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Notes on the frog fauna of the Amazon Basin

Resumo

Apresenta-se informação biológica derivada do estudo de 4 coleções grandes de anuros, feitas na bacia amazônica. A maior parte das espécies está associada a determinados subconjuntos ambientais associados a formações abertas ou a florestas, mas não a ambos os tipos simultaneamente. Todos os anuros diurnos são espécies do folhiço do chão da mata; todas as espécies de formações abertas são noturnas. Há, entre as coleções de água das formações abertas, poucas associações positivas de pares de espécies em reprodução, o que indica que a fauna de anuros de formações abertas não tem uma estrutura comunitária estreitamente integrada. Quase todas as espécies se reproduzem fora dos rios maiores; apenas duas espécies possivelmente se reproduzam no leito principal dos rios. As espécies encontradas na floresta à noite, sobre folhas, estão aparentemente à caça de insetos. Na Amazônia, a técnica de comprar exemplares de crianças fornece amostras grandes de espécies associadas a formações abertas, mas poucas espécies associadas à floresta. As espécies são caracterizadas por estruturas populacionais de abundância e de raridade locais. Isto é verdade em termos de distâncias geográficas desde grandes até muito pequenas. A fauna de anuros da hiléia contém pelo menos 100 espécies. Uma análise zoogeográfica seria atualmente prematura, pois a amostragem faunís-tica é incompleta, mas quer parecer que a fauna das encostas orientais andinas difere em qualidade da fauna da planície. Provas circunstanciais militam contra a hipótese de que a competição interes-pecífica seja importante nas florestas úmidas pesquisadas. Cinco modelos de especiação podem ser invocados para explicar a alta diversidade da fauna de anuros da hiléia. 1) Modelo de refúgios. Este modelo, explicado por Vanzolini & Williams (1970), explica parte da diversidade das espécies associadas a florestas; 2) Formações abertas, modelo A. Algumas espécies atualmente associadas a formações abertas tiveram sua origem evolutiva em formações abertas fora da hiléia e subseqüentemente invadiram as formações abertas da hiléia; 3) Formações abertas, modelo B. Outras espécies atualmente associadas com formações abertas tiveram sua origem nas formações abertas da hiléia; 4) Modelo de especiação vicariante. Este modelo ainda não está bem elucidado no que diz respeito a mecanismos, mas o resultado são distribuições de espécies que parecem substituir-se geográfica ou ecologicamente; 5) Modelo de permuta entre hiléia e mata atlântica. Espécies que evoluiram em uma dessas florestas únüdas subseqüentemente invadiram a outra.

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