Resumo:
Os museus sempre tiveram uma estreita relação com o turismo, pois são considerados importantes atrativos culturais. Nessa conjuntura, o aprofundamento dos estudos relacionando turismo e museus tem se revelado importante para se compreender como os museus têm assumido um papel de destaque no segmento turístico. Cada vez mais os museus têm se utilizado da internet para a sua promoção e para a atração de novos visitantes. Esta pesquisa, com dados coletados em junho de 2017, teve como objetivo classificar os dez museus mais bem avaliados pelo site TripAdvisor. Para tanto, foi realizada a identificação dos museus mais visitados no Brasil em 2016, conforme dados do Instituto Brasileiro de Museus do Ministério da Cultura. Em seguida, fez-se a identificação dos mais bem avaliados pelo TripAdvisor, fazendo uma correlação entre ambos. O método de avaliação dos sites dos museus considerou três tipologias: folheto eletrônico, museu no mundo virtual e museu realmente interativo. Nos sites foram analisados: a utilização de imagens, fotos, vídeos; o acesso às exposições; a recuperação da informação; o setor de pesquisa e o setor educativo. Os resultados da pesquisa evidenciaram que os museus brasileiros avaliados já possuem sites e que a maioria deles se classificam em sites de “museus no mundo virtual”.
Palavras-chave: Museu; Turismo; Tipologias de sites de museu
Resumen:
Los museos siempre han tenido una estrecha relación con el turismo, pues se consideran importantes atractivos culturales. La profundización de los estudios relacionando turismo y museos se ha revelado importante para comprender cómo los museos han asumido un papel destacado en el segmento turístico. Cada vez más los museos se han utilizado de Internet para su promoción y para la atracción de nuevos visitantes. Esta investigación, con datos recogidos en junio de 2017, tuvo como objetivo clasificar los diez museos mejor valorados por el sitio TripAdvisor. Para ello se realizó la identificación de los museos más visitados en Brasil, en 2016, según datos del Instituto Brasileño de Museos, del Ministerio de Cultura. En seguida se hizo la identificación de los más bien evaluados por los viajeros, haciendo una correlación entre ambos. El método de evaluación de los sitios web de los museos consideró tres tipologías: folleto electrónico, museo en el mundo virtual y museo realmente interactivo. En los sitios se analizaron el uso de imágenes, fotos, vídeos, acceso a las exposiciones, recuperación de la información, sector de investigación y sector educativo. Los resultados de la investigación evidenciaron que los museos brasileños evaluados ya poseen sitios web y que la mayoría de ellos se clasifican en sitios de “museos en el mundo virtual”.
Palabras Clave: Museo; Turismo; Tipologías de sitios web de museo
Abstract:
Museums have always been closely linked to tourism, as they are considered relevant cultural attractions. In this scenario, studies on tourism and museums have proven essential to understanding the prominent role that museums have assumed in the tourism industry. Museums are increasingly using the Internet to promote themselves and attract visitors. The aim of this research, with data collection in June 2017, was to classify the top ten ranked museums by the website TripAdvisor. The most visited museums in Brazil were identified in 2016, according to data from the Brazilian Institute of Museums of the Ministry of Culture. Next, we identified the best-evaluated museum by TripAdvisor, making a correlation between the two. The method used to assess the museums' websites considered three typologies: Electronic brochure, museum in the virtual world, and interactive museum. The websites were analyzed using images, photos, videos, access to exhibitions, information retrieval, and research and educational area. The results of the survey showed that the Brazilian museums evaluated already have their own websites, with most of them being classified as “museums in the virtual world” websites.
Keywords: Museum; Tourism; Types of museum website
INTRODUÇÃO
O aprofundamento dos estudos relacionando turismo e museus tem se revelado importante, no sentido de se compreender como os museus têm assumido um papel de destaque no segmento turístico. Além disso, perceber esse cenário possibilita às instituições museológicas condições de atrair ainda mais visitantes, aprimorando a exploração dos museus como serviços turísticos.
Os museus, como qualquer instituição antenada com a dinâmica ocorrida a partir da inserção das tecnologias no cotidiano, também buscam apresentar para os seus visitantes informações sobre o seu acervo e sobre as atividades culturais que desenvolvem, apresentando-se cada vez mais interativos e inovadores (Pujol-Tost, 2011). Estudos sobre museus e internet ganham força a partir do conceito de Museu 2.0 (Simon, 2010) e, mais recente, merecem atenção artigos sobre categorizações de sites de museus (Piacente, 1996; Teather, 1998), além de pesquisas sobre os museus no campo da virtualidade ou os cibermuseus, como os abordados por McKenzie (1997), Gant (2001), Henriques (2004) e, Weilenmann, Hillman & Jungselius (2013).
O advento da internet e da sua aplicação no turismo introduziu novos comportamentos, desde o desenvolvimento de novos hábitos, tais como a programação de voos e reservas de hotéis, até a denominação de uma nova área de estudos dessa ciência, o eTourism (Buhalis & Law, 2008; Neuhofer, Buhalis & Ladkin, 2014). A evolução tecnológica ocorrida principalmente nas últimas décadas converteu de maneira geral o uso de novas tecnologias em algo indispensável tanto para a criação e gestão de um destino turístico como para a realização da viagem (Caro, Luque & Zayas, 2015).
A internet acarretou mudanças no setor do turismo, influindo novas tendências de consumo e comportamento (Neuhofer, Buhalis & Ladkin, 2014). Nesse sentido, pode-se destacar diferentes tipos de tecnologias que são aproveitadas pelo turismo, a saber, base de dados, redes de dados, engenharia de software, sistemas de informação geográfica, modelagem 3D, sistemas de posicionamento, entre outros. Todas essas tecnologias podem ser utilizadas de modo individual ou colaborativo no desenvolvimento de atividades de gestão, desenvolvimento, auditoria e promoção dos produtos turísticos (Poon, 1993; Sheldon, 1997; Inkpen, 1998).
Hoje, é um fato que a internet tem revolucionado o modo como as pessoas e as instituições se comunicam. E isso não se passa de maneira diferente em se tratando dos museus. Os museus, como qualquer outra instituição, estão presentes na rede mundial de computadores, tendo a criação de sites de museus proliferado a partir da década de 1990 (Oliveira & Silva, 2007). Atualmente, um grande número de museus possui sites institucionais (Pinho, 2007).
De forma geral, esta pesquisa parte da hipótese que os museus buscam levar aos seus usuários informações sobre o conteúdo do seu acervo e sobre as atividades culturais que desenvolvem, apresentando-se cada vez mais interativos e inovadores (Pujol-Tost, 2011; Mateos-Rusillo & Gifreu-Castells, 2017; de Almeida Martins & Baracho, 2019). Observa-se cada vez mais o uso de tecnologias, de modo a atrair mais o público e agregar valor informacional. Os museus têm recorrido à internet para dinamizar suas ações, desenvolvendo sites e, em alguns casos, ofertando tecnologias que permitem a visita virtual (de Almeida Martins & Baracho, 2019).
Diante do exposto, o estudo parte da hipótese de que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) são relevantes para a difusão do patrimônio cultural, uma vez que permitem a experimentação de um forte processo de diversificação dos modos de se apresentar e compartilhar os conteúdos (Barendregt & Bekker, 2011; Caro, Luque & Zayas, 2015; de Almeida Martins & Baracho, 2019). Sob esta perspectiva, museus em todo mundo usam novas tecnologias para introduzirem uma nova dinâmica aos seus espaços expositivos (Braga, Landau & Cunha, 2011). Diante do exposto, forma-se a seguinte pergunta de pesquisa: “Como os museus utilizam a internet para disseminar informações?”
Visando responder à pergunta de pesquisa, este trabalho pretende identificar e categorizar os sites dos dez museus premiados pelo site TripAdvisor. Apresentando-se como “o maior site de viagens do mundo”, o TripAdvisor é um portal com dicas e comentários de viagens no mundo inteiro, com um cadastro de milhões de usuários/viajantes que buscam informação sobre lugares, com o intuito de planejar uma viagem (TripAdvisor, 2018). Segundo a descrição no site, nele o viajante pode encontrar informações confiáveis do mundo. A confiança é essencial na tomada de decisão em turismo. Pesquisas sobre viagens on-line se destacam como sendo a fonte mais confiável de informações sobre viagens. Em particular, informações sobre viagens publicadas nos sites são as fontes mais confiáveis (38%) e as mais úteis (32%) de informação para as pessoas, informando como eles devem planejar e pesquisar suas viagens (Santos et al., 2016).
Anualmente, o site TripAdvisor concede o Prêmio Travellers' Choice aos destaques de cada categoria, sendo que uma dessas categorias se trata dos melhores museus, com base nas informações e nas avaliações dos seus usuários. Nesse sentido, os objetivos específicos dessa pesquisa são: a) apresentar os museus mais visitados do Brasil; e b) identificar os museus premiados pelo site TripAdvisor e categorizar seus respectivos sites, de acordo com a categorização proposta dor Piacente (1996).
A seleção das temáticas museu e internet foi motivada, principalmente, pela observada modernização dos museus. Cada vez mais os museus têm adotado amplamente novas tecnologias como ferramenta de comunicação, seguindo o comportamento da Sociedade da Informação (Castells, 2000).
Sobre a importância do trabalho, observa-se que, além de contribuir com a pesquisa acadêmica, este estudo também pode auxiliar os gestores e os profissionais da área de museus a uma melhor compreensão do uso das TIC pelos museus em suas exposições, levando-os a perceberem como essas instituições têm se transformado em atrativos culturais catalisadores de usuários cada vez mais conectados. O estudo contribui também com o processo de planejamento de museus, auxiliando-os a se tornarem atrativos turísticos cada vez mais visitados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os museus são atrativos turísticos, pois são neles que se encontram, de modo particular, boa parte do conhecimento buscado pelo turista no curso de sua viagem. Assim sendo, os museus atraem não somente os visitantes locais, como enredam a atenção e o interesse de quem chega a um destino e logo quer mergulhar na sua vida cultural e descobrir os atrativos que oferece (Brasil, 2014). Os museus sempre tiveram uma estreita relação com o turismo, entendido como importantes atrativos turísticos culturais (Gomes, 2001; Rodrigues, 2001; Barretto, 2008; De Varine, 2013), constituindo-se nos primeiros atrativos a serem procurados pelos visitantes (Ignarra, 1999). Portanto, os museus atraem não somente os visitantes locais, como enredam a atenção e o interesse de quem chega a um destino e logo quer mergulhar na sua vida cultural e descobrir os atrativos que oferecem (Barretto, 2008; Brasil, 2014).
As atrações do turismo cultural, incluindo os museus, são ideais para serem desenvolvidos como geradores de demanda turística (Gudbrandur, 2004). Para alguns destinos turísticos, é natural a inclusão de um museu no roteiro de viagem (Silva, 2009). Nessa perspectiva, pensar em alguns destinos turísticos é, sobretudo, associá-los a museus (Barretto, 2008), onde, cada vez mais, as instituições museológicas têm se tornado um centro de convergência de turistas (Brida, Meleddu & Pulina, 2012), uma vez que, segundo o Conselho Internacional de Museus, existem mais de 55.000 museus em todo o mundo (ICOM, 2017). Na Europa, por exemplo, os museus estão entre os atrativos turísticos mais visitados e representam um dos maiores ativos econômicos (Carugati, Hadzilias & Demoulin, 2005). É o caso do Museu do Louvre, em Paris, que atraiu quase 10 milhões de visitantes em 2016 (Louvre, 2017). Outros exemplos de museus que configuram entre os mais visitados da Europa são o Museu Britânico (Londres), o Museu D’Orsey (Paris) e o Museu do Vaticano (Roma). Segundo a plataforma Museums.eu (The European Museums Network), em 2016, os dez museus mais visitados da Europa somaram mais de 50 milhões de visitantes.
Os museus representam organizações-chave nas sociedades, na medida em que contribuem para o crescimento econômico dos países, especialmente por meio do turismo cultural (Kéfi & Pallud, 2011). Nesse contexto, os museus podem exercer uma influência catalisadora positiva para alguns destinos turísticos (Plaza, 2000), haja vista que a importância dos museus na atratividade turística de determinadas regiões pode, inclusive, ser o fator de determinação para o desenvolvimento do turismo (Richards et al., 2001; Camilo & Bahl, 2017).
Sob a perspectiva de que os museus operam como atrações turísticas centrais, desenvolvendo grandes fluxos de visitação, Plaza (2000) avaliou o impacto do Museu Guggenhein de Bilbao, na Espanha, verificando o desempenho do crescimento do turismo originado por esse museu. O Museu Guggenheim de Bilbao está tendo um impacto positivo significativo na região, desde a sua inauguração, em 1992, devido à capacidade do museu para atrair turistas, motivados principalmente pela magnitude do próprio edifício, projetado pelo arquiteto Frank Gehry (Plaza, 2000).
Os museus classificados como museus de arquitetura escultural (Newhouse, 1988) são uma tendência surgida na esteira da exploração formal dessas instituições como mecanismos culturais criados para atratividade turística (Neuva, 2017). Esses museus de arquitetura escultural acabam por estabelecer um modelo de edifício tão atrativo quanto suas coleções de arte e gradativamente aparecem, eles mesmos, como obras de arte (Greemberg et al., 1996).
No Brasil, a importância dos museus como atrativos turísticos também não é diferente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Museus, o país possui mais de 3.000 museus (Brasil, 2010) e muitos têm servido como importantes atrativos para o desenvolvimento do turismo.
Diante do exposto, observa-se que os museus, em geral, cada vez mais têm contribuído para o fomento do turismo (Rodrigues, 2001; Barretto, 2008), haja vista o expressivo número de visitantes que eles têm atraído. Visitar um museu é uma das primeiras atividades turísticas que o visitante planeja (Silva, 2009), pois muitos turistas procuram uma imersão na vida cultural local (Barretto, 2008), portanto cada vez mais as instituições museológicas têm se tornado um centro de convergência de turistas (Brida, Meleddu & Pulina, 2012). Nesse sentido, os museus brasileiros passam cada vez mais a se tornarem grandes aliados no desenvolvimento do turismo, a exemplo dos museus europeus, que há longa data já vem atraindo turistas em larga escala.
Os museus têm a capacidade de oferecer experiências, ideias e satisfações que não se encontram em outros lugares (Kotler & Kotler, 2018). Nesse sentido, essas instituições deixaram de ser apenas espaços para a exposição de objetos, passando a lugares de entretenimento e aprendizagem (Román, González & Gascón, 2017). De locais cada vez menos contemplativos, os museus se tornaram ambientes participativos (Falk & Dierking, 2016) e cada vez atraem um número maior de visitantes.
Uma das soluções encontradas para atrair e cativar cada vez mais os diferentes públicos de museus foi a interatividade (Silva & Santos, 2011). Os museus que oferecem mais interatividade em suas exposições são os de ciências, merecendo destacar o pioneiro Exploratorium, fundado em 1969, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos (Barretto, 2008). Seu idealizador, o físico Frank Oppenheimer, tinha como objetivo tornar os fenômenos naturais acessíveis e compreensíveis a quaisquer pessoas. No contexto museológico, a interatividade é um elemento que permite a intervenção permanente entre visitante e exposição (Moussouri & Roussos, 2013). Esse novo conceito de exposição facilita o processo de comunicação, uma vez que se utilizam diversos recursos tecnológicos. Nessa lógica, os museus têm adotado a inserção das TIC em suas exposições, explorando cada vez mais o uso das tecnologias e reformulando, inclusive, o conceito de museu (Braga, Landau & Cunha, 2011).
Alguns estudos indicam que o uso das TIC pelos museus tem a capacidade de aumentar o número de turistas, atrair novos públicos, melhorar a aprendizagem do visitante (Lehn & Heath, 2005; Peacock, 2008; Asensio & Asenjo, 2011) e cada vez mais essas instituições têm inserido tecnologias em seus espaços como ferramenta de comunicação e inovação, além de propor novas abordagens contextuais e expositivas (Román, Gonzàlez & Gascón, 2017).
O uso das TIC pelos museus é uma tendência museológica na atualidade (Pujol-Tost, 2011), em que cada vez mais essas instituições tendem a se aproveitar desse fenômeno como forma de ampliar as experiências dos seus visitantes de maneira mais participativa e interativa (Falk & Dierking, 2016; Tallon, 2008; Pujol-Tost, 2011; Hughes & Moscardo, 2017).
Um conceito de museu mais participativo foi apresentado por Nina Simon na obra The Participatory Museum, em 2010, propondo um guia que auxiliasse o museu a se pensar como uma instituição cultural mais dinâmica, relevante e interativa (Simon, 2010). O Museu Participativo, também denominado como Museu 2.0, entende o visitante como um usuário, consumidor e produtor dos seus conteúdos (Simon, 2010), capaz de promover um maior engajamento com o usuário (Flanagan, 2017; Knoop, Zhang & Van Hoorn, 2017).
O museu participativo está situado em três princípios: a ideia de instituição centrada no usuário; a ideia de que os visitantes construam seu próprio significado de experiências culturais; e a ideia de que os usuários têm voz e são capazes de participar na construção da própria exposição e dinamizar esses processos (Simon & Bernstein, 2006; Bonnell & Simon, 2007; Simon, 2010).
É dentro desse contexto de participação e interatividade que as TIC apresentam uma série de vantagens e de oportunidades para as instituições culturais, oferecendo assim múltiplas possibilidades de melhorias na experiência com os seus visitantes (Román, González & Gascón, 2017). As TIC se configuram em ferramentas vitais para a difusão do patrimônio cultural, uma vez que permitem a experimentação de um forte processo de diversificação dos modos de se apresentar e compartilhar os conteúdos como antes os museus não poderiam imaginar (Caro, Luque & Zayas, 2015).
Ainda que os museus tenham começado a participar da rede mundial de computadores tardiamente (Carvalho, 2017), observa-se que cada vez mais eles também têm se utilizado da internet como forma de se divulgarem e promoverem as suas atividades. Atualmente, grande parte dos museus possui alguma página na internet, seja um blog, site ou um complexo site interativo, denominado por alguns estudiosos por museu virtual (Henriques, 2004). Embora o número de museus que utiliza a internet para potencializar seus serviços esteja crescendo, esses museus ainda são poucos e desconhecem o potencial de exploração das hipermídias no ambiente museológico.
Os museus cada vez mais se inserem na internet por meio dos seus sites. A internet passa a ser uma importante aliada dos museus, que podem se utilizar dessa plataforma para a sua promoção (Carvalho, 2006). Um site de museu, além de permitir uma apresentação da instituição, pode atrair maior número de visitantes e permitir que estes programem melhor sua ida ao museu, conhecendo, inclusive, de antemão, aquilo que pretende visitar na instituição (Andrade, 2008).
Segundo Henriques (2004), a literatura apresenta três tipologias de análise para museus no ambiente virtual. Estas tipologias foram propostas por Maria Piacente (1996) em sua tese Surf’s up: Museums and the World Wide Web. A primeira categoria é o museu folheto eletrônico, cujo objetivo é o de apresentar a instituição. Este tipo de site de museu funciona como uma ferramenta de comunicação e de marketing e suas principais funcionalidades são possibilitar o acesso à história do museu e aos seus serviços prestados, tais como horário de funcionamento. Muitas vezes, apresenta ainda o corpo técnico do museu e algumas informações sobre os seus acervos e exposições. É o tipo mais comum em quase todos os museus. Alguns são mais bem elaborados, dependendo dos recursos existentes no museu, mas todos têm como objetivo principal ser uma apresentação visual, tal como um folheto do museu. Nesse caso, a internet funciona como uma forma de tornar o museu mais conhecido e também possibilitar um acesso mais fácil pelos utilizadores da internet (Henriques, 2004; Lima & Costa, 2014).
A segunda categoria de site de museu proposta por Piacente (1996) é o museu no mundo virtual. Nesse tipo de site, a instituição museológica apresenta informações mais detalhadas sobre o seu acervo e, muitas vezes, permite vistas virtuais. Nesse sentido, o museu no mundo virtual projeta o museu e permite um percurso pelos seus espaços e exposições. Muitas vezes, este tipo de site apresenta exposições temporárias que já não se encontram mais fisicamente montadas, fazendo da internet uma espécie de reserva técnica de exposições. Além disso, muitos deles disponibilizam considerável parcela dos seus acervos para consulta on-line, permitindo o acesso ao público dos objetos que não se encontram em exposição física naquele momento (Henriques, 2004; Lima & Costa, 2014).
A última categoria proposta é a de museus realmente interativos. Este tipo de site extrapola a relação entre o museu virtual e o museu físico, apresentando elementos de interatividade que envolvem os visitantes, também denominados por usuários. O site de museu realmente interativo é bem diferente do que os visitantes contemplariam em um museu físico, haja vista que a interatividade é o cerne desse tipo de site, pois permite uma interação com o público. O museu realmente virtual passa a ser um complemento do museu físico, apresentando maior complexidade de conteúdo, mas ambos têm os mesmos objetivos institucionais, pois são a mesma instituição (Henriques, 2004; Lima & Costa, 2014).
METODOLOGIA
O trabalho caracteriza-se por uma pesquisa exploratória (Gil, 2008), por meio do método qualitativo, com pesquisa bibliográfica.
A pesquisa foi estruturada em duas etapas. Na primeira parte, visando identificar a importância dos museus como atrativos turísticos, é apresentada uma pesquisa sobre os oito museus mais visitados no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Em seguida, fez-se a identificação dos museus mais bem avaliados pelo TripAdvisor, que foi seguida de uma análise conforme a categorização proposta por Piacente (1996), como apresentado no Quadro 1. Os autores acessaram os sites dos museus indicados pelo TripAdvisor e identificaram em cada site características associadas à categorização de Piacente (1996).
Dentre as justificativas para escolha da tipologia de análise proposta por Piacente (1996), destaca-se que até hoje é mais utilizada para avaliação de museus no ambiente virtual. Desde sua criação é a única tipologia que classifica em diferentes categorias os sites dos museus, sendo considerado um modelo de referência para museologia (Teather, 1998; Teather & Wilhelm, 1999; Sabbatini, 2003; Lima & Costa, 2014; Mateos-Rusillo & Gifreu-Castells 2017).
O método de avaliação dos resultados foi o da pesquisa descritiva. Considerando a tipologia de Piacente (1996), foram analisadas a utilização de imagens, fotos, vídeos, acesso às exposições, recuperação da informação, setor de pesquisa e setor educativo.
RESULTADOS
Visitar museus tem se constituído em um elemento importante e popular de turismo (Jansen-Verbeke & Rekon, 1996), pois, além da atratividade, os museus geram empregos, crescimento, renda e desenvolvimento econômico para os destinos turísticos (Kotler & Kotler, 2018). Em 2016, segundo o IBRAM, os oito museus brasileiros mais visitados do país atraíram quase quatro milhões de visitantes.
Como se pode analisar no Quadro 2, com base no número de visitação, os museus brasileiros cada vez mais se tornam importantes centros de convergência de turistas, haja vista o número expressivo de visitantes que eles têm atraído (Plaza, 2000). As instituições museológicas, imprescindíveis para a cultura, a educação e a organização social também passam a se configurar em instrumentos fundamentais para as estratégias de fomento do setor turístico (Richards et al., 2001; Camilo & Bahl, 2017).
Ainda se observando alguns dados de visitação, segundo o ranking anual da revista britânica especializada The Art Newspaper, o Brasil ocupou três lugares na lista das dez exposições mais visitadas do mundo, em 2017, em suas respectivas categorias (The Art Newspaper, 2018). As três exposições foram realizadas pela filial do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. “Mondrian e o movimento de Stijl”, com público total de 516 mil pessoas - média diária de 6,6 mil visitantes, foi a segunda exposição mais visitada do mundo; a exposição “A figura humana na Coleção Masp” aparece em quarto lugar, com mais de 217 mil visitantes - média superior a 4 mil por dia. E a exposição “Los Carpinteros: objeto vital” aparece em oitavo lugar, com mais de 351 mil visitantes, com média de 4,4 mil visitas diárias (Brasil, 2017). Segundo a revista The Art Newspaper, em 2016, foram exibidas no Brasil quatro das dez exposições mais visitadas do mundo, sendo que as exposições brasileiras ocupam as três primeiras e a sexta colocação da lista, somando juntas 1.825.163 visitantes (The Art Newspaper, 2017). Estes dados corroboram a importância dos museus como atrativos turísticos (Barreto, 2008).
Dentre os museus brasileiros mais visitados, destaca-se Inhotim, em Minas Gerais, sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil. Este museu, que atrai milhares de visitantes para a cidade de Brumadinho e fica distante sessenta quilômetros de Belo Horizonte, tem corroborado com o desenvolvimento turístico da cidade e da região (Borges, 2017). Segundo a instituição, Inhotim recebeu mais de 322 mil visitantes em 2016 (Brasil, 2017).
O Museu da Língua Portuguesa é pioneiro no mundo em sua proposta museológica, tem como acervo o patrimônio imaterial brasileiro mais significativo: o idioma português brasileiro (Lopes & Turco, 2017), e desde a sua inauguração até o final de 2012, mais de 2,9 milhões de pessoas já haviam visitado o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul (Brasil, 2017).
O Museu do Amanhã, inaugurado em 2016 durante os Jogos Olímpicos, recebeu em menos de um ano um milhão de visitantes, além dos 400 mil inicialmente projetado, totalizando 1,4 milhão de turistas (Museu do Amanhã, 2017). Isso, talvez, deve-se também ao fato da intensa divulgação midiática durante a sua inauguração, além de outros fatores como o seu arrojado estilo arquitetônico escultural - denominado por museu de arquitetura escultural (Newhouse, 1988), e a sua localização junto ao Porto Maravilha, importante projeto de reurbanização da cidade do Rio de Janeiro (Oliveira, 2007).
O site TripAdvisor concede anualmente o Prêmio Travellers' Choice aos destaques de cada categoria, com base nas informações e nas avaliações realizadas pelos próprios usuários do site. Segundo o site TripAdvisor, os dez melhores museus do Brasil são: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Inhotim, Instituto Ricardo Brennand, Museu Oscar Niemeyer, Museu Imperial, Museu do Futebol, Catavento Cultural e Educacional, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS e Museu Cais do Sertão (Quadro 03).
Ao se analisar o Quadro 3, observa-se que, dos dez museus premiados pelo TripAdvisor, a maioria deles (60%) encontra-se localizada na Região Sudeste do Brasil, região que, historicamente, apresenta os melhores índices de infraestrutura turística, bem como a maior concentração de serviços turísticos do país (Becker, 2006).
Após a identificação dos museus mais bem avaliados pelo site TripAdvisor, os pesquisadores acessaram os sites dos dez museus e, após analisá-los a partir da classificação de categorias de sites de museus proposta por Piacente (1996), chegou-se ao seguinte resultado:
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Sites de museu folheto eletrônico: dois museus
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Sites de museus no mundo virtual: seis museus
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Sites de museus verdadeiramente interativos: dois museus
O site da Pinacoteca do Estado de São Paulo se enquadra na categoria de museu folheto eletrônico, pois ele apresenta o museu e os seus serviços, bem como a sua programação. A pesquisa localizou o museu na plataforma do Google Art Project, permitindo o tour virtual desse museu. Contudo, como essa informação não está acessível aos visitantes do site, o mesmo não poderia ser classificado como um museu no mundo virtual.
O site do Museu Cais do Sertão se classificou como site museu folheto eletrônico, uma vez que, igualmente ao site da Pinacoteca do Estado de São Paulo, também não possui tour virtual. A Pinacoteca e o Museu do Cais do Sertão têm websites como simples materiais que são usados somente para fins publicitários (Henriques, 2004; Santos & Lima, 2014). Vale destacar que, diferentemente do exposto por Henriques (2004), dentre os dez museus brasileiros mais bem avaliados, o folheto eletrônico não é o tipo mais comum. Esta constatação traz importantes evidências empíricas sobre os estudos de museus na internet, mostrando o avanço destas instituições em relação ao uso das TIC (Carvalho, 2006; Andrade, 2008, Simon, 2010).
O site do Instituto Inhotim permite o tour virtual, pois integrou o site do museu ao Google Art Project. Nesse sentido, o site desse museu passa a ser considerado um site de museu no mundo virtual. O site do Instituto Ricardo Brennand apresentou as mesmas características de Inhotim, com uma particularidade: no tour virtual, o visitante tem a opção de visitar virtualmente o museu com um fundo musical, com as mesmas músicas que o visitante pode ouvir numa visita real.
Outro destaque entre os sites de museu no mundo virtual é o site do Museu Oscar Niemeyer, que permite a visita on-line das exposições em cartaz e mantém em um banco de dados as exposições que já foram desmontadas. Os sites do Museu Imperial, Museu do Futebol e MASP também se classificam como sites de museus no mundo virtual. Todos os sites dessas instituições apresentam as informações sobre suas instituições, programação completa, dados sobre seus acervos e história institucional, além de também permitirem a visita virtual.
Conforme as descobertas da pesquisa, a maioria dos dez museus brasileiros mais bem avaliados pelo TripAdvisor pode ser classificada como museu no mundo virtual. Estes museus apresentam informações detalhadas sobre o acervo e, em alguns casos, proporcionam visitas virtuais, apresentando-se cada vez mais interativos. Estas estratégias vão ao encontro do que sugerem Almeida Martins & Baracho (2019), pois os sites dos museus visam suprir uma demanda por informação por parte do público, visando a uma melhor comunicação.
Por último, merecem destaque duas instituições das dez pesquisadas. Trata-se do Museu Catavento Cultural e Educacional e do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS. Ambas instituições apresentaram sites com parâmetros satisfatórios para a sua classificação em sites de museus verdadeiramente interativos. Os sites desses museus possuem elementos de interatividade que envolvem os visitantes, apresentando conteúdos, tais como vídeos e pesquisas, além das tradicionais que já são apresentadas em seus espaços físicos, o que extrapola a noção de tour virtual. Esses sites de museus são, de fato, sites de museus verdadeiramente interativos e o ambiente virtual é um complemento que apresenta maior complexidade de conteúdo e contribui para experiência do visitante (Henriques, 2004).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo apontou que a maioria dos museus brasileiros analisados já apresenta um elevado índice de interação entre os seus sites e o público. Apenas dois sites de museus categorizaram-se como sites folhetos eletrônicos, sendo que um já possui uma plataforma independente de vista virtual, pelo Google Art Project, mas não apresentou essa informação no seu próprio site.
A internet trouxe para a museologia uma nova perspectiva. Não só porque permitiu potencializar o acesso aos museus de forma mais ampla, mas também por dar oportunidade aos museus de saírem de seus muros. As ações museológicas dos museus, exercidas por meio da internet, podem ter um alcance muito maior do que aquelas que são exercidas em seu espaço físico, pois elas podem abranger um público muito maior. Os museus que sabem tirar proveito de todas as possibilidades que a internet oferece, criando seus próprios museus virtuais, conseguem ir além de suas fronteiras. Além disso, a possibilidade de uma interação maior com o público é a grande vantagem da criação de museus virtuais, sejam eles representações virtuais de museus já existentes ou criados especialmente para a rede mundial de computadores.
A presente pesquisa apresentou uma classificação para os websites dos museus, dividindo-os em três categorias, a saber, site de museu folheto eletrônico, site de museu no mundo virtual e site de museu verdadeiramente interativo, conforme propõe Piacente (1996). A partir dessa categorização, pode-se perceber de que maneira os museus têm se promovido na internet, em especial, pelos seus websites.
A pesquisa tem limitações quanto à amostra, pois se limitou a estudar apenas os sites dos museus mais bem avaliados pelo TripAdvisor. Assim, sugere-se em estudos futuros ampliar a análise, considerando incluir os sites dos museus mais visitados no Brasil.
A partir dos resultados apresentados, considera-se que esta pesquisa traz conhecimentos que auxiliam futuros estudos relacionados a museus e internet, trazendo evidências empíricas para auxiliar os gestores destas instituições a planejarem os museus para a plataforma da virtualidade.
Referências
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
08 Maio 2019 -
Data do Fascículo
Sep-Dec 2019
Histórico
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Recebido
12 Jan 2019 -
Aceito
24 Jun 2019