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EDITORIAL

A RBB entra no volume 25 e nós comemoramos

Vinte e cinco anos de boa Ciência Botânica! É o que comemoramos com este fascículo da RBB. Temos boas razões para isso, pois durante todos esses anos a SBSP e a RBB vêm crescendo e a cada novo fascículo, são publicados mais trabalhos que continuam a marcar a história da Botânica brasileira. Isso porque a nossa revista vem se tornando cada vez mais nacional. Em média, metade dos trabalhos publicados pela RBB nos últimos 4 anos vem de outros estados que não São Paulo. Celebrando os 25 anos de existência, este fascículo trás algumas alterações na capa e na forma da revista, as quais foram efetuadas para melhor acomodar os trabalhos que publicamos.

Após um exame da nova forma, os leitores irão notar que houve, na realidade, poucas mudanças. Basicamente a forma geral que tínhamos anteriormente foi mantida, apenas com um aumento no tamanho da fonte para facilitar a leitura e principalmente na fonte usada no título do trabalho. O uso de um novo formato padrão para a revista (formato Carta), além de facilitar a leitura e a confecção de pranchas, também deverá levar a alguma economia de papel e, conseqüentemente, à redução de custos.

Tentamos fazer as mudanças de forma a manter as normas de publicação praticamente inalteradas. Além disso, esperamos que os leitores ainda tenham a sensação de estar lendo a RBB.

A nova capa foi desenhada de forma a manter os principais símbolos aproximadamente nas mesmas proporções. As mudanças procuram cores e símbolos relacionados à botânica e ao nosso país. Tudo isso de uma forma discreta.

A nova capa foi apresentada ao Conselho Editorial da Revista em sua primeira reunião, tendo sido aprovada por todos os presentes. Essa capa deverá vigorar até que seja necessária, ou desejada, uma nova mudança. Em outras palavras, não temos planos de fazer uma capa a cada fascículo ou mesmo de mudar a cada ano.

Junto com o lançamento da nova capa e novo formato, passou a funcionar em nosso site (www.botanicasp.org.br) o "link" SITUAÇÃO DE MS. Este é um banco de dados que permite que os autores acompanhem o andamento de seus trabalhos "on-line". Basta digitar o sobrenome do primeiro autor e o número do manuscrito, uma combinação que somente cada autor conhece, pois só eles recebem a correspondência relacionada ao trabalho. Assim, mantém-se o sigilo necessário e esperado e todos podem acompanhar o procedimento de publicação.

Temos que lembrar que apesar de todas essas mudanças serem importantes, elas nada são se não recebermos trabalhos de boa qualidade científica. Nossas estatísticas indicam que, hoje, cerca de 50% dos trabalhos submetidos à RBB são recusados e a assessoria tem sido do mais alto nível possível. Se o trabalho for submetido em português, garantimos a melhor assessoria no país e, se for em inglês, os assessores de área têm procurado buscar especialistas no exterior, caso o melhor não esteja aqui.

Temos tentado encontrar todos os meios possíveis para acelerar a publicação. A RBB tem um procedimento padrão, cada vez mais informatizado, mas grande parte do processo ainda é feita via papel e correio, o que gera altos custos. Em média, o manuseio de um trabalho desde sua submissão até a impressão, custa cerca de R$ 500, tudo isso sem considerar o valioso trabalho dos editores científicos e gráficos e dos editores de área, que são sócios da SBSP e trabalham gratuitamente em prol da revista.

O presente fascículo inicia também um ciclo de edição sob a chefia de um novo editor, o Dr. Jefferson Prado. Ele dá continuidade ao excelente trabalho realizado pela Dra. Márcia Braga no volume anterior. A idéia é que mesmo havendo renovação de parte do corpo editorial, o processo e a busca de qualidade sejam os mesmos, de tal forma que a RBB como um todo tenha uma política editorial de longo prazo, isto é, publicar o melhor da botânica brasileira com rapidez, eficiência, qualidade e imparcialidade.

A SBSP é a força da RBB

Por traz de quase todas as boas revistas científicas do mundo, há uma Sociedade Científica forte e atuante. Apesar disso estar ocorrendo no caso da SBSP, nós achamos que uma maior participação dos sócios - seja na revista, no congresso ou no nosso site - deve aumentar ainda mais a força e influência da SBSP. No início de 2002, colocamos no ar o nosso site. Ao visitá-lo o interessado verá que há, uma área da RBB que traz serviços da própria revista, como links para o Scielo, onde se pode obter cópias dos artigos na forma de arquivo pdf; o Situação de MS, que permite acompanhar o andamento de seu trabalho na RBB; e ainda links para centenas de outras revistas de botânica do mundo, que aceleram a busca de informações pelos visitantes. Além disso, há uma área dedicada à Educação, Eventos e Cursos. É aí que o sócio da SBSP poderia atuar ainda mais, enviando textos educativos (do ensino fundamental à pós-graduação) dentro da sua especialidade, informando sobre eventos a serem realizados na área de botânica, sobre livros publicados ou oferecendo cursos. Há uma área no site em que podemos publicar crônicas ou artigos de botânicos. Esses artigos são assinados e podem versar sobre quaisquer assuntos em botânica, desde aspectos técnicos de uma área específica, que visem discutir algum tema de forma mais ampla entre os botânicos (por exemplo, como construir melhores pranchas para os trabalhos de anatomia), até temas sobre a participação da botânica na política científica nacional (por exemplo: onde as verbas devem ser aplicadas, qual o perfil desejável de um assessor em uma agência de fomento à pesquisa).

Com isso, a SBSP pretende oferecer um serviço a mais aos seus sócios e à sociedade em geral. Porém, tudo custa dinheiro, e temos que manter gente trabalhando constantemente para que o nível de qualidade seja mantido também no site. Assim, é importante que todos os botânicos se associem à SBSP. Associar-se não é somente uma forma de receber serviços como a RBB e o nosso site, mas também de demonstrar à sociedade a importância do que nós, botânicos, fazemos, divulgando a Botânica tanto em nível altamente técnico (como na RBB) como também em níveis que sejam compreensíveis pelos vários setores da população.

Nossas metas finais devem ser: 1) estudar cientificamente a botânica, desvendando as leis naturais que a governam; 2) conscientizar a população de que o que produzimos é importante, pois a botânica está presente em todas as partes e em todos os momentos de nossa vida - há botânica em tudo: nossa comida, nossas roupas, nossos remédios, nossos jardins, nossos móveis, nosso meio ambiente; 3) conscientizando a população, automaticamente faremos com que o governo e empresas entendam que não haverá futuro tecnológico se a nossa geração não investir solidamente na área das ciências vegetais.

Enfim, a idéia é que os botânicos se associassem à SBSP não somente através do pagamento da anuidade, mas também participando, fornecendo informações e criticando, até que todo esse ciclo de metas se feche, alterando a idéia geral que as pessoas têm da Botânica de algo antigo e às vezes decadente, para uma idéia de que o que produzimos é a base para qualquer tecnologia que se venha a desenvolver com plantas ou fungos no futuro. Que a Botânica é e será sempre moderna, seja ela chamada de Scientia Amabilis, Biologia Vegetal ou de Ciências Vegetais.

O Corpo Editorial

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Jul 2002
  • Data do Fascículo
    Mar 2002
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