Objetivo:
Conhecer as repercussões do tratamento cirúrgico na vivência da sexualidade da pessoa obesa.
Métodos:
Pesquisa quali/quantitativa realizada com 30 pacientes submetidos à gastroplastia em Y de Roux, à Fobi e Capella, há pelo menos um ano. Dados obtidos por meio de entrevista individual utilizando instrumento com 10 questões mistas e uma aberta, no período de maio e junho de 2011. Os dados objetivos foram quantificados em números absolutos e percentuais e, os subjetivos foram submetidos à análise por meio do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e discutidos à luz do referencial publicado sobre a temática.
Resultados:
foram incluídos 30 pacientes com média de idade 44±12 anos, sendo 24 (80%) do sexo feminino e seis (20%) do masculino, 23 (77%) casados, 23 (96%) hipertensos e oito (33%) com diagnóstico de Diabetes Mellitus. Após a operação, 11 (37%) não relataram alteração no número de relações sexuais, porém 19 (63%) informaram que este número sofreu alteração, sendo que 16 (53%) afirmaram ter aumentado a frequência das relações sexuais, um (3%) relatou a diminuição da frequência, um (3%) não pratica mais o ato sexual e um (3%) não declarou a frequência. As ideias centrais (IC) levantadas originaram quatro DSC: Vivência da sexualidade feminina; Não vivência da sexualidade feminina; Vivência da sexualidade masculina; e Melhorias das comorbidades e fator psicológico.
Conclusão:
existem repercussões, de ordem física e emocional, positivas do tratamento cirúrgico da obesidade favorecendo a qualidade de vida, inclusive na sexualidade.
Obesidade mórbida; Comorbidade; Cirurgia Bariátrica; Sexualidade