Open-access Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em Agentes Comunitários de Saúde1

Resumo

Introdução  Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) trabalham em condições de riscos ocupacionais e sobrecarga que podem causar adoecimento.

Objetivos  Avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em Agentes Comunitários de Saúde e comparar os níveis de estresse ocupacional, segundo as características sociodemográficas.

Método  Estudo transversal, realizado em 2017, em um município do interior paulista. Foram utilizadas a Escala de Estresse no Trabalho e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares.

Resultados  Participaram 44 ACS, sendo 70,5% do sexo feminino, 47,7% com 40 anos ou mais, 79,5% não exerciam outra atividade remunerada e 50,0% tinham de três a 10 anos de atuação profissional. Vinte e um (47,7%) profissionais apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Os principais fatores estressores foram: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3;±1,1); deficiência nos treinamentos (3,4;±1,6); pouca valorização (3,2;±1,4); poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2;±1,6); discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1;±1,5); falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0;±1,5); tipo de controle (2,9;±1,1); forma como as tarefas são distribuídas (2,8;±1,4); realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8;±1,2); falta de autonomia na execução do trabalho (2,7;±1,3); receber ordens contraditórias do superior (2,7;±1,4); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7;±1,3). No último ano, 65,9% dos ACS referiram dor osteomuscular nas regiões lombar, 61,4% no pescoço, 47,7% nos ombros e 43,2% nos joelhos.

Conclusão  O estresse ocupacional e os sintomas osteomusculares são problemas presentes na prática laboral dos ACS, evidenciando que as organizações precisam incrementar recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho destes profissionais.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Agentes Comunitários de Saúde; Saúde do Trabalhador; Transtornos Traumáticos Cumulativos

Abstract

Introduction  Community health workers (CHWs) work under conditions of occupational risks and overload that can cause illness.

Objectives  To evaluate the presence of occupational stress and musculoskeletal symptoms in community health workers, and compare the levels of occupational stress, according to sociodemographic characteristics.

Method  Cross-sectional study, conducted in 2017, in a municipality in the interior of São Paulo state. The Work Stress Scale and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire were used.

Results  Forty-four CHWs participated, 70.5% were female, 47.7% were 40 years old or older, 79.5% had no other paid activity and 50.0% had three to 10 years of professional experience. Twenty-one (47.7%) professionals presented important levels of occupational stress (>2.5). The main stressors were: deficiency in disclosure of information about organizational decisions (3.3;±1.1); deficiency in training (3.4;±1.6); little appreciation (3.2;±1.4); few prospects for career growth (3.2;±1.6); discrimination/favoritism in the work environment (3.1;±1.5); lack of understanding about job responsibilities (3.0; ±1.5); type of control (2.9;±1.1); how tasks are distributed (2.8;±1.4); performing tasks that are beyond one's capacity (2.8;±1.2); lack of autonomy in performing the work (2.7;±1.3); receiving contradictory orders from the superior (2.7;±1.4); insufficient time to perform the work (2.7;±1.3). In the last year, 65.9% of CHWs reported musculoskeletal pain in the lower back, 61.4% in the neck, 47.7% in the shoulders, and 43.2% in the knees.

Conclusion  Occupational stress and musculoskeletal symptoms are problems present in the CHWs' work practice, showing that organizations need to increase labor resources to prevent psychosocial risks and enhance the quality of work of these professionals.

Keywords:  Primary Health Care; Community Health Workers; Occupational Health; Cumulative Trauma Disorders

Introdução

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, alcançando objetivos de grande proporção, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo prioritário de Atenção Primária à Saúde (APS), implantado no Brasil na década de 1990. A ESF foi criada com o objetivo de reorganizar os serviços de atenção básica e fortalecer os princípios do SUS, assegurando o bem-estar das pessoas, a partir da ampliação das ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, realizadas de forma integral e contínua, em substituição ao modelo biomédico (Pinto & Giovanella, 2018).

A equipe de saúde da ESF é constituída, minimamente, por auxiliar(es)/técnico(s) de enfermagem, enfermeiro, médico e agentes comunitários de saúde (ACS). Por residir na comunidade, o ACS é considerado um elo fundamental entre a equipe e a população, favorecendo o trabalho de vigilância e promoção em saúde (Lourenção et al., 2012; Brasil, 2017; Vidal et al., 2015).

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estão entre as atribuições dos ACS: realizar cadastramento dos usuários de sua área de atuação, atualizando os dados periodicamente; auxiliar no diagnóstico demográfico, sociocultural, epidemiológico, ambiental e sanitário do território em que atua; realizar visitas domiciliares regularmente, desenvolvendo ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos individualmente e em conjunto com outros profissionais da equipe; auxiliar na identificação de casos suspeitos de doenças endêmicas e agravos à saúde, orientado o usuário a buscar atendimento adequado; identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável pelo território; incentivar a participação da população nas ações de controle social, entre outros (Brasil, 2017).

Comumente, os ACS são os primeiros profissionais a ouvirem as queixas e demandas dos usuários, tornando-se referência para os usuários e facilitadores do acesso aos demais profissionais e aos serviços de saúde. Além disso, são alvo de grande expectativa da comunidade e demais profissionais da equipe da ESF, podendo vivenciar situações de estresse intenso, como a alta demanda de trabalho, a falta de conhecimento sobre a forma de abordagem da(s) família(s), o contato direto e imediato com situações de vida precária, que determinam as condições de saúde, e até o posicionamento frente à desigualdade social e à busca da cidadania (Almeida, 2015; Lourenção et al., 2012; Nascimento et al., 2017; Peres et al., 2011).

Conceitualmente, o estresse compreende uma resposta do organismo a situações de perigo que, ao se tornarem constantes, surtem efeitos patogênicos. Nesse contexto, o estresse ocupacional implica no surgimento de transtornos e doenças relacionados à prática laboral e implicam na redução da produtividade e aumento do absenteísmo, causando prejuízos para o trabalhador, para o gestor/empregador e para os usuários do sistema de saúde (Reis & Malcher, 2017).

No caso dos ACS, as atividades laborais são, muitas vezes, exercidas em condições de riscos ocupacionais, como o contato com poeira, a exposição à umidade e à radiação solar, exposição a patógenos, à violência urbana e à sobrecarga de trabalho, que podem causar adoecimento físico e mental (Mesquita et al., 2019). Agrega-se, ainda, o fato de as unidades de saúde estarem, muitas vezes, inseridas em ambientes perigosos e insalubres, marcados por desigualdades sociais e pobreza, favorecendo o risco de sofrimento psíquico no ACS (Carreiro et al., 2013; Moreira et al., 2016), conforme evidenciou um estudo realizado no município de Ananindeua, no Pará, ao identificar 90% dos ACS com níveis de estresse moderado a intenso, apresentando sinais e sintomas como dores musculares, fadiga e indigestão (Reis & Malcher, 2017).

Outro estudo, realizado com profissionais da ESF do interior do estado de São Paulo, apontou presença de estresse ocupacional relevante entre os trabalhadores e evidenciou que o déficit nos treinamentos, a falta de perspectivas de crescimento profissional, a baixa valorização por superiores e o tempo insuficiente para realizar o trabalho são alguns dos fatores considerados mais estressantes nos serviços de APS (Cordioli et al., 2019).

Assim, nota-se que, ao visarem à promoção da saúde da comunidade por meio da prevenção de doenças, por meio de trabalho coletivo que pressupõe relações interpessoais entre a equipe e a comunidade, os profissionais da ESF (entre eles os ACS) estão expostos a estressores psicossociais (Cordioli Junior et al., 2020; Gomes et al., 2015; Martins et al., 2014).

Além disso, o processo de trabalho inadequado ou extenuante, associado ao desgaste emocional, pode originar morbidades osteomusculares, com presença de sintomas sem entidade clínica específica e aspectos relacionados à dor, à fadiga, à perda de força e da amplitude de movimento e à parestesia (Santos et al., 2016). No caso dos ACS, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de dores musculoesqueléticas: a necessidade de caminhar longas distâncias para a realização das visitas domiciliares, permanecendo de pé por várias horas ao longo da semana; a exposição prolongada ao sol; o peso decorrente dos prontuários e formulários transportados em mochilas, sob os ombros ou as costas; e o uso de sapatos inadequados (Baptistini & Figueiredo, 2014; Faria et al., 2021; Santos et al., 2015).

As morbidades osteomusculares incluem afecções de músculos e tendões, nervos e ligamentos, sinóvias (revestimentos das articulações) e fáscias (envoltório dos músculos), com ou sem degeneração de tecidos. Em geral, são caracterizadas por sintomas como: dor, parestesia, sensação de peso e fadiga. Por serem comuns, estas morbidades representam um importante problema à saúde dos trabalhadores, podendo causar incapacidade laboral e comprometer a qualidade de vida dos profissionais de saúde, prejudicando a assistência aos usuários da ESF (Davis & Kotowski, 2015; Lourenção et al., 2017; Portela & Ross, 2015).

Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde, além de comparar os níveis de estresse ocupacional, segundo as características sociodemográficas.

Método

Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2017, com amostra não probabilística, de conveniência, que incluiu agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias de um município de pequeno porte do interior paulista.

O município está localizado na região da Nova Alta Paulista, a 596 km da Capital do Estado de São Paulo. Em 2017, possuía uma população estimada de 35.137 habitantes, densidade demográfica de 82,15 habitantes por quilômetro quadrado, PIB per capta de R$30.010,56, mortalidade infantil de 11,63 óbitos por 1.000 nascidos vivos e 95,8% de esgotamento sanitário adequado. Em 2010, o IDH do município foi de 0,790 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020). O município é considerado centro de referência na área da saúde para nove municípios da região da Nova Alta Paulista. Na estruturação do modelo de saúde local, o Sistema Municipal possui sete unidades de Atenção Primária à Saúde, com 10 equipes de ESF, atendendo a uma população urbana e rural de 33.797 e 1.849 pessoas, respectivamente, com 100% de cobertura pela ESF.

A população do estudo foi composta por 64 profissionais, sendo 44 agentes comunitários de saúde e 20 agentes de controle de endemias das sete Unidades de Atenção Primária à Saúde do município. Embora sejam cargos diferentes, ambos os profissionais atuam como Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades de Saúde da Família do município e, portanto, desempenham a mesma função. Desde sua inserção nas unidades, os Agentes de Controle de Endemias foram alocados na função de ACS, havendo a mesma dinâmica de trabalho em ambas as categorias. Foram excluídos os profissionais que estavam de férias no período da coleta dos dados e/ou afastados das atividades profissionais por qualquer outro motivo.

Para a coleta dos dados, foram utilizados três instrumentos autoaplicáveis: um com questões sociodemográficas e profissionais; a Escala de Estresse no Trabalho (EET), validada por Tamayo & Paschoal (2004); e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), traduzido, adaptado e validado no Brasil (Pinheiro et al., 2002).

A EET é composta por 23 afirmativas negativas, com uma escala de 5 pontos, variando desde “1 - discordo totalmente” a “5 - concordo totalmente”. A escala fornece uma medida geral de estresse, cujos itens abordam diversos estressores e reações emocionais constantemente associadas a eles. A EET não é um teste psicológico, mas uma ferramenta para diagnóstico organizacional que foi submetida a testes e requisitos psicométricos (Tamayo & Paschoal, 2004). Os indicadores da EET variam de 1 a 5 e, quanto maior a média, maior o estresse. Consideram-se indicadores de níveis importantes de estresse os valores médios iguais ou superiores a 2,5.

O QNSO avalia sintomas de dor em pescoço, ombro, cotovelo, antebraço, punho/mão/dedo, região dorsal, região lombar, quadril/coxa, joelho, tornozelo/pé, nos últimos sete dias e nos últimos 12 meses. Este instrumento foi desenvolvido com a proposta de padronizar a mensuração de relato de sintomas osteomusculares e facilitar a comparação entre os estudos, permitindo avaliar sintomas de morbidade osteomuscular e sua relação com variáveis demográficas, ocupacionais e os hábitos pessoais (Kuorinka et al., 1987; Pinheiro et al., 2002).

A coleta de dados foi agendada com as enfermeiras das unidades de saúde e realizada durante a reunião da equipe. Após a explanação dos objetivos do estudo pelos pesquisadores, foram coletadas as assinaturas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos trabalhadores que consentiram em participar do estudo e, logo em seguida, os questionários foram entregues a todos os trabalhadores que nos responderam e depositaram em envelope pardo, sem identificação, para preservar a identidade dos respondentes. Como houve trabalhadores que não quiseram responder os questionários naquele momento, os pesquisadores agendaram data para retornar e receber os instrumentos respondidos (aproximadamente, após uma semana).

A análise dos dados foi realizada com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. As variáveis sociodemográficas foram analisadas descritivamente e utilizadas para caracterizar a população do estudo. O estresse ocupacional foi avaliado a partir do cálculo de um escore médio geral e um escore médio para cada item da escala, identificando os estressores mais frequentes, segundo a percepção dos trabalhadores. A avaliação dos sintomas de distúrbios osteomusculares foi realizada a partir do cálculo da frequência das queixas apresentadas pelos profissionais, nos últimos sete dias e últimos 12 meses. A comparação dos níveis de estresse ocupacional, segundo as características sociodemográficas, foi realizada pelo teste t para duas variáveis ou análise de variância (ANOVA) para três ou mais variáveis, considerando-se significantes valores de p≤0,05.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, com Parecer nº 1.890.199, de 11 de janeiro de 2017.

Resultados

Participaram do estudo 44 profissionais, dos quais 31 (70,4%) eram do sexo feminino, 21 (47,7%) tinham 40 anos ou mais, 18 (40,9%) possuíam ensino médio, 22 (50,0%) eram solteiros, 33 (75,0%) tinham renda familiar de dois a cinco salários mínimos, 35 (79,5%) não exerciam outra atividade remunerada, 37 (84,1%) dormiam de seis a oito horas diárias e 22 (50,0%) tinham de três a 10 anos de atuação na atenção primária à saúde (Tabela 1).

Tabela 1
Características sociodemográficas dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Controles de Endemias (n=44).

Em relação ao estresse ocupacional, 21 (47,7%) profissionais apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Conforme mostra a Tabela 2, os fatores considerados estressores na percepção dos ACS e dos Agentes de Controles de Endemias foram: [Q5] deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3; ±1,1); [Q13] deficiência nos treinamentos para capacitação profissional (3,4; ±1,6); [Q15] pouca valorização por superiores (3,2; ±1,4); [Q16] poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2; ±1,6); [Q12] discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1; ±1,5); [Q19] falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0; ±1,5); [Q2] tipo de controle existente (2,9; ±1,1); [Q1] forma como as tarefas são distribuídas (2,8; ±1,4); [Q9] realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8; ±1,2); [Q3] falta de autonomia na execução do trabalho (2,7; ±1,3); [Q20] receber ordens contraditórias do superior (2,7; ±1,4); [Q22] tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7; ±1,3); [Q6] falta de informações sobre as tarefas no trabalho (2,6; ±1,2).

Tabela 2
Avaliação dos itens da EET, segundo a percepção dos ACS e dos Agentes de Controles de Endemias (n=44).

Os profissionais que não possuem outra atividade remunerada apresentaram nível de estresse ocupacional significativamente maior do que aqueles que exercem outra atividade remunerada (p=0,041) (Figura 1). Não houve diferença estatisticamente significante nos níveis de estresse ocupacional dos ACS e dos Agentes de Controles de Endemias, segundo sexo (p=0,409), faixa etária (p=0,402), escolaridade (p=0,142), estado civil (p=0,445), renda familiar (p=0,405), horas diárias de sono (p=0,540) e tempo de atuação na APS (p=0,634).

Figura 1
Níveis de estresse ocupacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Controles de Endemias, segundo realização de outra atividade remunerada.

Conforme observado na Figura 2, houve um importante percentual de ACS e Agentes de Controles de Endemias com queixas de dores osteomusculares. As principalmente regiões referidas pelos profissionais foram região lombar, pescoço, ombros, punhos/mãos/dedos e joelhos, tornozelos e pés.

Figura 2
Distribuição dos sintomas osteomusculares referidos pelos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Controles de Endemias.

Discussão

O perfil sociodemográfico dos agentes comunitários de saúde é semelhante ao relatado em outros estudos com estes profissionais, ou seja, predomínio de mulheres, de meia idade, solteiras, com ensino médio. Essa proeminência de mulheres na profissão de ACS reforça o crescente processo de feminização que vem ocorrendo na área da saúde, nas últimas décadas (Almeida et al., 2016; Hoppe et al., 2017; Krug et al., 2017).

O percentual de profissionais que apresentaram escore compatível com estresse ocupacional é superior ao relatado em outros estudos nacionais, com profissionais da APS, e mostram que as altas demandas psicológicas do trabalho dos ACS, como a responsabilidade para com a saúde dos usuários, alta demanda de informações, críticas e agressões verbais, além de falta de valorização e reconhecimento, podem gerar desgaste e adoecimento (Almeida et al., 2016; Cordioli et al., 2019). Além disso, o predomínio de profissionais do gênero feminino também pode ser um fator que contribui para o aumento do estresse no ambiente laboral, pois as mulheres precisam conciliar o trabalho com as demandas familiares (Reis et al., 2020). Essa dupla jornada prejudica suas recomposições de energia, devido à redução de horas de sono, repouso e lazer, podendo ser responsável por aumentar o estresse (Sousa & Guedes, 2016).

O maior nível de estresse dos ACS que não possuem outra atividade remunerada, em relação àqueles que exercem outra atividade, pode estar relacionada ao envolvimento integral com as demandas da comunidade, daqueles profissionais que não possuem outro vínculo. Enquanto os profissionais que saem para trabalhar conseguem se desligar, por algum tempo, do ambiente e dos problemas recebidos da comunidade, aqueles que não possuem outro vínculo acabam ficando o tempo todo disponíveis para atender à comunidade, ouvir queixas, encontrar problemas e buscar soluções, ou seja, estão mais expostos ao desgaste emocional que advém de sua prática laboral. Nesse contexto, embora o desenvolvimento de outra atividade remunerada seja visto como um aspecto negativo, a mudança de ambiente laboral pode proporcionar a redução do nível de estresse e, apesar desgaste físico oriundo do acúmulo de carga horária, torna-se um fator positivo para a saúde psicoemocional destes profissionais (Simas & Pinto, 2017).

Além disso, os aspectos apontados como estressantes pelos ACS corroboram outros estudos com profissionais da APS e reforçam o caráter multifatorial do estresse, cujo desenvolvimento pode ser influenciado pelas cargas de trabalho a que os trabalhadores estão submetidos, além de aspectos relacionados à organização do processo de trabalho, a exemplo da deficiência na divulgação de informações, falta de treinamentos, favoritismo no ambiente de trabalho e forma de distribuição de tarefas (Castro et al., 2019; Cordioli et al., 2019). Essas cargas de trabalho interagem com o corpo do trabalhador, podendo gerar desgaste e comprometer a capacidade corporal e psíquica (Santos et al., 2019).

Nesse contexto, estudos mostram que os profissionais da APS, em especial os ACS, trabalham sob cargas físicas, cognitivas e psíquicas intensas, decorrentes da estrutura física inadequada, precariedade de recursos para execução das tarefas, exposição a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, que podem provocar desgaste físico e sofrimento psíquico, reforçando o caráter multifatorial dos riscos laborais presentes na prática profissional do ACS (Cordioli et al., 2019; Lopes et al., 2018). De acordo com um estudo realizado em cidades de médio e pequeno porte de Minas Gerais, a maioria dos ACS se encontravam esgotados emocionalmente, sendo que parte dessa exaustão estava relacionada à exposição prolongada aos estressores laborais, corroborando os resultados de nosso estudo (Silva et al., 2017).

Além do estresse, o processo de trabalho pode interferir na condição física dos trabalhadores, causando dores osteomusculares, conforme mostram os resultados deste estudo. Acerca disso, o predomínio de dor na região lombar, pescoço, ombros, punhos/mãos/dedos e joelhos, tornozelos e pés apresentado pelos ACS corrobora o relatado por outros estudos com profissionais da APS e reforça que o processo de trabalho dos ACS é extenuante (Castro et al., 2019; Cordioli et al., 2019; Paula et al., 2015).

A dor corresponde ao principal sintoma dos distúrbios musculoesqueléticos e suas origens podem ser diversas, de acordo com a característica do trabalho. No caso dos ACS, devem ser observadas as condições biomecânicas dos profissionais, o levantamento de peso, manutenção em posturas prolongadas e esforços indevidos. A dor no pescoço e nos ombros relatada por esses profissionais, por exemplo, pode estar relacionada a movimentos repetitivos de membros superiores ou posturas realizadas em contração estática. Além disso, as questões emocionais, entre as quais está o estresse ocupacional, são descritas como fatores de piora ou desencadeamento da dor (Barbosa et al., 2012; Henríquez et al., 2010).

Conclusões

O estudo mostrou que há um número relevante de ACS com estresse ocupacional importante, sendo que os principais aspectos estressores apontados pelos profissionais se referem à falta de treinamentos e deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais, baixa valorização e falta de perspectivas de crescimento na carreira, discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho, falta de compreensão sobre as responsabilidades, tipo de controle e a forma como as tarefas são distribuídas, falta de autonomia e de capacidade para realizar as atividades laborais, recebimento de ordens contraditórias de superiores, falta de tempo e de informações para cumprir com todas as atividades laborais. As principais regiões corporais que os ACS referiram dores foram a região lombar, pescoço, ombros, punhos/mãos/dedos e joelhos, tornozelos e pés. Evidencia-se, assim, que o processo de trabalho nas equipes da APS, no município do estudo, é desgastante e causa adoecimento físico e psíquico dos ACS.

Estes resultados mostram que as organizações precisam entender a saúde como um valor estratégico e incrementar os recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho dos ACS, direcionando ações de promoção e proteção da saúde desses trabalhadores, como reorganização do processo de trabalho, técnicas de escuta e gestão do estresse e momentos de reflexões e apoio aos trabalhadores, buscando reduzir sofrimentos e danos que possam comprometer a saúde física e emocional destes profissionais.

O fato de o estudo ter sido realizado em um único município representa uma limitação, pois não permite a generalização dos resultados. Assim, recomenda-se a realização de novos estudos, que incluam profissionais de municípios de diferentes regiões do Brasil, de forma permitir uma análise mais ampla e aprofundada desta temática.

  • 1
    Artigo resultante da dissertação de mestrado intitulada Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde, defendida em fevereiro de 2021, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde, sob orientação do Prof. Dr. Luciano Garcia Lourenção. Por se tratar de pesquisa envolvendo seres humanos, o estudo foi submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-FAMERP/SP) e aprovado com parecer n. 1.890.199, de 11 de janeiro de 2017.
  • Como citar: Suyam, E. H. T., Lourenção, L. G., Cordioli, D. F. C., & Cordioli Junior, J. R., & Miyazaki, M. C. O. S. (2022). Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em Agentes Comunitários de Saúde. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 30, e2992. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO22692992

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Editado por

  • Editora de seção
    Profa. Dra. Iza Faria-Fortini

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    25 Mar 2021
  • Revisado
    26 Jul 2021
  • Aceito
    23 Ago 2021
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