RESUMOS DE TESE
Dopplerfluxometria do ducto venoso entre a 10ª e 14ª semanas de gestação: elaboração da curva de normalidade
Ductus venosus Doppler flow measurements at 10-14 weeks of gestation: reference values
Aluno: Luciano da Silva Teixeira
Orientador: Prof. Dr. Mario Jorge Barreto Viegas Castro
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do título de Mestre, em 18 de junho de 2004.
OBJETIVOS: avaliar o fluxo sangüíneo no ducto venoso durante as diferentes fases do ciclo cardíaco em gestações entre a 10ª e a 14ª semanas, a fim de estabelecer faixas de referência dos seguintes velocidades e índices: 1 - Pico de velocidade da sístole ventricular - onda S; 2 - Pico de velocidade na diástole ventricular - onda D; 3 - Pico de velocidade na contração atrial - onda A; 4 - Média das velocidades máximas durante o ciclo cardíaco - Tmax.; 5 - Índice de pulsatilidade para veias IPV; 6 - Índice de pico de velocidades para veias IPVV.
MATERIAL E MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal e retrospectivo no qual foram incluídos 843 fetos provenientes da clinica Gennus de Belo Horizonte, com idade gestacional entre 10 e 14 semanas confirmada através do comprimento cabeça-nádegas (CCN) entre 38-84 mm. Foram incluídos recém-nascidos a termo, vivos, fenotipicamentes normais. A localização dopplerfluxométrica do ducto venoso foi feita através de corte longitudinal, para-sagital direito no nível do tronco, onde observa-se a sua união à veia cava inferior através de seu padrão característico de alta velocidade de fluxo, fato que levou à sua representação com expressiva intensidade de cor. A janela do Doppler pulsátil foi colocada na porção média do ducto, entre o ducto proximal (seio umbilical) e a porção distal (união do ducto venoso e veia cava inferior). Curvas de referência foram construídas para todos os parâmetros estudados.
RESULTADOS: a velocidade do fluxo sangüíneo no ducto venoso aumentou na sístole ventricular (onda S), na diastole ventricular (onda D), na contração atrial (onda A) e na Tmax, com o avançar da idade gestacional. Em relação ao comportamento do IPVV e do IPV, não se observou alteração com o evoluir da gestação, tendo o IPV mostrado uma tendência (sem significância estatística) a aumento gradual até o CCN de 63mm (12 semanas e seis dias), quando ocorreu queda progressiva.
CONCLUSÃO: O estudo da velocidade do fluxo sangüíneo no ducto venoso demostrou aumento progressivo nas diferentes fases da onda, secundário a alterações hemodinâmicas, tanto na pré-carga como na pós-carga, entre a 10ª e a 14ª semanas de gestação. Em relação ao estudo dos índices estudados, o IPV apresentou tendência a aumento gradual até o CCN de 63mm, quando ocorreu queda progressiva. O IPVV não apresentou correlação com o aumento do CCN entre 10 e 14 semanas de gestação.
Palavras-chave: Ducto venoso; Gravidez normal; Dopplervelocimetria
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
05 Jul 2005 -
Data do Fascículo
Jan 2005