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Inquérito parasitológico em Rondônia (Brasil) visando à detecção de casos autóctones de esquistossomose

Cartas ao Editor Letters to the Editor

Inquérito parasitológico em Rondônia (Brasil) visando à detecção de casos autóctones de esquistossomose* * Trabalho financiado pelo convênio Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo n.° RD-CJR/CNPq 700.01.031.0/84), como parte do Projeto "Diagnóstico das Condições de Saúde em Rondônia".

Ana Amélia P. BoischioI; Carlos E. A. Coimbra JúniorI; Ari Miguel Teixeira OttI; Ricardo Ventura SantosII

IDepartamento de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Rondônia — Caixa Postal 1314 — 78900 — Porto Velho, RO — Brasil

IIInstituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília — 70910 — Brasília, DF — Brasil

A ocorrência em vários municípios de Rondônia de moluscos do gênero Biomphalaria, aliada ao processo de ocupação da região que ora se verifica, sugere a possibilidade do surgimento de focos ativos de esquistossomose2. Nesse sentido, procuraram-se detectar casos autóctones da doença, através de um inquérito coproparasitológico dentre escolares nascidos no Estado de Rondônia.

Os municípios abrangidos por esse inquérito foram Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná. As amostras de fezes foram coletadas entre escolares da rede pública de ensino, na faixa etária de 6 a 15 anos, tendo sido dada preferência pelos estabelecimentos localizados perto dos locais onde foram detectados criadouros de planorbídeos, de acordo com levantamento malacológico realizado anteriormente1. O método empregado foi o de sedimentação de Lutz, tendo sido o material previamente fixado em formol 10%.

Os resultados desse inquérito, de um total de 617 exames realizados, não revelaram casos autóctones de esquistossomose. Apesar disso, ainda é prematuro afirmar que a parasitose não possa vir a estabelecer na região. O impacto de diferentes atividades humanas tem sido apontado como que favorecendo o surgimento de focos da esquistossomose na Amazônia1,3. Desse modo, estudos posteriores fazem-se necessários para acompanhar o possível estabelecimento da esquistossomose em Rondônia.

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Ronan Tanus, do Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da Universidade de Brasília, pelas facilidades oferecidas na realização de parte dos exames.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. COIMBRA, Jr., C. E. A. & SANTOS, R. V. Moluscos aquáticos do Estado de Rondônia (Brasil), com especial referência ao gênero Biomphalaria Preston, 1910 (Pulmonata, Planorbidae). Rev. Saúde públ., São Paulo, 20: 227-34, 1986.

2. COIMBRA, Jr., C. E. A.; SANTOS, R. V.; SMANIO NETO. L. Potencial endêmico da esquistossomose para o Estado de Rondônia, Brasil. Rev. Saúde públ, São Paulo, 18:510-5, 1984.

3. MORAES, M. A. P. A esquistossomose na Amazônia, Brasil. Rev. Univ. Fed. Pará, 2: 197-219, 1972.

Recebido para publicação em: 12/11/1987

Aprovado para publicação em: 23/11/1987

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    Trabalho financiado pelo convênio Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo n.° RD-CJR/CNPq 700.01.031.0/84), como parte do Projeto "Diagnóstico das Condições de Saúde em Rondônia".
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      02 Dez 2004
    • Data do Fascículo
      Fev 1988
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