Open-access Ericaceae na região central da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil

Ericaceae in the central region of the Espinhaço Range, Minas Gerais, Brazil

Resumo

O presente trabalho visa contribuir para o conhecimento da família Ericaceae na porção central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, apresentando dados sobre riqueza, distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. A área de estudo inclui as serras ao norte da Serra do Cipó, a Serra do Cabral e o Planalto de Diamantina, regiões que ainda não possuem dados publicados para a família. O levantamento de espécies foi realizado a partir de consultas às coleções de herbários, à literatura e em trabalho de campo. Foram levantadas 27 espécies de Ericaceae. A flora da área de estudo é mais similar à da Serra do Cipó, embora cada região apresente endemismos. Das espécies registradas duas encontram-se na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção: Gaylussacia oleifolia Dunal e Gaylussacia setosa Kin.-Gouv. Os resultados destacam a elevada riqueza e endemismos da família na área de estudo e a urgente necessidade da realização de pesquisas adicionais a fim de gerar os subsídios para a elaboração de estratégias de conservação mais abrangentes e que protejam efetivamente a biodiversidade do Espinhaço.

Palavras-chave: biodiversidade; campos rupestres; conservação; endemismos

Abstract

This study aims to contribute to the knowledge of the Ericaceae family in the central portion of the Espinhaço Range in Minas Gerais, by presenting data of richness, abundance, geographic distribution, and conservation status of the species. The study area includes the mountains to the north of Serra do Cipó, the Serra do Cabral, and the Diamantina Plateau, regions do not yet have published data for the family. The species survey was accomplished from queries to herbaria collections, to the literature, and in the fieldwork. 27 species of Ericaceae were reported. The flora of the area study is most similar to the Serra do Cipó, although each region presents endemisms. Among the recorded species, two are found in the Official List of Brazilian Flora Species Threatened with Extinction: Gaylussacia oleifolia Dunal and Gaylussacia setosa Kin.-Gouv. The results highlight the high wealth and endemism of the family in the study area and the urgent need for additional research in order to generate the subsidies for the elaboration of conservation strategies that are more comprehensive and effectively protect the Espinhaço biodiversity.

Key words: biodiversity; rupestrian fields; conservation; endemism

Introdução

A Cadeia do Espinhaço atrai a atenção de pesquisadores desde o século XIX, tanto pelos seus aspectos geológicos quanto biológicos (Giulietti et al. 1987; Gontijo 2008). Apesar de ser reconhecida pelo encontro de três grandes biomas brasileiros, a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga, dois deles hotspots da biodiversidade (Myers et al. 2000; Mittermeier et al. 2004), são os Campos Rupestres que se destacam na paisagem (Rapini et al. 2008). Esses representam formações campestres com elevada biodiversidade e altas taxas de endemismos, talvez a maior entre as formações brasileiras (Giulietti et al. 1997), o que rende à sua flora a condição de insubstituível (Rapini et al. 2008). Apesar dessa grande riqueza biológica, as serras do Espinhaço são fortemente marcadas pela ocupação humana, inicialmente associada à extração de ouro, diamante e minérios (Rapini et al. 2008). Atualmente, soma-se a esses fatores o turismo desordenado, a agricultura e o extrativismo de sempre-vivas (Eriocaulaceae e Xyridaceae), cactos, bromélias e outras plantas de valor comercial (Rapini et al. 2008). Devido ao elevado número de espécies endêmicas, a interferência humana nos campos rupestres do Espinhaço não pode ser desprezada e pode desencadear processos de extinção (Rapini et al. 2008). A consciência de que a flora deve ser conservada não é recente e tem sido reforçada a cada novo levantamento publicado (Rapini et al. 2008). As serras do Espinhaço não são equivalentes quanto à composição florística, apresentando elevada diversidade beta, ou seja, todas são igualmente importantes para a conservação (Echternacht et al. 2011). Desde 2005 a Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais é considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), porém ainda são escassos os estudos capazes de auxiliar no estabelecimento de prioridades para a sua conservação (Rapini et al. 2008).

O Espinhaço representa o centro de diversidade para vários grupos de plantas, inclusive para dois gêneros da família Ericaceae Juss, Agarista D.Don ex G.Don e Gaylussacia Kunth, os maiores da família em números de espécies na flora brasileira (Kinoshita-Gouvêa 1980). Foram publicados dois trabalhos para a Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais que tratam de Ericaceae (Romão et al. 2004; Romão & Souza 2014) e duas novas espécies de Gaylussacia foram recentemente descritas para os Campos Rupestres (Romão & Souza 2010). No entanto, para a região do Planalto de Diamantina e Serra do Cabral não há dados publicados da família. O presente estudo tem como objetivo contribuir para o conhecimento da família Ericaceae na porção central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, apresentando dados sobre riqueza, distribuição geográfica e estado de conservação das espécies, bem como visa comparar a composição florística da região com outros trabalhos realizados no estado.

Material e Métodos

Área de estudo

A Cadeia do Espinhaço é formada por um conjunto de serras com mais de 1.000 km de extensão na direção N-S e de 50 a 100 km na direção E-W (Drummond et al. 2005), com altitude média de 1.250 m e relevo bastante protuberante em relação aos domínios adjacentes (Neves et al. 2005). Possui clima subtropical quente, com formação de muitos microclimas relacionados a fatores topográficos (COMIG 1997). A temperatura média anual está em torno de 18-19 ºC e a precipitação anual varia de 850-1.400 mm de norte para o sul da cordilheira (COMIG 1997). O Espinhaço forma um mosaico de comunidades vegetais sob o controle da topografia local, da natureza do substrato e do microclima (Drummond et al. 2005). A cobertura vegetal predominante são os Campos Rupestres (Gontijo 2008), que constituem campos naturais localizados acima de 900 m de altitude e incluem formações herbáceo-arbustivas associadas a solos litólicos, predominantemente quartzíticos (Rapini et al. 2008).

A área de estudo, denominada porção central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, inclui as serras ao norte da Serra do Cipó, a Serra do Cabral e principalmente o Planalto de Diamantina, que representa o maior volume topográfico do Espinhaço com aspecto maciço (Abreu 1982) e altitude média em torno de 1.250 m (Neves et al. 2005).

Inventário florístico

O levantamento florístico foi realizado a partir de expedições para coleta de material botânico de 2009 a 2011, principalmente em localidades com poucos registros de coletas recentes. Todo o material coletado foi georreferenciado, prensado, seco em estufa e montado em exsicatas. Essas foram depositadas no herbário da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (DIAM). A identificação das espécies foi baseada em literatura específica (Kinoshita-Gouvêa 1980; Romão et al. 2004; Romão 2011; Romão & Souza 2014), no estudo de materiais herborizados e com auxílio de especialistas. Os nomes científicos foram verificados em International Plant Names Index (IPNI 2017). Para complementar a lista de espécies consultamos os herbários JBRJ, BHCB, CESJ, ESA, FUEL, HPL, MBM, NY, RB, SP e UEC (acrônimos segundo Thiers, continuamente atualizado), por meio do Banco de Dados da Flora Brasileira (2017) (<http://jabot.jbrj.gov.br>) e do speciesLink (2017) (<http://splink.cria.org.br>).

Análise dos dados

Elaborou-se um mapa, através do software ArcGIS 10, onde conta a distribuição das coletas da família Ericaceae na porção central da Cadeia do Espinhaço, incluindo-se apenas informações de materiais botânicos com coordenadas geográficas (Fig. 1). Para avaliar a distribuição geográfica das espécies e a similaridade entre a flora de diferentes regiões de Minas Gerais foram utilizadas listas de espécies publicadas e trabalhos taxonômicos mais recentes para a família. Foi elaborada uma matriz de presença/ausência e calculada a similaridade florística por meio do Índice Similaridade de Jaccard (SJ), através do programa PAST versão 2.17c (Hammer et al. 2001). O estado de conservação das espécies foi verificado na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (MMA 2014) e no portal do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora 2017).

Figura 1
Mapa da porção central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, confeccionado através do software ArcGIS 10, com indicações da distribuição de coletas da família Ericaceae. Foram incluídas no mapa apenas informações de materiais botânicos com coordenadas geográficas.
Figure 1
Map of the central portion of the Espinhaço Range in Minas Gerais, made using the software ArcGIS 10, with indications of the collection distribution of the Ericaceae family. Only information of botanical material with geographic coordinates was included on the map.

Resultados

Para a região central da Cadeia do Espinhaço foram registradas 27 espécies, 19 pertencentes ao gênero Gaylussacia, sete Agarista e uma Gaultheria L. (Tab. 1). Em número de espécies, a presente área de estudo e a Serra do Cipó destacam-se como as mais ricas em comparação com outras regiões onde há levantamento da flora de Ericaceae (Tab. 2).

Tabela 1
Lista de espécies, municípios de ocorrência na região central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, distribuição geográfica, segundo Romão (2011), Romão et al. (2004), Mezabarba et al. (2013) e Cabral et al. (2016ab) e grau de ameaça de extinção (MMA 2014; CNCFlora 2017).
Table 1
List of species, municipalities of occurrence in the central region of the Espinhaço Range in Minas Gerais, geographical distribution, according to Romão (2011), Romão et al. (2004), Mezabarba et al. (2013) and Cabral et al. (2016ab), and degree of threat of extinction (MMA 2014; CNCFlora 2017).
Tabela 2
Levantamentos florísticos de Ericaceae para Minas Gerais, riqueza de espécies e referências bibliográficas.M
Table 2
Floristic surveys of Ericaceae for Minas Gerais, species richness and bibliographical references.

De acordo com Índice de Similaridade de Jaccard (SJ) a região central do Espinhaço apresenta maior similaridade florística com a Serra do Cipó (SJ = 48,6) e Grão-Mogol (SJ = 18,5) (Tab. 3). As floras do Complexo da Mantiqueira apresentam maior similaridade entre si, especialmente as serras do Itatiaia e do Papagaio (SJ = 50), bem como a Serra do Papagaio e Serra Negra (SJ = 20).

Tabela 3
Matriz de similaridade representada pelos valores do Índice de Similaridade de Jaccard, com base nos dados de riqueza de espécies. (PD = Planalto de Diamantina; SC = Serra do Cipó; GM = Grão-Mogol; SN = Serra Negra; PNI = Parque Nacional do Itatiaia; PESP = Parque Estadual da Serra do Papagaio; PEI = Parque Estadual do Itacolomi).
Table 3
Similarity matrix represented by Jaccard's Similarity Index values, based on species richness data. (PD = Planalto de Diamantina; SC = Serra do Cipó; GM = Grão-Mogol; SN = Serra Negra; PNI = Parque Nacional do Itatiaia; PESP = Parque Estadual da Serra do Papagaio; PEI = Parque Estadual do Itacolomi).

Das 27 espécies levantadas, 13 são endêmicas da Cadeia do Espinhaço (48,1% da riqueza total). Cinco espécies são restritas à Serra do Cipó e à porção central do Espinhaço (18,5%), Agarista angustifolia, Gaylussacia cinerea, G. oleifolia, G. pseudociliosa e G. riedelii, e duas ocorrem apenas na área de estudo (7,1%), G. gardneri e G. setosa. Cabe salientar que para espécie Gaultheria eriophylla este consiste no primeiro registro para a Cadeia do Espinhaço e destaca-se também a espécie Gaylussacia retusa, que raramente ocorre em MG. Quanto à distribuição das espécies na área de estudo, 16 espécies foram restritas a apenas um ou dois municípios (59,2%), enquanto o restante ocorreu em três ou mais localidades (11 espécies; 40,8%).

A maioria das espécies levantadas possui status de conservação desconhecido (23 espécies; 85,2%), pois não foram avaliadas pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (2017). Duas encontram-se na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente (2014), Gaylussacia oleifolia categorizada como "Em perigo" e G. setosa, "Criticamente em perigo". Outras duas espécies, G. retusa e Agarista pulchra, são consideradas como "Quase ameaçadas" (CNCFlora 2017).

Discussão

A Cadeia do Espinhaço possui a maior riqueza de espécies de Ericaceae de Minas Gerais, sendo muitas delas endêmicas a esse conjunto de serras (Romão et al. 2004; Romão & Souza 2014). Estima-se que o Espinhaço conte com mais de 4.000 espécies de plantas (Giulietti et al. 1997), entretanto os estudos florísticos ainda estão muito aquém de conhecer toda essa biodiversidade (Rapini et al. 2008). A elevada riqueza e o alto grau de endemismos podem ser evidenciados por trabalhos com diferentes famílias botânicas, como Apocynaceae (Rapini et al. 2002), Bromeliaceae (Versieux et al. 2008), Eriocaulaceae (Costa et al. 2008) e Fabaceae (Simon & Proença 2000). Atualmente há apenas duas publicações sobre Ericaceae no Espinhaço mineiro (Romão et al. 2004; Romão & Souza 2014), tendo sido esse o primeiro a abranger o Planalto de Diamantina e a Serra do Cabral, região que apresentou elevada riqueza comparada a outros levantamentos no estado.

Há maior similaridade florística entre as serras do Espinhaço mineiro entre si (Serra do Cipó, Planalto de Diamantina e Grão-Mogol), bem como entre as serras do Complexo da Mantiqueira entre si (Serra Negra, Serra do Papagaio e Parque Nacional do Itatiaia), o que demonstra que cada conjunto de serras é singular para a família Ericaceae (Tab. 3). O mesmo padrão pode ser observado para outros grupos botânicos como Eupatorieae, Asteraceae (Almeida et al. 2004), e para Bromeliaceae (Versieux et al. 2008). Os endemismos e a alta similaridade do Espinhaço mineiro podem ser explicados por eventos históricos, biogeográficos (Almeida et al. 2004) ou ecológicos, como interações bióticas e abióticas atuais (Echternacht et al. 2011). Grão-Mogol apresenta menor similaridade quando comparada às outras duas regiões do Espinhaço, o que pode estar relacionado à sua separação por áreas com altitude inferior a 900 m (Echternacht et al. 2011). Essas regiões podem apresentar contrastantes condições de clima e solo que representam barreiras para a dispersão de plantas endêmicas de regiões montanhosas (Echternacht et al. 2011). Para Asclepiadoideae (Apocynaceae) observa-se um padrão semelhante, havendo ainda um declínio no número de espécies em direção ao norte do Espinhaço (Rapini et al. 2002). A Serra do Cipó e o Planalto de Diamantina podem ser considerados uma unidade de endemismos para Ericaceae, assim como é para outras famílias (Echternacht et al. 2011). Essa unidade pode estar associada ao grande contínuo que formam com relativa homogeneidade de clima e geologia (Echternacht et al. 2011), embora, cada uma dessas regiões ainda apresente endemismos próprios.

Quase a metade das espécies levantadas é endêmica da Cadeia do Espinhaço, onde prevalecem os campos rupestres. A família Ericaceae em Minas Gerais ocorre predominantemente nessa fitofisonomia (Flora do Brasil 2020), havendo um elevado índice de endemismos à regiões específicas desse conjunto de montanhas no estado. Além disso, há muitas espécies com registros restritos a poucas localidades na área de estudo, como Agarista angustifolia, Gaylussacia cinerea, G. psuedociliosa, G. riedelii e G. setosa, que são endêmicas da porção central e sul do Espinhaço e ocorrem apenas em um ou dois municípios na área de estudo. Embora muitas espécies apresentem distribuição restrita, a maior parte possui status de conservação desconhecido, o que pode aumentar a sua vulnerabilidade, uma vez que os campos rupestres sofrem com a extração de minérios e com impactos causados pelo turismo desordenado (Martinelli et al. 2013).

O Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al. 2015) cita três espécies de Ericaceae como ameaçadas de extinção. Duas foram registradas no presente trabalho, Gaylussacia oleifolia, considerada como "Em perigo", e Agarista pulchra, "Quase ameaçada". No Livro Vermelho da Flora do Brasil (Martinelli & Moraes 2013) e na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (MMA 2014) há nove espécies, duas ocorrentes na área de estudo: G. oleifolia e G. setosa, classificadas como "Em perigo" e "Criticamente em perigo", respectivamente. De acordo com o CNCFlora (2017), as espécies A. pulchra e G. retusa estão "Quase ameaçadas".

Gaylussacia oleifolia possuía distribuição restrita à Serra do Cipó e no presente trabalho foi registrada em Diamantina, Gouveia e Congonhas do Norte. Assim, os dados levantados ampliam a distribuição geográfica da espécie para além da Serra do Cipó. A situação de G. setosa é mais preocupante, pois a sua distribuição é limitada a apenas uma montanha (o Pico do Itambé), no município de Santo Antônio do Itambé (Martinelli et al. 2013). Apesar de a população conhecida encontrar-se dentro do Parque Estadual do Pico do Itambé, a região em seu entorno é frequentemente submetida a eventos de ameaça, como incêndios e atividade agropecuária (Martinelli et al. 2013).

Cada nova pesquisa sobre a diversidade do Espinhaço ressalta a alta concentração de espécies únicas em suas serras (Rapini et al. 2008), o que justifica a continuidade de estudos florísticos, principalmente em regiões com poucas coletas recentes. Dados florísticos auxiliam na detecção de áreas ricas em espécies e que se encontram sob ameaça, as quais devem ter a sua conservação priorizada. Nosso estudo demonstra que a porção central do Espinhaço mineiro é a mais rica em número de espécies de Ericaceae em Minas Gerais e com elevado índice de espécies restritas, o que ressalta a importância da elaboração de estratégias de conservação urgentes para essa região. Pesquisas mais aprofundadas sobre biologia e ecologia de Ericaceae são necessárias e poderão avaliar os riscos de extinção dessas espécies e trazer os subsídios necessários para proteção efetiva da família e da biodiversidade do Espinhaço como um todo.

Agradecimentos

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ); ao herbário DIAM; ao Prof. Dr. Bruno Araújo Furtado de Mendonça, a confecção do mapa; a Gerson Romão, a ajuda nas identificações taxonômicas; e a todas as pessoas que contribuíram de forma direta e indireta para o desenvolvimento da pesquisa.

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Editado por

  • Editor de área: Dr. Gustavo Shimizu

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2018

Histórico

  • Recebido
    10 Maio 2017
  • Aceito
    03 Out 2017
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