EDITORIAL
Diabete gestacional e incontinência urinária: interação entre a Ginecologia e a Obstetrícia
Gestational diabetes and urinary incontinence: the interaction of Gynecology and Obstetrics
Marilza Vieira Cunha RudgeI; Manoel João Batista Castelo GirãoII; Grupo acadêmico Diabete e gravidez - Clínico e ExperimentalIII; Grupo acadêmico Aspectos clínicos, moleculares e gênicos da incontinência urinária femininaIV
IProfessora Titular da Faculdade de Medicina de Botucatu e Pró-Reitora de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Botucatu (SP), Brasil
IIProfessor Titular da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), BrasiL
IIIGrupo de Pesquisa Diabete e Gravidez: Clínico e experimental Coordenador: Marilza Vieira Cunha Rudge Participantes: Iracema Mattos Paranhos Calderon, Débora Cristina Damasceno, Adriano Dias, Angélica Mércia Pascon Barbosa, Selma Maria Michelin Matheus, Sérgio Luís Felisbino (Professores da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP), Fernanda Piculo e Gabriela Marini (Pós-graduandas da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP)
IVGrupo de Pesquisa: Aspectos clínicos, moleculares e gênicos da incontinência urinária feminina Coordenador: Manoel João Batista Castelo Girão Participantes: Marair Gracio Ferreira Sartori, Rodrigo Aquino de Castro (Professores da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP), Claudia Takano (Pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP), Carolina Cunha, Michelle Zampieri (Discentes de Doutorado da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP)
Correspondência Correspondência: Marilza Vieira Cunha Rudge Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e Obstetrícia Distrito de Rubião Júnior CEP: 18618-970 - Botucatu (SP), Brasil
A Ginecologia e a Obstetrícia continuam como uma mesma especialidade médica, mas cada vez mais se distanciam nas suas pesquisas e objetivos clínicos. Muitas vezes, considera-se que algumas doenças ginecológicas, como a incontinência urinária (IU), iniciam durante a gestação e são agravadas pela via de parto. Esse aspecto é cada vez mais difundido, e a cesárea acaba sendo encarada como a cirurgia que previne a IU. Achados clínicos de elevada prevalência de IU em mulheres com diabete mellitus gestacional (DMG), dois anos antes e com parto cesárea prévio, evidenciam que é necessário aprofundar o conhecimento dessa associação: diabete gestacional prévio e IU. Por conta desses achados clínicos, dois grupos de pesquisa do CNPq, de duas diferentes universidades do país, uniram-se e iniciaram pesquisas translacionais em parceria: Grupo acadêmico Diabete e Gravidez Clínico e Experimental (UNESP) e Grupo acadêmico Aspectos clínicos, moleculares e gênicos da incontinência urinária feminina (UNIFESP).
Estado atual da literatura
O século XX testemunhou a mudança do acompanhamento da gestante diabética. No início do século, as diabéticas morriam precocemente, sofriam de infertilidade e raramente tinham gravidez a termo com sucesso. O advento da insulina em 1922 aboliu a morte materna e, ao longo do século passado, todo esforço foi feito para aprimorar o resultado perinatal. A primeira preocupação foi com o momento do parto e, posteriormente, com as complicações perinatais decorrentes da hiperglicemia intrauterina como a macrossomia fetal1. A classificação clínica de White2 estabeleceu relação direta entre a gravidade do quadro clínico materno e o momento do parto e foi fundamental para redução da morte perinatal. Em decorrência, houve aumento significativo das taxas de cesárea nessa população3. Apesar de todo esforço ainda nos dias de hoje, a morte perinatal − excluídos os casos de malformação congênita − é mais elevada que a encontrada na população de não diabéticas4. No século XXI, a literatura está voltada para a solução do problema das malformações fetais e da epidemia de diabete e obesidade no mundo que vem repercutindo no aumento das gestações complicadas por diabete.
O número total de pessoas com diabete é projetado para crescer de 171 milhões em 2000 para 366 milhões em 2030. Essa elevação acompanha o crescimento e o envelhecimento populacional, a urbanização e o aumento da prevalência de obesidade e de sedentarismo5. Esse crescimento da população de diabéticos no mundo deverá não só aumentar a sua associação com a gestação como também alterar a proporção de diabéticas clínicas e gestacionais.
Em 2010, a United Nations General Assembly (UNGA) publicou uma resolução sobre a importância das doenças não comunicáveis (NCD, do inglês non-communicable diseases) entre as quais está incluído o diabete. Essa resolução tem significado histórico na saúde global, pois essas NCDs são responsáveis por enorme sofrimento humano, morte prematura e sério impacto negativo socioeconômico6. É também evidente que o diabete e as outras NCDs têm dificultado a realização do Milennium Development Goals (MDGs). As NCDs são relatadas pelo Fórum Econômico Mundial como sendo o principal risco macroeconômico em nível global7.
O diabetes mellitus (DM) afeta múltiplos sistemas orgânicos, incluindo o sistema urinário em aproximadamente metade dos pacientes diabéticos e dos que apresentam apenas hiperglicemia. Vários estudos epidemiológicos vêm apontando o aumento de risco (50 a 200% mais comum) de IU entre mulheres com DM tipo 2 em comparação às mulheres com níveis normais de glicose8. Inúmeros são os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da IU, porém a associação com o diabete é de grande interesse atualmente. Por outro lado, é elevada a ocorrência de IU na gestação, com prevalência de 63,3% entre 500 gestantes do interior do Estado de São Paulo9.
A associação diabete tipo 2 e IU em mulheres, além da alta prevalência, é dispendiosa, com implicações importantes no sistema de saúde público e privado. Cada uma dessas condições isoladamente envolve enorme contingente de mulheres, com custo estimado de milhões de dólares. Os custos relacionados à IU são maiores, inclusive, do que os custos diretos do tratamento do câncer de mama, ovário, colo do útero e outras neoplasias uterinas10.
Vários estudos epidemiológicos mostram que a IU é 50 a 200% mais comum em mulheres com DM tipo 2 em comparação às euglicêmicas11-13. Também existem evidências na literatura de que as mulheres no período pré-diabético têm alto risco de desenvolver IU. No National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES-2001-2002), ficou evidenciado que as mulheres com glicemia de jejum discretamente alterada apresentavam elevada prevalência de IU, similarmente às mulheres com DM tipo 2 (33,4 e 35,4%), e significativamente maior que as com glicemia de jejum normal (16,8%)8. Alguns autores sugerem que a IU é uma consequência mais comum da hiperglicemia do que outras complicações microvasculares como retinopatia, neuropatia ou nefropatia10,14. Apesar disso, existe número limitado de estudos sobre IU em mulheres com diabete15,16.
A falta de conhecimento da associação entre diabete e IU decorre da ausência de tratamentos específicos, dificuldades financeiras e falta de discussão da IU com médicos e com outras pacientes. Na verdade, existem crenças de que não se trata de uma associação e sim que a perda urinária é decorrente da poliúria ou do próprio envelhecimento. Os médicos devem estar alertos para IU nas diabéticas, porque, com frequência, não é reconhecida e, em decorrência, é subtratada17.
Diabete na gestação e incontinência urinária
A associação entre o DMG e o aumento da prevalência de IU e disfunção muscular do assoalho pélvico foi claramente demonstrada por Barbosa et al.18, que concluíram que a prevalência de IU gestacional e IU dois anos pós-parto foi significativamente mais elevada entre mulheres com DMG do que entre gestantes normoglicêmicas. A análise multivariada demonstrou que o DMG foi um fator de risco independente para a ocorrência de IU gestacional. Também foi evidenciado que as gestantes com DMG prévio têm fraqueza muscular do assoalho pélvico dois anos após parto cesárea.
Kim et al.19 também verificaram que metade das mulheres com DMG reportaram incontinência frequente durante a gestação, e 28% relataram que essa IU afetava sua atividade diária. Concluíram que a IU de esforço é comum entre mulheres com DMG e parece não estar associada com os níveis de atividade física ou índice de massa corpórea. O DM também esteve associado com disfunção vesical, como anormalidades sensoriais que resultam em prejuízo na sensibilidade vesical, aumento da complacência e do volume residual; IU; disfunção sexual em mulheres, com diminuição do desejo, dor e inadequada lubrificação20.
Esses relatos da associação do DMG e IU são relativamente recentes, pouco conhecidos e pouco valorizados pela classe médica, talvez pelo fato de os sintomas urinários serem comuns na gestação. Em nosso ponto de vista, o obstetra precisa reconhecer que a IU nas gestantes é um problema médico e não está relacionado à modificação gravídica do aparelho urinário. Os pesquisadores devem ter claro que essa associação diabete-IU deve ser uma área para futuros estudos epidemiológicos, pesquisa básica, tratamentos efetivos e estratégias de prevenção.
Apesar das evidências para a ligação entre diabete e IU, pouco se conhece sobre os mecanismos pelos quais o diabete leva à IU. A pesquisa translacional poderá explicar a influência do diabete sobre a continência urinária.
Pesquisa translacional
A indução do diabete grave experimental já se encontra bem estabelecida, inclusive na gestação21, e muitos estudos vêm comprovando a sua repercussão no trato urinário inferior de modelos animais.
Ratas diabéticas com glicemia maior que 300 mg/dL (6-8 semanas de indução) tiveram aumento significativo na capacidade vesical e no intervalo intercontrátil, danos extensos no esfíncter uretral externo, atrofia do septo uretro-vaginal e aumento na deposição de colágeno entre as fibras do músculo estriado. A IU foi mais severa e a recuperação dos danos gerados pela distensão vaginal foi retardada no grupo diabético. Os autores sugerem que o DM está relacionado com o acúmulo de radicais livres, com produtos da glicação avançada e isquemia, que podem interagir ou serem fatores independentes para gerar as disfunções do trato urinário inferior22.
O DM teve efeitos na bexiga e uretra de ratas seis semanas após a indução, com diminuição da sensibilidade vesical, aumento da capacidade vesical, aumento do volume residual e prejuízo na contratilidade do detrusor. Após 20 semanas, foi verificada atrofia no esfíncter externo, a qual foi relacionada com a polineuropatia encontrada no DM23. Outros estudos verificaram que o diabete induziu mudanças tempo-dependentes na densidade de nervos e vasos nos tecidos da bexiga24 e reduziu significativamente a massa muscular dos músculos sóleo, plantar e gastrocnêmico em ratas, sendo considerado exemplo de miopatia diabética25.
Marini, em 2010, avaliou as alterações morfológicas das fibras musculares estriadas tipos I e II da uretra de ratas prenhes diabéticas submetidas à cesárea e verificou que o grupo diabético apresentou: adelgaçamento, atrofia, desorganização e rompimento associado à perda de localização anatômica normal das fibras rápidas e lentas e diminuição na proporção de fibras rápidas, concluindo que a associação entre diabete e prenhez danificou o músculo estriado uretral e alterou a composição e a distribuição das fibras tipo I e II 26.
Concluímos que, apesar da alta prevalência de IU em diabéticas na gestação e fora dela, muitas mulheres não revelam sua incontinência para os clínicos e mesmo as que se queixam recebem a explicação mais simples atribuída à poliúria causada pelo próprio DM. Trata-se de um conhecimento recente, deste século, a associação entre DMG e IU, e sua relevância ainda não está estabelecida. A ciência e a própria Medicina caminham assim: primeiro se observa o fenômeno, posteriormente se analisa sua importância, para depois avaliar a necessidade de tratamento e profilaxia. O fenômeno está comprovado. Sua importância deve ser estudada em modelos experimentais e em observações clínicas durante a gestação, avaliando-se a repercussão materna e perinatal. O profissional de saúde deve estar atento a esse novo parâmetro e procurar analisá-lo de forma mais pormenorizada, para que medidas profiláticas e terapêuticas sejam estabelecidas.
Há necessidade de delinear a cronologia da relação entre DMG e as complicações vesicais, a relação entre o diabete controlado e a incidência de incontinência e modalidades de tratamento efetivo para pacientes diabéticos com sintomas no trato urinário inferior e estratégias de prevenção.
A associação de grupos de pesquisa "diabete e gravidez" com "incontinência urinária", de diferentes universidades, é o norte que vem direcionando o aprofundamento das pesquisas translacionais e de trials com intervenção nas gestantes diabéticas no Brasil.
A gestação é uma "janela de oportunidade" para a identificação das mulheres de risco para o desenvolvimento futuro de diabete e é também o momento na vida da mulher para prever a ocorrência futura de IU. O diabete gestacional representa a interação anônima, desconhecida, não caracterizada clinicamente e que parece ser um modelo promissor para o rastreamento da associação diabete e IU.
Referências
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Recebido 02/05/11
Aceito com modificações 25/05/11
Grupos de pesquisa envolvidos:
Grupo acadêmico Diabete e gravidez - Clínico e Experimental (Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP).
Marilza Vieira Cunha Rudge - Professora Titular
Débora Cristina Damasceno - Pesquisadora
Iracema Mattos Paranhos Calderon - Professora
Adriano Dias - Professor
Angélica Mércia Pascon Barbosa - Professora
Selma Maria Michelin Matheus - Professora
Sérgio Luís Felisbino - Professor
Gabriela Marini - Aluna de Doutorado
Fernanda Piculo - Aluna de Mestrado
Manoel João Batista Castello Girão - Professor Titular
Marair Gracio Ferreira Sartori - Professora
Rodrigo Aquino de Castro - Professor
Claudia Takano - Pesquisadora
Carolina Cunha - Aluna de Doutorado
Michelle Zampieri - Aluna de Doutorado
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Correspondência:
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
15 Ago 2011 -
Data do Fascículo
Maio 2011