e tem apresentado uso crescente em UTI. Esse escore abrange um maior número de atividades desempenhadas pela equipe de enfermagem,( 1515 Reis Miranda D, Jegers M. Monitoring costs in the ICU: a search for a pertinent methodology. Acta Anaesthesiol Scand. 2012; 56(9): 1104-13. ) sobretudo na categoria "atividades básicas", com um maior detalhamento dos itens "monitorização e controles", "procedimentos de higiene" e "mobilização e posicionamento do paciente" e a inclusão dos itens "suporte e cuidados aos familiares/pacientes" e "tarefas administrativas e gerenciais".
O escore obtido pela pontuação do NAS expressa diretamente a percentagem de tempo gasto pela equipe de enfermagem na assistência ao paciente grave, cuja pontuação pode variar de zero a 176,8%,( 66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82. ) isto é, representa o quanto do tempo de trabalho de um profissional o paciente requereu nas últimas 24 horas. Portanto, uma pontuação igual a 100 pontos, significa que o paciente requereu 100% do tempo de um trabalhador de enfermagem no seu cuidado, nas últimas 24 horas.( 1313 Queijo AF, Padilha KG. Instrumento de medida da carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Nursing Activities Score (N.A.S). Rev Paul Enferm. 2004; 23:114-22. ) Cada ponto do NAS equivale a 14,4 minutos de assistência de enfermagem prestada.( 11 Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3): 346-54. )
Com relação à população do estudo, as características demográficas e clínicas dos nossos pacientes obtiveram resultados comparáveis a estudos recentes realizados em pacientes graves, sendo nossa média de idade ligeiramente superior se comparada a de estudo realizado em hospital de ensino( 1616 Brito AP, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em uma unidade de internação. Rev Latinoam Enferm. 2011; 19(5): 1139-45. ) e igual a de estudo realizado em UTI de hospital de grande porte.( 1717 Leite IR, Silva GR, Padilha KG. Nursing Activities Score e demanda de trabalho de enfermagem em terapia intensiva. Acta Paul Enferm. 2012; 25(6): 837-43. ) A média de pontuação do escore APACHE II foi maior em nosso estudo em comparação com a de estudo realizado em UTI geral de hospital universitário.( 1818 Oliveira AB, Dias OM, Mello MM, Araújo S, Dragosavac D, Nucci A, et al. Fatores associados à maior mortalidade e tempo de internação prolongado em uma unidade de terapia intensiva de adultos. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(3): 250-6. ) A proporção equilibrada entre pacientes cirúrgicos e clínicos encontrada em nosso estudo foi semelhante a estudo realizado em unidade de gastroenterologia,( 1919 Panunto MR, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em uma unidade de gastroenterologia. Rev Latinoam Enferm. 2009; 17(6): 1009-14. ) e diferiu dos dados encontrados em outros estudos: foi descrita predominância de pacientes cirúrgicos em estudo realizado em UTI de hospital de grande porte( 1717 Leite IR, Silva GR, Padilha KG. Nursing Activities Score e demanda de trabalho de enfermagem em terapia intensiva. Acta Paul Enferm. 2012; 25(6): 837-43. ) e de pacientes clínicos em estudo realizado com pacientes idosos.( 2020 Sousa CR, Gonçalves LA, Toffoleto MC, Leão K, Padilha KG. Preditores da demanda de trabalho de enfermagem para idosos internados em unidade de terapia intensiva. Rev Latinoam Enferm. 2008; 16(2): 218-23. )
Em estudo recente, Nogueira et al. descrevem diferenças na mensuração do NAS entre os pacientes de instituições públicas e privadas, sendo que os pacientes em instituições públicas apresentavam média do NAS de admissão maior (68,1) comparados aos pacientes em instituições privadas (56,0).( 2121 Nogueira LS, Koike KM, Sardinha DS, Padilha KG, Sousa RM. Carga de trabalho de enfermagem em unidades de terapia intensiva públicas e privadas. Rev Bras Ter Intensiva. 2013; 25(3): 225-32. ) Nossos pacientes estavam internados em instituição pública e apresentaram elevada média do NAS de admissão (87,5), sendo esse achado consistente com os dados de literatura.
Poucos estudos( 2222 Dias MC. Aplicação do Nursing Activities Score - N.A.S. - como instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem em UTI cirúrgica cardiológica [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2006. , 2323 Ducci AJ, Zanei SS, Whitaker IY. Carga de trabalho de enfermagem para quantificar proporção profissional de enfermagem/paciente em UTI cardiológica. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(4): 673-80. ) obtiveram média do NAS semelhante à de nossos dados, o que aponta para uma elevada demanda de cuidados de enfermagem. A Resolução 26 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),( 2424 Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 26, de 11 de maio de 2012. Altera a Resolução RDC nº 07, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 mai. 2012. Seção 1, Edição 92, p. 170. ) de 11 de maio de 2012, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de UTI e dá outras providências, preconiza a relação de um técnico de enfermagem para cada dois leitos, bem como a relação de um enfermeiro assistencial para cada dez leitos ou fração, em cada turno de trabalho. Essa proporção de profissionais por leito pode ser considerada inadequada para os cuidados dos pacientes deste estudo, pois essa alta carga de trabalho de enfermagem pode interferir na segurança e na qualidade da assistência prestada aos pacientes.
A carga de trabalho avaliada pela média geral do NAS durante toda a internação não sofreu influência de diferenças de características demográficas, tais como gênero ou faixa etária, nem tampouco da procedência. Esses resultados são semelhantes àqueles encontrados em outras pesquisas,( 2525 Coelho FU, Queijo AF, Andolhe R, Gonçalves LA, Padilha KG. Carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva de cardiologia e fatores clínicos associados. Texto Contexto Enferm. 2011; 20(4): 735-41. , 2626 Padilha KG, de Sousa RM, Queijo AF, Mendes AM, Reis Miranda D. Nursing Activities Score in the intensive care unit: analysis of the related factors. Intensive Crit Care Nurs. 2008; 24(3): 197-204. ) que avaliam o desempenho do NAS em pacientes internados em UTI.
O paciente admitido em pós-operatório de cirurgia de urgência necessitou de maior carga de trabalho em nosso estudo, sendo um resultado diferente do encontrado na literatura.( 2525 Coelho FU, Queijo AF, Andolhe R, Gonçalves LA, Padilha KG. Carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva de cardiologia e fatores clínicos associados. Texto Contexto Enferm. 2011; 20(4): 735-41. , 2626 Padilha KG, de Sousa RM, Queijo AF, Mendes AM, Reis Miranda D. Nursing Activities Score in the intensive care unit: analysis of the related factors. Intensive Crit Care Nurs. 2008; 24(3): 197-204. ) Com relação ao tempo de permanência na UTI, estudos demonstram que a carga de trabalho apresenta associação direta com a permanência na UTI, ou seja, os pacientes com maior carga de trabalho, no início da internação, apresentam maior tempo de permanência na UTI.( 2626 Padilha KG, de Sousa RM, Queijo AF, Mendes AM, Reis Miranda D. Nursing Activities Score in the intensive care unit: analysis of the related factors. Intensive Crit Care Nurs. 2008; 24(3): 197-204. , 2727 Giakoumidakis K, Baltopoulos GI, Charitos C, Patelarou E, Galanis P, Brokalaki H. Risk factors for prolonged stay in cardiac surgery intensive care units. Nurs Crit Care. 2011; 16(5): 243-51. ) Curiosamente, em nossa casuística, os pacientes com a mais curta permanência (até 2 dias) foram os que apresentaram maior carga de trabalho da enfermagem. Ao analisarmos esse grupo de pacientes, pudemos observar que eram, na sua maioria, não sobreviventes e, portanto, esse resultado provavelmente foi influenciado pelo desfecho do paciente.
Em relação à condição de saída da UTI e do hospital, a carga de trabalho está associada ao desfecho morte, ou seja, os pacientes não sobreviventes necessitam maior carga de trabalho do que os sobreviventes, sendo esse resultado concordante com a literatura.( 2828 Giakoumidakis K, Baltopoulos GI, Charitos C, Patelarou E, Fotos NV, Brokalaki-Pananoudaki H. Risk factors for increased in-hospital mortality: a cohort study among cardiac surgery patients. Eur J Cardiovasc Nurs. 2012; 11(1): 23-33. ) Esse achado se deveu provavelmente ao fato de que a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas é uma causa frequente de morte em pacientes internados em UTI( 2929 Lobo SM, Rezende E, Knibel MF, Silva NB, Páramo JA, Nácul FE, et al. Early determinants of death due to multiple organ failure after noncardiac surgery in high-risk patients. Anesth Analg. 2011; 112(4): 877-83. ) e essa condição clínica demanda a instituição de várias terapias substitutivas, que levam ao aumento da carga de enfermagem.
Os resultados de correlação moderada encontrada entre o NAS e os escores de gravidade de doença APACHE II e de disfunção orgânica SOFA reforçam o conceito de que a carga de trabalho da enfermagem não está associada somente à gravidade do paciente e à intensidade das intervenções e procedimentos realizados, mas abrange um contexto maior de atuação, que envolve as partes clínica, administrativa, educacional e organizacional de uma UTI. Maiores graus de correlação foram descritos por outros autores, tanto para a gravidade do paciente( 3030 Nogueira LS, Santos MR, Mataloun SE, Moock M. Nursing Activities Score: comparação com o índice APACHE II e a mortalidade em pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2007; 19(3): 327-30. , 3131 Cudak EK, Dyk D. [Nursing demand in intensive therapy units]. Anestezjol Intens Ter. 2010; 42(2): 70-4. Polish. ) quanto para a presença de disfunções orgânicas.( 2525 Coelho FU, Queijo AF, Andolhe R, Gonçalves LA, Padilha KG. Carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva de cardiologia e fatores clínicos associados. Texto Contexto Enferm. 2011; 20(4): 735-41. )
Quanto à correlação moderada do NAS e TISS-28, resultados conflitantes foram encontrados na literatura, sendo que uma pesquisa( 3232 Queijo AF. Tradução para o português e validação de um instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Nursing Activities Score (N.A.S.) [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2002. ) encontrou uma correlação forte e significativa, e outra investigação( 66 Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82. ) obteve uma correlação significativa e moderada entre o NAS e o TISS-28. Esses resultados refletem que, apesar desses dois instrumentos avaliarem a carga de trabalho de enfermagem, o TISS 28 mensura o trabalho da enfermagem em contato direto com o paciente e o NAS abrange mais completamente as atividades e funções da enfermagem na UTI. Tendo em vista que a instituição da pesquisa aplicava exclusivamente o escore TISS 28 para avaliação da carga de trabalho da enfermagem, os resultados desta pesquisa sugerem que a incorporação da coleta do NAS na rotina do setor resultará em avaliação mais acurada do dimensionamento de recursos humanos.
Algumas limitações devem ser consideradas. A principal limitação deste estudo está na realização em uma única UTI, portanto seus resultados devem ser extrapolados com cuidado para instituições com características semelhantes. A população de estudo trata-se de um case-mix e, assim, esses resultados devem ser interpretados com cautela para grupos específicos de pacientes.
CONCLUSÃO
Esta pesquisa realizada em uma unidade de terapia intensiva geral obteve média elevada do Nursing Activities Score, evidenciando que existe uma alta carga de trabalho de enfermagem no hospital da pesquisa. Características associadas com aumento da carga de trabalho da enfermagem foram tipo de internação (cirurgia de urgência) e desfecho do paciente (não sobrevivente). A gravidade do paciente e as disfunções orgânicas mostraram correlação moderada com a carga de trabalho da enfermagem.
-
Editor responsável: Gilberto Friedman
REFERÊNCIAS
-
1Conishi RM, Gaidzinski RR. Nursing activities score (NAS) como instrumento para medir carga de trabalho de enfermagem em UTI adulto. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(3): 346-54.
-
2Fernandes HS, Pulzi Júnior SA, Costa Filho R. Qualidade em terapia intensiva. Rev Bras Clin Med. 2010; 8(1): 37-45.
-
3Lima MK, Tsukamoto R, Fugulin FM. Aplicação do Nursing Activities Score em pacientes de alta dependência de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008; 17(4): 638-46.
-
4Panunto MR, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino. Acta Paul Enferm. 2012; 25(1): 96-101.
-
5Gonçalves LA, Padilha KG. Fatores associados à carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(4): 645-52.
-
6Miranda DR, Nap R, de Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G; TISS Working Group. Nursing activities score. Crit Care Med. 2003; 31(2): 374-82.
-
7Nogueira LS, Sousa RM, Padilha KG, Koike KM. Características clínicas e gravidade de pacientes internados em UTIs públicas e privadas. Texto Contexto Enferm. 2012; 21(1): 59-67.
-
8Kiekkas P, Brokalaki H, Manolis E, Samios A, Skartsani C, Baltopoulos G. Patient severity as an indicator of nursing workload in the intensive care unit. Nurs Crit Care. 2007; 12(1): 34-41.
-
9Gonçalves LA. Segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva: carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes [tese]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2011.
-
10Miranda DR, de Rijk A, Schaufeli W. Simplified Therapeutic Intervention Scoring System: the TISS-28 items-results from a multicenter study. Crit Care Med. 1996; 24(1): 64-73.
-
11Knaus WA, Draper EA, Wagner DP, Zimmerman JE. Apache II: a severity of disease classification system. Crit Care Med. 1985; 13(10): 818-29.
-
12Vincent JL, de Mendonça A, Cantraine F, Moreno R, Takala J, Suter PM, et al. Use of the SOFA score to assess the incidence of organ dysfunction/failure in intensive care units: results of a multicenter, prospective study. Working group on "sepsis-related problems" of the European Society of Intensive Care Medicine. Crit Care Med. 1998; 26(11): 1793-800.
-
13Queijo AF, Padilha KG. Instrumento de medida da carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Nursing Activities Score (N.A.S). Rev Paul Enferm. 2004; 23:114-22.
-
14Morris R, MacNeela P, Scott A, Treacy P, Hyde A. Reconsidering the conceptualization of nursing workload: literature review. J Adv Nurs. 2007; 57(5): 463-71.
-
15Reis Miranda D, Jegers M. Monitoring costs in the ICU: a search for a pertinent methodology. Acta Anaesthesiol Scand. 2012; 56(9): 1104-13.
-
16Brito AP, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em uma unidade de internação. Rev Latinoam Enferm. 2011; 19(5): 1139-45.
-
17Leite IR, Silva GR, Padilha KG. Nursing Activities Score e demanda de trabalho de enfermagem em terapia intensiva. Acta Paul Enferm. 2012; 25(6): 837-43.
-
18Oliveira AB, Dias OM, Mello MM, Araújo S, Dragosavac D, Nucci A, et al. Fatores associados à maior mortalidade e tempo de internação prolongado em uma unidade de terapia intensiva de adultos. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(3): 250-6.
-
19Panunto MR, Guirardello EB. Carga de trabalho de enfermagem em uma unidade de gastroenterologia. Rev Latinoam Enferm. 2009; 17(6): 1009-14.
-
20Sousa CR, Gonçalves LA, Toffoleto MC, Leão K, Padilha KG. Preditores da demanda de trabalho de enfermagem para idosos internados em unidade de terapia intensiva. Rev Latinoam Enferm. 2008; 16(2): 218-23.
-
21Nogueira LS, Koike KM, Sardinha DS, Padilha KG, Sousa RM. Carga de trabalho de enfermagem em unidades de terapia intensiva públicas e privadas. Rev Bras Ter Intensiva. 2013; 25(3): 225-32.
-
22Dias MC. Aplicação do Nursing Activities Score - N.A.S. - como instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem em UTI cirúrgica cardiológica [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2006.
-
23Ducci AJ, Zanei SS, Whitaker IY. Carga de trabalho de enfermagem para quantificar proporção profissional de enfermagem/paciente em UTI cardiológica. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(4): 673-80.
-
24Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº 26, de 11 de maio de 2012. Altera a Resolução RDC nº 07, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 mai. 2012. Seção 1, Edição 92, p. 170.
-
25Coelho FU, Queijo AF, Andolhe R, Gonçalves LA, Padilha KG. Carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva de cardiologia e fatores clínicos associados. Texto Contexto Enferm. 2011; 20(4): 735-41.
-
26Padilha KG, de Sousa RM, Queijo AF, Mendes AM, Reis Miranda D. Nursing Activities Score in the intensive care unit: analysis of the related factors. Intensive Crit Care Nurs. 2008; 24(3): 197-204.
-
27Giakoumidakis K, Baltopoulos GI, Charitos C, Patelarou E, Galanis P, Brokalaki H. Risk factors for prolonged stay in cardiac surgery intensive care units. Nurs Crit Care. 2011; 16(5): 243-51.
-
28Giakoumidakis K, Baltopoulos GI, Charitos C, Patelarou E, Fotos NV, Brokalaki-Pananoudaki H. Risk factors for increased in-hospital mortality: a cohort study among cardiac surgery patients. Eur J Cardiovasc Nurs. 2012; 11(1): 23-33.
-
29Lobo SM, Rezende E, Knibel MF, Silva NB, Páramo JA, Nácul FE, et al. Early determinants of death due to multiple organ failure after noncardiac surgery in high-risk patients. Anesth Analg. 2011; 112(4): 877-83.
-
30Nogueira LS, Santos MR, Mataloun SE, Moock M. Nursing Activities Score: comparação com o índice APACHE II e a mortalidade em pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2007; 19(3): 327-30.
-
31Cudak EK, Dyk D. [Nursing demand in intensive therapy units]. Anestezjol Intens Ter. 2010; 42(2): 70-4. Polish.
-
32Queijo AF. Tradução para o português e validação de um instrumento de medida de carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Nursing Activities Score (N.A.S.) [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2002.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
Jul-Sep 2014
Histórico
-
Recebido
18 Fev 2014 -
Aceito
18 Jul 2014