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Respiração edáfica e nutrientes na Amazônia (Região de Manaus): floresta arenícola, campinarana e campina (1 1 — Trabalho desenvolvido na disciplina Ecologia de Campo I, do Curso de Pós-Graduação em Ecologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. São Paulo. Contribuição nº 25 do Programa de Ecologia do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. )

Resumo

Medições da respiração edáfica (método de Walter & Haber) em floresta arenícola, campinarana e campina, na Reserva INPA-SUFRAMA e arredores (02°38'S, 60°01'W). em Manaus, Amazonas, forneceram médias (mg CO2/m2.h) de 60,18; 52,85 e 44,99 e valores de decomposição no solo (ton M.O./ha.ano) de 2,50; 2.20 e 1.87 respectivamente, estatisticamente diferentes. Incluindo a decomposição aérea, a produtividade primária da floresta arenícola é de 5,0 ton M.O./ha.ano, o valor mais baixo encontrado em florestas amazônicas, provavelmente devido à pobreza do solo em nutrientes minerais e à reduzida biomassa da floresta arenícola. Parece ocorrer aporte e/ou lavagem de nutrientes da fitomassa e seu acúmulo na serapilheira e, talvez, sua transferência direta para a biomassa, bem como grande perda de nutrientes do solo por percolação. Complexação, quelação e insolubilização podem reter certos nutrientes na serapilheira, provavelmente com ação de microrganismos, para os quais o ferro e o alumínio parecem ser importantes. Afora o ferro, os nutrientes retidos na serapilheira parecem depender do tipo de cobertura vegetal Exceto a 40 cm sob campina, todas as demais amostras de solo apresentaram concentrações de alumínio consideradas tóxicas a muitas plantas. Os maiores valores de pH foram encontrados no solo da campina e os menores, na campinarana. Diferenças de comportamento das frações granulométricas com o aumento da profundidade sob cada tipo de vegetação parecem indicar ocorrência de processos diferentes em cada solo. Os autores sugerem outros estudos sobre respiração edáfica durante o ano; sobre ciclagem de nutrientes; sobre alumínio e ferro e sua ação na vegetação e nos decompositores; sobre o solo em diferentes profundidades.

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