Resumo
Enquanto diferentes grupos biogenéticos de metabolitos secundários raramente se acumulam na mesma espécie vegetal, um grupo pode substituir outro em taxons morfologicamente relacionados. Assim o uso de micromoléculas como marcadores sistemáticos gerais do reino vegetal requer postulados unificadores de seus padrões de evolução. Dois postulados desta natureza — a contração do caminho do chiquimato e o bloqueio de enzimas oxidativas — são ilustrados com ajuda de considerações sistemáticas acerca dos gêneros Aniba (Lauraceae) e Derris-Lonchocarpus (Leguminosae) que envolvem, além de química, também morfologia, ecologia e geografia. Parece possível extrapolar os princípios aplicados nestes exemplos a todo o reino vegetal, o que é importante, devido às implicações ecológicas das micromoléculas. Neste sentido, o trabalho abre caminho, não apenas a uma classificação mais "natural", mas ainda a um arquivo de informações de relevância ecológica acerca das plantas.