Devido ao grande número de artigos aprovados para publicação, teremos nesta edição uma quantidade maior de artigos editados. Neste número, ainda publicaremos artigos que não são da área médica, pois foram aprovados antes de 2016. A partir deste ano, a nossa revista somente aceitará artigos que discorrerem sobre ensino de medicina.
Os artigos publicados nesta edição mostram quão diversos são os temas de educação médica.
O estudo transversal “Despersonalização/Desrealização em Estudantes de Medicina de uma Universidade Federal no Brasil” mostra que 11,5% dos estudantes de Medicina do primeiro ao terceiro ano apresentam tal transtorno quando comparados com os das fases finais (OR = 10,7), revelando que os estudantes das fases iniciais têm maior suscetibilidade a transtornos psíquicos.
O artigo “Reflexões sobre o Ensino de Bioética e Cuidados Paliativos nas Escolas Médicas do Estado de Minas Gerais, Brasil” mostra um estudo exploratório realizado em 28 escolas do Estado de Minas Gerais, que, por meio da aplicação de questionário, entrevistas e documento informatizado, concluiu que o ensino de bioética com ênfase nos cuidados paliativos ainda é insuficiente, revelando o quanto as instituições de ensino ainda devem progredir em tão importante tema.
Docentes da Universidade Federal de Santa Catarina analisaram a avaliação feita pelos estudantes dos estágios do internato médico em Atenção Primária da Saúde, recentemente criado naquela instituição. O aprendizado de habilidades clínicas e em comunicação com pacientes foi muito bem avaliado pelos discentes. As principais críticas foram em relação à distância dos locais do estágio e aos problemas de infraestrutura nos serviços, revelando que muitos investimentos devem ser feitos na área de Atenção Primária tanto pelas instituições como pelo poder público.
A “Avaliação do Ensino de Hansenologia pelos Estudantes de uma Escola Médica, Pública, Brasileira” revela que a maioria dos estudantes dos últimos anos do curso considerou insuficiente o ensino prático sobre esta morbidade. Os resultados devem ser analisados com parcimônia, pois a região estudada apresenta baixa prevalência de hanseníase.
A pesquisa transversal de abordagem quantitativa “Fatores Associados à Qualidade de Vida de Docentes da Área da Saúde”, realizada em uma única instituição pública, revelou qualidade de vida boa nos domínios psicológicos, relações sociais e meio ambiente, e regular no domínio físico. Chama a atenção que os docentes com comprometimento da qualidade de vida apresentam mais de 12 anos de carreira, não têm companheiro, não moram com a família e necessitam de ações afetivas de promoção da saúde.
Vários outros trabalhos completam este número, enriquecendo as discussões sobre educação médica e promovendo reflexões sobre o ensino da medicina em nosso país.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Jul-Sep 2016
