O presente estudo visou investigar a significação feita, em relação à morte, por enfermeiros e médicos de uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica. Participaram oito profissionais que atuavam, no mínimo há seis meses, em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica do interior do Rio Grande do Sul, a saber, quatro enfermeiros e quatro médicos. Foi realizada entrevista semiestruturada guiada por eixos norteadores. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, da qual surgiram duas categorias: "A morte como fracasso" e "A morte escamoteada". Os resultados apontam que, para os participantes, a morte foi tipicamente significada como fracasso. Além disso, esta também foi ocultada, negada e banalizada, através de diversos recursos empregados na tentativa de escamoteá-la. Compreende-se que a elaboração psíquica apresenta-se como a melhor estratégia diante de um contexto tão complexo, sendo sugeridas abordagens educativas e terapêuticas que proporcionem espaços elaborativos para esses profissionais.
Morte; Pediatria; Psicologia; Unidade de Terapia Intensiva