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Araújo e Sá, Maria Helena & Maciel, Carla Maria Ataíde. Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa. Bruxelas: Peter Lang, 2021, 418 p.

Araújo e Sá, Maria Helena; Maciel, Carla Maria Ataíde. Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa. Bruxelas: Peter Lang, 2021. 418 p.

Quando pensamos nas práticas de ensino e de formação em língua portuguesa, vemos a necessidade de inserir práticas que deem conta da pluralidade linguística e cultural, uma vez que o professor deve ter a oportunidade de desenvolver e/ou planejar novas estratégias (Bortoni-Ricardo, 1984Bortoni-Ricardo, Stella Maris. O Professor-Pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.; Bagno, 2002Bagno, Marcos. “A Inevitável Travessia: da prescrição gramatical à educação linguística”. In: Bagno, Marcos; Stubbs, Michael & Gagné, Gilles. Língua Materna: letramento, variação & ensino. São Paulo: Parábola, 2002, p. 13-84.). Acrescente-se a isso a presença dos sujeitos, que necessitam ser estimulados para a compreensão e alteridade entre as línguas; saber significar, interagir e constituírem a sua língua(gem) num contexto paradigmático crítico e reflexivo, ou seja, permeados por um modelo de educação linguística plural e democrática (De Mauro, 2018De Mauro, Tulio. l’Educazione Linguistica Democratica. Roma: Editori Laterza, 2018.). Em síntese, faz-se necessário articular um modelo integrador das diferentes origens culturais, sociais, econômicas e históricas, dentro de um mundo cada vez mais globalizado.

Nesse caminho, quando pensamos numa abordagem plurilíngue e intercultural, tendemos a pensar no desenvolvimento de habilidades de comunicação eficazes que se baseiam em todas as nossas experiências linguísticas e culturais de forma interativa. O plurilinguismo é uma atividade ao longo da vida, um processo de aprendizagem das línguas de casa, da sociedade, da escola assim como as de outros povos; ele também reconhece a natureza parcial do conhecimento que cada indivíduo tem de uma língua, seja sua língua materna ou não. Portanto, o plurilinguismo remove o ideal do falante nativo como a conquista final e o substitui por um processo em constante andamento onde os falantes e usuários colocam em prática repertórios variados de conhecimentos linguísticos e culturais de uma forma flexível, criativa e adaptada ao contexto comunicativo e aos atos da fala (Candelier et al., 2007Candelier, Michel et al. CARAP: Cadre de Référence pour les Approches Plurielles des Langues et des Cultures. Strasbourg: Conseil de l’Europe, 2007.; Coste, Moore & Zarate, 2009Cost, Daniel; Moore, Danièle & Zarate, Geneviève. Compétence Plurilíngue et Pluriculturelle. Strasbourg: Conseil de l‘Europe, 2009.). Consideramos, assim, que o conceito de plurilinguismo e as questões de interculturalidade, oferecem um verdadeiro salto qualitativo na compreensão da língua(gem).

É na esteira dessa abordagem que a obra “Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa”, publicada pela Peter Lang, em 2021, sob a coordenação das professoras Maria Helena Araújo e Sá (Universidade de Aveiro, Portugal) e Carla Maciel (Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique), traz um panorama da temática da Interculturalidade e do Plurilinguismo no âmbito da língua portuguesa. Cabe salientar a perspectiva de (geo)política assumida pelas organizadoras e pelas autoras e autores da obra para descrever e analisar cenários educativos desde um viés decolonial. Igualmente, convém assinalar o fato de a obra ter sido publicada integralmente em português, com vozes dos diferentes espaços de língua portuguesa, o que tem um efeito não apenas simbólico, mas também estratégico já que contribui à promoção da nossa língua como meio de produção de conhecimento e de ciência. Nesse sentido, a obra de Araújo e Sá e Maciel (2021)Araújo e Sá, Maria Helena & Maciel, Carla Maria Ataíde. Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa. Bruxelas: Peter Lang, 2021, 418 p. se inscreve na produção de obras coletivas de reflexão sobre a língua portuguesa publicadas nos últimos anos, como Moita Lopes (2014)Moita Lopes, Luiz Paulo. O Português no Século XXI. Cenário Geopolítico e Sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2014., Pinto e Melo-Pfeifer (2018)Pinto, Paulo Feytor & Melo-Pfeifer, Sílvia. Políticas Linguísticas em Português. Lisboa: Lidel, 2018. e Souza e Calvo del Olmo (2020)Souza, Sweder & Calvo del Olmo, Francisco. Línguas em Português. A Lusofonia numa Visão Crítica. Porto: UPorto Press, 2020..

Entrando na apresentação do conteúdo, o livro é dividido em três partes, a saber: Parte I - Plurilinguismo e Interculturalidade nos Discursos de Educação e Formação; Parte II - Plurilinguismo e Interculturalidade nas Práticas de Educação e Formação; Parte III: Educação Bilíngue, Bilinguismo e Empoderamento Social.

A Parte I: Plurilinguismo e Interculturalidade nos Discursos de Educação e Formação, aborda a análise de textos que foram produzidos em diferentes épocas e com diversas perspectivas e influenciam ideologias. Também traz práticas linguísticas baseadas nas ações profissionais dos atores envolvidos no processo de educação. Assim há documentos e diretrizes de ensino, planos de ensino, instrumentos que corroboram para produção de políticas linguísticas e que regulam o processo educativo, com diferentes pontos de vista.

Para dar início nessa discussão, “Português e Inglês na História do Multilinguismo Indiano: relações interculturais no contexto das políticas linguísticas educacionais”, de Pingali Sailaja e Gilvan Müller de Oliveira, aborda uma releitura da literatura histórica da Índia do século XVI e meados do século XIX, contribuindo para a área das políticas linguísticas (entre as duas principais línguas europeias na história da Índia – o português e o inglês) e tecendo considerações como elas obtiveram certa hegemonia e como elas interagiram uma com a outra e se influenciaram mutuamente, num contexto de rivalidade e cooperação.

No segundo capítulo, “Imprensa Colonial e Literatura: espaços de reflexão e resistência”, Hélder Garmes e Cielo Festino fazem uma análise do periódico “O Acadêmico” (1940– 1943) e salientam a Educação dos jovens, no Estado indiano de Goa, em particular no que toca à intencionalidade de valorizar a sua cultura e de resistir à dominação colonial e a busca desses jovens em valorizar a sua própria cultura.

“A Língua e a Cultura do Outro no Discurso Oficial Português sobre Educação e Formação nos países africanos de Língua Oficial Portuguesa”, de Paulo Feytor Pinto, sustenta e fundamenta o conhecimento científico sobre o discurso que se tem sobre o “Conceito Estratégico da Cooperação Portuguesa 2014-2020”. Assim, propõe a análise da política portuguesa em relação ao domínio da educação linguística e cultural. Ainda neste mesmo espaço geográfico, Beatriz Afonso e Leonor Santos ampliam as perspectivas no capítulo “Panorama Linguístico de São Tomé e Príncipe: discursos, representações e impacto(s) no sistema educativo”.

Em seguida, “Multilinguismo e Interculturalidade: um olhar para a formação de professores de línguas na Universidade Pedagógica de Maputo” de Amélia Lemos busca avaliar até que ponto a formação de professores de português e de francês na Universidade Pedagógica de Maputo leva em consideração a diversidade linguística e cultural para um ensino de línguas eficaz e para a promoção da interculturalidade e diversidade na sala de aula.

Trazendo para conhecimento a questão de se o componente intercultural da língua de fato existe nos manuais de ensino de francês como língua estrangeira em Moçambique, Feliciano José Pedro, Guy Achard-Bayle e Filomena Capucho, em “Análise da Perspetiva Intercultural em Programas e Manuais de Ensino do Francês Língua Estrangeira em Moçambique”, avaliam se os mesmos permitem que professores moçambicanos pratiquem a abordagem intercultural nas suas aulas.

“O ensino do Português em Macau no Ensino Básico e Secundário: caminhos” de Lola Xavier, analisa a situação linguística sobre o ensino do português no ensino fundamental e médio de Macau e o discurso plurilíngue e intercultural que permeia a relação entre teoria e prática, defendendo que o governo deveria propor estratégias práticas para que o ensino da língua portuguesa seja desenvolvido na região de Macau.

Quatro capítulos compõem a Parte II - Plurilinguismo e Interculturalidade nas Práticas de Educação e Formação e trazem para o centro as práticas em sala de aula. O primeiro capítulo desta parte vai assinado por Lúcia Vidal Soares e Maria Helena Araújo e Sá e tem por título “Nós, os Nossos Vizinhos e os que vieram daquela Lonjura: o desenho como dispositivo de investigação em contextos multi/plurilíngues”. Nele, as autoras apresentam o desenho como dispositivo investigativo no contexto de Timor-Leste que está permeado pelo plurilinguismo e o conhecimento heterogêneo da língua portuguesa. O estudo também descreve certas limitações no trabalho de campo e propõe algumas recomendações a futuro.

O segundo capítulo, “Educação Linguística Intercultural: redes sociais e autorrepresentação indígena nas aulas de Português Intercultural” de André Marques do Nascimento apresenta uma reflexão sobre a formação cultural e epistemologicamente sensível de professores/as indígenas em nível superior para a atuação nas escolas de suas aldeias dentro do curso de Licenciatura em Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Brasil. Essa experiência pedagógica tem o potencial para contribuir com reflexões e práticas da educação linguística pois é fundada numa concepção de língua como prática social e situada, cujo ensino só adquire sentido se vinculado e inspirado nas vivências reais dos/as estudantes e de suas comunidades para além dos muros da universidade e da escola.

Han Lili assina o terceiro capítulo intitulado “Aspetos Linguísticos e Culturais sobre o Ensino de interpretação chinês-português em Macau” onde se apresenta a constituição histórica de Macau como espaço intercultural e plurilíngue permeado pela prática da tradução. A tradição do ensino de tradução em Macau e a sua paisagem linguística constituem uma riqueza para o sector educativo de Macau, orientando, assim, as atividades pedagógicas do ensino de tradução e de interpretação. O autor traz também alguns estudos de caso que ilustram essa realidade e permitem atingir algumas conclusões.

O capítulo de Carla Maciel e Maria Helena Araújo e Sá, “Vozes sobre Culturas e Línguas indo-arianas: que possibilidades para uma Didáctica do Plurilinguismo?”, encerra esta segunda parte. Nele, as autoras abordam a presença secular de Portugal no subcontinente indiano, particularmente em Goa, Damão e Diu, assim como os movimentos migratórios de indianos destes territórios para Portugal, Angola ou Moçambique durante o processo de descolonização da Índia e da África. O texto propõe o resgate dessas histórias e explora as práticas, as crenças e os estereótipos das comunidades indo-arianas, estabelecidas em Moçambique, sobre suas línguas de herança. A síntese final apresenta subsídios para uma estratégia educativa plurilíngue e intercultural.

Por fim, a Parte III: Educação Bilíngue, Bilinguismo e Empoderamento Social completa esse rico panorama com quatro textos. O primeiro, “Ensino Bilingue em Moçambique: análise de algumas opções didático-metodológicas na produção de materiais e do seu impacto para além do nível mais imediato da escola”, de Carlos J. Manuel, traz uma reflexão interessante sobre a importância das línguas maternas para evitar o desperdício escolar nesse país africano e repensar as relações entre o português e as línguas nacionais moçambicanas. Os aspetos culturais discutidos potenciam a alternância de código na sala de aula e a educação plurilíngue. Além disso, a opção didática de incluir as línguas maternas na educação e elaborar materiais didáticos para o ensino básico gera impactos para além da escola e promove o patrimônio linguístico e cultural do país.

Constatando que, embora os livros didáticos e os conteúdos do Programa de Educação Bilíngue em Moçambique predigam o aspecto Intercultural, o texto “Políticas, materiais, conteúdos da Educação Bilíngue e a Interculturalidade em Moçambique”, de Pedro Bila, analisa essas propostas e evidencia que essas práticas ainda não possibilitam um real ensino intercultural entre as línguas nacionais e língua portuguesa. Esses materiais ainda não condizem com o que seria interessante para promover práticas interculturais no ensino da língua. Ainda, o autor traz entrevistas com quem intervém nesse processo educativo, ou seja, entrevistas com professores da Educação Bilíngue, o que nos permite ter um panorama interessante sobre a análise feita pelo autor.

Mateus Manuel, Paulo Osório e Gonçalo Fernandes, em “O Português e o Kimbundu no contexto Linguístico Angolano: contributos para uma educação bilíngue”, fazem uma descrição teórica e contrastiva acerca de algumas características sintáticas da língua portuguesa e do kimbundu. Os autores defendem uma Educação Bilíngue, uma vez que essas duas línguas mencionadas são faladas nesse mesmo território angolano. Por isso, há uma real necessidade de se ter uma perspectiva bilíngue no ensino, entendendo que isso é um ponto importante na/para formação de professores, uma vez que os exemplos trazidos pelos autores é de que os falantes de Kimbundu, quando alternam sua fala para o português, transferem as características da língua materna (Kimbundo) para o português, sendo essa uma das justificativas para uma educação bilíngue.

Ao cabo da terceira e última parte da obra, no capítulo “Educação Linguística em Cabo Verde: atitudes e representações dos professores”, Elvira Reis foca a sua preocupação na formação de professores ao apresentar e analisar os resultados parciais de um questionário realizado com professores dos primeiros e segundos anos do ensino regular de Cabo Verde, visando entender o perfil linguístico e profissional e qual é a representação desses professores sobre a educação linguística no território em que o português é a língua oficial e de ensino, ou seja, existem políticas linguísticas que predizem e afirmam a língua portuguesa no ensino escolar. Com os resultados parciais deste questionário, a autora justifica a preocupação com a formação de professores linguisticamente responsáveis.

O Posfácio assinado por Paulo Speller salienta a questão que nos assim chamados países “lusófonos” são faladas muitas mais línguas além do português e que é uma responsabilidade compartilhada por essas comunidades proteger e promover todas essas línguas, ou seja, dar melhores condições de desenvolvimento linguístico, cultural e social para seus usuários, habitantes do Sul global. Ele também apresenta alguns projetos educacionais recentes que envolvem os espaços visitados nos capítulos precedentes. Assim, fala da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) criada no contexto da política internacional brasileira do presidente Inácio Lula da Silva e também das iniciativas da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) que apontam a uma Iberofonia entre Ibero-américa e África, transmutada em Iberoafronia.

Em síntese, buscando

o crescente interesse em estudos com foco na comunicação plurilíngue e intercultural em contextos de educação e formação, considerando as suas características intrínsecas de diversidade, intensificadas pelas mobilidades e tecnologização das sociedades contemporâneas (...) em espaços onde esta diversidade é endógena e muito marcada por desafios e tensões de vária ordem decorrentes de percursos históricos complexos e singulares, esta temática ganha um realce particular

(Araújo e Sá & Maciel, p. 20-21Araújo e Sá, Maria Helena & Maciel, Carla Maria Ataíde. Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa. Bruxelas: Peter Lang, 2021, 418 p.),

a publicação atende, sem dúvida alguma, questões políticas, sociais, econômicas, históricas e discursivas, os percalços acerca do ensino e da aprendizagem nos espaços onde o português foi língua de colonização e onde hoje convive com as línguas nacionais em simbiose. As vozes das autoras e autores expõem, ainda, a diversidade das políticas de ensino e como elas interagem e intervêm no processo de articular modelos pedagógicos decoloniais.

A breve exposição que fizemos dos capítulos que compõem este livro permitiu-nos apresentar e debater alguns pontos que servem como fil rougee estabelecendo uma reflexão compartilhada sobre o papel da língua portuguesa em vários contextos geográficos e acadêmicos. Porém, não gostaríamos de encerrar a nossa resenha sem abordar uma questão que vem à tona considerando a revista onde ela sairá publicada: como a interculturalidade e o plurilinguismo, inerentes à realidade atual da língua portuguesa, se articulam com os Estudos da Tradução? Quais diálogos são pertinentes entre estas áreas dentro do panorama geral das ciências humanas e, mais especificamente, das ciências da linguagem?

Hatim e Munday (2004)Hatim, Basil. & Munday, Jeremy. Translation : An Advanced Resource Text. Londres & Nova York: Routledge, 2004. ao traçarem o mapa dos Estudos da Tradução propõem a interdisciplinaridade com outros campos acadêmicos como um marco. Nesse mesmo mapa, os autores delineiam uma interface comum entre os Estudos da Tradução e os Estudos Culturais que, por sua vez, se apresentam como a soma de «estudos cinematográficos, linguagem e poder, ideologias, estudos de gênero, estudos gays, história e pós-colonialismo” (p. 8).

Os capítulos da presente obra estão permeados pelas discussões, debates e axiomas dos Estudos pós-colonial e, não por acaso, as organizadoras colocaram esse termo no mesmo título. Assim, os diferentes autores e autoras levantar questões existentes entre linguagem e poder, entre discursos hegemônicos e subalternos pautados pelas práticas da língua portuguesa. Essas leituras são, portanto, de extrema relevância e atualidade para as pesquisadoras e pesquisadores que se interessam pelo papel da tradução como ferramenta de mediação entre diferentes culturas e sociedades. Vale dizer que não entendemos as línguas como meros sistemas de comunicação, já que possuem uma forte função simbólica para suas comunidades de falantes, marcada por diferentes valores identitários, por impasses e contradições.

Por esta razão, a prática da tradução - e a reflexão sobre essa prática - não deve ser concebida como uma atividade neutra, mas sim como uma escolha do tradutor de acordo com determinado posicionamento ideológico. As pessoas que lerem a obra das professoras Maria Helena Araújo e Sá e Carla Maciel com as lentes dos Estudos da Tradução encontrarão ferramentas, de análise para examinar as suas próprias pesquisas sob uma nova luz e se tornarem mais conscientes do que está em jogo ao traduzir do e para o português reconhecendo as diferenças, os contrastes e as semelhanças que existem dentro da nossa língua.

Com a referida obra, as leitoras e leitores podem adentrar na busca do conhecimento envolvendo o contexto plurilíngue e intercultural onde atualmente vivem as comunidades falantes de língua portuguesa. Esse é um caminho a ser trilhado, uma via oportuna para avançar na reflexão sobre a língua conjugando a teoria e a prática. Boa leitura!

Referências

  • Araújo e Sá, Maria Helena & Maciel, Carla Maria Ataíde. Interculturalidade e Plurilinguismo nos Discursos e Práticas de Educação e Formação em Contextos Pós-Coloniais de Língua Portuguesa Bruxelas: Peter Lang, 2021, 418 p.
  • Bagno, Marcos. “A Inevitável Travessia: da prescrição gramatical à educação linguística”. In: Bagno, Marcos; Stubbs, Michael & Gagné, Gilles. Língua Materna: letramento, variação & ensino São Paulo: Parábola, 2002, p. 13-84.
  • Bortoni-Ricardo, Stella Maris. O Professor-Pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
  • Candelier, Michel et al CARAP: Cadre de Référence pour les Approches Plurielles des Langues et des Cultures. Strasbourg: Conseil de l’Europe, 2007.
  • Cost, Daniel; Moore, Danièle & Zarate, Geneviève. Compétence Plurilíngue et Pluriculturelle Strasbourg: Conseil de l‘Europe, 2009.
  • De Mauro, Tulio. l’Educazione Linguistica Democratica. Roma: Editori Laterza, 2018.
  • Hatim, Basil. & Munday, Jeremy. Translation : An Advanced Resource Text Londres & Nova York: Routledge, 2004.
  • Moita Lopes, Luiz Paulo. O Português no Século XXI Cenário Geopolítico e Sociolinguístico. São Paulo: Parábola, 2014.
  • Pinto, Paulo Feytor & Melo-Pfeifer, Sílvia. Políticas Linguísticas em Português Lisboa: Lidel, 2018.
  • Souza, Sweder & Calvo del Olmo, Francisco. Línguas em Português. A Lusofonia numa Visão Crítica. Porto: UPorto Press, 2020.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Jun 2023
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    12 Jun 2022
  • Aceito
    01 Dez 2022
  • Publicado
    Dez 2022
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