O sistema de plantio direto tem sido adotado expressivamente por agricultores do cerrado brasileiro. Contudo, seu uso continuado em regiões tropicais, com insuficiência de cobertura do solo e sucessivas adubações superficiais, pode resultar em alterações nos parâmetros do solo, como compactação e acúmulo de nutrientes na superfície, e na baixa expressão do potencial produtivo das culturas. O presente estudo teve como objetivo principal verificar o efeito de quatro sistemas de manejo de solo (plantio direto; grade aradora; escarificação profunda e aração profunda) associados com três níveis de adubação fosfatada e potássica (sem adubação, recomendação oficial e equivalente a exportação pelas colheitas) sobre o rendimento das culturas do milho, soja, feijão e arroz em área submetida a plantio direto durante oito anos. Os experimentos com soja, milho, arroz e feijão foram conduzidos em um Latossolo Roxo eutrófico no esquema de faixas e delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Avaliou-se ainda o rendimento de grãos. Não houve resposta da soja aos diferentes manejos do solo nem aos níveis de adubação. Já a aração profunda resultou nos maiores rendimentos de milho, arroz e feijão, sendo intermediários os efeitos devidos à escarificação. Exceto para o feijão, nestas culturas também não se verificou efeito da adubação.
plantio direto; rendimento; soja; milho; arroz; feijão