CARTA AO EDITOR
Feminização da medicina
Max Grinberg; Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes
InCor - HCFMUSP, São Paulo, SP - Brasil
Correspondência Correspondência: Max Grinberg Rua Manoel Antonio Pinto, 04, apto 21A, Paraisópolis CEP 05663-020, São Paulo, SP - Brasil E-mail: max@cardiol.br, grinberg@incor.usp.br
Palavras-chave: Feminização, Médicas / estatística & dados numéricos; Educação Médica; Distribuição por Idade e Sexo.
Prezado Editor,
Dados de 2011 sobre mais de 370 mil médicos em atividade no Brasil revelam que médicas correspondem a cerca de 20% dos com idades de 60 anos ou mais e a cerca de 50% (< 29 anos = 53,3% - maioria!) na faixa etária aquém de 40 anos1. Em relação à Cardiologia, em 2008, as mulheres representaram 27,3% dos aprovados na prova para a obtenção do título de especialista pela SBC, percentual que subiu para 35,4% em 2012.
A crescente feminização do exercício da Medicina, por um lado, facilita sedimentar a confiança na mulher-médica, lembrando que o bom conceito sobre as mesmas estava pouco presente na população brasileira até há cerca de 40 anos. Por outro lado, acarreta novas disposições sobre o ser médico brasileiro2 pela distribuição do número de horas entre o exercício profissional (o tempo parcial entre as mulheres está em expansão desde 2005 nos EUA3) e a visão feminina sobre si, família e lar.
Referências
1. Azevedo Junior R. Demografia médica. PROSUS SUL SUDESTE Junho 2012. [Citado em 2013 mar 26]. Disponível em http://www.cremesp.org.br/pps/eventos/PROPUS%20SUL%20SUDESTE%202012.pptx
2. Grinberg M. O cardiologista brasileiro em formação: diretriz e liberdade. Arq Bras Cardiol. 2009;92(1):e4-5.
3. Belkin L. Should women be doctors? New York Times, New York. [Cited on 2013 mar 26]. Available from: http://www.parenting.blogs.nytimes.com/2011/06/13/should-women-be-doctors/
Artigo recebido em 27/03/13; revisado em 17/05/13; aceito em 03/06/13.