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Produção científica da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem: estudo bibliométrico

RESUMO

Objetivo:

Descrever a produção científica da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem a partir das dissertações e teses publicadas por enfermeiros no Brasil, no período de 1996 a 2016.

Método:

Estudo bibliométrico, descritivo, de abordagem quantitativa documental, realizado de outubro/2015 a julho/2016 nos sites do Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, nos bancos de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e da Plataforma Sucupira.

Resultados:

Foram encontradas 108 produções, sendo 30 teses e 78 dissertações. Em 2014, houve o maior número de publicações (19). O Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal da Paraíba, teve o maior número de produções (23). Em relação à temática, destacou-se o uso na prática clínica (69), seguida da elaboração de subconjuntos terminológicos (17).

Conclusão:

O cenário da produção científica brasileira sobre a CIPE® é expressivo, evidenciando esse sistema como instrumento que possibilita a prestação de cuidados sistematizados.

Descritores:
Enfermagem; Classificação; Terminologia Padronizada em Enfermagem; Bibliometria; Saúde

ABSTRACT

Objective:

To describe the scientific production of the International Classification for Nursing Practice throughout dissertations and theses published by nurses in Brazil from 1996 to 2016.

Method:

A bibliometric, descriptive, quantitative documentary study, carried out from October/2015 to July/2016 on the sites of the Center of Studies and Research in Nursing (CEPEn), at the thesis and dissertation banks of the Coordination of Improvement of Higher Education Personnel and of the Plataforma Sucupira (Sucupira Platform).

Results:

There were 108 productions, 30 theses and 78 dissertations. In 2014, there was the largest number of publications (19). The Graduate Program in Nursing of the Universidade Federal da Paraíba had the highest number of productions (23). Regarding the theme, the use in clinical practice was highlighted (69), followed by the elaboration of terminology subsets (17).

Conclusion:

The Brazilian scientific production setting on ICNP® is expressive, evidencing this system as a tool that allows the provision of systematic care.

Descriptors:
Nursing; Classification; Standardized Nursing Terminology; Bibliometrics; Health

RESUMEN

Objetivo:

Describir la producción científica de la Clasificación Internacional para la Práctica de Enfermería a partir de las disertaciones y tesis publicadas por enfermeros en Brasil en el período de 1996 a 2016.

Método:

Estudio bibliométrico, descriptivo, de abordaje cuantitativo documental, realizado de octubre/2015 a julio/2016 en los sitios del Centro de Estudios e Investigaciones en Enfermería, en los bancos de tesis y disertaciones de la Coordinación de Perfeccionamiento de Personal de Nivel Superior y de la Plataforma Sucupira.

Resultados:

Se encontraron 108 producciones, siendo 30 tesis y 78 disertaciones. En 2014, hubo el mayor número de publicaciones, 19. El Programa de Post-Graduación en Enfermería de la Universidade Federal de Paraíba tuvo el mayor número de producciones, 23. En relación con la temática, se destacó el uso en la práctica clínica (69), seguida de la elaboración de Subconjuntos terminológicos (17).

Conclusión:

El escenario de la producción científica brasileña sobre la CIPE® es expresivo, evidenciando ese sistema como instrumento que posibilita la prestación de cuidados sistematizados.

Descriptores:
Enfermería; Clasificación; Terminología Normalizada de Enfermería; Bibliometría; Salud

INTRODUÇÃO

A Enfermagem, como ciência e profissão, necessita de notoriedade e reconhecimento das ações profissionais, para tanto os enfermeiros se mantêm em constante busca de saber científico e de melhorias na qualidade do cuidado prestado. Uma ferramenta importante para isso consiste na aplicação do Processo de Enfermagem por meio da utilização de sistemas de classificação para a Prática de Enfermagem(11 Silva MM, Moreira MC. Challenges of systematization of nursing care in palliative care in cancer: a complexity perspective. Rev Eletron Enferm[Internet]. 2010[cited 2015 Sep 22];12(3):483-90. Available from: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i3.7274
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i3.7274...
).

Para tanto, o uso de sistemas de classificação da prática profissional se faz fundamental, desde o planejamento do cuidado de Enfermagem até a implementação e avaliação do mesmo, de modo a favorecer o reconhecimento profissional a partir do registro padronizado e de qualidade(22 Medeiros ACT, Nóbrega MML. Terminological subsets of the International Classification for Nursing Practice - ICNP® for sênior patients: a methodological study. O Braz J Nurs[Internet]. 2013[cited 2016 May 20];12(Suppl):590-2. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/4447
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).

Na Enfermagem, conta-se com sistemas de classificação desenvolvidos e relacionados com algumas das fases do Processo de Enfermagem, que possibilitam a documentação das etapas, de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem. Entre os sistemas de classificação desenvolvidos, na Enfermagem, os mais utilizados e conhecidos são a Taxonomia da NANDA-I, a NIC - Classificação das Intervenções de Enfermagem, a NOC - Classificação dos Resultados de Enfermagem e a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®).

A CIPE® é considerada como uma “terminologia padronizada, ampla e complexa, com capacidade de representação Prática da Enfermagem mundial”(33 Garcia TR, Nóbrega MML, Coler MS. Centro CIPE® do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB. Rev Bras Enferm[Internet]. 2008[cited 2015 Sep 22];61(6):888-91. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000600016
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); foi desenvolvida pelo International Council of Nurses (Conselho Internacional de Enfermeiras - CIE), como um sistema de classificação que permite o desenvolvimento de uma linguagem padronizada, precisa e objetiva, garantindo a continuidade de cuidados prestados pela equipe de Enfermagem(44 Garcia TR, Nóbrega MML. A terminologia CIPE® e a participação do Centro CIPE® Brasileiro em seu desenvolvimento e disseminação. Rev Bras Enferm[Internet]. 2013[cited 2015 Sep 22];66(N.Esp):142-50. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000700018
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).

A CIPE® tem como objetivos facilitar a comunicação entre enfermeiros e a implementação das fases do Processo de Enfermagem, representando uma forma de melhoria no registro de Enfermagem, na assistência ao usuário e no fortalecimento profissional(55 Cubas MR, Silva SH, Rosso M. Classificação Internacional Para a Prática de Enfermagem CIPE®: uma revisão de literatura. Rev Eletron Enferm[Internet]. 2010[cited 2016 Mar 14];12(1):186-94. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/v12n1a23.htm
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), além disso, a utilização da CIPE® traz desafios que estimulam a capacidade de reflexão e de ação dos enfermeiros, possibilitando o raciocínio clinico e visão crítica, colaborando no aperfeiçoamento dos conhecimentos desses profissionais(66 Primo CC, Trevizani CC, Tedesco JC, Leite FMC, Almeida MVS, Lima EFA. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem na assistência pré-natal. Enferm Foco[Internet]. 2015[cited 2016 May 20];6(1/4):17-23. Available from: http://revista.portalcofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/571/253
http://revista.portalcofen.gov.br/index....
).

Essa classificação tem, em seu histórico, nove versões elaboradas. A primeira versão foi divulgada em 1996, a versão Alfa, que continha duas classificações compondo duas pirâmides conceituais: a Classificação dos Fenômenos de Enfermagem, monoaxial e hierárquica; e a Classificação das Intervenções de Enfermagem, multiaxial, com organização dos termos por eixos(77 Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®): versão 2017. Porto Alegre: Artmed, 2018.). Em seguida, foram divulgadas as versões Beta e Beta 2 da CIPE®, em 1999 e em 2001, respectivamente, com enfoque multiaxial, que permitia a combinação de conceitos dos eixos e constituía a base da diversificação de termos para que trouxesse identidade de Classificação Internacional(88 Marucci AR, Caro WD, Jancia L, Sansoni J. ICNP® - Classificazione Internazionale per la pratica: origini, strutturaione e sviluppo. Prof Infermieristiche[Internet]. 2015[cited 2016 May 20];68(2):1-11. Available from: http://www.profinf.net/pro3/index.php/IN/article/view/164
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). Nessas duas últimas versões, sendo a segunda mais considerada como revisão da primeira do que uma versão da CIPE®, a denominação da Classificação das Intervenções de Enfermagem passou a ser Classificação das Ações de Enfermagem, de modo a abranger o desempenho de enfermeiras na prática e não somente direcionar a uma ação desenvolvida em resposta a um diagnóstico. As referidas classificações foram constituídas contendo oito eixos cada um(77 Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®): versão 2017. Porto Alegre: Artmed, 2018.).

A CIPE® Versão 1.0 foi lançada, em 2005, com o intuito de atender às necessidades dos enfermeiros que ao utilizar a versão anterior não atingiam a meta de um sistema de linguagem unificado na Enfermagem. Foi construída utilizando a Web Ontology Language (WOL), no software Protegé. A estrutura da Versão 1.0 continha uma única estrutura de classificação composta pelo Modelo de Sete Eixos e uma abordagem formal, ontológica, destinada a compor diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem, o que diferencia a CIPE® das demais classificações de Enfermagem e facilita a organização e o acesso aos Subconjuntos Terminológicos da CIPE® ou Catálogos CIPE®(77 Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®): versão 2017. Porto Alegre: Artmed, 2018.).

Os Subconjuntos Terminológicos da CIPE® ou Catálogos CIPE® “são agrupamentos de enunciados pré-elaborados de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem, direcionados a uma clientela específica, a uma prioridade de saúde ou a um fenômeno de Enfermagem”(55 Cubas MR, Silva SH, Rosso M. Classificação Internacional Para a Prática de Enfermagem CIPE®: uma revisão de literatura. Rev Eletron Enferm[Internet]. 2010[cited 2016 Mar 14];12(1):186-94. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/v12n1a23.htm
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). Eles podem facilitar o intercâmbio de dados entre populações de realidades geográficas, linguísticas e ambientais distintas. A possibilidade de unir termos (conceitos primitivos) dos diversos eixos para elaborar conceitos pré-coordenados de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem caracterizou a CIPE® como uma terminologia combinatória e enumerativa(55 Cubas MR, Silva SH, Rosso M. Classificação Internacional Para a Prática de Enfermagem CIPE®: uma revisão de literatura. Rev Eletron Enferm[Internet]. 2010[cited 2016 Mar 14];12(1):186-94. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/v12n1a23.htm
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).

As versões seguintes mantiveram a representação multiaxial do Modelo de Sete Eixos e apresentaram conceitos pré-coordenados. A última versão da CIPE® possui 4.326 termos, dos quais 2.401 são conceitos primitivos, 1.915 conceitos pré-coordenados, e 10 Conceitos Organizadores (OC) dos demais termos da classificação, considerando suas capacidades de abstração(77 Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®): versão 2017. Porto Alegre: Artmed, 2018.).

Diante da evolução histórica e de conquistas da CIPE® e da compreensão de que a utilização de sistemas de classificação garante uma prática pautada em saberes científicos e determina a qualidade de um cuidado complexo a ser prestado, desperta-se a reflexão sobre a construção do conhecimento, nos distintos programas de pós-graduação em que enfermeiros realizam sua formação a partir da utilização desse sistema de classificação.

OBJETIVO

Descrever a produção científica da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem a partir das dissertações e teses publicadas por enfermeiros no Brasil.

MÉTODO

Aspectos éticos

Por se tratar de um estudo bibliométrico, não houve a necessidade da aprovação por um Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos. No entanto, destaca-se que as informações selecionadas para análise passaram pela revisão por pares para atestar a confiabilidade dos resultados.

Desenho, local do estudo e período

Trata-se de um estudo bibliométrico descritivo, com abordagem quantitativa de base documental. A bibliometria consiste em um tipo de estudo que quantifica a produção e a comunicação científica com o intuito de difundir trabalhos, propagar publicações, produtividade de autores e instituições, demonstrando o crescimento da ciência e o impacto de publicações diante do cenário internacional(99 Gentil RC, Guia BP, Sanna MC. Organização de serviços de capelania hospitalar: um estudo bibliométrico. Esc Anna Nery[Internet]. 2011[cited 2016 May 20];15(1):162-70. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ean/v15n1/23.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ean/v15n1/23.pd...
).

De acordo com a descrição metodológica do estudo, realizou-se, no período de outubro de 2015 a julho de 2016, uma busca nos Catálogos de Teses e Dissertações do CEPEn/ABEn(1010 Associação Brasileira de Enfermagem. Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem-CEPEn. Catálogo de Teses e Dissertações[Internet]. 2015[cited 2016 May 20]. Available from: http://www.abennacional.org.br/home/tesesedissertacoescepen.htm
http://www.abennacional.org.br/home/tese...
) dos anos de 1996 a 2016, no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)(1111 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Capes. Banco de Teses e Dissertações[Internet]. 2015[cited 2016 May 20]. Available from: http://bancodeteses.capes.gov.br/
http://bancodeteses.capes.gov.br/...
), até o ano de 2016, e no banco de dissertações e teses da Plataforma Sucupira(1212 Plataforma SUCUPIRA. Trabalhos de conclusão[Internet]. 2015[cited 2016 May 20]. Available from: https://sucupira.capes.gov.br/
https://sucupira.capes.gov.br/...
), dos anos 2012 a 2016, utilizando os descritores “Enfermagem”, “Saúde” e “Classificação”, e a palavra-chave “CIPE®”. A seleção dos estudos foi condicionada ao aparecimento da combinação mínima entre o descritor “Classificação” e outro descritor e ou palavra-chave no resumo das produções.

População ou amostra; critérios de inclusão e exclusão

Estabeleceram-se como critérios de inclusão para seleção da amostra: teses e dissertações que descrevessem a utilização da CIPE® na Prática de Enfermagem e em Saúde, e produções nacionais no período de publicação entre 1996 e 2016. Justifica-se o período de início, considerando que a publicação da primeira versão da CIPE® data de 1996, apesar de ter iniciado seu desenvolvimento em 1989. Os critérios de exclusão foram: produções que não abordassem a temática de interesse e que não estivessem disponíveis online.

Protocolo do estudo

As etapas metodológicas do estudo estão apresentadas na Figura 1.

Figura 1
Descrição metodológica do estudo, João Pessoa, Paraíba, Brasil, 2016

Elaborou-se um instrumento para o registro das informações contidas nas produções, que compreendeu: dados de identificação das teses e dissertações (título, autor, orientador, titulação, tipo de produção, descritores/palavras-chave, ano, instituição, área de conhecimento); objetivo/questão de investigação dos estudos, metodologia e, por fim, os resultados e as observações/impressões dos estudos avaliados.

Análise dos resultados e estatística

A partir das informações contidas no instrumento, foram elencadas as variáveis: autoria, título, tipo de produção, orientação, coorientação, ano de publicação, Programa de Pós-Graduação, tipo de estudo, referencial teórico e metodológico, versão da CIPE® utilizada e temática das produções. Na variável “temática” das produções, foram encontradas as seguintes categorias: Estudos de validação; Subconjunto terminológico; Uso na prática clínica; Ontologias e sistemas de informação; e Formação profissional. Em seguida, foi realizada a análise estatística descritiva, com registros das frequências das informações obtidas. Os dados foram confrontados e correlacionados e apresentados na forma de gráficos e tabelas.

RESULTADOS

Identificaram-se 136 produções científicas de dissertações e teses das áreas de Enfermagem e Saúde, no período de 1999 a 2016, das quais 108 utilizaram a CIPE®, 23 citaram a CIPE® na revisão da literatura e 5 mencionavam a sigla CIPE, entretanto, não referindo-se à Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Desta forma, a base empírica do estudo foi constituída por 108 produções, sendo 30 teses de doutorado e 78 dissertações de mestrado. A Figura 2 apresenta, em números absolutos, a distribuição da produção de teses e dissertações, por anos de produção.

Figura 2
Distribuição da produção de teses e dissertações das áreas de Enfermagem e Saúde que utilizam a CIPE®, por ano de produção, João Pessoa, Paraíba, Brasil, 2016

Quanto ao ano de publicação, 2014 foi o ano em que mais estudos foram publicados (19 publicações), sendo 10 dissertações e 9 teses; seguido dos anos de 2012 (17 publicações), com 14 dissertações e 3 teses; 2015 (12 publicações) com 8 dissertações e 4 teses; e 2013 (10 publicações) com 8 dissertações e 2 teses.

Foram identificados 35 programas de pós-graduação, sendo 29 da área de Enfermagem e 6 de outras áreas (Promoção de Saúde, Engenharia Biomédica, Saúde Coletiva, Ciências do Cuidado em Saúde, Saúde da Criança e do Adolescente, Tecnologia em Saúde). O Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi o que mais apresentou a produção de teses e dissertações com 23 (21,3%), seguido do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) com 13 (12,0%), e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo com 9 (8,3%).

No que diz respeito à região geográfica dos Programas de Pós-Graduação, o Nordeste e o Sudeste apresentaram, respectivamente, 41 (37,9%) produções de teses e dissertações das áreas de Enfermagem e Saúde que utilizam a CIPE®, seguido pela região Sul com 25 (23,1%) e 1 (0,9%) na região Centro Oeste.

De acordo com a temática das produções, a mais utilizada foi o uso na prática clínica (69 produções), seguida da temática “subconjuntos terminológicos” (17 produções), conforme demonstrado na Figura 3, e as versões mais utilizadas foram a CIPE® 1.0 (22 produções), Versão 2.0 (13 produções) e Versão 2011 (13 produções), além do inventário vocabular CIPESC® - Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (19 produções). Ressalta-se que alguns estudos utilizaram mais de uma versão da CIPE® e 27 estudos não mencionaram a versão utilizada da CIPE®.

Figura 3
Distribuição da produção de teses e dissertações das áreas de Enfermagem e Saúde que utilizam a CIPE®, segundo temática das produções, João Pessoa, Paraíba, Brasil, 2016

Quanto à variável “tipo de estudo”, a maior frequência foi observada na pesquisa descritiva, com 46 estudos. A segunda maior frequência foi a da pesquisa exploratória, com 37 estudos. Enquanto que a pesquisa metodológica e a documental foram contempladas em 24 e 11 estudos, respectivamente. Quanto à abordagem, a predominante foi a quantitativa com 21 estudos.

Tabela 1
Distribuição da produção de teses e dissertações das áreas de Enfermagem e Saúde que utilizam a CIPE®, segundo região e Programa de Pós-Graduação, João Pessoa, Paraíba, Brasil, 2016

A distribuição das produções, segundo o referencial teórico, concentrou-se na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta, com 14 estudos; seguida da Teoria da Intervenção Prática de Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC), embasando 3 estudos e a Teoria das Necessidades Humanas Fundamentais de Henderson com 2 estudos.

DISCUSSÃO

As produções que utilizaram a CIPE®, identificadas neste estudo, corroboram em número com o atual cenário dos cursos de pós-graduação de mestrado e doutorado em Enfermagem no Brasil, que representam 89 cursos, sendo 28 Doutorados, 47 Mestrados e 14 Mestrados Profissionais, sendo que 44 encontravam-se na Região Sudeste, 17 na Região Sul, 18 na Região Nordeste, 8 na Região Centro-Oeste e 2 na Região Norte(1313 Scochi CGS, Munari DB, Gelbcke FL, Erdmann ALI, Gutiérrez MGR, Rodrigues RAP. Pós-Graduação Stricto Sensu em Enfermagem no Brasil: avanços e perspectivas. Rev Bras Enferm[Internet]. 2013[cited 2015 Nov 13];66(N.Esp):80-9. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000700011
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). Nesse quantitativo de cursos stricto sensu foram identificadas 108 produções, sendo 30 teses de doutorado e 78 dissertações de mestrado, distribuídas nas seguintes regiões geográfica: Nordeste, Sudeste, Sul e Centro Oeste. Ressalta-se que não foi identificada nenhuma produção na Região Norte, implicando na necessidade de estímulo para que esta Região, que é rica em diversidades culturais e de saúde, possa dar sua contribuição com o desenvolvimento de pesquisas utilizando a CIPE®.

Identificou-se que a primeira produção sobre CIPE® no Brasil foi uma dissertação de Mestrado e ocorreu no ano de 1999, no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB, três anos após o lançamento da primeira versão da CIPE®, nessa época ainda não havia uma versão da CIPE® traduzida para o português do Brasil. A partir de então, encontrou-se produção em todos os demais anos, com um aumento dos índices a partir de 2012, atingindo o ápice no ano de 2014 com 19 publicações. Infere-se que tal fato se deu devido ao constante desenvolvimento de estudos envolvendo a CIPE®, nos quais suas versões são submetidas a processos sucessivos de revisões e atualizações e, também, de sua tradução para o português do Brasil a partir da versão Beta 2 até a mais recente a CIPE® 2017. Outro fato que contribuiu para a disseminação do conhecimento deste sistema de classificação foi a criação da versão 1.1 e, a partir de então, da divulgação online no site do CIE das versões da CIPE®.

Os programas de pós-graduação que apresentaram maior número de produção de teses e dissertações desenvolvidas e aprovadas foram o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, localizados nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, respectivamente.

No Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB (PPGENF/UFPB) foram identificados 23 estudos utilizando a CIPE®, sendo 19 dissertações e 4 teses. Acredita-se que a produção de estudos neste programa esteja relacionada ao envolvimento de docentes com este sistema de classificação desde o desenvolvimento do Projeto CIPESC/CIE-ABEn, que ocorreu de 1996 a 2000, e depois com a criação do Centro CIPE® no referido programa, acreditado pelo CIE, em 2007. Este Centro tem como missão apoiar o desenvolvimento contínuo da CIPE®, promover o seu uso na prática clínica, na educação e na pesquisa em Enfermagem(33 Garcia TR, Nóbrega MML, Coler MS. Centro CIPE® do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB. Rev Bras Enferm[Internet]. 2008[cited 2015 Sep 22];61(6):888-91. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000600016
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008...
-44 Garcia TR, Nóbrega MML. A terminologia CIPE® e a participação do Centro CIPE® Brasileiro em seu desenvolvimento e disseminação. Rev Bras Enferm[Internet]. 2013[cited 2015 Sep 22];66(N.Esp):142-50. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000700018
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013...
). Em atenção à sua missão o Centro CIPE®, vem colaborado no desenvolvimento de dissertações e teses no PPGENF, com a construção de bancos de dados essenciais de Enfermagem e de uma nomenclatura de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem para a Prática de Enfermagem nas unidades clínicas do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Universidade Federal da Paraíba (HULW /UFPB), e com o desenvolvimento de Subconjuntos terminológicos da CIPE® para a Prática de Enfermagem em áreas clínicas especializadas e nos cuidados de saúde primários, em várias áreas temáticas: insuficiência cardíaca congestiva(1414 Araújo AA, Nóbrega MML, Garcia TR. Diagnósticos e intervenções de enfermagem para pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva utilizando a CIPE®. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2013[cited 2016 Sep 14];47(2):385-92. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013000200016
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013...
); Dor oncológica(1515 Carvalho MWA, Nóbrega MML, Garcia TR. Process and outcomes of the development of an ICNP® Catalogue for Cancer Pain. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2013[cited 2016 Sep 14];47(5):1060-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420130000500008
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013...
); pessoa idosa(1616 Medeiros ACT, Nóbrega MML, Rodrigues RAP, Fernandes MGM. Diagnósticos de enfermagem para idosos utilizando-se a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem e o modelo de vida. Rev Latino-Am Enfermagem[Internet]. 2013[cited 2016 Sep 14];21(2):[8 telas]. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n2/pt_0104-1169-rlae-21-02-0523.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n2/pt_0...
-1717 Medeiros ACT, Nóbrega MML. Validation of the terminological subset of the ICNP® for the elderly. J Nurs UFPE[Internet]. 2014[cited 2016 Sep 14];8(Suppl.-3):4174-8. Available from: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/10158
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revi...
); hipertensos atendidos em Unidades Básicas de Saúde(1818 Nóbrega RV, Souza GLL, Brito S, Queiroga V, Nóbrega MM. Cross-mapping of terms on the records of hypertensive patients in a family health unit with ICNP®. J Nurs UFPE[Internet]. 2013[cited 2016 Sep 19];7(2):321-7. Available from: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/10239/0
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revi...
); prostatectomia(1919 Nascimento DM, Nóbrega MML, Carvalho MWA, Norat EM. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para clientes hospitalizados submetidos à prostatectomia. Rev Eletron Enferm[Internet]. 2011[cited 2016 Sep 19];13(2):165-73. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n2/v13n2a02.htm.
http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n2/v13...
); pessoa idosa institucionalizada(2020 Oliveira JMM, Nóbrega MML, Oliveira JS. Nursing diagnosis and outcomes for the institutionalized elderly: a methodological study. O Braz J Nurs[Internet]. 2015[cited 2016 May 6];14(2):110-20. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5151
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
); diabetes mellitus na atenção especializada(2121 Nogueira LGF, Nóbrega MML. Construção e validação de diagnósticos de enfermagem para pessoas com diabetes na atenção especializada. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2015[cited 2016 Sep 19];49(1):54-60. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000100007
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342015...
).

Do mesmo modo, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da CIPE® no Brasil, pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP/SP) veem desenvolvendo estudos com este sistema de classificação. No Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde, da PUCPR foram identificadas 13 dissertações utilizando a CIPE® e relacionadas às áreas temáticas: Processo do sistema circulatório(2222 Cubas MR, Brondani AM, Malucelli A. Nursing diagnoses and outcomes related to the circulatory-system terms (ICNP®) represented in an ontology. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2013[cited 2016 Oct 17];47(5):1068-75. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420130000500009
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013...
); elementos de ontologia nas diferentes versões da CIPE® e no inventário vocabular da CIPESC®(2323 Carvalho CMG, Cubas MR, Malucelli A, Nobrega MML. Alignment of ICNP® 2.0 Ontology and a proposed INCP® Brazilian Ontology. Rev Latino-Am Enfermagem[Internet]. 2014[cited 2016 Oct 17];22:499-503. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v22n3/0104-1169-rlae-22-03-00499.pdf
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www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n5/v45n5a14....
). No Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da EEUSP/SP foram identificados 08 estudos utilizando a CIPE® e relacionadas às áreas temáticas: ferramenta re-leitora da face coletiva do processo saúde-doença(3030 Cubas MR, Egry EY. Práticas inovadoras em saúde coletiva: ferramenta re-leitora do processo saúde-doença. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2007[cited 2016 Oct 17];41(N-esp):787-92. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41nspe/v41nspea07.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41nspe/...
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); desenvolvimento infantil(3535 Souza JM, Veríssimo MDLÓR. Desenvolvimento infantil: análise de um novo conceito. Rev Latino-Am Enfermagem[Internet]. 2015[cited 2016 Oct 25];23(6):1097-104. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.0462.2654
http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.0462...
); internações por condições sensíveis à Atenção Primária(3636 Melo MD, Egry EY. Social determinants of hospitalizations for ambulatory care sensitive conditions in Guarulhos, São Paulo. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2014[cited 2016 Oct 17];48(N-Esp):129-36. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe/0080-6234-reeusp-48-esp-133.pdf
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe/...
).

Dentre as temáticas das produções, observou-se que houve uma maior utilização da CIPE® na prática clínica (69), tendo em vista o uso dessa classificação como instrumento norteador para o Processo de Enfermagem, que possibilita a estruturação de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem utilizadas na prática assistencial. Em outra perspectiva, identificou-se a utilização da CIPE® em 17 produções que estruturaram os subconjuntos terminológicos, os quais estão em constante desenvolvimento para utilização em diferentes áreas de atuação da Enfermagem.

A CIPE® enquanto terminologia padronizada e instrumento tecnológico auxilia o enfermeiro na descrição dos elementos da prática profissional, no aprimoramento do raciocínio e tomada de decisão clínica, bem como na comunicação entre profissionais de Enfermagem e de outras áreas. Além disso, favorece a documentação da prática profissional no que concerne à avaliação da Enfermagem enquanto profissão e à sua visibilidade na contribuição da saúde das pessoas, famílias e coletividades humanas(77 Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®): versão 2017. Porto Alegre: Artmed, 2018.).

A aplicabilidade da CIPE® na prática clínica demostra o compromisso da Enfermagem brasileira com o processo de cuidar(2020 Oliveira JMM, Nóbrega MML, Oliveira JS. Nursing diagnosis and outcomes for the institutionalized elderly: a methodological study. O Braz J Nurs[Internet]. 2015[cited 2016 May 6];14(2):110-20. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5151
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
,2222 Cubas MR, Brondani AM, Malucelli A. Nursing diagnoses and outcomes related to the circulatory-system terms (ICNP®) represented in an ontology. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2013[cited 2016 Oct 17];47(5):1068-75. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420130000500009
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013...
,2424 Gomes DC, Cubas MR, Pleis LE, Shmeil MAH, Peluci APVD. Termos utilizados por enfermeiros em registros de evolução do paciente. Rev Gaúcha Enferm[Internet]. 2016[cited 2016 Oct 17];37(1):53927. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.01.53927
http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016...
-2525 Cubas MR, Carvalho CMG, Malucelli A, Denipote AGM. Mapeamento dos termos dos eixos tempo, localização, meio e cliente entre versões da CIPE® e CIPESC®. Rev Bras Enferm[Internet]. 2011[cited 2016 Oct 17];64(6):1100-5. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n6/v64n6a17.pdf
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,2727 Rosso M, Silva SH, Scalabrin EE. Sistema baseado em conhecimento para apoio à identificação dos focos do processo corporal da CIPE. Texto Contexto Enferm[Internet]. 2009[cited 2016 Oct 17];18:(3):523-31. Available from: http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n3/a16v18n3.pdf
http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n3/a16v1...
). Infere-se que os enfermeiros estão utilizando conhecimento teórico-prático, instrumentos e métodos específicos para promover melhoria no cuidado de Enfermagem. Entende-se que há busca por excelência de suas ações tendo em vista o alcance de uma prática profissional resolutiva com base no alívio de problemas de saúde, promoção da saúde e prevenção de agravos.

A construção de subconjuntos terminológicos da CIPE® representa um modo de originar dados a serem utilizados para apoiar e melhorar a prática clínica, o processo de tomada de decisão, a pesquisa e a formação profissional. Além disso, tem o potencial de contribuir para a expansão do uso da CIPE® no âmbito mundial uma vez que permitem focalizar as variações culturais e linguísticas, locais, regionais e nacionais(3737 Coenen A, Kim TY. Development of terminology subsets using ICNP®. Int J Med Inform[Internet]. 2010[cited 2016 Nov 10];79(7):530-8. Available from: https://doi.org/10.1016/j.ijmedinf.2010.03.005
https://doi.org/10.1016/j.ijmedinf.2010....
).

Espera-se que a utilização de subconjuntos terminológicos contribua para a implementação efetiva do Processo de Enfermagem na prática profissional, bem como para a construção de sistemas de informação de saúde, permitindo o mapeamento com outros sistemas de classificação em Enfermagem e resultando no desenvolvimento de dados consistentes que descrevam o trabalho da Enfermagem(44 Garcia TR, Nóbrega MML. A terminologia CIPE® e a participação do Centro CIPE® Brasileiro em seu desenvolvimento e disseminação. Rev Bras Enferm[Internet]. 2013[cited 2015 Sep 22];66(N.Esp):142-50. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000700018
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).

Quanto às versões da CIPE® utilizadas nas produções identificadas, percebeu-se um maior quantitativo na versão 1.0 (22), o que pode ser justificado pelo Modelo de Sete Eixos adotado, o qual permite a estruturação de diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem por meio da utilização de termos que compõem os seus eixos: Foco, Julgamento, Meio, Ação, Tempo, Localização e Cliente. Outro fato observado diz respeito à utilização da CIPESC, que é um instrumento do processo de trabalho assistencial do enfermeiro em Saúde Coletiva que foi desenvolvido, utilizando-se, como referencial, a estrutura de eixos proposta pela CIPE® Versão Beta e vem sendo utilizado e tem favorecido a organização do trabalho, trazendo benefícios na ação da Enfermagem assistencial, gerencial e na pesquisa(3838 Cubas MR, Egry EY. International classification of nursing practices in collective health - CIPESC®. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2008[cited 2016 Nov 10];42(1):181-6. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342008000100024
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342008...
).

Destaca-se que o projeto CIPESC/CIE-ABEn, desenvolvido no período de 1996 a 2000, teve como resultado um inventário vocabular de Enfermagem em Saúde Coletiva, que não se trata de um sistema de classificação, mas sua finalidade foi a de contribuir para a confirmação de termos e identificação de novos termos, viabilizando a expansão da CIPE® no Brasil. Outro resultado foi a análise das intervenções, que permitiu revelar a dimensão, a diversidade e a amplitude das práticas de Enfermagem no âmbito do sistema de saúde brasileiro(3939 Egry EY, Antunes MJ, Lopes MGD. Projeto CIPESC® CIE-ABEn. In: Garcia TR, Egry EY, (Orgs.). Integralidade da atenção no SUS e sistematização da assistência de enfermagem. Porto Alegre: Artmed; 2010. p.175-191.).

Embora tenha sido mencionada a versão da CIPE® utilizada na maioria das produções analisadas, observou-se que 27 trabalhos não explicitaram este uso, o que nos remete a reflexão sobre a necessidade de especificar tal fato, considerando o constante desenvolvimento deste sistema de classificação e a importância de se realizar estudos que atendam ao cenário atual de utilização de terminologias que, de fato, correspondem e vêm sendo utilizadas na Prática de Enfermagem.

Quanto ao tipo de estudo, a maioria dos trabalhos identificados utilizou a pesquisa descritiva (46) e exploratória (37), seguida da pesquisa metodológica (24) e abordagem quantitativa (21). Estudos descritivos ou exploratórios são usados quando pouco é sabido sobre um fenômeno em particular. O pesquisador observa, descreve e documenta vários aspectos do fenômeno, não havendo manipulação de variáveis ou procura pela causa e efeito relacionados ao fenômeno, descrevem o que existe de fato, determinam a frequência em que este fato ocorre e categoriza a informação. Os resultados fornecem a base de conhecimento para hipóteses que direcionam estudos subsequentes(4040 Sousa VD, Driessnack M, Mendes IAC. Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem. parte 1: desenhos de pesquisa quantitativa. Rev Latino-Am Enfermagem[Internet]. 2007[cited 2016 Nov 10];15(3):502-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000300022
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).

No que se refere ao estudo metodológico, destaca-se sua utilização como instrumento de captação ou de intervenção na realidade, gerando como desfecho um método representativo, como um fluxograma, protocolo ou uma lista de passos ou considerações a serem seguidas(4141 Cubas MR, Nóbrega MML. Atenção primária em saúde: diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015.). Já a abordagem quantitativa, adota estratégia sistemática, objetiva e rigorosa para gerar e refinar o conhecimento. Neste desenho, quantifica-se as relações entre variáveis e utiliza-se inicialmente raciocínio dedutivo e generalização. O conhecimento que resulta é baseado em observação, medição e interpretação cuidadosas da realidade objetiva(4040 Sousa VD, Driessnack M, Mendes IAC. Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para enfermagem. parte 1: desenhos de pesquisa quantitativa. Rev Latino-Am Enfermagem[Internet]. 2007[cited 2016 Nov 10];15(3):502-7. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000300022
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), ou seja, permite trabalhar com mensuração com vistas ao estudo do fenômeno.

Como referencial teórico, os estudos analisados utilizaram com maior frequência a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta. Essa relevante utilização pode ter relação com a reestruturação da CIPESC® que aconteceu em 2006 e adotou este referencial teórico(3838 Cubas MR, Egry EY. International classification of nursing practices in collective health - CIPESC®. Rev Esc Enferm USP[Internet]. 2008[cited 2016 Nov 10];42(1):181-6. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342008000100024
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) e com o fato de algumas instituições hospitalares a utilizarem como referência para organização dos instrumentos de coleta de dados, bem com na aplicação do Processo de Enfermagem.

Diante das dissertações e teses que utilizaram a CIPE®, identificou-se neste estudo um desenho das produções brasileiras que versam sobre a temática, com ênfase nas variáveis de tipo de produção, ano de publicação, programa de pós-graduação, autoria, título, orientação, coorientação, tipo de estudo, referencial teórico, versão CIPE® e temática das produções. Tal levantamento permitiu a mensuração quantitativa dos dados, que por sua vez favorecem o entendimento acerca da perspectiva de utilização do referido Sistema de Classificação no Brasil, bem como a possível contribuição dessas produções à CIPE® no âmbito internacional, devido à forma como essa classificação vem sendo desenvolvida, aperfeiçoada e atualizada, dando abertura às contribuições de quem a utiliza.

Limitações do estudo

O número de estudos identificado pode ser superado quando consideradas as produções não notificadas e as que estão em andamento.

Contribuições para a área da Enfermagem, Saúde ou Política Pública

O estudo traz como contribuição para a Enfermagem a evidência da CIPE® como instrumento que possibilita a prestação de cuidados sistematizados e apresenta viabilidade de utilização para fortalecer a prática profissional.

CONCLUSÃO

A utilização da CIPE® vem sendo evidenciada no decorrer de sua evolução histórica, comprovada pela crescente visibilidade no campo científico de construção de conhecimento da Enfermagem. A diversidade de aplicabilidade dessa classificação para subsidiar a pesquisa e a prática determina a importância da adesão e apropriação do enfermeiro a essa ferramenta tecnológica.

O cenário da produção científica brasileira sobre a utilização desse sistema de classificação é expressivo, de forma que ao longo das últimas três décadas, desde o surgimento da CIPE®, foi possível identificar 108 teses e dissertações notificadas no meio virtual.

  • FOMENTO
    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Nov-Dec 2018

Histórico

  • Recebido
    06 Jun 2017
  • Aceito
    27 Jan 2018
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