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Origem das artérias celíaca e mesentérica cranial em bubalinos (Bubalus bubalis, L. 1758)

Origin of celiac and cranial mesenteric arteries in buffaloes (Bubalus bubalis, L. 1758)

Resumos

Com o intuito de conhecer melhor o sistema arterial nesta espécie, descrevemos a origem das artérias celíaca e mesentérica cranial dos bubalinos. Utilizamos 30 fetos e 1 animal adulto. Os fetos variavam de 4 a 8 meses de idade e tiveram seus vasos injetados com solução de látex - Neoprene, tiveram seus vasos dissecados, e um animal adulto, que teve seus vasos dissecados no local de abate. Observamos que as artérias celíaca e mesentérica cranial originavam-se da porção torácica da aorta em todos os casos, estando isoladas em 90,33% deles e em tronco comum (tronco celíaco mesentérico) em 9,67% dos casos.

Artéria celíaca; Artéria mesentérica cranial; Búfalos


We studied the origin of celiac and cranial mesenteric arteries to know additional details of arterial circulation in buffaloes. Thirty buffalo fetuses, 4 to 8 months old and one adult were used. After injection with dyed Neoprene 650 latex, the arteries were dissected. The celiac and cranial mesenteric arteries are originated separately from the thoracic aorta in 90.33% and as a common trunk in 9.67% of the samples.

Celiac artery; Cranial mesenteric artery; Buffaloes


Origem das artérias celíaca e mesentérica cranial em bubalinos (Bubalus bubalis, L. 1758)

Origin of celiac and cranial mesenteric arteries in buffaloes (Bubalus bubalis, L. 1758)

Márcia Rita Fernandes MACHADO11 Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP 2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP; Maria Angélica MIGLINO21 Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP 2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP; Vania Pais CABRAL11 Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP 2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP; Nilton de ARAÚJO11 Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP 2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP

CORRESPONDÊNCIA PARA:

Márcia Rita Fernandes Machado

Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP

Campus de Jaboticabal

Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n

14884-900 – Jaboticabal – SP

e-mail: mrfmachd@fcav.unesp.br

RESUMO

Com o intuito de conhecer melhor o sistema arterial nesta espécie, descrevemos a origem das artérias celíaca e mesentérica cranial dos bubalinos. Utilizamos 30 fetos e 1 animal adulto. Os fetos variavam de 4 a 8 meses de idade e tiveram seus vasos injetados com solução de látex - Neoprene, tiveram seus vasos dissecados, e um animal adulto, que teve seus vasos dissecados no local de abate. Observamos que as artérias celíaca e mesentérica cranial originavam-se da porção torácica da aorta em todos os casos, estando isoladas em 90,33% deles e em tronco comum (tronco celíaco mesentérico) em 9,67% dos casos.

UNITERMOS: Artéria celíaca; Artéria mesentérica cranial; Búfalos.

INTRODUÇÃO

Estudamos a origem das artérias celíaca e mesentérica cranial nos bubalinos, espécie que quase não apresenta descrições sobre sua morfologia ou, muitas vezes, tem esta confundida com a dos bovinos, apesar de se destacar, cada vez mais, na pecuária nacional.

Objetivamos, ao investigar a origem destes vasos, obter informações que venham contribuir com o desenvolvimento da Anatomia Comparativa, especialmente aquela relacionada aos ruminantes.

MATERIAL E MÉTODO

Para a realização desta pesquisa, utilizamos um animal de aproximadamente 3 anos de idade e 30 fetos de bubalinos (10 machos e 20 fêmeas) sem raça definida, com idade fetal variando entre 4 e 8 meses. Os fetos foram obtidos em frigoríficos das cidades de São Luiz, Estado do Maranhão e Taquaritinga, Estado de São Paulo. O animal adulto foi observado e documentado no local de abate (Fazenda Paineiras do Ingaí, Sarapuí, SP).

Previamente congelados, os 30 fetos foram transferidos para o Laboratório de Anatomia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e, após processo de descongelamento em água corrente, efetuamos a técnica da injeção dos vasos arteriais.

O preparo dos animais contava inicialmente com a abertura da cavidade torácica à esquerda, ao nível do 9.º espaço intercostal, seguido da individualização da porção torácica da aorta. Este vaso era canulado mediante pequena incisão, com uma cânula de calibre compatível com seu diâmetro, e injetado com látex colorido do tipo Neoprene 650 (Du Pont do Brasil S.A.). As peças assim preparadas eram fixadas em solução aquosa de formol a 10% e dissecadas com o auxílio de lupa cirúrgica.

A dissecação era realizada com o feto em decúbito lateral direito, rebatendo-se parte das paredes das cavidades torácica e abdominal, procurando manter o diafragma em sua posição. Para atingir a cavidade torácica, era realizada incisão dorsoventral (acompanhando a margem caudal da 5ª costela e margem cranial da 8ª costela), com afastamento da parede torácica. Por meio de incisão dorsoventral na margem cranial da 10.a costela e outra incisão ventral correspondente, a cavidade abdominal era atingida. Em seguida, tracionávamos de início caudalmente e depois cranialmente o diafragma, verificando a origem das AA. celíaca e mesentérica cranial. Também por meio de incisões ventral retroumbilical e dorsoventral correspondente a esta região, rebatíamos a parede abdominal, verificando a origem destes vasos a partir da aorta, sem manipular o diafragma.

A identificação das origens das artérias celíaca e mesentérica cranial foi realizada mediante ligeiro afastamento caudal do diafragma, o que nos permitiu mensurar seus trajetos torácicos e as distâncias entre suas origens com o auxílio de um paquímetro.

Para a documentação, realizamos fotografias das preparações e do bubalino adulto. Na descrição de nossos resultados, utilizamos o International Committee on Veterinary Gross Anatomical17, no qual também constam as abreviaturas utilizadas: A. = artéria e AA.= artérias.

RESULTADOS

Nos 30 fetos e 1 adulto por nós estudados, as AA. celíaca e mesentérica cranial originam-se da face ventral da porção torácica da aorta, entre os pilares esquerdo e direito do diafragma. Estes vasos atingem o abdome, via hiato aórtico, o qual nestes animais toma o formato de um "canal" (Fig. 1 e 2).

Figura 1

Figura 2

O comprimento do trajeto torácico das AA. celíaca e mesentérica cranial, tomado nos 30 fetos, variou de 0,39 cm a 1,27 cm, em média 0,70 cm para a A. celíaca, e de 0,27 cm a 0,69 cm, em média 0,45 cm para a A. mesentérica cranial (Tab. 1).

Tabela 1

A medida da distância entre as origens das AA. celíaca e mesentérica cranial, tomada nos 30 fetos, variou de 0,18 cm a 0, 50 cm, em média 0,30 cm (Tab. 2).

Tabela 2

As AA. celíaca e mesentérica cranial originam-se independentemente em 28 das 31 peças examinadas, ou seja, em 90,33% ± 5,30 dos casos (Fig. 1 e 2). Em 2 casos (9,66% ± 5,30) as AA. celíaca e mesentérica cranial originam-se em tronco comum. Mesmo comum aos dois vasos, este tronco origina-se da face ventral da porção torácica da aorta, entre os pilares diafragmáticos, e segue trajeto semelhante ao descrito anteriormente para as AA. celíaca e mesentérica cranial (Fig. 3).

Figura 3

DISCUSSÃO

Considerando inicialmente a origem da A. celíaca, verificamos existir divergências de opiniões entre os autores, quando estes observam o ponto de emergência deste vaso nos ruminantes. Assim, para esta espécie, Bossi3, Franck11, Lesbre21, Zimmerl et al.35, Bruni; Zimmerl4 e Nickel et al.28 consideram sua origem na face ventral da "aorta abdominal", logo após esta atravessar o hiato aórtico do diafragma, e adentrar o abdome. Bruni; Zimmerl4 complementam que este ponto de origem corresponde à última vértebra torácica, enquanto Nickel et al.28 consideram que a origem desta artéria relaciona-se à primeira vértebra lombar, opinião igualmente exarada por Dobberstein; Hoffman7 e Koch19.

Para Sieber33, Montané; Bourdelle26 e May24, a origem da A. celíaca, em ovinos, ocorre entre os pilares centrais do diafragma. Quanto à origem da A. mesentérica cranial, Sieber33 verifica na maioria dos casos a origem individual deste vaso. Também registram este fato para bovinos de origem indiana, Peduti Neto; Santis Prada29, que encontram tal resultado em 93,50% de seus casos, Carneiro e Silva5 em 96,66% e Miglino; Didio25 em 93,33%.

Ainda para ruminantes, Favilli10 e Horowitz; Venzke16 relatam que a artéria celíaca nasce ímpar da face ventral da aorta, à frente dos pilares do diafragma. Particularmente em caprinos, Horowitz; Venzke16 acrescentam que a origem desta é sempre individual, resultado também encontrado para esta espécie, por Maala et al.22 e, em parte, por Karadag18, que se refere à origem individual da A. celíaca na maioria dos caprinos por ele observados.

Em bezerros, Root; Tashjian31 verificam a origem da A. celíaca na face ventral da "aorta abdominal", a 10 cm do diafragma. Por outro lado, para pequenos ruminantes, Schwarze; Schröder32 e Ellenberger; Baum8 citam apenas que a A. celíaca origina-se da "aorta abdominal", enquanto Langenfeld; Pastea20 acrescentam que nos ovinos Merino ela se origina individualmente da "aorta abdominal" em 60,70% dos casos e Pereira et al.30 encontram o mesmo arranjo em 68,96% dos ovinos Corriedale por eles estudados.

Especificamente para os bubalinos, Barnwal et al.1 descrevem que na maioria das vezes a A. celíaca origina-se individualmente da face ventral da "aorta abdominal" ao nível da última vértebra lombar.

Diferentemente dos dados constantes da literatura, nossos resultados mostram a A. celíaca originando-se da face ventral da porção torácica da aorta, entre os pilares direito e esquerdo do diafragma. Seu trajeto torácico é igual a 0,70 centímetro em média. Este vaso origina-se individualmente em 93,33% dos casos. Vale também ressaltar que a citada artéria atinge o abdome através do hiato aórtico.

Baseados nas afirmações de Schwarze; Schröder32 e de Nickel et al.28, segundo as quais a aorta abdominal é assim denominada quando, atravessando o hiato aórtico do diafragma, penetra na cavidade abdominal, e o ponto de transição entre ela e a aorta torácica está localizado na porção torácica do hiato aórtico, determinamos que a origem da A. celíaca do búfalo localiza-se na porção torácica da aorta.

Assim, nossos achados quanto ao local de origem da A. celíaca são discordantes de todos os autores consultados. Já, quanto à origem individual deste vaso, nossos resultados (93,33%) assemelham-se mais aos dos autores que trabalharam com bovinos azebuados, isto é, aos de Peduti Neto; Santis Prada29, (93,50%), Carneiro e Silva5 (96,66%) e de Miglino; Didio25 (93,33%).

No caso específico dos bubalinos, não poderíamos comparar nossos resultados com os de Barnwal et al.1, principalmente por estes autores terem trabalhado com animais adultos. Embora, apesar das dificuldades em preservar o diafragma durante a dissecação, observamos em apenas um caso que, mesmo no adulto, a A. celíaca originava-se da porção torácica da aorta.

Quanto à individualidade deste vaso, concordamos que nos bubalinos a citada artéria origina-se individualmente na maioria das vezes.

No tocante à origem da A. mesentérica cranial em ruminantes, Bossi3 relata que esta nasce da parede ventral da aorta abdominal caudalmente ao "trípode celíaco". Já Franck11, Martin23, Montané; Bourdelle26, Lesbre21, Zimmerl et al.35, Favilli11, Bruni; Zimmerl4, Gonzalez y Garcia; Gonzalez Alvarez14, May22, Schwarze; Schröder32, Ellenberger; Baum8, Nickel28 e Carneiro e Silva5 mencionam que tal vaso, nesta espécie, origina-se da aorta abdominal, imediatamente caudal à A. celíaca. Para Dobberstein; Hoffmann7, a origem da A. mesentérica cranial aparece a 3 cm do "tronco celíaco".

Nos bubalinos2, à semelhança de outros animais, a A. mesentérica cranial origina-se da face ventral da aorta abdominal, caudalmente à A. celíaca. Entretanto, em 93,33% de nossas dissecações a A. mesentérica cranial originava-se da face ventral da aorta torácica, próximo à A. celíaca (em média a 0,30 cm do citado vaso). Como a A. mesentérica cranial originava-se da aorta antes de esta alcançar o hiato aórtico, apresentando trajeto torácico médio igual a 0,45 cm, não concordamos com os dados constantes na literatura, quando tentamos comparar nossos resultados.

Os bubalinos apresentam características bem distintas dos outros ruminantes domésticos, entre elas, uma termólise limitada, pois possuem apenas 1/10 das glândulas sudoríparas dos zebuínos9, fator que os faz procurar água para mergulho ou banho, numa tentativa de dissipar seu calor corpóreo excedente.

Talvez uma das compensações a esta característica seria a presença de um pulmão capaz de eliminar seu excedente térmico pelas vias respiratórias, acarretando uma conseqüente modificação na inserção de seu diafragma, além de poder vir a determinar, para as artérias celíaca e mesentérica cranial, nesta espécie, origem diferenciada, isto é, da porção torácica da aorta.

Por outro lado, este fator poderia também explicar a notável adaptabilidade que estes animais apresentam às mais diversificadas condições de clima, como às zonas secas e aos desertos, além de pastarem forragens submergidas, permanecendo embaixo da água de 30 segundos a 2 minutos, ingerindo capim e plantas aquáticas a dois metros de profundidade34.

A estas colocações, sugerimos maiores investigações com o intuito de se obterem esclarecimentos mais conclusivos.

A origem comum das AA. celíaca e mesentérica cranial (tronco celíaco mesentérico) foi observada por vários autores. Assim, Sieber33 encontrou este arranjo em dois bovinos e para bovinos de origem azebuada, Peduti Neto; Santis Prada29 descreveram tal disposição em 6,50% dos seus achados, Carneiro e Silva5 verificou esta ocorrência em 3,33% dos seus resultados e Miglino; Didio25, em 6,66% dos casos. por eles pesquisados.

Para May24, Koch19, Habel15, Schwarze; Schröder32 e Getty12, estes vasos podem algumas vezes ter origem em tronco comum. Entretanto, Godinho et al.13 afirmam que, nos ruminantes, a origem das AA. celíaca e mesentérica cranial ocorre sempre em tronco comum.

Já Langenfeld; Pastea20 descreveram este arranjo em ovinos Merino (39,30%), enquanto Pereira et al.30 afirmam tê-lo encontrado em ovinos Corriedale (31,04%), por sua vez, Nayar et al.27 verificaram a constância deste comportamento em caprinos.

Em estudo comparativo entre ovinos e caprinos, Karadag18 observou a ocorrência de "tronco celíaco mesentérico" em raras oportunidades, porém a incidência era maior em ovinos.

Nos bubalinos Barnwal et al.1, referem-se à formação de um tronco comum às AA. celíaca e mesentérica cranial em 23,07% dos casos. Mais tarde, os mesmos autores2 encontraram 33,33% de incidência de tronco comum quando estudaram isoladamente o comportamento da A. mesentérica cranial. Nossos resultados (6,66%) aproximam-se dos de Peduti Neto; Santis Prada29, (6,5%), dos de Miglino; Didio25, (6,6%) enquanto diferem em parte daqueles descritos por Carneiro e Silva5 (3,3%).

Embora tivéssemos encontrado um tronco celíaco mesentérico em raras oportunidades (6,66%), não poderíamos considerar, à maneira de Peduti Neto; Santis Prada29, a ocorrência de tronco celíaco mesentérico como uma "variação". Verificamos que a porcentagem de ocorrência do tronco celíaco mesentérico descrita pelos diversos autores que trabalharam com a mesma espécie animal, são bem semelhantes, e superiores a 1 e 2%. Considerando que somente quando uma estrutura aparece com disposições diferentes em apenas 1 a 2% da população, ela é denominada raridade6, ficaria difícil, a nosso ver, admitir como variação a origem comum destes dois vasos nos bovinos azebuados.

CONCLUSÕES

Do que acabamos de expor, julgamos poder concluir que:

As AA. celíaca e mesentérica cranial originam-se da face ventral da porção torácica da aorta, entre os pilares esquerdo e direito do diafragma. Estes vasos atingem o abdome via hiato aórtico, o qual nestes animais toma o formato de um "canal".

As AA. celíaca e mesentérica cranial originam-se independentemente na grande maioria dos casos.

SUMMARY

We studied the origin of celiac and cranial mesenteric arteries to know additional details of arterial circulation in buffaloes. Thirty buffalo fetuses, 4 to 8 months old and one adult were used. After injection with dyed Neoprene 650 latex, the arteries were dissected. The celiac and cranial mesenteric arteries are originated separately from the thoracic aorta in 90.33% and as a common trunk in 9.67% of the samples.

UNITERMS: Celiac artery; Cranial mesenteric artery; Buffaloes.

Recebido para publicação: 10/05/1996

Aprovado para publicação: 19/10/1999

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  • 1 Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP
    Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal – SP
    2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      08 Fev 2001
    • Data do Fascículo
      2000

    Histórico

    • Recebido
      10 Maio 1996
    • Aceito
      19 Out 1999
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