RESUMO
Introdução:
Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) podem apresentar redução da força muscular periférica e da musculatura respiratória que leva à redução da capacidade funcional (CF), avaliada pela distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6M) e no teste graduado de caminhada (TGC), podendo interferir na qualidade de vida (QV) desses indivíduos.
Objetivo:
Mensurar a força muscular respiratória e periférica, bem como analisar a correlação existente entre tais variáveis, a CF e a qualidade de vida em pacientes ambulatoriais com IC, bem como compará-las às encontradas nos indivíduos saudáveis.
Métodos:
Utilizou-se a dinamometria manual para avaliar a força de preensão manual (FPM), manovacuometria para avaliação das pressões respiratórias máximas (PRM), TC6M e TGC para avaliação da CF, além do questionário para avaliar a qualidade de vida SF-36.
Resultados:
Foram avaliados 72 indivíduos. No entanto, participaram do estudo 23 indivíduos com IC (Grupo de estudo - G1) e 11 saudáveis (Grupo controle - G2). As PRM, bem como a FPM não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Observou-se diferença significativa ao comparar os grupos quanto às distâncias do TC6M e do TGC. No G1, observou-se correlação significativa entre as distâncias do TC6M e do TGC com o domínio CF do SF-36 (r = 0,52 e p = 0,01; r = 0,41 e p = 0,05, respectivamente).
Conclusão:
A população estudada apresentou redução da CF e, no entanto, ausência de fraquezas musculares respiratória e periférica. Evidenciou-se correlação entre as distâncias do TC6M e do TGC com o domínio CF.
Descritores:
insuficiência cardíaca; qualidade de vida; força muscular