O desejo de permanecer na organização tem sido considerado ora um componente constituinte, ora um consequente do comprometimento organizacional. A presente pesquisa teve como objetivo testar a influência de variáveis atitudinais (bases afetiva e instrumental) e das intenções comportamentais de comprometimento organizacional sobre intenções de permanência na organização. Para testar as relações entre as variáveis da pesquisa foram selecionados 1.869 trabalhadores das regiões norte, nordeste e sul do Brasil, que responderam a um questionário com itens fechados. Os dados foram analisados utilizando-se procedimentos de regressão múltipla e modelagem de equações estruturais. Os resultados apontaram que: a) a medida de intenções de permanência na organização não pode ser predita significantemente por nenhuma das variáveis que compõem a base instrumental; b) a variável que prediz mais fortemente permanência é a base afetiva; e c) as intenções comportamentais de permanência na organização não são constituintes do comprometimento organizacional.
comprometimento organizacional; permanência na organização; intenções comportamentais; bases do comprometimento; modelagem por equação estrutural