RESUMO
Análises de mais de 19.000 capturas em cinco anos de um programa de marcação e recaptura (captura em rede e anilhamento) foram feitas para comparar a estrutura da comunidade de aves entre uma floresta virgem de terra firme e as reservas florestais isoladas de 1 a 10 ha localizadas em 3 fazendas do Distrito Agropecuário da DUFRAMA. Pela primeira vez, dados sobre a perda de espécies em fragmentos florestais, ou "ilhas de habitat" podem ser comparados com recenseamentos quantitativos feitos nos próprios locais em estudo, antes da insularização. A comunidade de aves em sua condição original é muito diversificada; 141 espécies de aves foram anilhadas em redes d3 nylon do sub-bosque. Nenhuma espécie representou mais de 8% de todos os indivíduos anilhados ou 10% de todas as capturas. A comunidade é principalmente insetívora mais de que 80% dos indivíduos anilhados são principalmente insetívoros quais, 37% são seguidores obrigatórios de formigas de correição ou membros de bandos muito evoluídos de espécies mistas. Um pequeno Piprideo está entre as 4 espécies mais anilhadas, mas a maior parte das atividades dos frugívoros e beija-flores ocorre no dossel. Análises destas comunidades em reservas isoladas de 1 a 10 ha mostram que os seguidores obrigatórios de formigas são os mais sensíveis a fragmentação da floresta. Bandos de espécies mistas deterioram-se também,perdendo espécies antes de dois anos de isolamento. Espécies cujo habitat preferencial são clareiras formadas por queda de árvores aumentam em importância relativa e em nível de atividade nas amostras pós-isolamento. Com o isolamento, os pássaros residentes enfrentam um influxo de pássaros oriundos da floresta derrubada. Esta tendência e em refletida no aumento do número de capturas e o decréscimo da proporção de pássaros já anilha dos nas amostras de cada dia. Diversas espécies de insetívoros dos estratos intermedia rios aumentam o alcance vertical de seus hábitos alimentares diante da restrição horizontal de seus territórios nas reservas isoladas de 1 e 10 ha. Isto sugere que territórios devem ser considerados em termos de volume do habitat em vez de área.