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Determinantes ambientais para regeneração natural de mata de galeria na transição Cerrado/Amazônia no Brasil

Foi estudada a regeneração natural e a estrutura de três seções de uma floresta de galeria no leste de Mato Grosso, Brasil (14º43′S e 52º21′W). O objetivo foi analisar a estrutura da floresta e verificar a relação entre a distribuição e abundância das espécies nos diferentes estágios de regeneração e entre as variáveis ambientais. Em cada seção de floresta foram estabelecidas, sistematicamente, 47 parcelas (10x10m) contíguas e permanentes para amostrar as árvores (CAP≥15cm). As plântulas jovens (0,01 a 1m de altura), as plântulas maiores (1,01 a 2m) e as arvoretas (de 2,01m de altura a CAP≥15cm) foram amostradas em sub-parcelas de 1x1m, 2x2m e 5x5m, respectivamente. Para cada parcela foram determinadas as propriedades do solo, projeção das clareiras, cobertura de bambus, rochosidade, declividade e profundidade do lençol freático. A relação das variáveis ambientais com as árvores e comunidades de plântulas e arvoretas foi determinada a partir de uma análise de correspondência canônica. Apesar das seções de floresta serem próximas entre si, apresentaram diferenças importantes em relação à composição florística, estrutura e variáveis ambientais. Os solos apresentaram reduzida capacidade de troca catiônica e elevados níveis de saturação de alumínio. A ocorrência de bambus e clareiras e a profundidade do lençol freático limitam a ocorrência de arvoretas e árvores. A elevada heterogeneidade estrutural em cada categoria de regeneração esteve relacionada principalmente a um gradiente de umidade, mas a fertilidade do solo (Ca+Mg) também foi determinante nas diferentes comunidades de plântulas.

diversidade; floresta ripária; solos; trópicos


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