RESUMO
Objetivo:
relatar a experiência da Educação Permanente em Saúde na formação de acadêmicos de enfermagem integrando o ensino com o serviço de enfermagem.
Desenvolvimento:
relato de experiência sobre a prática de educação desenvolvida no hospital na capital de Rondônia, realizada no período entre abril e junho de 2019. Ela aconteceu em quatro momentos: troca de experiência entre os envolvidos; problematização das práticas; plano de intervenções; e avaliação. A implantação da educação permanente em saúde foi fundamental para a qualificação dos serviços, porém, registram-se dificuldades na execução, especialmente devido à forma da organização do trabalho hospitalar.
Conclusão:
a educação permanente em saúde no estágio supervisionado permitiu a criação de espaços de reflexão com a equipe, contribuindo para a ampliação do diálogo, compreensão da realidade e inclusão de estratégias facilitadoras ao trabalho da enfermagem.
DESCRITORES:
Enfermagem; Trabalho; Educação Continuada; Políticas de Saúde; Estratégias
RESUMEN:
Objetivo:
relatar la experiencia de la educación continua en salud en la educación de estudiantes de enfermería integrando la enseñanza con el servicio de enfermería.
Desenvolvimiento:
informe de experiencia sobre la práctica de educación desarrollada en el hospital de la capital de Rondônia, realizada entre abril y junio de 2019. Sucedió en cuatro momentos: intercambio de experiencias entre los involucrados; problematización de las prácticas; plan de intervención; y evaluación. La implementación de la educación continua en salud fue fundamental para la calificación de los servicios, sin embargo, hay dificultades en la ejecución, especialmente debido a la forma en que el trabajo hospitalario es organizado.
Conclusión:
la formación continua en salud en las prácticas supervisadas permitió la creación de espacios de reflexión con el equipo, contribuyendo a la expansión del diálogo, la comprensión de la realidad y la inclusión de estrategias que faciliten el trabajo de enfermería.
DESCRIPTORES:
Enfermería; Trabajo; Educación Continua; Política de Salud; Estrategias
ABSTRACT
Objective:
to report the experience of continuing education in health in the training of nursing undergraduate students focused on integrating nursing education and nursing service.
Development:
experience report on the educational practice carried out at a hospital in the capital of the state of Rondônia, Brazil, between April and June 2019. It had four stages: exchange of experiences between the involved people; problematization of the practices; intervention plan; and evaluation. Implementing continuing education in health was fundamental to qualification of the services. However, there were difficulties during the execution of the practice, especially because of the way the hospital work was organized.
Conclusion:
continuing education in health in supervised internships allowed the creation of reflection spaces with the team, which contributed to intensifying dialogue, increasing the understanding of the reality, and including strategies that facilitate the nursing work.
DESCRIPTORS:
Nursing; Work; Continuing Education; Health Policy; Strategies
INTRODUÇÃO
A educação permanente em saúde (EPS) constitui-se numa estratégia de aprendizagem no ambiente de trabalho, que incorpora o ato de aprender e ensinar ao cotidiano das organizações de saúde e ao processo de trabalho(1)1. Lemos CLS. Educação Permanente em Saúde no Brasil: educação ou gerenciamento permanente? Ciênc. saúde coletiva. [Internet]. 2016 [accessed 11 ago 2019]; 21(3). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015213.08182015.
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. Na enfermagem, a EPS pode promover o repensar das ações, favorecer a participação na tomada de decisão e a articulação entre os trabalhadores(2)2. Fagundes NC, Rangel AGC, Carneiro TM, Castro LMC, Gomes B dos S. Educação permanente em saúde no contexto do trabalho da enfermeira. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2016 [accessed 18 nov 2019]; 24 (1). Available from: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/11349/17855.
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O modelo de aprendizagem pautado na transmissão de conteúdo já não comporta a transformação das situações-problema advindas da prática dos serviços, tornando-se necessário superar a educação bancária, possibilitando a ampliação da qualidade do cuidado nos ambientes de trabalho na saúde(3)3. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968..
No Estado de Rondônia, o curso de enfermagem da Instituição Federal de Ensino (IFES) existe há 31 anos e, desde sua criação, utiliza unidades de saúde da rede pública municipal e estadual como cenário para ensino prático. Isso facilita a apreensão e o conhecimento do discente, pois vivencia situações reais do ambiente de trabalho.
Dentre os espaços de ensino prático, destaca-se o Hospital de Base (HB), referência em alta complexidade no estado. Nesse cenário, desenvolveu-se a disciplina obrigatória de Estágio Supervisionado II (ESII), ofertada no último período do curso de enfermagem para implementação de atividades gerenciais, assistenciais e educativas nos serviços de saúde.
Nesta vivência, a problemática se refere à ausência de estratégias para a integração do ensino com o serviço. Não existia um espaço para pausa, reflexão, leitura, planejamento e retorno das práticas com intervenções transformadoras e participativas(3)3. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968., o que impedia um caminhar com mais responsabilidade e compreensão da realidade do trabalho para os acadêmicos. Tornou-se urgente repensar ações de EPS integrando discentes, docentes e profissionais do HB.
Considerando que a integração do ensino com o serviço necessita de um olhar ampliado na formação acadêmica e na qualificação dos profissionais, questionamos: como a IFES, por meio da inserção de discentes e docentes do curso, pode contribuir com intervenções práticas e reflexivas ao trabalho da enfermagem, apropriando-se da EPS? A fim de responder essa inquietação, objetiva-se relatar a experiência da EPS na formação acadêmica integrando ensino e serviço dos profissionais de enfermagem.
Fundamentou-se na pesquisa translacional como caminho de aproximação das pesquisadoras do campo de prática. Essa pesquisa pode orientar o desenvolvimento de tecnologias e processos educacionais aplicáveis no cotidiano do trabalho de enfermagem através do compartilhamento do conhecimento(4)4. Olegário RL, Vitorino SMA, Souza PVN de. Pesquisa translacional do ensino superior no campo das ciências da saúde. RIR [Internet]. 2019 [accessed 12 dez 2019]; 15(2). Available from: https://revistas.ufg.br/rir/article/view/56988.
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DESENVOLVIMENTO
Trata-se de uma estratégia educativa desenvolvida entre discentes, docentes e trabalhadores de enfermagem durante o ESII no HB em Rondônia realizada no período de 22/04 a 12/06 do ano de 2019 nos setores: Banco de Leite Humano (BLH); maternidade -ala ginecológica e obstétrica (MGO) e o alojamento conjunto (ALCON), em cada setor uma acadêmica de enfermagem foi designada para desenvolver as competências necessárias do ESII. As docentes atuaram como facilitadoras dos encontros e das intervenções propostas.
A problematização foi utilizada como suporte metodológico(3)3. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968. e para a organização das atividades, dividimo-las em quatro momentos, dos quais participaram enfermeiras coordenadoras do BLH, MGO, ALCON; Núcleo de Educação Permanente (NEP); Gerência de Enfermagem (GE); Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), discentes e docentes da IFES.
Momento 1: Acolhimento e troca de experiências entre ciclos acadêmicos
Primeiramente, foi realizada uma roda de conversa(5)5. Lavich CRP, Terra MG, Mello A de L, Raddatz M, Arnemann CT. Ações de educação permanente dos enfermeiros facilitadores de um núcleo de educação em enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2017 [accessed 23 jan 2020]; 38(1). Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261.
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, denominada “Passagem de plantão compartilhada” entre os discentes que estavam encerrando o primeiro ciclo do ESII e as iniciantes do segundo. O objetivo foi compartilhar a realidade dos cenários de prática de ensino no HB, para posterior imersão.
Momento 2: Problematização e discussão das Propostas de Intervenção (PI)
Após 15 dias nos setores, houve encontro com os participantes no local de ensinoprática, foi compartilhado o diagnóstico situacional e perfil de cada cenário, assim, foram discutidos os problemas encontrados e a realidade dos setores.
Momento 3: Elaboração e implementação das PI
Após inserção nos setores, houve discussão do grupo sobre a metodologia, e implementaram-se as estratégias nos cenários definidos.
Momento 4 – Avaliação a implementação nos cenários definidos
Para avaliação, utilizou-se a pergunta disparadora: Quais as potencialidades e limites encontrados na implementação das PI?
No Momento 1, observou-se peculiaridades no cotidiano das práticas, quanto à rotina dos setores, padrão de aprazamento das medicações, rotatividade de usuários e inclusão nos diálogos disparados pelas discentes. A complexidade da EPS e os requisitos mínimos para sua efetividade exigiu preparo constante do grupo.
A aproximação da educação dos profissionais das práticas de atenção à saúde, gestão setorial e análise da organização social é fundamental, pois facilita a integração da formação (instituições de ensino), da gestão e atenção à saúde (gestores e trabalhadores de saúde) e da participação dos usuários (controle social)(1)1. Lemos CLS. Educação Permanente em Saúde no Brasil: educação ou gerenciamento permanente? Ciênc. saúde coletiva. [Internet]. 2016 [accessed 11 ago 2019]; 21(3). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015213.08182015.
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A troca de experiências foi construída com discussões ampliadas e participação dos trabalhadores de enfermagem, permitindo o protagonismo dos envolvidos na EPS, essenciais para exercício da autonomia. A problematização é importante para formação dos trabalhadores da saúde, pois aprendem no cotidiano do trabalho de suas experiências e dificuldades(3)3. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968.. Conforme a problematização, definiram-se as PI a seguir.
No ALCON, local com grande demanda e atenção específica para puérpera e recémnascido (RN), encontrou-se desafios como: poucas orientações da equipe de enfermagem sobre cuidados com o RN e manejo da amamentação, principalmente no momento da alta.
Na MGO, destacam-se os problemas: postergação nas atividades de enfermagem devido à falta de dimensionamento; alto índice glicêmico das usuárias; recursos materiais escassos; e erros na identificação e administração de medicamentos, sendo este último destaque principal da enfermeira do local.
No BLH, o problema foi o grande fluxo de atendimentos de intercorrências mamárias devido à falta de orientações, durante o pré-natal ou durante a assistência puerperal no ALCON do HB.
Diante das demandas, o grupo apropriou-se da teorização, por compreender que teoria e prática são imprescindíveis para resultados concretos e positivos(3)3. Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968., elaborando como propostas: No ALCON - Plano de Alta para puérperas; na MGO - criação de Protocolo Operacional Padrão (POP) sobre erros de medicação; no BLH - elaboração de instrumento para o manejo clínico do AM para usuárias e RN internos no ALCON.
Nas reuniões, foram discutidos os problemas e a aplicabilidade para continuidade das PIs. Retornando à prática, percebeu-se a viabilidade da EPS com os trabalhadores de enfermagem. Salienta-se que todas as PIs foram bem recebidas pelas equipes, que demonstraram interesse em realizar as intervenções.
Na aplicação, as dificuldades foram: comunicação ineficaz entre os cenários, principalmente o ALCON e BLH, causando superlotação e sobrecarga dos trabalhadores do BLH; fragilidade na corresponsabilização sobre as práticas educativas nos setores, dificultando a disseminação das estratégias de EPS; e resistência às mudanças, principalmente dos mais experientes.
Todavia, as rodas de conversa foram estratégias facilitadoras e significativas no desenvolvimento da EPS, proporcionando o compartilhamento das experiências, aproximando os trabalhadores dos problemas existentes no cotidiano do trabalho em saúde, assim como das práticas assistenciais inadequadas, e por fim, estabeleceu novos parâmetros para a aprendizagem e saber(5)5. Lavich CRP, Terra MG, Mello A de L, Raddatz M, Arnemann CT. Ações de educação permanente dos enfermeiros facilitadores de um núcleo de educação em enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2017 [accessed 23 jan 2020]; 38(1). Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261.
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. Além disso, a EPS aliada à pesquisa translacional surge como método de trabalho estruturado, eficaz, capaz de produzir discussões, abordando aspectos que contribuem com a aprendizagem, transformação profissional e formação das acadêmicas(44. Olegário RL, Vitorino SMA, Souza PVN de. Pesquisa translacional do ensino superior no campo das ciências da saúde. RIR [Internet]. 2019 [accessed 12 dez 2019]; 15(2). Available from: https://revistas.ufg.br/rir/article/view/56988.
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,55. Lavich CRP, Terra MG, Mello A de L, Raddatz M, Arnemann CT. Ações de educação permanente dos enfermeiros facilitadores de um núcleo de educação em enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2017 [accessed 23 jan 2020]; 38(1). Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261.
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,66. Adamy EK, Zocche DA de A, Vendruscolo C, Metelsky FK, Argenta C, Valentini J dos S. Tecendo a educação permanente em saúde no contexto hospitalar: relato de experiência. Rev Enferm. Centro-Oeste Mineiro. [Internet]. 2018 [accessed 22 dez 2019]; 8. Available from: http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/1924.
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,77. Amestoy SC, Oliveira AFL de, Thofehrn MB, Trindade L de L, Santos BP dos, Bao ACP. Contribuições freirianas para entender o exercício da liderança dialógica dos enfermeiros no ambiente hospitalar. Rev. Gaúcha Enferm [Internet]. 2017 [accessed 21 jan 2020]; 38(1). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.64764.
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).
O trabalho participativo foi primordial para execução das atividades, pois, dentre as competências existentes para execução das PIs, é essencial que o enfermeiro gerencie a assistência, desenvolva atividades administrativas, educativas e de pesquisa, com objetivo de melhorar a prática assistencial. As conversas diárias com o enfermeiro demonstraram significativa importância no processo, pois é o profissional que possui papel de liderança(7)7. Amestoy SC, Oliveira AFL de, Thofehrn MB, Trindade L de L, Santos BP dos, Bao ACP. Contribuições freirianas para entender o exercício da liderança dialógica dos enfermeiros no ambiente hospitalar. Rev. Gaúcha Enferm [Internet]. 2017 [accessed 21 jan 2020]; 38(1). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.64764.
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.
No sentido avaliativo, os trabalhadores entenderam que as PIs estavam bem estruturadas e pautados na realidade dos setores, sendo factível e viável desenvolvê-los. Por tal motivo, o NEP solicitou que as PIs fossem institucionalizadas na rotina hospitalar, e executadas em conjunto com as equipes.
Entende-se que as discussões das PIs foram relevantes para o crescimento profissional das acadêmicas. Oportunizaram o desenvolvimento das práticas alicerçadas nas prioridades de cada cenário, a reflexão acerca das práticas assistenciais e, portanto, a realização com excelência do ESII.
A avaliação do processo formativo busca o aperfeiçoamento das ações, reorientação e recondução dos processos(8)8. Dalcól C, Garanhani ML, Fonseca LF, Carvalho BG. Competência em comunicação e estratégias de ensino-aprendizagem: percepção dos estudantes de enfermagem. Cogitare enferm. [Internet]. 2018 [accessed 20 jan 2020]; 23(3). Available from: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i3.53743.
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. Trata-se de um momento de fundamental importância na análise dos resultados obtidos, que promove a reflexão dos educadores e educandos sobre fragilidades e potencialidades das propostas educativas e pode subsidiar proposições de ações com maior efetividade(9)9. Silva LAA da, Schmidt SMS, Noal HC, Signor E, Gomes IEM. Avaliação da educação permanente no processo de trabalho em saúde. Trab. Educ. Saúde. [Internet]. 2016. [accessed 8 out 2019]; 14(3). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00015.
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. O diálogo e o feedback dos momentos foram pontos fortes que facilitaram a execução das PIs e avaliação das estratégias.
A translação do conhecimento aproximou-se das necessidades científicas atuais, proporcionando o diálogo entre saberes(4)4. Olegário RL, Vitorino SMA, Souza PVN de. Pesquisa translacional do ensino superior no campo das ciências da saúde. RIR [Internet]. 2019 [accessed 12 dez 2019]; 15(2). Available from: https://revistas.ufg.br/rir/article/view/56988.
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. Desta forma, a pesquisa translacional facilitou a integração entre ensino-pesquisa e serviço, considerando o conteúdo aplicado, o método, o espaço, o contexto, potencializando o cuidado seguro e a qualificação do trabalho de enfermagem.
CONCLUSÃO
O processo de implementação da EPS elucidou desafios que precisam ser superados para tornar-se um processo permanente e continuado, sendo o principal a falta de tempo dos profissionais, que precisam decidir entre trabalho assistencial e aprendizado, e poucas estratégias de reflexão que facilitem a aplicabilidade das PIs.
O vínculo estreito entre a comunidade científica e serviço gera resultados em que todos são beneficiados: os acadêmicos por ter a possibilidade de aprender na prática, o serviço por ter oportunidade de receber suporte teórico atualizado e, sobretudo, o usuário, que recebe boa assistência. A EPS precisa estar inserida na carga horária contratual do trabalhador, facilitando a participação de todos.
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1.Lemos CLS. Educação Permanente em Saúde no Brasil: educação ou gerenciamento permanente? Ciênc. saúde coletiva. [Internet]. 2016 [accessed 11 ago 2019]; 21(3). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015213.08182015
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2.Fagundes NC, Rangel AGC, Carneiro TM, Castro LMC, Gomes B dos S. Educação permanente em saúde no contexto do trabalho da enfermeira. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2016 [accessed 18 nov 2019]; 24 (1). Available from: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/11349/17855
» https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/11349/17855 -
3.Freire P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1968.
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4.Olegário RL, Vitorino SMA, Souza PVN de. Pesquisa translacional do ensino superior no campo das ciências da saúde. RIR [Internet]. 2019 [accessed 12 dez 2019]; 15(2). Available from: https://revistas.ufg.br/rir/article/view/56988
» https://revistas.ufg.br/rir/article/view/56988 -
5.Lavich CRP, Terra MG, Mello A de L, Raddatz M, Arnemann CT. Ações de educação permanente dos enfermeiros facilitadores de um núcleo de educação em enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2017 [accessed 23 jan 2020]; 38(1). Available from: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261
» https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.62261 -
6.Adamy EK, Zocche DA de A, Vendruscolo C, Metelsky FK, Argenta C, Valentini J dos S. Tecendo a educação permanente em saúde no contexto hospitalar: relato de experiência. Rev Enferm. Centro-Oeste Mineiro. [Internet]. 2018 [accessed 22 dez 2019]; 8. Available from: http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/1924
» http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/1924 -
7.Amestoy SC, Oliveira AFL de, Thofehrn MB, Trindade L de L, Santos BP dos, Bao ACP. Contribuições freirianas para entender o exercício da liderança dialógica dos enfermeiros no ambiente hospitalar. Rev. Gaúcha Enferm [Internet]. 2017 [accessed 21 jan 2020]; 38(1). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.64764
» http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.64764 -
8.Dalcól C, Garanhani ML, Fonseca LF, Carvalho BG. Competência em comunicação e estratégias de ensino-aprendizagem: percepção dos estudantes de enfermagem. Cogitare enferm. [Internet]. 2018 [accessed 20 jan 2020]; 23(3). Available from: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i3.53743
» http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i3.53743 -
9.Silva LAA da, Schmidt SMS, Noal HC, Signor E, Gomes IEM. Avaliação da educação permanente no processo de trabalho em saúde. Trab. Educ. Saúde. [Internet]. 2016. [accessed 8 out 2019]; 14(3). Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00015
» http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00015
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
29 Out 2021 -
Data do Fascículo
2021
Histórico
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Recebido
23 Fev 2020 -
Aceito
09 Set 2020