O objetivo deste artigo é analisar a situação da vigilância da malária na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. É um estudo qualitativo com aplicação de questionários em cidades da fronteira realizado em 2011. Os resultados foram analisados pela metodologia DOFA e apontaram diferenças significativas entre os sistemas de vigilância da malária na fronteira. Observou-se como debilidades a desarticulação entre atores responsáveis, a insuficiência de pessoal treinado, a alta rotatividade das equipes e a falta de médicos especialistas em malária nos hospitais locais. Verificou-se ainda o desconhecimento sobre a malária e suas formas de prevenção na população entrevistada. As fortalezas são a inserção de novos atores institucionais, a melhora da qualificação profissional, a distribuição de mosquiteiros impregnados e possibilidades de complementaridade entre os sistemas de vigilância a serem aproveitadas pela cooperação entre as equipes de saúde da fronteira, pois o controle da malária só pode ter sucesso tomando-se esta região em seu conjunto.
Áreas de Fronteira; Malária; Controle de Doenças Transmissíveis