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A vida como vir-a-aceitar: considerações Austinianas sobre a modernidade

Life as coming-to-accept: Austin-like considerations on modernity

Austin, como se sabe, toma a existência de um procedimento convencional aceito como condição primeira de felicidade de qualquer performativo. Mas isso coloca um problema, que o filósofo inglês não chega a considerar até suas últimas conseqüências. Refiro-me ao fato de que um certo performativo - a aceitação - está inscrito na própria estrutura da performatividade. Ou seja, todo performativo exige um 'Aceito', que, por sua vez, exige um 'Aceito'- e assim ao infinito. Aceitar - essa condição de felicidade de todo performativo - é um ato, no limite, impossível de ser objetivado. Trata-se, neste ensaio, de pensar, a partir de Austin, a vida como um vir-a-aceitar, tema correlativo ao já clássico tópico da vida como vir-a-ser. Trata-se, em seguida, de pensar a forma propriamente moderna de lidar com esse vir-a-aceitar. Para tanto, vou propor uma articulação entre a filosofia austiniana e as reflexões de Calligaris (1997) sobre a modernidade.

performatividade; responsabilidade; ato de aceitar; modernidade


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