Apresentamos neste artigo um relato das experiências editoriais vivenciadas na Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde (RBAFS), no período de 2007 até o presente, desde que o periódico passou a ser uma publicação científica ofi cial da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde. Neste período, o periódico experimentou grandes avanços: a periodicidade passou a ser bimestral; houve aumento significativo do número de artigos recebidos e publicados; ocorreu a implantação da RBAFS na plataforma SEER e a associação do nosso periódico à CrossRef que passou a atribuir números DOI (Digital Object Identifier) para os artigos publicados. Além disso, a revista a partir de 2013 deixou de ser impressa, passando a disponibilizar somente a versão eletrônica, o que gerou mudança de ISSN. Os avanços alcançados pela RBAFS capacitam-na a buscar a indexação na base Scielo.
Editoração; Revisão por pares; Artigo de revista; Promoção da saúde
In this paper we report our experience as editors of the Brazilian Journal of Physical Activity and Health (RBAFS), particularly from 2007 onwards, when the Journal became the official publication of the Brazilian Society of Physical Activity and Health. In this period, the Journal experienced substantial improvements: it started to be published every other month there was a sharp increase in the number of papers submitted and published; the management of submission and storage was moved to the SEER platform; the Journal was indexed in CrossRef, allowing the attribution of a DOI (Digital Object Identifier) number for each article published. Besides, after 2013 the print version was no longer available and only the electronic volumes were published, resulting in ISSN alteration. These improvements now allow the journal to be eligible for indexation in Scielo.
Publishing; Peer review; Journal article; Health promotion
Resumen
Presentamos en ese artículo un relato de las experiencias editoriales vividas por la Revista Brasileña de Actividad Física e Salud (RBAFS), a partir de 2007 hasta el presente, desde que la misma pasó a ser una publicación científi ca oficial de la Sociedad Brasileña de Actividad Física e Salud. En este período, el periódico experimentó grandes avanzos: la periodicidad pasó a ser bimestral; hubieron aumentos significativos en los números de artículos recibidos y publicados; ocurrió la implantación de la RBAFS en la plataforma SEER y la asociación de nuestro periódico a la CrossRef que pasó a atribuir los números DOI (Digital Object Identifier) para los artículos publicados. Además, la revista, a partir de 2013, dejó de ser impresa, pasando a ser disponible solamente en la versión electrónica, esto generó cambios de ISSN. Los avanzos alcanzados por la RBAFS la capacitan a buscar la indexación en la base Scielo.
Edición; Revisión por expertos; Artículo de revista; Promoción de la salud
Introdução
Em resposta ao convite do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte e da Revista Brasileira de Ciências do Esporte, apresentamos neste artigo um relato das experiências editoriais vivenciadas na Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde (RBAFS), no período de 2007 até o presente, desde que o periódico passou a ser uma publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS). A RBAFS foi criada em 1995 quando o seu primeiro número foi publicado, naquela ocasião contendo seis artigos, somente três destes originais. Passados pouco mais de 18 anos, a RBAFS inicia o ano de 2013 com "fôlego" renovado pelos avanços e conquistas, e estimulada a continuar superando os desafios impostos à realização de um trabalho editorial tecnicamente competente e comprometido com o desenvolvimento de uma área multiprofissional e multidisciplinar: a atividade física e saúde.
Neste manuscrito, apresenta-se uma descrição sintética de alguns eventos importantes na história da RBAFS. Em seguida, discute-se a situação atual da revista no tocante à política editorial, processo de trabalho e fluxo editorial. Lança-se mão da análise descritiva de alguns indicadores numéricos a fim de contextualizar a análise de tendências e perspectivas para o desenvolvimento do periódico no cenário editorial e científico.
Um pouco de história
A criação da RBAFS foi uma iniciativa da Associação de Professores de Educação Física de Londrina, mais especificamente de docentes ligados à Universidade Estadual de Londrina, em especial o professor Abdallah Achour Junior, que atuou como Editor-chefe desde a criação do periódico até que, em 2007, a responsabilidade editorial passou a ser da SBAFS. Destaca-se ainda o importante papel da Bibliotecária Neide Zaninelli que foi, durante mais de uma década, responsável pelos serviços de normalização bibliográfica da revista.
Em 2007, durante a realização da sexta edição do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde, ocasião também na qual se oficializou a fundação da SBAFS, surgiu uma proposta de que a RBAFS passasse a ser uma publicação oficial desta nova sociedade científica. Na época existia também a proposta de criação de uma nova revista, partindo do zero, mas os fundadores da SBAFS e todos aqueles que participaram das discussões sobre o assunto, nos três dias de congresso em Florianópolis, assumiram o compromisso com a reconstrução da RBAFS. O termo "reconstrução" é utilizado aqui porque naquele período a RBAFS estava atravessando sérios problemas editoriais, em especial, o baixo fluxo de submissões de manuscritos, atrasos na avaliação e publicação de artigos e falta de apoio logístico e financeiro para o processo editorial. Cabe ainda ressaltar o desprendimento acadêmico do professor Abdallah (UEL/PR) que ao transferir a responsabilidade editorial da RBAFS para a Sociedade Brasileira estava, ao mesmo tempo, abrindo mão da coordenação de um trabalho que o mesmo liderou desde a criação da revista.
No final de 2007, liderados pelos professores Pedro Curi Hallal da Universidade Federal de Pelotas (Editor-chefe), Alex Antonio Florindo da Universidade de São Paulo (Editor Associado), Mauro Virgílio Gomes de Barros da Universidade de Pernambuco (Editor Associado), Sandra Marcela Mahecha Matsudo do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Editora Associada) e Thiago Terra Borges (Editor Assistente), uma nova equipe assumiu a editoria científica da RBAFS. A missão não era fácil, pois o último número publicado era ainda de 2006 e o fluxo de submissões estava praticamente estagnado. Um grande esforço foi iniciado, começando pela revisão das instruções aos autores, criação de uma página na Internet para disponibilização gratuita e livre dos artigos, ampliação do corpo de revisores e inteira reestruturação do conselho editorial.
Nos dois primeiros anos (2007 e 2008), o objetivo principal foi o de atualizar a periodicidade da RBAFS e de apresentar para a comunidade acadêmica uma nova proposta editorial que seria pautada em alguns princípios básicos: revisão por pares, análise rápida dos manuscritos submetidos e criteriosa observação da aderência dos artigos publicados à política editorial da RBAFS. O Conselho Editorial foi renovado, passando a contar com a participação de renomados pesquisadores brasileiros e estrangeiros, muitos dos quais assinaram nos últimos anos importantes Editoriais publicados na RBAFS e vem auxiliando continuamente no processo de avaliação interna de nossas ações editoriais. Chegamos ao final de 2009 com um balanço positivo, pois a revista estava com a sua periodicidade de publicação atualizada e todos os fluxos e processos editoriais revisados e em pleno funcionamento.
O crescimento foi tão nítido e expressivo que nos 10 primeiros anos de existência da revista foram publicados 133 artigos originais (Achour; Busto, 2005), representando menos de 42% de todos os manuscritos publicados na revista nesta primeira década de existência. Uma média anual de artigos originais que é próxima do que se veicula atualmente em cada número da RBAFS. Com as mudanças implantadas, de 2007 a 2009, portanto um período de três anos, a RBAFS publicou 50 artigos originais, uma proporção de aproximadamente 70% em relação ao total de 71 artigos veiculados na revista. A partir de 2009, com melhoria do fluxo de artigos submetidos foi possível então ir gradualmente ampliando o número de artigos publicados, conforme ilustrado na figura 1.
Quantitativo de artigos recebidos, recusados e aceitos pela RBAFS no período de 2009 a 2012.
O crescimento no número de artigos publicados foi também decorrente da melhoria da qualidade dos manuscritos submetidos, sendo que nos últimos dois anos (2011—2012) a relação entre recebidos e recusados se manteve praticamente estável, mas em patamar elevado. Em 2009, esta relação era de 66%, subiu para 67% em 2010, para 75% em 2011 e, em 2012, atingiu 77%. Isto quer dizer que, nos últimos anos, um em cada quatro manuscritos submetidos foram recusados nas diversas fases do processo editorial, mas aproximadamente metade destes foi recusada ainda na fase inicial da avaliação, quando o exame foi realizado por um dos Editores chefes da revista. Observe que o quantitativo de recusas e de artigos publicados apresenta um paralelismo crescente, indicando que o maior número de artigos publicados não foi resultado de um menor rigor no processo de julgamento, mas decorrente principalmente da melhoria da qualidade das contribuições submetidas pelos autores e do quantitativo de submissões em si.
Nas edições 15 e 16, relativas respectivamente a 2010 e 2011, a RBAFS passou a publicar quatro números por ano, cada número com, no mínimo, 10 artigos originais. A partir de 2012 a RBAFS passou a ser publicada bimensalmente contendo em cada número 10 artigos originais, além de outras categorias de publicações que foram sendo criadas pela Editoria para garantir o espaço adequado para veiculação de outros tipos de contribuições que não se enquadram propriamente na lógica formal de um artigo original.
Outro importante momento histórico vivido pela revista ocorreu em 2012 quando o Corpo Editorial foi novamente reformulado e passou a contar com a atuação de três editores-chefes e seis editores associados, mantendo-se a figura de um editor assistente. A composição atual do corpo editorial da RBAFS pode ser consultada em www.sbafs.org. br/revista ou em http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS. Além disso, a composição do conselho foi mais uma vez avaliada, redimensionada e renovada. A RBAFS, neste mesmo ano, associa-se a CrossRef e passa a atribuir números DOI (Digital Object Identifier) para os artigos publicados a partir do quinto número desta décima sétima edição. No inicio de 2013, a RBAFS passou a ser operado integralmente a partir de Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), processo que irá garantir maior agilidade ao processo editorial e ampliará as chances de que a RBAFS consiga ser indexada em novas bases de dados.
Visando aumentar a visibilidade internacional dos artigos publicados na RBAFS, em 2012 passamos a oferecer aos leitores a oportunidade de tradução dos artigos para língua inglesa. Os artigos traduzidos são publicados nas duas versões, em português e em inglês.
Processo editorial
Uma das principais mudanças implantadas na RBAFS foi, sem dúvidas, a "profissionalização" do seu processo editorial que passou a contar com a atuação de editores, conselheiros e revisores, todos direcionados por objetivos comuns de elevar o conceito da revista junto à comunidade acadêmica e aos seus leitores. A partir de 2007, o julgamento dos manuscritos submetidos passou a ser feito por editores e por revisores ad hoc em um sistema "duplo cego", no qual nem os autores tinham conhecimento de quem foram os revisores dos artigos, nem estes conheciam a autoria dos manuscritos que avaliavam. Este processo foi sendo continuamente aperfeiçoado até que, em 2012, foi implantado o fluxo que está sendo adotado atualmente (fig. 2).
Estabelecer claramente as responsabilidades e papeis em cada etapa do processo editorial foi importante para dar maior transparência às ações realizadas pela RBAFS e por sua equipe editorial. Procurou-se garantir uma dinâmica na qual as contribuições pudessem ser julgadas por seu mérito a partir do olhar crítico de editores e revisores, mas criando, ao mesmo tempo, um fluxo de troca de ideias com os autores que contribuísse para a elevação da qualidade dos manuscritos submetidos e, por conseguinte, para o desenvolvimento da área da atividade física e saúde.
Esta dinâmica editorial foi apontando necessidades de ajustes e até mesmo de inovações, como a criação de seções especiais para a revista. Assim, foi criada inicialmente a seção denominada "Do diagnóstico à ação: experiências em promoção da atividade física", destinada à veiculação de artigos apresentando as bases conceituais, modelos lógicos e resultados de intervenções para promoção da atividade física. Os artigos publicados nesta seção eram inéditos, mas não veiculavam resultados de investigações empíricas e, portanto, não poderiam ser tratados como originais. Por outro lado, não deveriam deixar de ser publicados, pois continham valiosos dados para apoiar o planejamento de intervenções e programas de promoção da atividade física.
Ainda seguindo esta mesma lógica, mais tarde, verificou-se a necessidade de criar uma seção para dar visibilidade aos esforços de formação de recursos humanos para pesquisa, surge então à seção "Pesquisa e pós-graduação em atividade física e saúde". Mais recentemente, cria-se a seção "Experiências curriculares inovadoras", um espaço destinado ao relato de experiências curriculares inovadores na formação inicial (graduação) e que tenham como foco principal a preparação profissional para intervenção na área da atividade física e saúde. Vale destacar ainda a chamada realizada, em 2010, pelo Editor-Chefe da RBAFS, professor Pedro Hallal, na qual o mesmo convidava a comunidade acadêmica a submeter artigos veiculando resultados de estudos qualitativos na área da atividade física e saúde.
Tempo de editoração e qualidade dos pareceres
O time de editores que assumiu a RBAFS, desde 2007, mesmo sendo renovado e ampliado nos últimos anos, manteve a preocupação de garantir uma melhoria em dois aspectos relativos ao processo editorial: reduzir o tempo decorrido entre a submissão do manuscrito e o encaminhamento de uma resposta aos autores; e, melhorar a qualidade dos pareceres.
É bastante comum ouvir, no meio acadêmico, comentários de que as revistas científicas brasileiras demoram muito para dar resposta aos autores. De fato, é inadmissível que um periódico científico demore meses ou até mesmo anos para decidir pela recusa de um manuscrito. Quem já teve uma experiência como esta sabe como é frustrante deixar uma produção por tanto tempo parada, sem ouvir qualquer tipo de resposta do Editor da revista. Assim, a RBAFS assumiu o compromisso de criar um fluxo editorial que permitisse reduzir este tempo, de modo que ao longo dos últimos quatro anos (2009-2012) o tempo médio de resposta foi de 15,3 dias, aproximadamente duas semanas, sendo que em 2012 não chegou há 10 dias (fig. 3). Se considerarmos somente os artigos que foram recusados, o tempo médio até a decisão final foi de 17,5 dias, mas 95% receberam comunicação da decisão em até três dias. Com isto, procurou-se garantir que os colaboradores da revista não esperassem demasiado tempo para receber uma resposta do Editor, por exemplo, informando que o artigo foi recusado por falta de aderência à política editorial ou porque foi submetido fora das normas adotadas pela revista.
Tempo médio em dias decorridos desde a submissão do artigo à RBAFS até a comunicação do resultado aos autores.
Mas o investimento que a RBAFS fez para reduzir o tempo de resposta não foi desconectado de uma continua preocupação com a melhoria da qualidade dos pareceres. Uma das premissas para o trabalho realizado era de que os pareceres deveriam, sobretudo, auxiliar os autores a uma reflexão crítica e aperfeiçoamento contínuo das suas produções. De fato, a experiência editorial na RBAFS revelou que há grande variabilidade na competência técnica dos revisores no tocante à elaboração dos pareceres e revisão dos manuscritos, exigindo muitas vezes que os Editores precisassem elaborar pareceres mais detalhados de modo a apoiar os autores na revisão dos manuscritos submetidos. Foram muitas as tentativas para atenuar este problema que, ao que parece, é experimentado em todos os periódicos científicos.
Mais recentemente, ainda movidos pela intenção de qualificar o processo de análise dos manuscritos, o conselho editorial da RBAFS decidiu iniciar uma discussão que culminou com a elaboração de uma matriz de indicadores que seria apresentada aos revisores para orientar o processo de análise dos manuscritos (tabela 1). Inicialmente, analisou-se a possibilidade de adotar critérios estabelecidos em iniciativas e diretrizes já existentes, a exemplo da STROBE para estudos epidemiológicos observacionais (Von Elm et al., 2007), da CONSORT para ensaios clínicos (Schulz et al., 2010) e da PRISMA para estudos de revisão sistemática (Moher et al., 2009). Todavia, optou-se pela construção de uma matriz de avaliação própria em oposição à utilização dos recursos já existentes, Tal decisão foi baseada na necessidade de oferecer aos revisores uma ferramenta prática, de fácil utilização e adequada à estrutura editorial empregada pela revista. Esta matriz de avaliação foi implantada recentemente e ainda está em teste, mas há uma expectativa de que ela possa orientar os revisores e melhorar substancialmente a qualidade dos pareceres.
Dificuldades e perspectivas
Não há dúvida em afirmar que possivelmente a maior barreira para a realização do trabalho editorial em um periódico científico é a falta de financiamento para desenvolvimento das ações. Há outros inúmeros obstáculos que são enfrentados cotidianamente, mas a insegurança da falta de financiamento é realmente uma grande barreira à realização de um processo editorial profissional, cercado dos cuidados que o oficio exige. Na realidade brasileira, conta-se com a chamada conjunta do MCTI/CNPq/MEC/CAPES que é periodicamente lançada, mas desde 2012 os critérios de elegibilidade impedem que revistas científicas que ainda não estão indexadas nas principais bases de dados possam concorrer. A RBAFS foi contemplada com apoio no valor de R$ 25 mil em 2011 (processo número 402509/2011-0), mas não pode concorrer em 2012.
Muitos periódicos tem tentado minimizar a dificuldade de financiamento reduzindo seus custos, por exemplo, migrando da versão impressa para eletrônica. Outra opção adotada é a de repassar aos autores o custo editorial relativo à publicação dos artigos. De fato, no cenário internacional parece haver uma tendência de que os periódicos cobrem dos autores o custo relativo ao trabalho de revisão, editoração e publicação desde que disponibilizem gratuitamente o acesso aos artigos.
Editais de auxilio a pesquisa passaram a admitir a inclusão de despesas com a publicação de artigos e outras entidades de financiamento à pesquisa passaram a exigir que os produtos derivados dos projetos apoiados sejam publicados em veículos de acesso público e gratuito. Estas mudanças estão influenciando a mudança em muitos processos editoriais, como a remuneração ou compensação pelo trabalho de revisão já praticada por algumas revistas, mas há ainda muita discussão por vir quanto aos caminhos mais seguros e efetivos a serem percorridos. Na RBAFS a decisão adotada em 2012 foi de migrar da versão impressa para eletrônica, reduzindo os custos com serviços gráficos, mas há ainda muitas fontes de despesa e o enfrentamento das mesmas é uma tarefa árdua para os editores.
A falta de reconhecimento ao trabalho realizado pelos editores é igualmente desestimulante e muitas vezes incompreendida até mesmo pelos pares acadêmicos. De modo geral, os sistemas de avaliação adotados pelas agências de fomento também não valorizam a atuação dos pesquisadores como editores, conselheiros ou revisores de periódicos, um trabalho que é essencial ao desenvolvimento científico. Positivamente, a área 21 da CAPES sinalizou recentemente para a valorização destas atividades como indicadores na avaliação da pós-graduação ao longo do triênio em curso (2013−2015). Uma mudança, que se ocorrer, em muito irá contribuir para o fortalecimento do trabalho editorial, valorizando principalmente o esforço desprendido pelos revisores ad hoc, pessoas que realizam um trabalho voluntário, não remunerado e anônimo, sem o qual seria impossível a existência da RBAFS ou de qualquer outro periódico científico.
Referências
- Achour Junior, A.; Busto, R. M. Revista Brasileira de Atividade Física, um levantamento histórico dez anos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Londrina, v. 10, p. 3-5, 2005.
- Moher, D. et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the Prisma statement. Annals of Internal Medicine, Philadelphia; p. 339:b2535, 2009.
- Schulz, K. F. et al. CONSORT 2010 Statement: Updated Guidelines for Reporting Parallel Group Randomized Trials. BMC Medicine, London, p. 8-18, 2010.
- Vom Elm, E. et al. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Lancet, London, v. 370, n. 9596, p. 1453-1457, 2007.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
2014
Histórico
-
Recebido
03 Ago 2013 -
Aceito
13 Out 2013