Resumos
OBJETIVO: Correlacionar a taxa de elocução com as rupturas da fluência em pessoas com taquifemia e comparar com pessoas sem taquifemia. MÉTODOS: Participaram dessa investigação 14 indivíduos na faixa etária de 8 a 40 anos e 11 meses de idade, de ambos os gêneros, divididos em dois grupos pareados por idade e gênero. O GI foi composto por sete pessoas com taquifemia e o GII por sete pessoas sem taquifemia. Um protocolo de avaliação da fluência da fala foi utilizado para obter e analisar a amostra de fala, que considera a frequência das disfluências e a taxa de elocução. RESULTADOS: Os dados indicaram que quanto maiores os fluxos de sílabas e de palavras por minuto, maior o número de rupturas na fala, tanto nas pessoas com taquifemia como nas pessoas sem taquifemia. Quanto à comparação entre os grupos, houve correlação tanto para sílabas por minuto como para palavras por minuto apenas no grupo de pessoas sem taquifemia. CONCLUSÃO: O grupo de taquifêmicos apresentou aumento na taxa de elocução e disfluências comuns excessivas. Nos dois grupos analisados ocorreu uma tendência em se obter maiores valores de disfluências comuns à medida que a taxa de elocução aumentava. Porém, na análise comparativa entre o grupo de pessoas com e sem taquifemia, a correlação foi significativa apenas no grupo de pessoas sem taquifemia.
Fonoaudiologia; Fala; Diagnóstico; Distúrbios da fala; Avaliação
PURPOSE: To correlate speech rate and speech disruptions in individuals who clutter, and to compare with individuals who do not clutter. METHODS: Participants were 14 individuals with ages between 8 and 40 years and 11 months, of both genders, divided into two groups paired by age and gender. GI was composed by seven individuals who clutter, and GII by seven individuals who do not clutter. The Speech Fluency Assessment Protocol was used to gather and analyze the speech samples, considering the frequency of speech disruptions and the speech rate. RESULTS: Data indicated that the greater the rate of syllables and words per minute, the greater the number of speech disruptions, both for individuals who do and do not clutter. In the comparison between groups, there was correlation both for syllables and words per minute only in the group of individuals who not clutter. CONCLUSION: The individuals who clutter in this study presented a higher speech rate and frequency of common disfluencies. In both analyzed groups there was a tendency to greater frequency of common disfluencies as speech rate increased. However, in the comparative analysis between individuals who do and do not clutter, the correlation was significant only in the group of individuals who do not clutter.
Speech, language and hearing sciences; Speech; Diagnosis; Speech disorders; Evaluation
Referências bibliográficas
- 1 Daly DA, Burnett ML. Cluttering: another fluency syndrome. In: Curlee RF. Stuttering and related disorders of fluency. New York: Thieme Medical Pub; 1993. p. 179-204.
- 2 ASHA. Special Interest Division 4: Fluency and Fluency Disorders. Terminology pertaining to fluency and fluency disorders: Guidelines. ASHA Suppl. 1999 Mar-Apr;41(2 Suppl 19):29-36.
- 3 Oliveira AMCC, Ribeiro IM, Merlo S, Chiappetta ALML. O que fonoaudiólogos e estudantes de fonoaudiologia entendem por fluência e disfluência. Rev CEFAC. 2007 Mar;9(1):40-6.
- 4 St Louis KO, Raphael LJ, Myers FL, Bakker K. Cluttering updated. The ASHA Leader, ASHA. 2003;4,20-2.
- 5 Myers FL, Bakker K, St Louis KO, Raphael LJ. Disfluencies in cluttered speech. J Fluency Disord. 2012 Mar;37(1):9-19.
- 6 Daly DA, Burnett ML. Cluttering: assessment, treatment planning, and case study illustration. J Fluency Disorder. 1996 Sep-Dec;21(3-4):239-48.
- 7 St. Louis KO, Myers FL. Clinical management of cluttering. Lang Speech Hear Serv Sch. 1995 Apr;26:187-95.
- 8 St. Louis KO. Global perspectives on cluttering: research, assessment and treatment. Paper presented at: 6th World Congress on Fluency Disorders, Rio de Janeiro, Brasil. 2009.
- 9 Van Zaalen Y, Wijnen F, De Jonckere PH. Differential diagnostic characteristics between cluttering and stuttering - part one. J Fluency Disord. 2009 Set;34(3):137-54.
- 10 Oliveira CMC, Bernardes APL, Broglio GAF, Capellini SA. Perfil da fluência de indivíduos com taquifemia. Pró-Fono R Atual Cient. 2010 Dec;22(4):445-50.
- 11 Myers FL, St Louis KO. Two youths who clutter, but is that the only similarity? J Fluency Disord. 1996 Sep-Dec; 21(3-4):297-304.
- 12 International Cluttering Association [Internet]. Pennsylvania: International Cluttering Association- ICA, [atualizado 2009 Set 19; citado 2009 Dez 14]. Disponível em: http://associations.missouristate.edu/ICA/
- 13 Andrade CRF, Martins VO. Perfil evolutivo da fluência da fala de falantes do português brasileiro. Pro Fono. 2008 Jan-Mar;20(1):7-12.
- 14 Andrade CRF. Protocolo para avaliação da fluência da fala. Pro Fono. 2000;12(2):131-4.
- 15 Zou KH, Tuncall K, Silverman SG. Correlation and simple linear regression. Radiology. 2003;227(3):617-22.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
08 Abr 2013 -
Data do Fascículo
2013
Histórico
-
Recebido
18 Nov 2011 -
Aceito
26 Jun 2012