RESUMO
Brycon amazonicus é um peixe nativo da Amazônia que apresenta importância para a aquicultura na América do Sul. Em sistemas de criação intensiva, a mortalidade é alta nessa espécie devido à agressividade entre as larvas. O objetivo deste estudo foi testar se o tamanho diferencial entre indivíduos afeta o comportamento agressivo e a sobrevivência de B. amazonicus durante os estágios iniciais do desenvolvimento larval. Dois tratamentos (grupos de larvas com tamanho homogêneo e heterogêneo) foram avaliados ao longo do desenvolvimento larval em seis pontos de observação: 12, 24, 36, 48, 60 e 72 horas pós-eclosão (HPE). Em dois experimentos foram quantificadas, respectivamente, as interações agressivas e a mortalidade em cada ponto de observação. A frequência das interações agressivas exibidas pelas larvas menos agressivas foi maior no tratamento de tamanho homogêneo. A agressividade também foi maior às 12 HPE, diminuiu nos períodos intermediários e aumentou novamente às 72 HPE. A taxa de mortalidade aumentou ao longo dos estágios larvais, sendo observada maior mortalidade total nos grupos de tamanho homogêneo. Os resultados deste estudo indicam que a agressividade em B. amazonicus é modulada pela variação do tamanho dos indivíduos e pelo estágio de desenvolvimento das larvas. O conhecimento sobre o comportamento de larvas é importante para desenvolver medidas que melhorem a saúde e a sobrevivência em sistemas de produção intensiva para esta espécie.
PALAVRAS-CHAVE:
agressividade; peixe; larvicultura; mortalidade