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Avaliação de inoculante microbiano na composição bromatológica, fermentação e estabilidade aeróbia da silagem pré-seca de alfafa

Evaluation of microbial inoculant on chemical composition, fermentation characteristics and aerobic stability of alfalfa haylage

Resumos

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do inoculante microbiano Silobac® (L. plantarum, P. pentosaceus), na silagem pré-seca de alfafa, em 22 silos, distribuídos em dois tratamentos, sendo 11 silos com inoculante e 11 controle, segundo o delineamento inteiramente casualizado. A alfafa foi cortada quando em estádio do meio do florescimento e os silos, confeccionados com aproximadamente 600 kg e revestidos com película de PVC branca. Amostras foram coletadas, logo após a abertura de cada silo, para análise bromatológica e perfil fermentativo. O inoculante diminuiu o teor de MS (inoculada = 44,7 vs. controle = 51,2%) e aumentou a concentração de ácido acético (2,35 vs. 0,89% MS), em relação ao grupo controle. O inoculante também revelou diminuição no escore de bolor obtido a 10 cm de profundidade, mas não a 30 ou 50 cm. Não foram observados efeitos sobre os teores de PB (15,9 vs. 16,4% MS), NIDN (14,7 vs. 16,2% do N total), NIDA (11,2 vs. 11,6% do N total), FDN (47,1 vs. 46,7% MS), FDA (40,2 vs. 39,8% MS), celulose (29,7 vs. 28,6% MS), hemicelulose (6,94 vs. 6,89% MS), LDA (10,4 vs. 11,1% MS), carboidratos solúveis (2,97 vs. 2,44% MS) e amido (0,82 vs. 0,69% MS), DIVMS (61,6 vs. 62,5% MS), poder tampão (52,9 vs. 51,7 meq./100g MS), as concentrações de etanol (0,018 vs. 0,024% MS) e dos ácidos propiônico (0,00 vs. 0,00% MS), butírico (0,00 vs. 0,00% MS) e lático (5,62 vs. 4,45% MS), a relação lático:acético (4,57 vs. 4,87), bem como sobre o pH (4,96 vs. 5,33), as concentrações de N-NH3 (8,19 vs. 5,21% do N total) e a estabilidade aeróbia.

ácidos orgânicos; bactérias láticas; Medicago sativa


The objective of this study was to evaluate the effects of microbial inoculant Silobac® (L. plantarum, P. pentosaceus) on alfalfa haylage, in twenty-two big bales, allotted to two treatment, eleven with inoculant and eleven control, assigned to a totally randomized design. Alfalfa crop was harvested at middle bloom stage and conditioned in silage bales of about 600 kg capacity and covered with white tube plastic film. Silage was sampled to proceed chemical analyses after each silo was opened. The inoculation decreased DM content (inoculated = 44.7 vs. control = 51.3%) and increased acetic acid content (2.35 vs. 0.89% DM), compared to control. Inoculant also showed decreasing mould on depth 10 cm, but not on depth 30 or 50 cm. Treatments did not influence crude protein (15.9 vs. 16.4% DM), NDIN (14.7 vs. 16.2% of total N), ADIN (11.2 vs. 11.6% of total N), NDF (47.1 vs. 46.7% DM), ADF (40.2 vs. 39.8% DM), cellulose (29.7 vs. 28.6% DM), hemicellulose (6.94 vs. 6.89% DM), ADL (10.4 vs. 11.1% DM), WSC (2.97 vs. 2.44% DM) and starch contents (0.82 vs. 0.69% DM), IVDMD (61.6 vs. 62.5% DM), buffering capacity (52.9 vs. 51.7 meq./100g DM), ethylic alcohol (0.018 vs. 0.024% DM), propionic (0.00 vs. 0.00% DM), butyric (0.00 vs. 0.00% DM) and lactic acids contents (5.62 vs. 4.45% DM), lactic:acetic ratio (4.57 vs. 4.87), pH (4.96 vs. 5.33), NH3-N content (8.19 vs. 5.21% of total N) or aerobic stability.

lactic acid bacteria; organic acids; Medicago sativa


FORRAGICULTURA

Avaliação de inoculante microbiano na composição bromatológica, fermentação e estabilidade aeróbia da silagem pré-seca de alfafa

Evaluation of microbial inoculant on chemical composition, fermentation characteristics and aerobic stability of alfalfa haylage

Vanessa Jaime de Almeida MagalhãesI; Paulo Henrique Mazza RodriguesII

IAluna de Pós-graduação do Departamento de Nutrição e Produção Animal – FMVZ/USP. Bolsista FAPESP. E.mail: vjdamagalhaes@hotmail.com

IIProfessor do Departamento de Nutrição e Produção Animal – FMVZ/USP, Av. Duque de Caxias Norte, 225 - CEP: 13630-000, Pirassununga-SP. E.mail: pmazza@usp.br

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do inoculante microbiano Silobac® (L. plantarum, P. pentosaceus), na silagem pré-seca de alfafa, em 22 silos, distribuídos em dois tratamentos, sendo 11 silos com inoculante e 11 controle, segundo o delineamento inteiramente casualizado. A alfafa foi cortada quando em estádio do meio do florescimento e os silos, confeccionados com aproximadamente 600 kg e revestidos com película de PVC branca. Amostras foram coletadas, logo após a abertura de cada silo, para análise bromatológica e perfil fermentativo. O inoculante diminuiu o teor de MS (inoculada = 44,7 vs. controle = 51,2%) e aumentou a concentração de ácido acético (2,35 vs. 0,89% MS), em relação ao grupo controle. O inoculante também revelou diminuição no escore de bolor obtido a 10 cm de profundidade, mas não a 30 ou 50 cm. Não foram observados efeitos sobre os teores de PB (15,9 vs. 16,4% MS), NIDN (14,7 vs. 16,2% do N total), NIDA (11,2 vs. 11,6% do N total), FDN (47,1 vs. 46,7% MS), FDA (40,2 vs. 39,8% MS), celulose (29,7 vs. 28,6% MS), hemicelulose (6,94 vs. 6,89% MS), LDA (10,4 vs. 11,1% MS), carboidratos solúveis (2,97 vs. 2,44% MS) e amido (0,82 vs. 0,69% MS), DIVMS (61,6 vs. 62,5% MS), poder tampão (52,9 vs. 51,7 meq./100g MS), as concentrações de etanol (0,018 vs. 0,024% MS) e dos ácidos propiônico (0,00 vs. 0,00% MS), butírico (0,00 vs. 0,00% MS) e lático (5,62 vs. 4,45% MS), a relação lático:acético (4,57 vs. 4,87), bem como sobre o pH (4,96 vs. 5,33), as concentrações de N-NH3 (8,19 vs. 5,21% do N total) e a estabilidade aeróbia.

Palavras-chave: ácidos orgânicos, bactérias láticas, Medicago sativa

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the effects of microbial inoculant Silobac® (L. plantarum, P. pentosaceus) on alfalfa haylage, in twenty-two big bales, allotted to two treatment, eleven with inoculant and eleven control, assigned to a totally randomized design. Alfalfa crop was harvested at middle bloom stage and conditioned in silage bales of about 600 kg capacity and covered with white tube plastic film. Silage was sampled to proceed chemical analyses after each silo was opened. The inoculation decreased DM content (inoculated = 44.7 vs. control = 51.3%) and increased acetic acid content (2.35 vs. 0.89% DM), compared to control. Inoculant also showed decreasing mould on depth 10 cm, but not on depth 30 or 50 cm. Treatments did not influence crude protein (15.9 vs. 16.4% DM), NDIN (14.7 vs. 16.2% of total N), ADIN (11.2 vs. 11.6% of total N), NDF (47.1 vs. 46.7% DM), ADF (40.2 vs. 39.8% DM), cellulose (29.7 vs. 28.6% DM), hemicellulose (6.94 vs. 6.89% DM), ADL (10.4 vs. 11.1% DM), WSC (2.97 vs. 2.44% DM) and starch contents (0.82 vs. 0.69% DM), IVDMD (61.6 vs. 62.5% DM), buffering capacity (52.9 vs. 51.7 meq./100g DM), ethylic alcohol (0.018 vs. 0.024% DM), propionic (0.00 vs. 0.00% DM), butyric (0.00 vs. 0.00% DM) and lactic acids contents (5.62 vs. 4.45% DM), lactic:acetic ratio (4.57 vs. 4.87), pH (4.96 vs. 5.33), NH3-N content (8.19 vs. 5.21% of total N) or aerobic stability.

Key words: lactic acid bacteria, organic acids, Medicago sativa

Introdução

O princípio da fermentação da silagem é alcançar uma quantidade de ácido lático suficiente para inibir o crescimento de microorganismos indesejáveis, melhorando, assim, a preservação dos nutrientes da forragem. Normalmente, o número de bactérias ácido-láticas presentes nas forragens é baixo (Speckman et al., 1981; Woolford, 1984; Muck, 1989), incluindo espécies heterofermentativas (Lindgren et al.,1983; Muller et al., 1991).

A espécie forrageira, o conteúdo de matéria seca, o substrato disponível, a capacidade de tamponamento e, principalmente, o número de espécies de bactérias anaeróbias presentes no processo de ensilagem interferem na qualidade da fermentação (McDonald & Henderson, 1962; Ely et al., 1981; Moon et al., 1981; Ely et al., 1982; Carr et al., 1984; Kung Jr. et al., 1984).

Embora apresente alto valor nutritivo, a alfafa possui características indesejáveis para o adequado processo de fermentação, como alta umidade no momento do corte, alto poder tampão, baixos teores de carboidratos solúveis e caule tubular e oco, que impede a completa retirada do ar no momento da ensilagem (McAllister et al., 1998).

Diversos procedimentos vêm sendo pesquisados visando contornar tais problemas, tal como o uso de inoculantes microbianos, os quais possuem a função de aumentar a população de bactérias láticas no silo e, conseqüentemente, a produção de ácido lático (Cleale et al., 1990), resultando em rápido declínio no pH, decréscimo nos níveis de acetato e butirato, bem como inibição da proteólise (Kung Jr. et al., 1984).

Considerando que, durante a abertura, a silagem é exposta à deterioração aeróbia, processo caracterizado por aumentos de temperatura, pH e oxidação dos produtos da fermentação, os inoculantes são alternativas para evitar perdas elevadas.

Objetivou-se, com este estudo, avaliar o efeito da adição do inoculante microbiano Silobac® sobre a composição bromatológica, o perfil de fermentação e a estabilidade aeróbia da silagem pré-seca de alfafa.

Material e Métodos

O trabalho foi conduzido nas dependências do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Campus de Pirassununga.

A cultura de alfafa foi cortada em dezembro de 2000, quando em estádio do meio do florescimento. Após colhido e pré-seco por 4 horas, o material original foi acondicionado em 22 silos, com aproximadamente 150 cm de altura e 150 cm de diâmetro (capacidade de 600 quilos), revestidos com película de PVC branca. Os 22 silos foram divididos em dois tratamentos, com 11 silos controle e 11 silos aditivados com o inoculante comercial Silobac®, segundo as recomendações do fabricante, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. De acordo com essas recomendações, o produto fornece 1,0 x 105 unidades formadoras de colônia (Lactobacillus plantarum e Pediococcus pentosaceus), por grama de forragem.

Aproximadamente 600 kg de massa úmida foram colocados em cada silo, correspondendo a uma compactação de aproximadamente 230 kg de silagem/m3. Os silos foram mantidos fechados por 40 dias expostos às intempéries.

Após abertura, foi retirada uma amostra de cada silo, que foi homogeneizada, sendo uma parcela separada para determinação de matéria seca (MS) e análise de proteína bruta (PB), segundo AOAC (1980), componentes da parede celular (fibra em detergente neutro - FDN, fibra em detergente ácido - FDA e lignina em detergente ácido - LDA), segundo metodologia descrita por Van Soest (1967), carboidratos solúveis (Johnson et al., 1966), amido (Pereira & Rossi Jr., 1995), nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), nitrogênio insolúvel em detergente neutro (NIDN), segundo Van Soest & Robertson (1985), poder tampão (Tosi, 1973) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), segundo Tilley & Terry (1963). A determinação do amido foi modificada, fazendo a prévia extração dos carboidratos solúveis por meio da metodologia preconizada por Hendrix (1993). Outra fração foi colocada em prensa manual, para extração dos sucos e imediata determinação do pH (medição em potenciômetro). Parte do suco foi fixada (1 mL de suco + 0,2 mL de ácido fórmico P.A.) e congelada, para posterior determinação dos ácidos orgânicos, por cromatografia gasosa (Erwin et al., 1961) e do nitrogênio amoniacal (N-NH3), segundo Foldager (1977).

Para determinação da estabilidade aeróbia da silagem, aproximadamente 2,0 kg da amostra úmida foram retirados de cada silo, transferidos para caixas de isopor, com capacidade de 5 litros, e armazenados em uma sala com condições de temperatura controlada (25ºC), a fim de permitir tomadas de temperatura ambiental e da silagem 0, 12, 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a abertura dos silos, por meio de um termômetro inserido 10 cm dentro da massa contida na caixa de isopor. A estabilidade aeróbia foi calculada como uma taxa de elevação de temperatura, usando o máximo da temperatura observada dividida pelo tempo necessário para alcançar a máxima temperatura (Ruppel et al., 1995). Adicionalmente, foram avaliados a máxima temperatura alcançada (em ºC) e o tempo para a obtenção da máxima temperatura (em horas).

A avaliação da porcentagem de bolor das silagens foi realizada visualmente, por meio do escore de bolor, onde estipulou-se uma escala numérica de 0 a 100, que poderia variar em função da área da silagem embolorada, sendo 0 considerado uma silagem sem bolor aparente e 100 uma silagem com a superfície completamente embolorada. Os escores foram obtidos às profundidades de 10, 30 e 50 cm dentro dos fardos, à medida que a silagem era consumida.

Os resultados foram analisados utilizando-se o software computacional Statistical Analysis System (SAS, 1998). Os dados foram submetidos à análise de variância por intermédio do PROC GLM (General Linear Models). Exceto para as variáveis porcentagem de MS e escore de bolor, nas demais o modelo estatístico separou como causas de variação efeito de tratamento e a covariável porcentagem de MS na silagem. Para a variável escore de bolor foi adicionado o fator parcelas subdivididas, referentes às diversas profundidades de avaliação. Na presença de interação efeito de tratamento x efeito de profundidade, a separação de efeito de tratamento foi realizada dentro de cada profundidade. Foi utilizado o nível de significância de 5% para todos os testes realizados.

Resultados e Discussão

Os dados de composição bromatológica e digestibilidade in vitro da matéria seca das silagens submetidas ou não aos tratamentos encontram-se na Tabela 1.

A adição do inoculante à silagem diminuiu a MS total em 12,8% (6,6 unidades percentuais), em relação ao grupo controle. A hipótese de que a diminuição da MS esteja em função da adição de água para diluição e homogeneização do inoculante, dada que o grupo controle não recebeu adição de água, apresenta difícil sustentação, uma vez que, segundo as recomendações do fabricante, o produto deveria ser diluído em uma quantidade de água que deveria ser adicionada na proporção de 0,2 litros para cada 100 kg de matéria original. Este valor apresenta-se bastante diferente da mudança de 6,6 unidades percentuais observada entre os tratamentos.

Outra possibilidade para explicar os efeitos do inoculante sobre os teores de MS seria devido às modificações no processo fermentativo das forrageiras ensiladas, as quais poderiam reduzir o teor de MS, em função da produção da "água de metabolismo" (Zago, 1991). Mais uma vez, esta hipótese apresenta pouco respaldo científico, em virtude dos baixos níveis de carboidratos solúveis, presentes nesta forrageira, para a formação de água. É possível que a melhor explicação, para a diferença encontrada nos teores de MS entre as diferentes silagens, seja oriunda da metodologia experimental utilizada, na qual a confecção de uma silagem tratada era seguida por uma silagem controle. Como forma de tentar contornar este problema, as demais variáveis analisadas foram corrigidas pela covariável porcentagem de MS.

Quando utilizaram bactérias ácido-láticas (Streptococcus faecalis e Lactobacillus plantarum) na inoculação da silagem de alfafa adicionada de 5% de melaço, Singh et al. (1996) observaram a diminuição da MS.

Em alguns estudos não se detectou efeito do inoculante sobre o teor de MS em silagens de alfafa (Mader et al., 1985), seja com diferentes teores de umidade (Mir et al., 1995), seja utilizando cepas heterofermentativas (Weissella paramesenteroides e Leuconostoc pseudomesenteroides) ou homofermentativa (Lactobacillus casei), em silagens de alfafa ou gramínea (Cai et al., 1998), em silagens inoculadas com Pediococcus acidilactici, Pediococcus pentosaceus ou Lactobacillus casei, e armazenadas às temperaturas de 25 e 48ºC (Cai et al., 1999b), em silagens de alfafa, sorgo ou gramínea com 40 dias de fermentação (Cai et al., 1999a), ou, ainda, estudando a adição de inoculantes comerciais (Sil-All®, Silobac® e Pioneer 1174®), em silagens de girassol (Rodrigues et al., 2001).

Entretanto, Kung Jr. et al. (1991b), utilizando inoculante microbiano em silagem de alfafa pré-seca, observaram aumento na porcentagem de MS, após 60 dias de fermentação. Segundo Kung Jr. et al. (1984), quando o teor de MS diminui, a concentração de ácido lático aumenta, resultando em rápida diminuição do pH, porém estes parâmetros não foram observados no presente estudo.

Nenhum efeito foi observado quanto aos teores de PB, NIDA e NIDN, evidenciando que o aquecimento foi limitado, em ambos os tratamentos. Estes dados concordam com os obtidos por Mader et al. (1985), Kung Jr. et al. (1991b) e Rodrigues et al. (2001), que observaram não haver efeito do inoculante sobre os teores de PB e NIDA. Porém, estão em desacordo com o estudo de Polan et al. (1998), os quais, trabalhando com silagem de alfafa vaporizada e adicionada de inoculante microbiano, ácido fórmico ou a combinação de ambos, observaram diminuição no teor de PB, no tratamento com inoculante, e diminuição no teor de NIDN, em todos os tratamentos, comparados ao grupo controle, não havendo efeito do inoculante ou da combinação sobre o teor de NIDA. Baixas concentrações de NIDA indicam pouca perda por calor, durante a fermentação da silagem (Mir et al., 1995), fato que não foi demonstrado, em função do inoculante, no presente experimento.

Nenhum efeito foi observado quanto aos teores de FDN, FDA, LDA, hemicelulose e celulose, o que talvez esteja associado à ausência de efeito sobre o pH, concordando com o estudo de Kung Jr. et al. (1991b), os quais não encontraram efeito do inoculante sobre FDN e FDA, e de Rodrigues et al. (2001), não encontrando efeito, também, sobre a LDA. Entretanto, Polan et al. (1998), que também não observaram efeito do inoculante ou da combinação de inoculante e ácido fórmico sobre o teor de FDA, perceberam diminuição no teor de FDN em todos os tratamentos, comparado ao grupo controle. Neste caso, o mais baixo pH das silagens inoculadas promoveu hidrólise parcial da hemicelulose. Tais dados discordam dos obtidos por Harrison et al. (1989), que, utilizando silagens de gramínea e leguminosa, detectaram diminuição da FDA.

O amido também não sofreu efeito do inoculante, discordando dos achados de Rodrigues et al. (2001), os quais observaram que o inoculante Pioneer 1174® aumentou a concentração de amido, enquanto o Sil-All®, que possui amilase, diminuiu, quando avaliaram a adição destes inoculantes em silagens de girassol. Entretanto, no presente experimento, as silagens tratadas com inoculante apresentaram tendência de aumento (P=0,0645) nos teores de carboidratos solúveis em 21,7% (0,53 unidades percentuais), devido possivelmente, à maior concentração de bactérias ácido-láticas, ao se adicionar o inoculante, que possivelmente melhoraram a eficiência de conversão dos carboidratos solúveis em ácido lático, sem, contudo, aumentar a concentração final deste último. Este achado corrobora os resultados obtidos por Cai et al. (1999a) e Rodrigues et al. (2001), que observaram aumento nas concentrações dos carboidratos solúveis, e Polan et al. (1998), que encontraram aumento em todos os tratamentos, com inoculante microbiano, ácido fórmico ou a combinação destes, comparado ao grupo controle. Todavia, Kung Jr. et al. (1991b) não encontraram efeito do inoculante sobre esta variável.

A DIVMS também não sofreu efeito do inoculante, concordando com os estudos de Kung Jr. et al. (1991b) e Rodrigues et al. (2001), os quais concluíram não haver efeito do inoculante sobre a DIVMS, e discordando dos trabalhos de Ely et al. (1981), Mader et al. (1985) e Harrison et al. (1989), os quais observaram aumento da DIVMS, comparado ao grupo controle.

Os dados de avaliação do perfil fermentativo das silagens submetidas ou não ao tratamento com inoculante encontram-se na Tabela 2.

A adição do inoculante à silagem não alterou a concentração de ácido lático ou a relação lático:acético, podendo a ausência de efeito ser atribuída ao baixo teor de carboidratos solúveis existentes na alfafa, limitando a atividade potencial das bactérias adicionadas em melhorar a qualidade da silagem. Os dados encontrados neste estudo repetem os encontrados por Ely et al. (1981), Mader et al. (1985) e Polan et al. (1998), ao trabalharem com silagem de alfafa; Shockey et al. (1985), ao estudarem silagens de alfafa e milho; Shockey et al. (1988), ao avaliarem silagem de alfafa de baixa qualidade; e Rodrigues et al. (2001), ao inocularem silagem de girassol, os quais não observaram efeito do inoculante sobre as concentrações de ácido lático. De forma contrária, Kung Jr. et al. (1991b) observaram que o inoculante tendeu em aumentar o ácido lático e Cai et al. (1999a) observaram aumento nas concentrações deste ácido, comparado ao grupo controle, quando estudaram silagens de alfafa, sorgo ou gramínea com 40 dias, tratadas com inoculante microbiano. Em seus estudos, Bolsen et al. (1992) observaram que a combinação de inoculante e glicose aumentou a concentração de ácido lático na silagem de alfafa de segundo corte, mas este efeito não foi observado na de quarto corte ou quando utilizaram inoculante microbiano (Lactobacillus plantarum e Pediococcus cerevisiae) ou glicose (2% MS), separadamente, nestas silagens, ou somente inoculante (Lactobacillus plantarum e Enterococcus faecium), na silagem de milho. Notaram também que não houve efeito do inoculante sobre outras características de fermentação da silagem de milho ou da silagem de alfafa de quarto corte. Entretanto, Cai et al. (1998) encontraram maior concentração de ácido lático nas silagens inoculadas com cepa homofermentativa, comparado às silagens inoculadas com cepas heterofermentativas e ao grupo controle. Cai et al. (1999b) observaram aumento na concentração de ácido lático em silagens na temperatura de 25ºC, em relação ao grupo controle. Porém, na temperatura de 48ºC, somente houve aumento para o tratamento com Pediococcus acidilactici, quando utilizaram silagens de alfafa e gramínea inoculadas com Pediococcus acidilactici, Pediococcus pentosaceus ou Lactobacillus casei.

No presente estudo, a inoculação da silagem aumentou a concentração de ácido acético em 162,9% (1,5 unidades percentuais) em relação ao grupo controle, mas não alterou as concentrações de etanol e dos ácidos propiônico e butírico. Provavelmente, este efeito sobre o ácido acético possa ser explicado pela presença de bactérias heterofermentativas no inoculante testado. Tais dados discordam dos obtidos por Shockey et al. (1988), os quais não observaram efeito do inoculante sobre as concentrações de ácido acético, e dos obtidos por Mader et al. (1985), que também não observaram efeito sobre a concentração deste ácido, embora tivessem notado diminuição nas concentrações dos ácidos propiônico e butírico, comparado ao grupo controle. Entretanto, Bolsen et al. (1992) perceberam que a combinação de inoculante e glicose diminuiu a concentração de ácido acético, na silagem de alfafa de segundo corte, mas não houve efeito para os tratamentos com inoculante ou glicose separadamente. O inoculante e a combinação diminuíram a concentração de etanol, na silagem de alfafa de segundo corte, porém, sem efeito para o tratamento com glicose, em relação ao grupo controle.

Também não houve efeito dos tratamentos sobre as concentrações dos ácidos propiônico e butírico, quando Rodrigues et al. (2001) estudaram a inoculação da silagem de girassol. Contudo, esses autores observaram aumento na concentração de etanol e diminuição na de ácido acético. Na inoculação das silagens de alfafa ou gramínea com cepas heterofermentativas, e no grupo controle, Cai et al. (1998) obtiveram maior concentração de ácido butírico, comparando com silagem inoculada com cepa homofermentativa, ocorrendo o mesmo com o ácido acético na silagem de alfafa, mas sem efeito para a silagem de gramínea. Cai et al. (1999b) notaram diminuição na concentração do ácido butírico, em silagens na temperatura de 25ºC, em relação ao grupo controle; na temperatura de 48ºC, somente houve diminuição para o tratamento com P. acidilactici e não houve efeito dos inoculantes sobre as concentrações dos ácidos acético e propiônico.

Kung Jr. et al. (1991b) observaram que o inoculante diminuiu a concentração de ácido acético, o que foi percebido também por Cai et al. (1999a), que observaram, ainda, diminuição nas concentrações dos ácidos butírico e propiônico, comparado ao grupo controle. Polan et al. (1998) não observaram efeito do inoculante sobre a concentração de ácido butírico.

No presente trabalho, a concentração de N-NH3 não foi alterada com a adição do inoculante, estando de acordo com Bolsen et al. (1992) e Polan et al. (1998), mas discordando de Kung Jr. et al. (1991b), Shockey et al. (1988), Cai et al. (1999a) e Rodrigues et al. (2001), os quais observaram diminuição nas concentrações do N-NH3. Cai et al. (1999b) observaram diminuição do nitrogênio amoniacal nas silagens tratadas, em relação ao grupo controle, na temperatura de 25ºC; na temperatura de 48ºC, somente houve diminuição para o tratamento com P. acidilactici. Tal registro foi confirmado também com o trabalho de Cai et al. (1998), que, na inoculação das silagens com cepas heterofermentativas e no grupo controle, obtiveram maior concentração de N-NH3, comparando com silagem inoculada com cepa homofermentativa.

A adição do inoculante na silagem não teve efeito sobre o pH, corroborando os resultados obtidos por Polan et al. (1998), Shockey et al. (1988) e Cai et al. (1999b). Entretanto, Kirov (1962), McDonald et al. (1965), Ely et al. (1981), Mader et al. (1985), Kung Jr. et al. (1991b), Cai et al. (1999a) e Rodrigues et al. (2001) observaram diminuição do pH, comparado ao grupo controle. Nos estudos de Bolsen et al. (1992), a combinação de inoculante e glicose diminuiu o pH da silagem de alfafa de segundo corte, mas não houve efeito para os tratamentos com inoculante ou glicose separadamente, em relação ao grupo controle. Na inoculação da silagem com cepa homofermentativa, ocorreu pH mais baixo, comparado às silagens inoculadas com cepas heterofermentativas e ao grupo controle (Cai et al., 1998). Singh et al. (1996), ao estudarem a combinação de inoculante e melaço (5%) na silagem de alfafa, também observaram diminuição do pH.

Jones et al. (1992) relataram que a redução do pH, causada pelo inoculante, dobrou com a adição de açúcar, em silagem de alfafa com 70% de umidade, mas com 50% a adição de açúcar não alterou o desempenho do inoculante. Estes resultados sugerem que os teores de umidade e açúcar da silagem de alfafa podem limitar a eficiência dos inoculantes.

Associado à ausência de efeito do inoculante sobre a produção dos ácidos orgânicos da silagem, também não se observou efeito sobre o poder tampão, discordando de Rodrigues et al. (2001), os quais encontraram aumento do poder tampão, quando utilizaram o inoculante Pioneer 1174®, em silagem de girassol.

É possível que a adequada fermentação obtida na silagem controle estudada nesta pesquisa e demonstrada pelos teores dos ácidos lático e butírico e da relação lático:acético, adivindas provavelmente do processo de pré-secagem, tenha inibido os ganhos que poderiam ocorrer com a inoculação.

Os dados de estabilidade aeróbia das silagens, submetidas ou não ao tratamento com inoculante, encontram-se na Tabela 3.

O inoculante não provocou efeito sobre o tempo para alcançar a máxima temperatura, sobre a temperatura máxima alcançada ou sobre a taxa de elevação da temperatura, concordando com os estudos de Cai et al. (1999a) e Rodrigues et al. (2001), que também não encontraram efeito do inoculante sobre a estabilidade aeróbia. Kung Jr. et al. (1991a) também não observaram alteração da estabilidade aeróbia, comparada ao grupo controle, quando aplicaram a combinação de inoculante e antibiótico. Em outros estudos (Merry & Braithwaite, 1987; Pitt, 1990; Polan et al., 1998), a adição de bactérias ácido-láticas diminuiu a estabilidade aeróbia da silagem.

Segundo Woolford (1984), a elevação da tensão osmótica dificulta o desenvolvimento de microorganismos indesejáveis. Assim, a estabilidade fermentativa é obtida com pH mais elevado (Haigh, 1990).

A deterioração aeróbia de silagens inoculadas está associada com altas concentrações de carboidratos solúveis residuais e de ácido lático, bem como à ausência de ácidos graxos voláteis (Kung Jr. et al., 1991b). A maioria das cepas de leveduras isoladas de silagens deterioradas possui alta tolerância ao ácido lático, mas baixa tolerância ao ácido butírico. Estas leveduras são capazes de crescer em condições de pH baixo e de utilizar ácido lático e carboidratos solúveis para o seu crescimento, mas são inibidas por baixas concentrações de ácido butírico e propiônico (Hogan et al., 1990). Portanto, relativamente, altas concentrações de ácidos butírico, propiônico e acético na silagem podem causar melhor estabilidade aeróbia.

De acordo com Muck & Kung Jr. (1997), o aumento nas concentrações de ácido acético, juntamente com a redução de fungos e leveduras, no início da fermentação da silagem, contribuiu para melhor estabilidade aeróbia após a abertura do silo.

Embora tenham aumentado as concentrações de ácido acético no presente estudo, os inoculantes não melhoram a estabilidade aeróbia, provavelmente por esta já se encontrar adequada.

Os dados de escore de bolor, das silagens submetidas ou não ao tratamento com inoculante, encontram-se na Tabela 4.

Observou-se tendência de efeito de interação (P=0,0594) entre tratamento e profundidade de avaliação. Ao se avaliar efeito de tratamento em cada profundidade, observou-se que as silagens inoculadas apresentaram tendência de diminuição do escore de bolor em 45,5% (20,9 unidades percentuais) na profundidade de 10 cm, em relação ao grupo controle, embora o inoculante não tivesse causado efeito nas profundidades de 30 e 50 cm (Figura 1). Kung et al. (1991b) também observaram que o inoculante tendeu a diminuir a porcentagem de bolor, comparado ao grupo controle, enquanto Bolsen et al. (1992), estudando silagens de alfafa de segundo e quarto cortes, tratadas com inoculante (Lactobacillus plantarum e Pediococcus cerevisiae), glicose (2% MS) ou a combinação de ambos, não notaram efeito do inoculante sobre as mesmas. Na silagem de milho tratada somente com inoculante (Lactobacillus plantarum e Enterococcus faecium), esses autores também não perceberam efeito. Polan et al. (1998), trabalhando com silagem de alfafa vaporizada e adicionada de inoculante microbiano, ácido fórmico ou a combinação de ambos, notificaram que a combinação diminuiu o emboloramento das silagens, comparado à adição separada do ácido fórmico ou inoculante.


Na profundidade de 10 cm, o material encontra-se mais exposto à penetração de oxigênio, permitindo o maior desenvolvimento de bolores. É possível que a maior concentração de ácido acético, encontrada na silagem inoculada, tenha inibido o crescimento de bolor nessa profundidade, mas não a 30 ou 50 cm, onde o escore de bolor já foi naturalmente mais baixo.

Conclusões

Não é possível recomendar a utilização do produto Silobac® na inoculação da silagem pré-seca de alfafa, uma vez que nenhum efeito benéfico foi observado sobre a composição bromatológica, o perfil fermentativo ou a estabilidade aeróbia das silagens. Entretanto, pequena melhora no aspecto visual externo da silagem pôde ser notada pelos produtores.

A escassez de trabalhos nacionais nesta área evidencia a necessidade de mais pesquisas.

Agradecimento

Aos funcionários Everson Lázaro e Gilmar Botteon, pela ajuda com a coleta de amostras, e aos técnicos Ari de Castro, Gilson de Godoy e Simi Robassini, pela ajuda com as análises laboratoriais.

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Recebido em: 10/10/02

Aceito em: 01/07/03

Projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Ago 2004
  • Data do Fascículo
    Fev 2004

Histórico

  • Aceito
    01 Jul 2003
  • Recebido
    10 Out 2002
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